sábado, 31 de julho de 2010

MÚSICA

JOÃO LINHARES.

Músico mais do que competente, o violoncelista, cantor,
compositor e violonista João Linhares parece estar num
dos melhores momentos de sua carreira. Depois de ter uma
de suas canções gravadas por Zizi Possi, no disco “Bossa”, e duas inseridas no disco “Comigo”, da cantora maranhense Rita Ribeiro, esse paraibano de sensibilidade aguçada, conquistou em São Paulo, o primeiro lugar no 1º Circuito Paulista de Festivais.

MAIS DE JOÃO LINHARES

João Linhares de Medeiros nasceu em Patos, na Paraíba e aos 15 anos entrou na escola de música da Universidade Federal da Paraíba, onde estudou violão e violoncelo. Em agosto de 1981 participou Curso de Cultura Musical com o Maestro e Compositor José Siqueira e em dezembro do mesmo ano ganhou o Iº Festival de Música Popular da ETFPB e, em maio de 1984, passou no Concurso Nacional para a Orquestra Sinfônica da Paraíba.

Em julho de 1986 participou do Iº Seminário Brasileiro de Música Instrumental em Ouro Preto, Minas Gerais. Em 1988 participa do Projeto Pixinguinha abrindo o show do Pianista e Maestro Wagner Tiso e participa do Iº Festival Internacional de Música de Câmera sob a regência do Maestro Eleazar de Carvalho. Em Julho de 1990 tem obra executada na Espanha pelo violoncelista Raiff Dantas Barreto e a pianista Coloma Bonnín i Riera e, ainda no mesmo ano, escreveu a trilha sonora da peça teatral O gato malhado e a andorinha sinhá.

Em 1995 Participou da Camerata Antígua de Curitiba em tourneé nacional com o pianista Wagner Tiso e o saxofonista Paulo Moura. Tocou como músico convidado também na Orquestra Sinfônica da Bahia, na Orquestra do Teatro Artur de Azevedo em São Luís do Maranhão. Em 1997 muda-se para São Paulo e ingressa na Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo, como violoncelista e, posteriormente, como arranjador.

Em 2000 recebe convite para participar da banda do cantor Chico César com quem fez a tourneé mundial Mamma Mundi, tocando na Europa, Estados Unidos e Canadá. Em 2001 fica em segundo lugar na Feira Avareense de música Popular - FAMPOP e ganha o Iº Circuito Paulista de Festivais. Ainda em 2001 tem composições gravadas pela cantora Rita Ribeiro, no CD Comigo e pela cantora Zizi Possi no CD Bossa.

Em 2002 participou da banda Falamansa com quem fez tourneé mundial tocando na Europa, Estados Unidos e Japão e gravou com eles o CD Simples Mortais, que inclui duas composições da sua autoria. Em 2003 recebe convite do Maestro Roberto Sion para ser seu Regente Assistente na Orquestra Jovem Tom Jobim, em São Paulo, onde atua desde então. Em 2004 lança independente seu 2º CD Teu Beijo. Em 2005 rege como convidado a Camerata Antígua de Curitiba. Como arranjador trabalhou para artistas como Lenine, Kid Abelha, Johnny Alf, Rosa Passos, João Donato, entre outros.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

RALLY INTERNACIONAL DOS SERTÕES COMEÇA EM AGOSTO

Uma aventura sobre rodas que atravessa seis estados brasileiros e soma mais de 150 veículos inscritos. Assim será o 18º Rally Internacional dos Sertões, a segunda maior competição off road do mundo que começa no dia 10 de agosto em Goiânia (GO) e termina no dia 21, em Fortaleza (CE).
Com um percurso de 4.486 mil quilômetros, com 95% de trajeto inédito, a prova terá dez dias de duração e vai cruzar os estados de Goiás, Minas Gerais, Tocantins, Maranhão, Piauí e Ceará. O número de competidores confirmados para este ano já superou a edição 2009, que apresentou 120 veículos e 181 concorrentes. Este ano serão 156 veículos - 10 caminhões, 56 carros, 74 motos e 15 quadriciclos - totalizando 231 competidores inscritos, entre pilotos e navegadores - responsáveis por ler e interpretar o mapa do rally e indicar ao piloto o caminho programado.

Com o patrocínio da Petrobras, Gillette Desodorantes e Camargo Corrêa, a 18ª edição do Rally dos Sertões conta com o apoio do Ministério do Turismo, dos governos dos Estados de Goiás, Tocantins e Ceará e do Ministério do Esporte, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. O evento ainda conta com supervisão da FIM (Federação Internacional de Motociclismo), da CBM (Confederação Brasileira de Motociclismo) e da CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo).

Pilotos de 11 países - Argentina, Chile, Uruguai, Estados Unidos, França, Bélgica, Polônia, Venezuela, Portugal e África do Sul, além do Brasil - já estão confirmados. Entre os brasileiros, 20 Estados estarão representados. São eles: Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.

Com patrocínio da Petrobras, Gillette Desodorantes e Camargo Corrêa, a 18ª edição do Rally dos Sertões conta com o apoio do Ministério do Turismo, dos governos dos Estados de Goiás, Tocantins e Ceará e do Ministério do Esporte, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. O evento ainda conta com supervisão da FIM (Federação Internacional de Motociclismo), da CBM (Confederação Brasileira de Motociclismo) e da CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo).

quinta-feira, 29 de julho de 2010

NEGRITUDE EM FESTA NA AMÉRICA LATINA

BAMIDELÊ - ORGANIZAÇÃO DE MULHERES NEGRAS




25 de Julho

Dia da Mulher Negra da América Latina e do Caribe

Dia de Teresa de Benguela e da Mulher Negra no Brasil

A Bamidelê- Organizacão de Mulheres Negras na Paraíba

Co n v i da

28/07 – Lançamento da Campanha Eletrônica: “No Censo 2010, Afirme sua negritude: Moren@, não. Eu Sou negr@!” Com apresentação de vídeo, distribuição dos materiais da campanha e show com cantora e compositora Cida Alves e as Cirandeiras de Caiana dos Crioulos.

Local: FECOMÉRCIO (Av. Des. Souto Maior, 291 – 5º andar - ao lado da Loja C&A e vizinho ao SESC – Centro/João Pessoa)

Hora: 18:30h
Parcerias: Articulação de Juventude Negra e Organização de Mulheres Negras de Caiana dos Crioulos – OMNCC
Histórico

O dia 25 de julho representa o marco internacional da luta e resistência da mulher negra da América latina e do Caribe. Nesta data, em 1992, foi realizado o I Encontro de Mulheres Afro-latino Americana e Caribenha, em Santo Domingo, na República Dominicana, onde essa data foi definida como um dia de luta das mulheres negras. Desde então muitas ONGs e o movimento de mulheres negras tem trabalhado para consolidar essa data.

Em 07 de julho de 2009, o Senado aprovou o projeto de Lei que cria o dia de Teresa de Benguela e da Mulher Negra no Brasil, como reconhecimento da luta das mulheres negras no país.

A Bamidelê – Organização de Mulheres Negras na PB vem fazendo parte dessa história visibilizando, localmente, o marco histórico de luta contra o racismo e o sexismo e em 2010, realiza a XII Comemoração do Dia da Mulher Negra da América Latina e do Caribe e a I comemoração do Dia de Teresa de Benguela e da Mulher Negra no Brasil.

Realização: Bamidelê - Organização de Mulheres Negras na Paraiba

Tel.: 3233-8233

Apoio: Ford Foundation

terça-feira, 27 de julho de 2010

FENAJ NACIOANAL X ELEIÇÕES

terça-feira, 27 de julho de 2010

Jornalistas têm chance de mudar rumos da Fenaj

Dalmo Oliveira


Jornalistas profissionais sindicalizados de todo Brasil vão às urnas a partir de hoje até a próxima quinta-feira, 29, para eleger a nova diretoria da Fenaj. Duas chapas estão concorrendo ao pleito que conduzirá os ganhadores à uma gestão até 2013. A chapa 1, “Virar o Jogo: em Defesa do Jornalismo e do Jornalista”, é comandada pelo atual vice-presidente da Fenaj, Celso Schröder (pronuncia-se “Xereder”). A chapa 2, de oposição, “Luta, Fenaj!”, é encabeçada por Pedro Pomar, assessor de imprensa do Sindicato dos professores da USP. Cometendo flagrante ato-falho, a estratégia discursiva da chapa 1 quer fazer crer uma “virada de jogo”, assumindo que muita coisa precisa mudar numa Fenaj que o grupo situacionista comanda há vários anos.

Na Paraíba, urnas fixas estarão à disposição dos votantes na sede do sindicato, em João Pessoa e Campina Grande. Urnas volantes deverão também ser usadas para catar votos em redações e assessorias de imprensa. A comissão eleitoral local, composta pelo presidente da entidade Land Seixas, além de Marcos da Paz e Reginaldo Marinho, não divulgou como será a votação noutras cidades paraibanas.

Jornalistas sindicalizados aposentados também poderão votar, mas não se sabe se eles precisarão cumprir as mesmas exigências dos jornalistas da ativa, ou seja, estarem em dias com a tesouraria da entidade.

Apenas a chapa da situação (chapa 1) possui representantes paraibanos: Rafael Freire concorre à Vice-Presidência Nordeste I; Lúcia Figueiredo disputa uma vaga no Departamento de Saúde e Previdência; e Edson Verber, que pretende ocupar o Conselho Fiscal.

O Movimento Novos Rumos decidiu não participar do pleito esse ano, mas aposta nos companheiros da chapa 2, por entender se tratar da única chapa disputante merecedora da confiança da categoria. A chapa da situação representa o continuísmo de uma Fenaj derrotada pelo patronato do setor, desvinculada da realidade da categoria, cujo candidato a presidente ocupa cargo de chefia na Assembléia Legislativa gaúcha, tendo desempenhado um papel vergonhoso e subalterno durante a primeira Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), atuando como um dos principais interlocutores do baronato da mídia e do governo junto aos movimentos sociais, refreando o ímpeto mais progressista das demandas da sociedade nessa conferência histórica.

Já os representantes paraibanos na chapa da situação são os mesmos que fizeram do sindicato local uma entidade apática e distante dos verdadeiros anseios dos jornalistas da Paraíba. Sua base eleitoral é sustentada, em grande medida, por jornalistas aposentados e por jornalistas que entraram na categoria pela janela do oportunismo, sem diploma de curso superior de Jornalismo, em sua maioria agraciada com registros profissionais para o exercício de funções adjacentes como diagramadores, ilustradores, repórteres-fotográficos, colaboradores etc.

Merece destaque o candidato à vice-presidência Nordeste I, que substitui Seixas na composição nacional. Militante profissionalizado desde o movimento estudantil, Freire, consegue se sobrepor a capas-pretas históricos, como Verber, Marcos da Paz e Lúcia Figueiredo, ocupando um cargo estratégico na chapa situacionista.

A eleição da Fenaj deve ser um termômetro de como a categoria avalia as últimas lambanças do grupo liderado por Xereder e Sergio Murilo, afinal de contas esse grupo foi o responsável pelas derradeiras e vergonhosas derrotas da categoria em nível nacional, como a extinção da Lei de Imprensa (sem outra legislação substituta), fim da obrigatoriedade do diploma superior para o exercício da profissão e inviabilidade da criação do Conselho Federal de Jornalismo.

Sob a batuta deste grupo na Fenaj a categoria viu a precarização da profissão chegar a níveis sub-humanos, numa afronta imoral a todos os direitos trabalhistas conquistados a duras penas por nossa categoria anteriormente à chegada deles ao poder.

Então, se você acha que está tudo OK, vote na chapa 1.

Mas se quiser dar uma chance à verdadeira mudança na Fenaj, devolvendo a entidade para o campo da combatividade ao capitalismo midiático; se quer uma Fenaj mais presente, mais atuante, menos subalterna, mais proativa e solidária, vote na chapa 2.

Esse ano poderemos, através do voto, mudar os representantes que não correspondem às nossas expectativas e demandas, começando por nossa própria Federação de sindicatos.

DOCUMENTÁRIO

JULHO 2010

Tem baiano na trilha sonora de documentário da BBC sobre prostituição infantil no Brasil
Publicado por marrom e arquivado em Notas

O cantor e compositor baiano Beto Daltro, na foto de chapéu, está comemorando um grande feito em sua carreira, apesar do assunto o deixar triste com a realidade nua e crua. Dia 31 de julho (14h30) com reprise dia 1 de agosto , a BBC News e a BBC World vão exibir um filme /documentario sobre a prostituição infantil no Nordeste, gravado em Recife e Fortaleza em maio deste ano.

Com o titulo Our World: Brazil’ s Child Prostitutes o documentário tem direção do jornalista Chris Roger, da BBC de Londres e, segundo informa a emissora, mostra “o turismo sexual e a prostituição infantil no Brasil”. A música tema Criança na Prostituição ( Child Prostituiton) composta por Beto Daltro, foi gravada de forma acústica na Praia da Boa Viagem, em Recife, com a participação do guitarrista pernambucano Fred Lyra.

“Este é apenas o primeiro de uma serie de documentarios da BBC sobre o tema em varios países do mundo, inclusive Inglaterra, Tailandia, Estados Unidos, pois a prostituicão infantil é um problema mundial. Começando pelo Brasil, que, segundo dados da UNICEF, possui cerca de 250 mil criancas na Prostituição” A revelação é o do próprio artista em conversa com o Blog.
Beto Daltro que vive há dez anos na ponte área Salvador/Londres, além de compor e cantar, é fundador e coordenador da Comunidade Beira Rio, às margens do Rio Pojuca, no Municipio de Camacari.

Artigo publicado em Segunda-feira, 26 de Julho de 2010 às 19:54 e arquivado em Notas. Comentários a este artigo podem ser verificados através do feed RSS 2.0. Você pode deixar um comentário ou fazer um trackback de seu próprio site.
2 comentários para “Tem baiano na trilha sonora de documentário da BBC sobre prostituição infantil no Brasil”

segunda-feira, 26 de julho de 2010

JOÃO PESSOA E SUAS PESSOAS



Fernando Moura & Carlos Aranha

JOÃO PESSOA E SUAS PESSOAS

aconteceu no Terraço Panorâmico da Estação Cabo Branco Ciência Cultura e Artes, no Altiplano, a segunda edição da Coleção 'João Pessoas – A Memória da Cidade', que homenageia o cantor e compositor Parrá; o carnavalesco Jocemar Chaves e o artista plástico Flávio Tavares. São três volumes, somando 308 páginas, acompanhados por um DVD com um documentário, que conta a trajetória da vida dos homenageados, resgatando o legado cultural deixado ao longo dos anos na cidade que escolheram para viver: João Pessoa.
Na ocasião, será apresentado um vídeo informativo explicando a importância do projeto, além da distribuição dos exemplares para as pessoas presentes no evento. A coleção também fará parte do acervo das bibliotecas públicas e de escolas municipais, além de várias instituições. A primeira edição homenageou o jornalista Gonzaga Rodrigues; o escritor Ascendino Leite e a professora Elisa Mineiros. O 'João Pessoas' é um projeto da Prefeitura de João Pessoa, em parceria com as Secretaria de Comunicação (Secom), de Educação (Sedec) e Patrimônio Cultural (Probech).
Os homenageados - Flávio Tavares foi homenageado no quarto volume da segunda edição da coleção. Na crítica que segue nas páginas sete, oito e nove, o coordenador do Patrimônio Cultural de João Pessoa, jornalista Fernando Moura, diz que "Flávio Tavares é quem melhor traduz Flávio Tavares. Basta ler seus quadros. Melhor que vê-los, é decifrar nas entrelinhas das formas e cores o homem por trás da obra. Simplicidade e plenitude são sensações que afloram aos olhos dos que se dispõe a enxergar além da retina, nessa leitura dos sentidos, em busca do enlevo...".
Várias pessoas e amigos estão presentes nesse exemplar, falando do legado cultural que o artista deixou e ainda deixa na Capital paraibana. Eudes Rocha fala da paixão pelo fantástico e Lúcia França fala da arte, poesia e história. Outros amigos também fazem parte do acervo: Hermano José, Miguel dos Santos, Rosely Garcia, Teresa Tavares e Gabriel Bechara.
Já no quinto volume, dedicado ao músico Parrá, o jornalista Fernando Moura revela que o artista é "quase uma lenda viva na Paraíba, pelo talento artístico, pelo despojado estilo de vida e por espalhar, ao seu rastro de andarilho, casos e causos vividos ou inventados por ele próprio...".
As páginas seguintes registram frases, pensamentos e sentimentos de várias personalidades, que exprimem em texto a importância do artista para a Capital paraibana. São eles: o poeta Lau Siqueira, o jornalista Walter Santos e os amigos Valtinho do Acordeom, Joça do Violão, Carlos Aranha, Carlos Anísio, Ricardo Anísio, Raimundo Bola Nonato, Chiquinho Mino e Krislaine Oliveira. Além disso, estudantes, professores, pesquisadores e o público em geral terão acesso às entrevistas, imagens e recortes de Parrá.
O sexto volume da segunda edição do 'João Pessoas – A Memória da Cidade' fala sobre o carnavalesco Jocemar Chaves. Segundo Fernando Moura, Jocemar é um artista popular, servidor público e festeiro temático. "É um cidadão que se confunde com a própria memória do lugar, encarnando o espírito de muitos que não conseguem o necessário espaço para expor suas emoções, idéias e esperanças", disse Moura em sua crítica registrada neste exemplar.
Para homenageá-lo, o jornalista Gilson Renato fala sobre 'Um homem feito de Cidade' e Ulisses Barbosa, fala sobre 'A estrela sem o brilho do holofote'. A família e amigos também estão presentes nas linhas dessa coleção, como Maria da Paz Padilha Chaves, Oswaldo Padilha Chaves, Kátia Kelly Simpson, Jocemar Chaves Júnior, Maria Edileuza Gomes de Lucena, Hermógenes Bonfim, dentre outros.

sábado, 24 de julho de 2010

MEMÓRIA

ANJO AZUL - PRIMEIRO BLOCO CARNAVALESCO DO CENTRO HISTÓRICO PARAIBANO


ANJO AZUL - O BLOCO ICNOGRÁFICO DA DIVERSIDADE


Temos, na Paraíba, a vocação e a volição das ruínas, da destruição criativa e da criação destrutiva, no que somos, desde sempre, do passado colonial até hoje, absolutamente modernos. Os monumentos históricos que melhor nos definem passam pela construção e destruição, sucedidos por uma nova construção, de A União à Assembléia Legislativa, na Praça João Pessoa, da Rádio Tabajara ao "novo" conforto do Fórum da Justiça, na Rodrigues de Aquino. Matamos simbolicamente os velhos jornalistas de A União e os cantores do rádio. O altar-mor da Igreja São Francisco - destruído sem dó no começo do século passado -, é apenas um retrato na parede e a Casa de Engenho de Zé Lins serve de morada ao capim dos vermes.

Gostamos de extrair o lado bom das coisas ruins: Darcy Ribeiro afirmava, no belo livro O povo brasileiro, que somos um povo tabula rasa, ou seja, explicando melhor, os escaninhos da tradição brasileira são essencialmente abertos, de antena ligada às novidades do mundo, que assimilamos à nossa maneira, antropofágica. Passamos distante de qualquer ancestralidade cultural rígida, de qualquer narrativa mitológica impermeável. Por isso, o anauê de Plínio Salgado não deu certo, e o integralismo acabou virando uma piada de mau gosto (ou mau agouro?). Nascemos sem as pistas certas do que achar no caminho, por isso vamos procurando, acertando e muitas vezes errando. Amar só se aprende amando.

Por outro lado, retóricos, adoramos as falsas polêmicas. Agora, em 2008, há um novo debate circulando no ar sobre o carnaval: se a contribuição rítmica do carnaval paraibano ao mundo vem a ser o frevo, o samba, o axé ou a marchinha. Trata-se de uma falsa questão – até o tecno pode compor o carnaval paraibano.

No caso específico da antiga província da Paraíba do Norte, o carnaval, antes de musical, é uma manifestação cultural iconográfica e aberta à diversidade. Aristóteles, como sabemos, desentranhou o conceito estético de mimesis (ação de imitar) do teatro grego, contudo o que estava oculto no conceito de tragédia era a pulsão primitiva do ancestral humano que representava na pedra os elementos da natureza, principalmente os animais, visando à boa caça. Antes do verbo, no começo era a imagem e o som.

Glória eterna a Jackson do Pandeiro, Sivuca, Maestro Severino Araújo, Maestro Moacir Santos, Chico César, Fuba e Escurinho, mas onde estão os cenógrafos, os pintores, os arquitetos, os decoradores e os estilistas de moda do carnaval paraibano? Onde os artistas plásticos para amalgamar o barroco ao brega – irmãos no exagero, porém distintos na ilusão de absoluto do primeiro e na saudável ignorância do segundo.

Barroco e brega: o puro espírito santo do carnaval. Desenterremos as alegorias de nossas ruínas, façamos as mais estranhas misturas, mas sempre conservando algo da monumentalidade intrínseca ao espírito barroco, no salão, na avenida e na praça da capital dos tabajaras. Aprendamos com as escolas de samba do Rio de Janeiro. Nosso carnaval é sacro como a contemplação da maravilhosa nave, do adro, do cruzeiro, das portas e dos azulejos lusitanos da Igreja de São Francisco (a ocasião em que mesmo quem não acredita se sente perto de Deus na fruição da transcendência e do absoluto).

Carnaval, conceito arquitetônico, escultural, pictórico e paisagístico. O carnaval de Veneza é pura arquitetura e iconografia. A vocação do carnaval paraibano, advindo da melhor tradição veneziana, em primeiro lugar, é precisamente esta: a arquitetura e a socialidade do barroco. As máscaras, as fendas, as frestas e as festas do barroco. Uma falange de máscaras. O “Cafucú”, portanto, está coberto de razão histórica, talvez às cegas. Estamos condenados por enquanto ao barroco, somos barrocos quando nos aventuramos à modernidade e mesmo ao pós-moderno Somos barrocos, de maneira especial, quando fazemos política – o eterno e renitente cotejo de sacralização da corte, acompanhado do inevitável séqüito de tramas, conciábulos e poetas proscritos. O príncipe Hamlet vive entre nós, renitente, num misto alegre e soturno, a descer as ladeiras do centro histórico, ao ritmo de Vassourinhas, nos bailes de máscaras os quais algumas pessoas já me contaram ter divisado, noite adentro, o corvo de Poe e albatroz de Baudelaire, devidamente traduzidos nos sonetos de Augusto dos Anjos, mas ao mesmo tempo nos motes do absurdo de Zé Limeira.

Triste Paraíba, ó quão dessemelhante. Do antigo estado a máquina mercante, do rio de nome sonoro – Sanhauá – ao gemido dos escravos nas senzalas próximas aos conventos coloniais. Brindemos aos escravos das senzalas no carnaval, pois deles importamos o núcleo principal de nossa alegria. Alegria e trabalho, juntos. Já dizia o poeta maior, Vinicius de Moraes, um paraibano da gema, no magnífico Samba da benção: “o samba é a tristeza que balança”. Aduziria: também o maracatu e o caboclinho são tristezas que balançam.

A entidade metafísica que abre as prévias do carnaval paraibano, dia 25 de janeiro (sexta-feira), é o bloco “Anjo Azul”. O Anjo Azul foi fundado e todo ano é organizado com garra por uma agitadora cultural guerreira, muito querida na cidade, Ednamay Cirilo. May inventou de criar um bloco que tem sede em um ambiente histórico repleto de simbolismos, a antiga zona do chamado “baixo meretrício”, nos tempos em isso que havia: o Beco da Faculdade de Direito, na ladeira do Padre Gabriel Malagrida, um herói sacrificado numa das visitações da Inquisição do Santo Ofício ao Brasil. O espírito do padre Malagrida, que assiste impávido os dramas e comédias da cidade por séculos sem fim naquele ambiente, fez um ar de sorriso quando foi fundado o Anjo Azul, e certamente, ato contínuo, abençoou o bloco, pois o padre italiano do século XVIII, morto feito mártir, é ele mesmo um anjo verdadeiro, um querubim barroco.

O Anjo Azul é o bloco multicolor da diversidade cultural e da democracia, de todas as opções sexuais e todos os credos políticos. O nome de bloco presta uma inusitada homenagem ao filme expressionista alemão da década de 1930 – Der Blaue Engel –, adaptação do romance de Heinrich Mann (irmão de Thomas Mann) – os dois filhos ilustres da brasileira Julia Mann, nascida deitada sob o sol da arquitetura colonial de Parati (RJ) –, sobre a história de um professor que se apaixona por uma dançarina de cabaré. Mais além de um clima soturno – prenúncio da tragédia de ascensão da ditadua nazista que se daria logo em seguida, em 1933 –, o filme ficou gravado na memória principalmente por uma seqüência de fotogramas sensuais, logo transformados em um dos ícones da cultura pop contemporânea: as pernas dobradas de Marlene Dietrich, sentada num banquinho. Ah, as pernas de Marlene Dietrich: conspícua, carnuda, provocante, lúbrica, fazendo a perfeita simbiose com um rosto libidinoso, manchado a um batom da cor do pecado. Hitler não agüentou tanto charme. Assim como Malagrida foi perseguido pela inquisição, Marlene Dietrich nunca se dobrou ao nazismo e fugiu da Alemanha, se refugiando nos Estados Unidos. Dessa maneira, vão se tecendo os fios entre fatos aparentemente distantes, desvendando articulações de onde menos se espera, o conceito é transformado em imagens aparentemente aleatórias, mas dotadas de uma mensagem profunda: Malagrida, Marlene, May. Tudo a ver. (Jaldes Reis de Meneses ).

ANJO AZUL

Ednamay - fundadora do ANJO AZUL

O Bloco Anjo Azul, primeiro do centro histórico do Projeto Folia de Rua, é também ASSOACIAÇÃO CULTURAL E RECREATIVA ANJO AZUL, com sede no Centro Cultural de Terceiro Setor Thomáz Mindello, desde 2006, aprovado pelo FIC-Augusto dos Anjos, lança seu bloco própio AS ANJINHAS,fundado em 18 de abril de 2007 e colocado na rua em 25 de janeiro de 2008, pela primeira vez, é voltado para o universo feminino e suas inquieações em busca da cidadania, cultura e arte. Associação ANJO AZUL ( não confundir com o bloco ), realiza trabalho voltado para a obra JACKSONIANA em forma de OFICINAS de: PANDEIRO, ARTES PLÁSTICAS, TEATRO ( sobre os caminhos percorrodos pelo mestre nascido no Engenho Tanques, arredores da cidade do brejo paraibano - Alagoa Grande.

O BECO

BECO da FACULDADE de Direito é um sítio histórico abandonado pelas autoridades competentes do Município e do Estado,está localizado ao lado da PRAÇA DOS TRES PODERES.Vizinho da Assembléia Legislativa, Palácio do Governo e Tribunal do Justiça, Faculdade de Direito da UFPB - Universidade Federal, ( apoio cultural).

COMUNIDADE do BECO - Rua Gabriel Malagrida, portanto é o carro chefe para o grito de alerta geral desse descaso ( falta de higiene , não existe banheiros públicos na área e o povo mixa nas escadarias e paredes do beco, não existe policiamento noturno e diurno, portanto é sem segurança e saúde pública. Vale lembrar que a EMLUR - Autarquia MunicipalL, VARRE DIARIAMENTE mas não LAVA.
Sem a devida atenção dos: IPHAN Instituto Patrimônio Histórico Nacional ( já que um lado do beco é referência nacional A FACULDADE tombada como Patrimõnio Nacional ,da terceira cidade mais antiga do Brasil e do outro lado o beco , possui um casario ART-DECÓ , preservado pelos propietários e tombado pelo IPHAEP - Instituto Patrimônio Histórico Artístico do Estado , ambos envolvidos na falta de preservação ( desse sítio histórico que durante o dia vira estacionamento privê da Assembléia Legislativa e a noite,é local de vendas de drogas e marginália, como em todos os sítios históricos desse BRASIL , mas bem diferente do Pelourinho em Salvador que tem polícia dia e noite .

Os blocos carnavalescos ANJO AZUL e seu filhote AS ANJINHAS, desempenham papel importante para a nossa cultura e resgate do frevo, fantasia, artes plásticas, sincletismo , BARROCO , cidadania,orquestras, grupos percussionistas...

A SERENATA DOS ANJOS, a LAVAGEM da ESCADARIA, realizada sob as benções dos O DEUSE,ALÁ, GANDHY, ORIXÁS, símbolos de elevação aos espíritos escravos e boêmios das pessoas que outrora habitavam aquela área . A L AVAGEM da ESCADARIA sempre animada por alguma bateria de Escola de Samba.
Recentemente à Império do Samba, ( a minha escola CAMPEÃR DO CARNAVAL PARAIBANO 2008, e BI-CAMPEÃA DO CARNAVAL 2009),fez a festa, anteriormente foi a MALANDROS DO MORRO- BAULA.
ONG - ASTRAPAS - ASSOCIAÇÃO DAS TRAVESTIS DA PARAÍBA, ONG - MARIA QUITÉRIA, Grupo de MULHERES LÉSBICAS,
SACERDOTIZA GORETHE ,
MÃE MARIHÁ.
A GRANDE MÍDIA PARAIBANA , RÁDIO, JORNAL, TV,
BLOGs
ORKUT e toda mídia alternativa são parceiros do ANJO AZUL.

REISADO DO ANJO - evento destinado aos músicos-(as), atores, atrizes, arquitetos-((as) , advogados-(as) , jornalistas , turismólogos - (as), estudantes de todas as áreas ano após ano, sgrandes incentivadores intelectuais desse movimento carnavalesco .

REI DO ANJO AZUL, os múcsicos Kennedy Costa -( CAFUÇU), Marcos Fonseca, Gustavo Magno, Hugo Leão, ( LENDÁRIO MÚSICO DOS 4 LOUCOS E THE GENTHEMENS).

RAINHA DO ANJO - Glaucia Lima , Eleonora Falcone, Silvia Patriota, Neuza Flores , (terceira e últina viuva de Jackson do Pandeiro, habita entre nós aqui na paraíba e cuida do MEMORIAL JACKSON DO PANDEIRO em Alagoa Grande).

Em 2008 o destaque foi para a MADRINHA MAY GONÇALVES - Cantora radicada em Saõ Paulo e que adora nossa Prévia Carnavalesca.
Em 2009 o destaque foi para a MADRINHA CECÍCILA AVELINO - pela simpatia e dedicação ao BLOCO.

Ao som da Orquestra de Frevos do maestro João Lobo , ANJO AZUL, Hino do bloco de autoria de Mestre Fuba,leva a multidõ ao delírio , além do rítmo frevo, a letra é mais que uma declaração de amor é mesmo uma linda história pela cidade e seu Patrimônio Artístico e Cultural.

Ednamay Cirilo Leite, remanescente jornalista ativista dos movimentos culturais desde a época do Colégio Lins de Vasconcelos - anos 60 diz que ¨ o bloco faz parte da história da cidade que perdeu o nome PARAHYBA ,o bloco tem a proposta turística de mostar a beleza do Patrimônio Histórico e Arquitetônico, enquanto relíquia do Brasil, desta que já nasceu cidade , em NOVEMBRO de 1585 - Nossa Senhora das Neves, passou por várias mudanças de nomes ,e batalhas guerreiras , até ser conhecida como João Pessoa, em 1930, após a REVOLUÇÃO de 1930, ver sobre a Revolução no Google.
Atualmente em campanha para retomada do antigo nome PARAHYBA , nome ESSE, que reinou por 276 anos, como CAPITAL¨.

O bloco do resgate tem a fantasia de Colombina como traje oficial para suas foliãs e e PIERROT para os foliões,criando a identidade que é a cara do CARNAVAL,e abolindo de vez ABADÁS e outros modismos mais que assolam o país na épca de Momo. como homem se vestir de mulher e vice-versa, ou se vestir de matuto, cafona, brega, carnaval tem que vestir FANTASIA TRADICIONAL CLÁSSICA.Como faz os nossos vizinho estados RECIFE e OLINDA, exemplos para o mundo.

Sua ação social é voltada para as profissionais do sexo habitantes do Beco da Faculdade de Direito , Pavilhão do Chá, Rua Duque de Caxias - ou Rua Direita, Ponto de Cém Réis , Rua General Osório - ou Rua Nova, Rua da Areia e Praça Antenhor Navarro , buscando DIGNIDADE atravéz da arte e cidadania, para estas cidadãs.
do imortal Willes Leal ¨ o ANJO AZUL foi o primeiro bloco a levar alegria ao nosso centro histórico após ausência do corso e carnaval outrora existente nesta área , a falência do carnaval naquela área por total falta de políticas para a cultura carnavalesca, chegou a um abandono geral de atividades culturais no centro histórico, enquanto a cidade se transferia para a orla marítima levando junto o comércio famoso de bares, restaurantes, bingos, boites, shoppings, cinemas, esvaziando completamente o SÍTIO HISTÓRICO.¨. do livro NO TEMPO DO LANÇA PERFUME de sua autoria...

EM MEMORIA

A bateria da Escola MALANDROS DO MORRO - de Livardo Alves, e Balula , foram os pioneiros na parceria com o bloco ANJO AZUL , deram o ponta pé inicial em 1994 , juntamente com a OEQUETRA DO MAESTRO VILÓ, a alma do beco, juntaram-se outras como a do Maestro CHQUITO, CEFET - PB , sob a batuta do Maestro JOÃO LOBO, tivemos parcerias de cidades do interior do Estado como BANANEIRAS e sua fanfarra LIRA DOS ARTISTAS , do MARACATU NAÇÃO MARACAHYBA, Grupo de Percussão Quebra Quilos, e lançamos o Grupo BATICUMLATA - EMLUR...

HINO do ANJO AZUL

letra e música de Flávio Eduardo Maroja - FUBA
gravada no CD - DE BEM COM A VIDA,
quinta faixa - a venda na ONG PORTA DO SOL l - Praça Antenor Navarro
Varadouro

VEM VEM VER A LUA BRILHANDO
NA NOITE DE AQUARELA
TÃO BELA, TÃO BELA
COMO A LUZ DO AMOR

VEM, VEM NAVEGAR NA MEMÓRIA
DOS CASARÕES DA CIDADE
QUEM SABE, QUEM SABE
ESSA É UMA HISTÓRIA DE AMOR

UM ANJO AZUL PASSOU BEIJOU A NOITE
LAVANDO A ESCADARIA
UM BÊBADO TROPEÇAVA
NO BECO DA CONFRARIA

E ESSA ALEGRIA RAIOU POR TODA A NOITE
FEZ A CIDADE CANTAR
UM QUERUBIM QUE CHEGOU
PRO CARNAVAL COMEÇAR

VAI MEU AMOR
O ANJO AZUL É UMA FLOR NA MADRUGADA
DESCEU DO BECO E A CIDADE ACORDOU
FOI MAY DE COLOMBINA QUEM ME CONVIDOU

VAI MEU AMOR, O ANJO AZUL É UMA FLOR NA MADRUGADA
DESCEU DO BECO E A CIDADE ACORDOU
FOI DE COLOMBINA QUEM ME CONVIDOUUUUUUUUUU


FOLIA DE RUA ACORDE MIRAMAR

Atenção moradores do bairro do Miramar abram as portas, acendam as luzes e caiam na folia, está chegando as Muriçocas do Miramar. Este é o chamado do bloco Acorde Miramar, que sai mais uma vez percorrendo as ruas do bairro em uma grande serenata com centenas de vozes, ao som de dezenas de violões tocando antigas marchinhas carnavalescas anunciando a tão esperada 'quarta-feira de fogo'.

Os foliões de plantão já começam a se concentrar logo cedo no começo da noite da terça-feira sempre às 20h, na Praça da Rua Tito Silva, popularmente conhecida como Praça das Muriçocas. O 'Acorde' vai sair às ruas do bairro de Miramar, na Capital, à meia noite da quarta-feira de fogo.

Normalmente os foliões chegam de todos os cantos e há até quem pareça que, literalmente, deu um pulo da cama para cair na folia. Vestidos com pijamas, meias e arrastando lençóis e travesseiros avenida a fora, tudo o que a turma quer é aproveitar ao máximo o dia que está só começando e não tem hora para acabar.


História

O Acorde Miramar saiu às ruas do bairro pela primeira vez 1992, sem a pretensão de se tornar um bloco carnavalesco, mas não demorou muito. O que antes era apenas um grupinho de "muriçocas" ansiosas pela chegada da Quarta-feira de Fogo se transformou num bloco que hoje arrasta foliões de todos os bairros da cidade ao som de uma verdadeira orquestra de violões.

Fuba, o puxador oficial do Muriçocas do Miramar, é quem comanda a serenata. Juntamente com ALEX MADUREIRA, JAIRO MADRUGA, LIZ, JARBAS MARIZ, e todos os músicos da cidade . Uma das coisas mais legais do Acorde é essa simplicidade. As pessoas vão chegando, se juntando, trazendo seus violões, sem necessidade de muita estrutura", TUDO PELO AMOR A MAIOR PRÉVIA CARNAVALESCA FOLIA DE RUA.

INTERCAMBIAR

Estou a procura de intercâmbio cultural para estudar e realizar OFICINAS DE PANDEIRO e DANÇAS de COCO, SAMBA de RODA e FREVO,em outros países NO VELHO MUNDO de preferencia na França, Portugal, Espanha.

CONTATO:
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domingo, 18 de julho de 2010

FELIZANIVERSÁRIO TANINHA

Pedro Almodóvar
07.novembro.2004

Almodóvar chega a maturidade

Tania Menai, de Nova York

“Muitas situações vividas pelos personagens dos meus filmes refletem as mudanças da minha vida”, confessa um Pedro Almodóvar cinqüentão e de cabelos brancos ao comentar seu 15º filme, “Má Educação”, que abriu o Festival de Cannes deste ano, foi exibido no Festival do Rio e na Mostra de Cinema de São Paulo e estréia no circuito comercial brasileiro na sexta-feira, dia 12. O último Almodóvar traz para a tela temas como a pedofilia na Igreja e o transexualismo, mas o diretor faz questão de dizer que ele e o filme são “anti-Mel Gibson”. E explica: “Meu filme é sobre o poder da fé, assim como o de Gibson, mas o meu objetivo como escritor é ter empatia com todos os personagens. Amo personagens que estão tremendamente apaixonados e que dariam sua vida pela paixão, mesmo que, para isso, tenham de se queimar no inferno.”

Rendendo-se ao cinema noir, Almodóvar escolheu o mexicano Gael García Bernal – o Che Guevara de “Diários de Motocicleta “ – para viver três personagens em seu novo filme. Um deles é um travesti, que exigia de Gael quatro horas diárias de paciente preparação na sala de maquiagem. Outro ator conhecido – ainda que debaixo de perucas, saias, cílios e salto alto - é Javier Cámara, um dos protagonistas de “Fale com Ela” (2002), vencedor do Oscar de melhor roteiro original. Ao contrário dos filmes anteriores de Almodóvar, “Má Educação” não tem protagonistas femininas. Nem precisa.

Com um roteiro que mistura passado e presente, realidade e fantasia, “Má Educação” conta a história dos meninos Ignácio e Enrique. As crianças freqüentavam a escola primária, católica, na Espanha do começo da década de 60. Ainda pequenos, descobriram o amor – um pelo outro. Mas suas vidas foram marcadas pelo medo. O diretor da escola, Padre Manolo, pedófilo, assombrava a vida de ambos. Crescido, Ignácio escreveu uma história sobre o assunto. Enrique adaptou-a para o cinema. No final dos anos 70 – quando o padre já havia deixado a Igreja, estava casado e era pai de um filho –, o triângulo se restabelece. E a confusão também.

Nesta entrevista, que o apaixonado e falante diretor concedeu durante o Festival de Filmes de Nova York, Almodóvar ressalta que “Má Educação” não é um filme anti-clerical, fala sobre a relação entre sua vida e suas obras e revela a única regra fixa que segue como diretor: “Nunca dormi com nenhum ator dos meus filmes”. E conserta a frase: “Nem com atrizes”. Depois que pipocaram notas na imprensa brasileira sobre um eventual interesse de Almodóvar - que teria gostado muito de “Carandiru” - no ator brasileiro Rodrigo Santoro para o elenco do seu próximo filme, a reportagem de NoMínimo tentou confirmar a informação, mas, em Madri, o relações-públicas Javier Giner, da produtora do diretor, El Deseo, simplesmente afirma: “Que eu saiba, Almodóvar não viu Carandiru.”


Apesar de ficção, “Má Educação” se passa em uma Espanha real se baseia em fatos da sua infância. O quanto da sua biografia faz parte do filme?

Estamos falando de uma família que migra no início dos anos setenta, numa situação econômica quase de pós-guerra. Havia muita pobreza na Espanha. Apenas na segunda metade da década, a economia mostrou sinais de revitalização e transformou o país. A família de Ignácio, o menino protagonista, muda-se para Valência em busca de prosperidade. Na Espanha daquela época, os movimentos migratórios rumavam para a Catalunha – a Andaluzia imigrou inteira para lá - ou para os países bascos, que já estavam com uma economia mais madura. Muita gente também foi para a Alemanha. A minha família migrou de Castilla La Mancha, no sul do país, para Extremadura, que era um pouco melhor economicamente. Na época, a Espanha era um país bastante sombrio, devastado por uma grande repressão e uma ditadura ainda muito presente. Levaram-se 20 anos para que essa ditadura terminasse. Como o menino do filme, recebemos uma educação religiosa. Esta era a única opção – e, no meu caso, ganhei uma bolsa de estudo. Quando isso acontecia, agarrávamos a chance – era a única oportunidade de estudar. Este é o momento em que entramos no filme. Para mim, esta foi uma maneira de explicar o tipo de educação que recebi dos padres.

E foi uma má educação?

Em espanhol, “educação” tem dois significados – a educação acadêmica e a educação que designa os bons modos. Dada a educação que recebi, passada exclusivamente sobre a forma de culpa e castigo, acredito que seja um milagre eu estar aqui hoje dando esta entrevista.

Por que o senhor escolheu a cidade de Valência para este filme?

A ditadura acabou em 1975, mas começamos a respirar ares de liberdade apenas por volta de 1977. Valência era uma das cidades espanholas mais divertidas e mais abertas. Assim como Barcelona, Valência também era muito receptiva a todas as diversas condutas sexuais. Por isso, Ignácio, agora com tetas, decide ficar em Valência. Por outro lado, sua mãe, quando ficou viúva, foi viver com uma irmã do marido na Galícia, bem longe de onde viviam seus dois filhos.

O personagem de Padre Manolo também se originou na vida real?

Sim. Também tirei este personagem da minha biografia. Não conte para ninguém, mas, no colégio onde estudei, havia um sacerdote que tinha um verdadeiro harém de meninos - ressalto que eu não estava incluído. A cidade inteira sabia daquilo. Era um escândalo tal que o diretor do colégio teve de transferi-lo para um lugar onde não havia meninos pequenos, apenas adolescentes e adultos. A igreja nunca demite, apenas transfere. Dez anos mais tarde, encontrei-me com este padre nas ruas de Madri. Ele disse que tinha deixado a igreja e, para a minha surpresa, havia casado e tinha um filho pequeno. Minha impressão é de que a primeira coisa que estes padres faziam, ao deixar a igreja, era casar e ter uma vida normal. Mas depois acho que seus instintos sexuais acabavam voltando à tona acentuadamente.

É esta a virada do filme?

Se eu deixasse o filme simplesmente mostrar o abuso de poder de Padre Manolo sobre o menino Ignácio, o filme acabaria caindo em um certo maniqueísmo. O que mais me interessou era voltar ao Padre Manolo quando ele já não era mais sacerdote, quando já era marido e pai de um filho pequeno. Sem dúvida, é aí que o filme ganha sua tensão dramática. Este senhor reencontra seus dois alunos - Ignácio, transexual, e o Enrique, que tinha se transformado em diretor de cinema. E ambos o odeiam. Um deles escreveu um conto sobre o assunto, e o outro adaptou este conto para o cinema.

Então, ao seu ver, a história não se completaria somente com os acontecimentos da infância dos meninos...

Acho que o filme encontra sua natureza quando eles formam novamente o triângulo que havia se criado no colégio, mas, desta vez com um novo elemento: o irmão mais novo de Ignácio, interpretado por Gael. Tratei de mostrá-lo o mais jovem possível, um adolescente. A beleza e a atração do personagem de Gael representam para o padre o que aquele menino de que ele gostava na época da escola poderia ter sido na adolescência. Na verdade, aquele menino se tornou um travesti, mas o ideal que ele tinha em mente era a imagem de Gael.

O senhor acha que o padre da sua infância viu “Má Educação”?

Esta é uma pergunta que me faço todos os dias. Mas acho que ele viu, sim.

A Igreja se manifestou sobre o filme?

Não. Ninguém me procurou.

A cinematografia de “Má Educação” parece retornar aos primeiros anos da sua carreira. O senhor concorda?

Acho que foi uma boa idéia ter chamado José Luis Alcaine, o fotógrafo de “Mulheres à beira de um ataque de nervos” e de “Ata-me”. Não estou certo de que voltei no tempo. Mas acho que “Má Educação” é uma espécie de antologia de todos os temas com os quais me preocupo e que fizeram parte dos meus filmes. Trata-se de uma nova visão sobre um tema que já desenvolvi em um filme chamado “A Lei do Desejo”. Precisei fazer os 14 filmes anteriores para poder fazer “Má Educação”. Para se fazer um filme tão duro, não se precisa ter passado por uma vida tão difícil. Mas se deve ter um certo amadurecimento. Até porque, o final deste filme foi, sem dúvida, o mais duro de todos os meus filmes.

Como este amadurecimento o influenciou como diretor?

Os filmes que dirigi durante a juventude podiam ser classificados como comédias urbanas. A idade adulta me levou a fazer dramas intensos, barrocos. E agora a idade está batendo na minha porta – ainda que eu não queira abri-la, ela bate insistentemente. E isso tem me levado ao cinema noir, um gênero de filme que adoro e já queria ter feito. Mas, até agora, não me sentia suficientemente maduro para isso.

No começo, o senhor sempre filmou em Madri. Quando foi a primeira vez em que saiu da cidade com os seus filmes?

Foi em “Tudo Sobre Minha Mãe”. Levei o personagem para Barcelona, onde fica o bairro Montserrat. Tratava-se de uma mulher que se sentiu acolhida naquele lugar, depois de uma imensa dor. Ela vai atrás do pai de seu filho – o pai era um travesti, chamado Lola. Na época em que Lola colocou os seios, no final dos anos 70, Barcelona, muito mais do que Madri, era o lugar onde os travestis começavam os tratamentos para tirar a barba. Depois iam a Paris, colocavam seios, e voltavam a Barcelona – trabalhavam no bairro chinês, que acolhia calorosamente todos os travestis que chegavam com seios novos. Inclusive, entre os adolescentes de Barcelona, há uma tradição que passa por ter visitado alguma vez el campo - não é um campo de verdade, mas é perto do estádio de futebol. Lá, eles têm uma iniciação chamada “mamada rápida”. Estou falando sério. Barcelona é uma cidade que oferece muito mais ao mercado transexual do que Madri – há uma grande clientela.

E Lola foi baseado em algum personagem real?

Sim. Tratava-se de um homem casado (com uma mulher), que foi para Paris, colocou seios enormes. Dois anos depois, retornou a Barcelona para os braços da mesma esposa. Ela levou alguns dias para se acostumar com os seios do marido, mas acabou se acostumando. Continuaram casados e chegaram a abrir um negócio juntos – um bar na praia. Ele desfilava de biquíni e atirava-se em todos os meninos que passavam. Mas, quando a esposa vestia minissaia, ele se irritava e a proibia. Este é o melhor exemplo de machismo que já vi.

[ by Tania Menai ]

domingo, 11 de julho de 2010

POETA MARIANO

Amigos, leitores, artistas, jornalistas:
Comunico, aos que ainda não sabem, a minha saída da editoria da revista de cultura Correio das Artes, suplemento do jornal A União, do governo do Estado da Paraíba.

De maio de 2009 a junho de 2010, foram 13 números que produzi com a equipe do corpo técnico de A União, mais a indispensável generosidade dos vários colaboradores do Brasil e do exterior (12 números da periodicidade mensal e um especial sobre Machado de Assis). Coube a mim a coordenar a edição histórica dos 60 anos do Correio das Artes, o mais antigo suplemento literário em circulação no país.
Caiu no meu colo o encargo também de coordenar os concursos literários Correio das Artes 60 anos (um de redação escolar em nível estadual e dois para livros de contos e poemas, em nível nacional), o que muito me sugou, pois eu ainda tinha que conciliar dois turnos de expediente no meu trabalho no INSS, funcionário público federal concursado que sou desde os 20 anos de idade.
Saio sem poder ter levado a cabo um projeto ambicioso que seria a digitalização de todos os números do Correio das Artes desde 1949 para disponibilizar online ao público, como o soube conduzir o editor Fabrício Marques do Suplemento Literário de Minas Gerais; saio sem ver um desejo mínino que seria testemunhar as 631 escolas estaduais da Paraíba receberem pelo menos um exemplar da revista, tornando o Correio das Artes um material pedagógico auxiliar para os alunos de ensino fundamental e médio; saio sem poder ter viabilizado a independência da revista como publicação, com assinaturas para todo o país, o que foi uma procura constante de leitores de outros estados. Como muitos de vocês sabem, quando se lida com o lado oficial, nem tudo que se quer é possível. Rotas de colisão existem. Poupemo-nos dos detalhes.
Fica, porém, a certeza de que primei pela democratização do espaço, sendo a publicação um bem público. Por isso mesmo, em momento nenhum deixei que minhas preferências por este ou aquele movimento estético interferisse neste processo. Sendo um bem público, como sempre enfatizei nos editoriais, o suplemento Correio das Artes esteve aberto da tradição e à experimentação, abrigando novos e veteranos.
Agradeço a todos a colaboração e me desculpo pelos muitos textos que estavam à espera que não pude levá-los a público. Agradeço as várias manifestações de solidariedade que tenho recebido, entre elas a dos amigos poetas Sérgio de Castro Pinto, André Ricardo Aguiar, Lau Siqueira e a do desembargador José Di Lorenzo Serpa, também poeta.
Pela parceria, fica um abraço a Linaldo Guedes, meu antecessor. Ao meu sucessor, Astier Basílio, boa sorte.
Recolho-me um pouco para a minha vida pessoal que estava prejudicada pelo acúmulo de trabalho e para cuidar de minha obra literária, também prejudicada.
Brevemente voltarei com o projeto Tome Poesia, Tome Prosa que criei e conduzia desde 2004, também interrompido por falta de tempo e de energia física.
Ficam meus contatos:
antoniomariano@yahoo.com
antoniomarian@gmail.com
Orkut:
http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=14145726454759270226
Twitter:
http://twitter.com/antonio_mariano

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A edição de junho de 2010, meu último trabalho de editor do Correio das Artes, traz em sua capa com o título "Memória Resgatada" uma homenagem a Antônio Barreto Neto, um dos grandes críticos cinematográficos da Paraíba.
Constam da edição, entre outros, Gonzaga Rodrigues, o próprio Barreto Neto com um ensaio sobre o cinema de Glauber Rocha, todos publicados no livro "Cinema por Escrito", que saiu sob a chancela de A União.
Esta edição consta também com colaborações de Márcia Maia que publica o conto "Cinema mudo";
Claudio Portela com a resenha sobre a biografia de Rimbaud escrita por Edmundo White; Walter Ramos de Arruda nos traz a crônica "A mulher invisível";
Amador Ribeiro Neto, em sua coluna Festas Semióticas, traz o texto "Vivacidade do Tropicalismo";
O poeta e tradutor Paulo Henriques Britto, vencedor do Prêmio Portugal Telecom de Literatura Brasileira em 2004, nos presenteia com o um poema inédito: "Pequeno manual de retórica";
Ricardo Anísio está nas páginas duplas da revista com seis poemas de seu livro inédito "Florilégio";
O poeta e escritor português radicado no Brasil, Luís Estrela de Matos, comparece com três poemas";
Poemas de "Escritor no ônibus", livro de Jairo Cézar, selecionado pelo edital Novos Escritos, da Funjope;
Ronaldo Cagiano comparece com poemas traduzidos do argentino Rodolfo Alonso;
João Batista de Brito, na sua coluna Imagens Amadas, escreve sobre o lado ruim da cinematografia de Alfred Ritchcock;
Analice Pereira escreve sobre o filme argentino "O segredo dos seus olhos", vencedor do Oscar 2010 de melhor filme estrangeiro;
O poeta pernambucano Ângelo Monteiro presta uma homenagem a um conterrâneo falecido recentemente, o também poeta José Manuel Capêlo;
Jomard Muniz de Britto escreve sobre a exposição do paraibano Raul Córdula;
Joacil de Brito Pereira faz uma incursão por um Brasil de outrora, embalado pela poética de Murilo Bernardo;
José Bezerra Cavalcante escreve sobre Aliados Poemas e Bola Brasil, novo livro de Jomar Morais Souto;
Hildeberto Barbosa Filho, em sua coluna Convivência Crítica, escreve sobre Joacil de Brito Pereira e José Américo de Almeida;
Rinaldo de Fernandes, em sua coluna Rodapé, Ponto de Vista Crítico dá continuidade ao tema "Machado de Assis e o Sadismo".
As ilustrações desta edição são asssinadas por Tônio, Nivaldo Araújo e João Lobo
A editoração eletrônica ficou a cargo de Júnior Damasceno e Ulisses Demétrio.
Esta e outras edições a meu encargo podem ser conferidas no site:
http://www.auniao.pb.gov.br/v2/index.php?option=com_content&task=blogcategory&id=58&Itemid=67

Muita poesia e boa prosa.
Antônio Mariano
(Editor de maio/2009 a junho/2010 do Correio das Artes)

quinta-feira, 8 de julho de 2010

OFICINATEATRO

O trabalho do ator – eis o tema da oficina que será ministrada pelo especialista Alex Cassal, no dia 13/07, no Sesc Centro João Pessoa. Alex é ator e diretor radicado no Rio de Janeiro e virá a Paraiba por conta do Projeto Palco Giratório, desenvolvido em todas as regiões do Brasil pelo Sesc – Serviço Social do Comércio. Os horários de realizações da oficina será de 8h às 12h e 14h ás 18h, sendo que as inscrições já estão abertas no Setor de Cultura da entidade comerciária, mediante doação de 2Kg de alimentos não perecíveis para o Banco de Alimentos do SESC/SENAC.

Nesta oficina, compartilhamos com os alunos um pouco da nossa prática na criação do espetáculo "Ele precisa começar", com algumas das ferramentas desenvolvidas em nosso processo criativo, exercícios físicos, jogos teatrais, jogos de percepção, trabalhos com texto, estudo das relações cênicas entre ação e narração, e a técnica de improvisação "View Points", criada e desenvolvida pela diretora Anne Bogart. Afirma Alex Cassal, que também integra a equipe que traz à Paraiba o espetáculo "Ele precisa começar", com apresentação definida para o dia 14/07 em João Pessoa e 17/07, em Campina Grande.

Cassal reforça ainda que a oficina pretende estimular o material de trabalho e cada participante, seus próprios recursos corporais, vocais, e imaginativos, buscando abrir vias de acesso para novas abordagens criativas e artísticas.



Quem é o ministrante:

Alex Cassal nasceu em Porto Alegre em 1967, trabalhou nos anos 80 e 90 com os grupos teatrais gaúchos Oi Nóis Aqui Traveiz e Alcatéia. Foi um dos fundadores do Movimento de Grupos de Teatro de Rua de Porto Alegre, no qual contribuiu na busca de novas diretrizes para a arte em espaços públicos.
No Rio de Janeiro desde 1996, atua no território de cruzamento entre dança e teatro, performance e artes visuais, colaborando com artistas como Enrique Diaz, Dani Lima, Gustavo Ciríaco, Denise Stutz, Alice Ripoll e Felipe Rocha.

Em 2002, foi um dos dez artistas brasileiros selecionados para o projeto Dialogue Sessions RJ Springdance, com Thomas Lehmen, Jan Ritsema e Helena Katz. Em 2005, foi um dos realizadores do evento V::E::R - 1º Encontro de Live Art do Rio de Janeiro, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage.

Foi selecionado pelo Programa Rumos Itaú Cultural Dança 2006/2007 com dois projetos: a coreografia “Gêmeos” e o videodança “Jornada ao umbigo do mundo”, já exibido em festivais de cinema ou dança em países como Uruguai, Argentina, Chile, México, Alemanha, Grécia, Espanha, Croácia, Itália e Japão.
Em 2008, foi selecionado para o Programa de Residências Artísticas para Criadores de Iberoamérica e passou três meses no México, coordenando um projeto de pesquisa coreográfica para espaços urbanos. Em 2009, participou dos projetos Estúdios e Cartões de Visita, em Lisboa, promovidos pelo coletivo Mundo Perfeito, do diretor Tiago Rodrigues.

Em 2010, colabora com o diretor carioca Enrique Diaz na nova produção do Coletivo Improviso, "Otro".

terça-feira, 6 de julho de 2010

LITERATURAESOLIDARIEDADE

TEMPO BOM,

Escritores no Nordeste organizam antologia de contistas contemporâneos para ajudar vítimas das enchentes no interior do estado


Nos últimos dias, alguns estados do Nordeste, entre eles Pernambuco, têm atravessado um momento difícil devido às enchentes provocadas pelas chuvas. A antologia de contos Tempo bom, foi organizada com o intuito de ajudar as vítimas das enchentes nos municípios pernambucanos mais atingidos.

Organizada pelos escritores Sidney Rocha e Cristhiano Aguiar, a antologia, que será publicada pela editora Iluminuras, reúne um elenco de destacados ficcionistas contemporâneos. Além de nomes como Ronaldo Correia de Brito, Marcelino Freire, Alberto Mussa, Raimundo Carrero, Xico Sá, e Nelson de Oliveira, Tempo bom, abre espaço para escritores menos conhecidos como Gustavo Rios, Nivaldo Tenório, entre outros. Entre os paraibanos, o estreando Astier Basílio e o escritor Rinaldo Fernandes.


Todos os autores, bem como a editora Iluminuras e demais parceiros do projeto, abriram mão dos direitos autorais e dos direitos de lucro. Desta maneira, toda a venda dos exemplares será revertida em prol das vítimas das enchentes.

Com parcerias já estabelecidas com a Livraria da Travessa e a Livraria da Vila, Tempo bom, será lançada simultaneamente nas cidades de São Paulo, Recife, Salvador, Feira de Santana, Juazeiro da Bahia, Petrolina, Juazeiro do Norte, Crato, Fortaleza, João Pessoa no dia 09 de julho a partir das 18h30.

Serviço:

Lançamento antologia de contos Tempo bom, (Editora Iluminuras)

Cidades de lançamento: São Paulo, Recife, Salvador, Feira de Santana, Juazeiro da Bahia, Petrolina, Juazeiro do Norte, Crato, Fortaleza, João Pessoa

Local de lançamento: O Sebo Cultural

Data: 09 de julho

Horário: a partir das 17h30

Contato: 9903 72 62 (Astier)

Sidney Rocha (81) 9643-2282 - sidneyrocha1@gmail.com Cristhiano Aguiar (81) 8555-7220 – cristhianoaguiar@gmail.com

Heriberto Coelho de Almeida
O Sebo Cultural
Fones: 0xx 83 3222 4438/3241 1423
Site: www.osebocultural.com
Orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=10010392641613381659

sábado, 3 de julho de 2010

RADEGUNDES

Falar das pessoas que morrem é fácil. Principalmente quando a gente a julga amiga da gente. O difícil é conviver com a falta física do amigo. Por isso que sempre que posso louvo os amigos em vida. Justamente pra não ter que escrever quando eles morrem. Ah! A morte! Essa filha do acaso que a tudo leva, puxa, esconde da gente. A Paraíba é pródiga em artistas e mais ainda em talentos exuberantes como era e é Radegundis Feitosa. O homem que tinha uma gargalhada que era uma assinatura de tão pessoal. Bastava ele rir, que mesmo de longe, todos diziam: Radegundis Feitosa! Mas era com um trombone de vara na mão que a gente descobria sua eterna grandeza.

Deus lhe deu o talento de fazer de um trombone de vara uma extensão da sua vontade. É como se você colocasse Radegundis em agudos e graves. De alma inteira se entregava ao trombone como se ele fosse parte de si. Quem teve o privilégio de vê-lo em execução sabe do que estou falando. Dizem que ele era o maior trombonista de vara da atualidade. Isso agora pouco importa, pois a quinta feira passada se fez de vampira do dia e o levou pra longe da gente. Junto com ele mais três grandes músicos: Roberto Ângelo, Adenilton França e Luiz Benedito. Realmente o céu ganhou um quarteto e tanto. Não culpo o bom gosto de Deus, mas tinha que ter sido agora? Isso é o que não nos conforma.

Radegundis é da mesma fibra que foi feita Sivuca e Canhoto da Paraíba. Os três podem ser citados como exemplo de virtuosidade na musica. Cada um com seu instrumento. Outro que merece destaque é Jackson do Pandeiro com seu gingado e ritmo. Tem horas que fico a imaginar qual é mesmo o propósito de Deus quando nos manda pessoas como essas. O que ele quer nos dizer com isso? Será que é pra nos mostrar que a gente pode e deve ser melhor do que é? Pois os vendo em êxtase na execução dos seus talentos, nos causa uma alegria e uma certeza de que realmente Deus fez o homem/mulher para um bom propósito. Os `políticos' e os banqueiros é que acabam com eles.

Imagino como não deve estar seus parceiros na musica. Alunos, companheiros de batente, da noite. O seu amor, seus filhos e toda essa dor no meio do mundo. Xisto, Teinha, Bebé de Natércio. Seus amigos e colegas da Orquestra Sinfônica da Paraíba. O Sexteto de Trombones. Os maestros amigo deles. Uma desolação só. Mas agora só nos resta a lembrança. O testemunho gravado para a eternidade de um grande músico paraibano que tinha tanto ainda a nos dar, proporcionar. E a gargalhada? Ficar sem ouví-la será um silêncio ensurdecedor. Que vá em paz. Que Deus os guarde junto de si. E obrigado por existirem e nos ter causado tanta emoção.

Ivaldo Gomes