terça-feira, 20 de setembro de 2011

V CINEPORT - FESTIVAL DE CINEMA DE LÍNGUA PORTUGUESA 2011 EM JOÃO PESSOA NA PARAÍBA PELA TERCEIRA VEZ.



Produtora Cultural Ednamay Cirilo Leite divide a cena com as atrizes do teatro e do cinema paraibano Soia Lira e Marcela Cartaxo e nossa cantora autoral Eleonora Falcone
Festival Cineport começa nesta segunda e movimenta cenário cultural

Nesta segunda-feira (19) João Pessoa se transforma na capital do cinema da língua portuguesa. A 5º edição do Cineport, que neste ano homenageia a Cidade do Cabo, promete movimentar o cenário cultural e promover o intercâmbio entre mais de sete países. O público estimado para o evento, que será realizado na Usina Cultural da Energisa até o dia 25 deste mês, é de cerca de 50 mil participantes. A Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) apoia o projeto.

Com o objetivo de integrar e promover o mercado cinematográfico dos países de língua portuguesa, o Cineport irá reunir personalidades ligadas ao audiovisual de diversos países, estimulando o intercâmbio cultural, promovendo encontros, seminários, painéis, debates, conferências, mostras, lançamentos de publicações, DVDs, filmes e vídeos.

Esta será a terceira edição do evento realizado em João Pessoa e faz com que o Cineport entre nos roteiros turísticos culturais da Capital, que agregam conhecimento e bagagem cultural para os turistas, promovendo e valorizando os atrativos regionais.

Para este ano, estão sendo esperados participantes da Angola, Cabo Verde, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor Leste e de diversas partes do Brasil.

Segundo o secretário de Turismo João Pessoa, Francisco Linhares, o evento fortalece o calendário cultural da cidade. "O Cineport proporciona aos pessoenses e visitantes a oportunidade e a opção de participar de um evento que agrega experiências importantes dos países de língua portuguesa na promoção de um dos mais relevantes segmentos da economia criativa no mundo”, enfatiza Linhares.

O Cineport é realizado pela Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho, patrocinado pela Energisa por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura e tem o apoio pelo Governo do Estado da Paraíba e da Prefeitura de João Pessoa.

Turismo – Durante o evento, a Setur e a PBTur disponibilizarão Posto de Informações Turísticas (PITs), com objetivo de auxiliar as pessoas que visitam a cidade, tirando as dúvidas mais frequentes e dando informações sobre a história, localização de meios de hospedagem, agenciamento, alimentação, transportes e os principais atrativos de João Pessoa.

Filmes concorrentes – Neste ano, a escolha prévia dos vencedores do Troféu Andorinha Longa aconteceu por meio de um júri composto por renomados críticos de cinema e jornalistas da área: Carlos Alberto Mattos, que presidiu os trabalhos, José Geraldo Couto, Marcelo Miranda e Renato Félix, representantes do Brasil; e Luisa Sequeira, Carla Fernandes, Rui Tendinha e António Loja Neves, representantes de Portugal e África.

Já os filmes da Competição Troféu Andorinha Curta foram selecionados por um júri formado pelo cineasta e documentarista Marcos Pimentel, que presidiu os trabalhos; pelo cineasta Rafael Conde; pelo jornalista Fernando Trevas e pelo cinéfilo Alexandre Moreira.

Nas categorias animação, documentário e ficção foram selecionados 33 filmes, que serão apreciados durante o Festival por um júri composto por Antônio Loja Neves, da África, Kátia Machado, do Brasil, e Kátia Salgueiros, de Portugal.

Os filmes inscritos para o Prêmio Energisa Estímulo ao Audiovisual Paraibano serão exibidos e analisados também durante o Festival. O vencedor será julgado por uma comissão formada por Rodrigo Areia, de Portugal, e Luís Carlos Lacerda e Carlos Alberto Matos, ambos do Brasil.



Homenageada - Com 17 anos de carreira, Sara Tavares possui uma identidade musical capaz de integrar diversos elementos, sejam eles africanos, portugueses ou universais. Partindo da música soul americana que cantava na adolescência, ela passou pela intensidade espiritual do gospel até chegar a uma sonoridade muito própria ou mesmo única. Hoje, é uma das maiores representantes de uma musicalidade que nasce em Lisboa, mas que se inspira no passado africano.


PROGRAMAÇÃO DE ABERTURA DO CINEPORT

DIA 19 – SEGUNDA FEIRA

19h30

Inauguração da Sala Vladimir Carvalho

A sala é uma homenagem ao cineasta e documentarista paraibano, que integrou o movimento Cinema Novo, tornando-se um dos mais importantes cineastas brasileiros pela sua cinematografia documentária inovadora.

19h45

Livraria da Usina

Lançamento do Livro

Um Olhar na Música Popular - Cristina Granato

O livro comemora as três décadas de vida profissional da jornalista e fotógrafa Cristina Granato, detentora de uma obra documental de alta relevância sobre a vida musical e cultural carioca. As imagens registradas por Cristina contam a história da música popular brasileira nos palcos do Rio de Janeiro desde 1978.
20h

Sala Vladimir Carvalho

Sessão Prêmio Energisa – FIC

Negócio de menino com menina, de Marcus Vilar – 8'

As folhas, de Deleon Souto –14'

Borra de café, de Aluizio Guimarães – 18'

Antoninho, de Laércio Ferreira – 24'

Um céu de boca beijada, de Pablo Maia – 7'

Cinemameu, de Rodrigo A. Quirino – 13'

Escravos de Jô, de Daniel Araújo Rodrigues – 20'

Tenda Andorinha

Abertura do Festival Cineport

Paraiwa - Pontão de Cultura da Caatinga

O Pontão de Cultura Digital - Multivisualnet Caatinga é um projeto do Paraiwa – Coletivo de Assessoria e Documentação com o patrocínio do Ministério da Cultura/Secretaria de Cidadania Cultura/Programa Cultura Viva, que tem o objetivo de capacitar 105 jovens e 35 professores em Tecnologia da Informação e Comunicação, capacitando-os no uso de recursos da linguagem audiovisual, de seis municípios da Paraíba e um de Pernambuco, produzindo conteúdos multimídia sobre o Bioma Caatinga.

Filme - Catolé do Rocha - Casa do Beradêro – 5'

Cabo Verde - País Homenageado

Fragmentos de Mindelo

Mindelo é a capital cultural de Cabo Verde. Gerações de escritores, pintores, cantores, intelectuais constituíram ao longo do tempo a expressão máxima da arte e do pensamento cabo-verdiano. Fragmentos da vida de seus habitantes revelam a força de sua história, a beleza de sua criatividade e sobretudo a resistência contra os flagelos da vida mindelense, porto de encontro de diversas nacionalidades. 75'

22h

Sala Vladimir Carvalho

Sessão Prêmio Energisa – FIC

Paraiwa - Pontão de Cultura da Caatinga

Filme – Movimento estudantil de 69 – 5'



Metafísica, de Eduardo Gomes – 12'

Direita, de Marcelo Quixaba Gonçalves – 5' 13”

Viventes, de Jacinto Moreno – 18'

Na companhia dos faisões, de Silvio Sá – 17'

P.S. Dama, de Everaldo Vasconcelos – 27'

Mais denso que sangue, de Ian Abe – 15'

O hóspede, de Anacã Agra e Ramon Porto Mota – 17'


Tenda Andorinha

Sessão Andorinha Filme Vencedor

Melhor Atriz Coadjuvante – Catarina Wallenstein (Portugal)

Filme - Um amor de perdição

Esta poderia ser a história de um encontro entre Simão (Tomás Alves) e Teresa (Ana Moreira), sob fundo de conflito entre duas famílias da burguesia portuguesa. Simão é um adolescente quase criança, solitário, intransigente, narcisista, destrutivo e suicida que atrai como uma aura fatal, uma luz negra, a maior parte das pessoas com quem se cruza. Mas Teresa existe, ou é apenas uma ideia, uma imagem, um reflexo? Teresa é uma aparição. Um pretexto para uma revolta amoral e violenta, para um amor de perdição.

23h

Tenda Música

Show

Udigrudi Paraibano Livre

O músico FábbioQ e a jornalista Olga Costa apresentam show com um time de músicos do Udigrudi paraibano no palco do Cineport.

CULTURA DO PT NACIONAL

Comissão da Verdade mobiliza artistas e intelectuais e pode ser votada esta semana

Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos, deverá acompanhar a entrega do manifesto ao presidente da Câmara

Personalidades da academia e do mundo artístico lançaram manifesto em apoio à criação da Comissão da Verdade. Nomes como Leonardo Boff, Emir Sader, Marilena Chauí e Fernando Morais estão à frente da iniciativa, que já conta com as adesões dos cantores e compositores Chico Buarque e Caetano Veloso e da cantora Alcione.

A ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos, deverá acompanhar a entrega do manifesto ao presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), em visita que ocorrerá nesta quarta-feira (21).

“A democracia não nos foi dada, ela foi conquistada por uma geração que não se calou diante da opressão. A experiência vivenciada naquele período de repressão marcou vidas e foi capaz de mudar a história, mas ainda não podemos celebrar a democracia se não tivermos pleno conhecimento das violações cometidas nesse passado tão recente”, diz o manifesto (confira a íntegra abaixo).

O PL 7376/10 - que cria o órgão - depende da costura de um acordo de lideranças para ser votado ainda esta semana.

Na opinião do deputado Emiliano José (PT-BA), o manifesto expressa um amplo clamor da sociedade. “Corresponde a um anseio nacional. Estes artistas e intelectuais estão em consonância com o anseio da sociedade brasileira pela verdade e pelo respeito à memória histórica, pela reconciliação nacional. A Comissão da Verdade será um passo adiante na consolidação da democracia no Brasil e os criadores do manifesto estão sintonizados com esta perspectiva”, comemorou Emiliano José, ex-preso político da ditadura encerrada em 1985.

Para o deputado Alessandro Molon (PT-RJ), “é fundamental o maior apoio social possível para a criação da Comissão da Verdade”.

Em artigo para o site da revista Carta Capital, o deputado Zeca Dirceu (PT-PR) sintetizou as razões que justificam a criação da comissão. “Apesar dos avanços democráticos, algumas cicatrizes deixaram estampadas as marcas de uma ação desumana e cruel: a tortura, a morte e o desaparecimento de centenas de brasileiros. Ainda hoje não se sabe o número exato dessas vítimas, mas certamente somam-se as centenas. A Comissão da Verdade busca apenas reparar esses erros. Não há qualquer sentido de vingança, de arbítrio ou de caça às bruxas.”, afirma Zeca Dirceu no texto.

Rogério Tomaz Jr.

Manifesto de apoio à criação da Comissão da Verdade

As oportunidades da vida nos levaram ao caminho da arte, da música e do espetáculo e, ao seguirmos esses passos, nos transformamos não apenas em artistas e intelectuais, mas em militantes da liberdade, já que temos a possibilidade de expressar nossas ideias e nossos sonhos na linguagem da arte e do conhecimento.

A democracia não nos foi dada, ela foi conquistada por uma geração que não se calou diante da opressão. A experiência vivenciada naquele período de repressão marcou vidas e foi capaz de mudar a história, mas ainda não podemos celebrar a democracia se não tivermos pleno conhecimento das violações cometidas nesse passado tão recente.

O que nos move nesse momento é a esperança de que os parlamentares possibilitem a atual e as futuras gerações o conhecimento desses fatos, para sabermos a verdadeira verdade. Como defensores da livre expressão do pensamento e da democracia, manifestamos ao Congresso Nacional nosso desejo de aprovação do Projeto de Lei 7.376/2010, que cria a Comissão Nacional da Verdade para que essas violações sejam lembradas e conhecidas pelo povo brasileiro, pois essa é a única forma de garantirmos que isso nunca mais aconteça.

Chegou a hora da verdade que o Brasil tanto espera.

Site Liderança do PT na Câmara