PARAÍBA
João Pessoa inscreve oficinas culturais
A Fundação de Cultura da Prefeitura Municipal de João Pessoa abriu edital de seleção e remuneração de propostas para oficinas culturais em 2012. As inscrições acontecem do dia 19 de março a 03 de abril, das 14h às 18h, na sede da Funjope. Podem participar propostas nas áreas de artes visuais, dança, audiovisual, música, artes cênicas, cultura popular, literatura, comunicação, culinária, entre outras. Os 100 melhores autores de projetos serão escolhidos para ministrar oficinas culturais nos bairros da Capital, com o apoio de até R$ 1,2 mil para os custos de execução. Mais informações no site da Prefeitura: www.joaopessoa.pb.gov.br.
Oficina de Circo Teatro oferece bolsas para estudantes de rede pública
Estão sendo oferecidas 16 bolsas para a oficina “Evoluções Aéreas”, ministrada pela Trupe Arlequin de Circo Teatro. A iniciativa é da Fundação Espaço Cultural da Paraíba e destinada a estudantes da rede pública de ensino, que podem participar fazendo a sua inscrição no Teatro de Arena da Funesc. No ato da matrícula é necessária a apresentação da declaração da escola pública que o aluno estuda. Mais informações pelos telefones (83) 8730-8183 / 8763-9965 / 9977-5838. Acesse o site da companhia: www.trupearlequin.com.br.
Cursos de Tecnologia da Informação e Comunicação
Nos meses de Março e Abril, o Pontão de Cultura Multivisualnet Caatinga realizará dois cursos de Tecnologia da Informação e Comunicação, com 100 horas aula, durante 04 semanas, 100 horas em Campina Grande e 100 horas em Sousa, com apoio da UEPB e do CCBNB. As atividades são ministradas quinzenalmente, com vagas abertas para dois gestores ou monitores por Pontos de Cultura que tenham o audiovisual e a multimídia como instrumento de capacitação e desenvolvimento comunitário. Mais informações no blog da Regional Nordeste do MinC: culturadigital.br/mincnordeste.
sábado, 17 de março de 2012
Falar a linguagem do povo enfatizando a consciência social e cultural é uma das grandes características de uma rádio comunitária. Nobre função que pode ser ouvida até mesmo em alguns dos clássicos da nossa MPB. Em 1987, o cantor e compositor pernambucano Alceu Valença gravou a canção FM Rebeldia, interpretando um sonho musical e revolucionário.
Composta com o parceiro Marcelo Peixoto, a música fala sobre uma luta de classes, entre o morro e a cidade. Misturando samba e baião, Alceu identifica a comunicação no rádio como a principal arma da maioria, tendo ela o poder de mobilização e conscientização. Regravada também por Ney Mato Grosso e Margareth Menezes, FM Rebeldia passa em sua letra, uma mensagem direta e comprometida com a comunidade. Um relato de um sonho, que em forma de canção, traduz o poder da comunicação comunitária hoje e sempre.
FM Rebeldia
Alceu Valença / Marcelo Peixoto
Um dia eu tive um sonho
Que havia começado a grande guerra
Entre o morro e a cidade
E o meu amigo Melodia
Era o Comandante-em-Chefe
Da primeira bateria
Lá do morro de São Carlos
Ele falava, eu entendia
Você precisa escutar a rebeldia
Pantera Negra, FM Rebeldia
Transmitindo da Rocinha
Primeiro comunicado
O pão e circo e o poder da maioria
Um país em harmonia
Com seu povo alimentado
E era um sonho ao som
De um samba tão bonito
Que quase não acredito
Eu não queria acordar
Pantera Negra, FM Rebeldia
Transmitindo da Rocinha
Primeiro comunicado
Um dia desses
Alguém falava, eu entendia
Nós precisamos conviver em harmonia
Ele falava, eu entendia
Você precisa escutar a rebeldia
Pantera Negra, FM Rebeldia
Transmitindo da Rocinha
Primeiro comunicado
O pão e circo e o poder da maioria
O país bem poderia
Ter seu povo alimentado
Bruno Caetano
do blog ¨ ZUMBI DOS PALMARES¨ e da RADIO COMUNITÁRIA AM DA TABAJARA
Quero informar aos demais amantes do bloco ANJO AZUL que anualmente poetas, músicos autorais, amigos do bloco em geral fazem homenagem ao bloco com novas letras e músicas, porém apenas um hino está gravado oficialmente como a música do bloco é o ANJO AZUL de Mestre FUBA que está no CD DE BEM COM A VIDA faixa -5.
ALÔ COMUNIDADE no ar Nesta edição você vai ouvir a primeira parte da entrevista que o jornalista Dalmo Oliveira fez com o Coordenador-executivo da ABRAÇO Bahia, professor Jonicael Cedraz. Nos estúdios da Tabajara AM, a presença da jornalista, agitadora cultural e carnavalesca Ednamay Cirilo falando sobre a agremiação Anjo Azul, que completa 18 anos de atividades no carnaval de prévias de João Pessoa, Tem ainda a música de Gessé Gel e do mestre Fuba, com o hino oficial do bloco Anjo Azul.
Clique no link: http://www.youtube.com/watch?v=Yts_qIf2mzU&list=UUmQ2QunjyVJrwC6t-_WxfhQ&index=1&feature=plcp Postado por RÁDIO COMUNITÁRIA ZUMBI DOS PALMARES FM às 06:30 0 comentários
Clique no link: http://www.youtube.com/watch?v=Yts_qIf2mzU&list=UUmQ2QunjyVJrwC6t-_WxfhQ&index=1&feature=plcp Postado por RÁDIO COMUNITÁRIA ZUMBI DOS PALMARES FM às 06:30 0 comentários
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
CARNAVAL NO RÁDIO
Neste sábado, vai ter carnaval no “Alô comunidade”
Quelyno Sousa é poeta e compositor
O programa vai lançar o hino do bloco “Anjo Azul”, autoria do poeta Quelyno Sousa e da escritora Jô Mendonça.
Alceu Valença ataca de FM Rebeldia, o hino das rádios comunitárias e livres.
A rádio comunitária de Mari se defende de acusações de autoritarismo e partidarismo.
O cantor itabaianense Wagner Lins mostra seu romantismo qualificado.
Folia de Rua dá as caras e levanta os estandartes.
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ALÔ COMUNIDADE é um programa produzido pela Rádio Comunitária Zumbi dos Palmares e transmitido pela Rádio Tabajara (1.110 AM) e mais sete rádios comunitárias da Paraíba. Produção e apresentação de Fábio Mozart. Adriana Felizardo, Dalmo Oliveira, Marcos Veloso, Fabiana Santos e Marcelo Ricardo.
HORÁRIO - 14h - Todo sábado.
ADEUS A MINEIRA ATIVISTA POLÍTICA DOMITILA CHUNGARA
INSTTUTO HUMANISTA UNISINO
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Quinta, 15 de março de 2012
Faleceu Domitila Chungara, a mineira que enfrentou as ditaduras
A virulência de um câncer, finalmente, venceu Domitila Barrios de Chungara, a indomável mineira, cuja coragem foi pedra de tropeço para as ditaduras militares que governaram a Bolívia, entre 1964 e 1982. Chungara faleceu na madrugada do dia 13 de março, em Cochabamba, segundo informaram seus familiares. No próximo dia 7 de maio completaria 75 anos.
Nota da IHU On-Line: Domitila Barrios de Chungara ficou conhecida no mundo todo quando a professora brasileira Moema Viezzer publicou o livro “Si me permiten hablar...Testimonio de Domitila – uma mujer de las minas de Bolivia”, com original em espanhol. Moema a conheceu na Tribuna do Ano Internacional da Mulher, no México, onde começou a recolher o seu testemunho.
A reportagem é de Mabel Azcui, publicada no jornal El País. A tradução é do Cepat.
O Governo do presidente Evo Morales decretou três dias de luto pela morte da líder mineira, a quem a ministra de Comunicação, Amanda Dávila, qualificou como “uma das mais importantes representantes da luta pela democracia na Bolívia”.
Sua indignação contra os militares após o massacre de São João, em 24 de junho de 1967, custou a vida de seu filho que morreu ao nascer numa cela lúgubre, sem auxílio e vítima dos chutes e golpes dos militares, que a detiveram por afrontas. O Governo do general René Barrientos interveio militarmente nos distritos mineiros para frear uma greve, e na noite de São João acabou com a vida de dezenas de homens e mulheres nas minas de Catavi e Século XX.
Defendeu a luta conjunta de mulheres e homens contra a exploração do trabalho
Os distritos mineiros foram novamente ocupados militarmente após uma greve em protesto contra o regime de Hugo Bánzer (1971-1978). Domitila Chungara se refugiou numa mina junto aos dirigentes do setor, mas teve que sair forçada por parto, desta vez de gêmeos. Um deles estava já morto em seu ventre, aparentemente devido aos gases tóxicos do interior da mineradora.
Em dezembro de 1977, quatro esposas de trabalhadores mineiros começaram uma greve de fome, no arcebispado de La Paz, para exigir do Governo de Bánzer uma anistia política e o retorno à democracia mediante eleições gerais. Pouco depois, Domitila Chungara aderiu ao jejum e em poucos dias foi seguida por milhares de bolivianos, em todo o país, até conseguir de Bánzer o decreto de anistia para milhares de exilados políticos e a promessa de eleições, em curto prazo.
Primeiro, ela trabalhou como “palliri” (dedicada a recuperar minério entre os resíduos ou desmontes) para alimentar seus cinco irmãos e sua mãe doente e sem planejar começou sua carreira política como secretaria executiva do Comitê das Donas de Casa do Século XX, um instrumento vital de apoio aos sindicatos de trabalhadores mineiros. Essa convicção da luta conjunta de homens e mulheres, contra o sistema de exploração do trabalho, sacudiu desde seus pilares o palanque do Ano Internacional das Mulheres, que foi comemorado no México em 1975.
Contra toda a corrente do feminismo, radicalmente presente nesse fórum, a líder mineira afirmou que a luta da mulher não podia ser contra o homem, mas contra o sistema de dominação econômica, política e cultural dos povos. Para ela, a mudança devia se dar mediante a igualdade de direitos de homens e mulheres, o acesso igualitário à educação e ao trabalho, para empreender uma luta, em conjunto, contra a opressão e a dominação do capitalismo.
Mãe de 11 filhos, quatro deles falecidos, foi para o exílio na década dos anos de 1980, porém logo voltou à Bolívia e se instalou em Cochabamba, onde impulsionava um centro de formação política, especialmente destinado aos jovens dos bairros mais empobrecidos da cidade.
Em sua terra natal, Pulacayo, e nos distritos mineiros de Oruro e Potosí, foram decretado luto. Para que a despedida de Domitila Chungara seja com honras, a administração de Cochabamba colocou à disposição suas instalações, como homenagem a uma mãe coragem e a uma líder indômita frente aos regimes militares na Bolívia.
Denise De Paulo
Pacheco
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