Mistérios da Pedra de Ingá são expostos na UFPB
Permanece em cartaz até esta sexta-feira (21), no Hall da Reitoria da Universidade Federal da Paraíba, a exposição "Desvende esse mistério", do Grupo de Pesquisa em Arteterapia e Educação em Artes Visuais da UFPB.
São fotos, textos, poemas, desenhos, registros diversos sobre as misteriosas Itaquatiaras ou Pedra do Ingá, localizada no município de Ingá, no interior paraibano. No sábado (22), o artista visual e médico, Rodolfo Athayde, faz a aula inaugural do Curso de
Especialização em Arteterapia em Saúde Mental da UFPB, às 10h, no Auditório da Reitoria da Universidade Federal da Paraíba.
"Ao ultrapassarmos a cerca que margeia o parque do Ingá fazemos uma passagem para outro tempo, um mundo imaginário, simbólico, peculiar, gravado em pedra ao longo de uma história longínqua', lembra o professor Robson Xavier da Costa, coordenador do grupo de pesquisa. Ele diz que essa história remete a ancestralidade dos antigos habitantes dos Cariris Velhos da Paraíba e se estabelece o processo de hierofania.
O professor contou que, ainda em 2009, o Grupo de Pesquisa em Arteterapia e Educação em Artes Visuais,ao estudar a simbologia visual primitiva, teve contato pela primeira vez com as Itaquatiaras do Ingá e desenvolveu uma pesquisa iconográfica de campo, coletando impressões sobre o sítio arqueológico.
Já neste ano, um retorno ao sítio arqueológico aprofundou esse olhar, e ampliou a possibilidade de leituras simbólicas sobre essas inscrições rupestres. Após a última visita ao Ingá, o Grupo de Pesquisa desenvolveu um workshop coletivo sob orientação do professor Robson Xavier da Costa, com duração de um mês, socializando a iconografia coletada durante as duas pesquisas de campo, construindo uma interpretação própria e contemporânea das imagens, que resultou em diversos trabalhos de artes visuais, em várias linguagens.
O público também pode conferir imagens da exposição "Desvende esse mistério" no blog www.arteterapiaufpb.ning.com.