quarta-feira, 22 de junho de 2011

MONOCULTURA DA BAIANIDAD ISOLOU A BAHIA DIZ ALBINO RUBIM


Secretário de Cultura do Estado da Bahia ( foto divulgação )

por Claudio Leal

Vanguardeira dos anos 1950 até a geração da contracultura, a Bahia começou a emitir, na última década, sinais de marasmo. Do teatro à literatura, o Estado se ressente de não revelar novos criadores essenciais para a cultura brasileira e de conviver com a evasão de talentos.

O discurso da "baianidade autossuficiente", aprofundado nos governos sob a liderança política de Antonio Carlos Magalhães (1927-2007), é apontado pelo novo secretário estadual da Cultura, Albino Rubim, como um dos fatores do declínio da força cultural da terra de Gregório de Mattos e Jorge Amado.

- Avalio que o carlismo (corrente política de ACM) foi muito ruim para a Bahia em vários sentidos. Um dos sentidos é que toda a política construída no tempo do carlismo era de uma baianidade autossuficiente, como se a Bahia fosse uma espécie de ilha isolada do arquipélago da cultura (...) Isso empobreceu muito a Bahia, porque cortou muitos laços, trocas e diálogos - analisa o secretário, em entrevista a Terra Magazine.

Rubim avalia que os outros Estados também não produzem movimentos significativos. "Há uma espécie de letargia da cultura brasileira como um todo. Não vejo nenhum movimento muito significativo de renovação. Se você pegar as temáticas que são predominantes, nos filmes que têm mais impacto no Brasil, é a questão da violência", acrescenta o especialista em Política Cultural e ex-diretor da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (Ufba), escolhido pelo governador reeleito Jaques Wagner (PT) para comandar a secretaria no segundo mandato.

Nesta entrevista, Albino Rubim debate os dilemas culturais da Bahia - da preservação do patrimônio histórico ao Carnaval - e conta quais são os seus projetos para tirar Salvador dessa letargia. No início da gestão, ele encontrou uma dívida de R$16 milhões deixada por seu antecessor, o diretor teatral Márcio Meirelles, cuja passagem pelo cargo foi marcada por críticas de artistas e produtores. Os novos editais foram suspensos até ser finalizado o pagamento dos antigos.

- Nem no plano federal, nem no plano estadual, foi desenvolvida uma política para os artistas, uma política para essa cultura que é mais profissionalizada - pondera o secretário petista, autor do livro "As Políticas Culturais e o Governo Lula" (Ed. Perseu Abramo).

Há seis meses no cargo, ele detalha o programa do governo baiano para revitalizar o Pelourinho, no Centro Histórico de Salvador, um dos principais pontos turísticos da capital, restaurado nos anos 90 pelo então governador ACM. O modelo de ocupação do casario colonial, com a troca de moradores por estabelecimentos comerciais, sempre foi criticado pelos partidos de esquerda.

No governo Wagner, os antigos adversários do carlismo passaram a lidar com o crescimento da violência e do consumo de crack nas vielas da primeira capital brasileira. Agora, um plano de revitalização econômica e arquitetônica começa a ser aplicado, para impedir a degradação do patrimônio.

- A grande questão do Pelourinho, e o plano diz isso, é você reinserir aquele tecido urbano dentro do tecido geral da cidade e criar uma dinâmica para aquilo ali.

A mudança do modelo do Carnaval de Salvador, saturado pelo reinado de grandes blocos e empresários de Axé Music, é outro dos temas que devem marcar o segundo mandato do PT no Estado, embora o governo enfrente barreiras legais para entrar no terreiro municipal.

- Você tem um modelo que precisa ser revisto urgentemente, precisa ser democratizado. Você tem coisas ali... A questão dos horários (dos blocos e trios) precisa ser democratizado, não pode ser da maneira que é, hoje. Mas aí o nosso nível de intervenção é muito limitado - admite Albino Rubim.

Confira a entrevista.

Terra Magazine - Como o senhor avalia a sensação de que a cultura baiana está em declínio, perdeu sua importância nacional, num processo que viria desde os anos do carlismo (corrente política de Antonio Carlos Magalhães) até os tempos atuais, com o PT?
Albino Rubim - Avalio que o carlismo foi muito ruim para a Bahia em vários sentidos. Um dos sentidos é que toda a política construída no tempo do carlismo era de uma baianidade autossuficiente, como se a Bahia fosse uma espécie de ilha isolada do arquipélago da cultura. Como se a gente tivesse uma cultura própria, da baianidade. Isso não quer dizer que estou falando mal da baianidade em geral, mas de uma determinada visão que promove uma monocultura da baianidade. Isso empobreceu muito a Bahia, porque cortou muitos laços, trocas e diálogos.

Pessoalmente, acho que os momentos mais ricos da cultura, em qualquer lugar do mundo, são os momentos de diálogo intercultural. Na hora que você corta isso e põe uma cultura autossuficiente, que não precisa dialogar com outras, isso empobrece. De outro lado, a própria característica do carlismo, enquanto uma postura autoritária, que não permitia divergência, impositiva, não é nenhum clima razoável para o desenvolvimento cultural. Cria uma cultura de subserviência. É um clima nocivo. Sem dúvida, essas coisas atingiram profundamente a cultura da Bahia.

Certo, mas não houve o fortalecimento do Axé Music no período de Antonio Carlos Magalhães, com a formação de uma indústia na área musical?
Mas, veja, aí eu já acho o seguinte. Não estou defendendo o Axé, mas eu acho que existe também um preconceito enorme de elites intelectuais brasileiras e baianas contra o Axé. Ele tem muitos pontos complicados, mas outros não. Por exemplo, o Axé criou a possibilidade de você desenvolver uma indústria da cultura fora do Rio e de São Paulo. Não vejo isso como uma coisa negativa, pelo contrário, é uma coisa positiva, no sentido de que você descentraliza a possibilidade de uma cultura mais mercantil. O Axé é uma coisa genérica, a gente fala em Axé para designar muitas coisas. Não acho que toda música baiana criada nesse período foi sem qualidade, seja rítmica, seja melódica, seja das letras. Não dá pra generalizar dessa maneira. Sofreu um preconceito grande. E também é um preconceito de quando uma cultura popular cria uma conexão com a indústria. Há uma postura preconceituosa contra esse tipo de conexão.

E o que dizer do papel que a Bahia ocupa, hoje, na cultura nacional? Como ela pode se reposicionar, nacionalmente, como uma difusora importante de cultura? É um papel que ela já teve em outros momentos, a exemplo da vanguarda dos anos 1950 e 60, que foi estudada pelo senhor na universidade.
A questão não é só da Bahia. Vamos ser francos. Existe no Brasil, hoje, uma nítida defasagem entre as transformações que acontecem no País. A gente pode avaliar de várias maneiras, mas são transformações profundas. Não é um elogio, é mais uma constatação. Você tem deslocamentos imensos de contingentes populacionais entre classes. A presidenta atual (Dilma Rousseff) coloca como perspectiva o Brasil sem miséria, o que há um tempo atrás era praticamente impossível considerar dentro do horizonte de possibilidades do Brasil. Era como se não tivesse opção no Brasil, a não ser conviver com a miséria. É um movimento grande. Não estou dizendo que é maravilhoso, que está tudo perfeito, nada disso. É um movimento grande de mudanças no País. Nem tudo é para um caminho positivo, mas há um grande momento no plano econômico, social, a constituição de um mercado interno, coisa que se buscou muitas vezes e nunca se conseguiu... A superação da miséria e a própria expansão da universidade pública, que aconteceu neste último governo.

Mas, o que houve de imperfeito?
Esse processo todo de transformações não acontece em dois âmbitos. No campo da política, ele é muito mais lento. Você sabe que eu sou petista, mas tenho que deixar claro: o PT ficou aquém do que prometia nesse patamar político. A renovação política não correspondeu à renovação socioeconômica, ficou aquém. Espero que possa superar. E você não tem nenhum movimento sociocultural que expresse esse conjunto de transformações. Nos grandes momentos de transformação cultural, no Brasil, ou de transformação sociopolítica - nos anos 30, 50 e 60 -, você teve um movimento cultural junto com essas transformações. É nítido, agora, que nós não temos isso. Esse não é um problema da Bahia, especificamente. Não vejo nenhum movimento cultural no Rio, São Paulo, Minas. Claro, tem algumas experiências significativas, uma coisa ou outra, mas como uma coisa mais consistente, que realmente expresse esse movimento de transformação social, não sinto.

Falta a algumas das leituras críticas da cultura da Bahia uma visão da economia, que é um elemento importante para a cultura?
Veja, você não tem um parâmetro pra dizer: esse movimento não está acontecendo na Bahia, mas está acontecendo em tal lugar, entende? Você tem transformações culturais em determinado período, mas muitas dessas transformações eram conectadas, às vezes de maneira extremamente delicadas, complexas, com um movimento cultural. E nós não temos isso no Brasil de hoje. É uma coisa complicada e muito ruim. Há uma espécie de letargia da cultura brasileira como um todo. Não vejo nenhum movimento muito significativo de renovação. Se você pegar as temáticas que são predominantes, nos filmes que têm mais impacto no Brasil, é a questão da violência.

O debate cultural não deve estar acompanhado de uma discussão sobre as cidades brasileiras? Salvador, por exemplo, está sofrendo uma expansão brutal na área imobiliária, áreas verdes estão sendo perdidas, há um tráfego caótico, o que altera a sociabilidade na capital. A crise das cidades não tem a ver com o sentimento de crise da cultura?
Não é só a questão da especulação imobiliária. Nós estamos passando por uma expansão urbana, no Brasil, que tem um signo muito mais complicado. A cultura baiana tem uma interação grande com a cultura de rua. A vida na rua sempre foi muito forte, muito pujante, e alimentou a cultura baiana...

Em tempos recentes, ainda surgiram o Ilê Aiyê, o Olodum...
Hoje, você tem toda uma transformação de tornar muito hostil a rua. E não só pela questão da segurança, mas pela reconfiguração urbana. Cada vez mais, as ruas são tomadas por tráfego, são tornadas lugares hostis à convivência, à sociabilidade. Se você pensar uma cidade como Salvador, os espaços de convivência de rua são cada vez mais problemáticos. Não vejo como imaginar que isso não tenha impacto sobre a cultura, porque ela tinha essa conexão forte.

Quais vão ser os eixos da sua gestão na secretaria?
Estou trabalhando com três eixos. O primeiro, que talvez seja o mais importante e alimenta os outros: a busca da construção de uma cultura cidadã. Esse movimento de transformação que o Brasil vive tem que ser acompanhado por uma transformação cultural importante, que é a transformação de valores. É fundamental ter condições sociais mais dignas para a população. Mas não se trata só disso. Trata-se de você ter pessoas com cidadania plena, que tenham acesso a cultura e à possibilidade de experimentar, ousar, de serem elas próprias produtoras culturais. Para não seja um mundo racista, homofóbico, machista. Que você não tenha valores de competição, de individualismo extremo... Uma das coisas fundamentais é a busca de uma cultura cidadã.

Como se pode chegar a isso através de políticas de Estado?
Podemos atuar em vários níveis. Você tem que ter apoio a culturas que não sejam pretensamente neutras, que se coloquem a favor de valores mais democráticos, que apontem para um modelo civilizatório outro. Não tem que ter política cultural neutra. Tem que ter escolha, opção, se colocar a favor de determinadas coisas e contra outras. Não se deve apoiar uma cultura racista, homofóbica. Acho claramente isso. A construção da cultura cidadã implica em tomar partido. Uma outra coisa é reconectar a diversidade cultural, com uma defesa clara da diversidade, mas mais do que isso, fazer com que essa diversidade troque, negocie. Devemos criar um patamar de intercâmbio entre as várias culturas existentes, uma defesa da interculturalidade.

Quais são os outros pontos?
O segundo ponto é essa questão das trocas culturais. E o terceiro ponto é a busca de novos modelos de organização, de produção, de negócios na área da cultura. Quer dizer, você tem uma situação de uma cultura mais mercantil, totalmente absorvida dentro da lógica de mercadoria, subordinada aos interesses das empresas, das indústrias culturais. De outro lado, você tem outras dinâmicas culturais muito frágeis, que não encontram formas de organização alternativas e modelos de negócios novos. Uma das maneiras de você chegar a uma cultura cidadã é tentar ao máximo buscar novas modalidades de organização da cultura, de distribuição cultural, de negócios culturais. Porque essa cultura tem que ter níveis de sociabilidade. Não adianta você trabalhar só no plano dos valores, da interculturalidade, se você não cria dinâmicas de sustentabilidade, que permitam sair do padrão de uma cultura puramente mercantil.

O que está entre as suas prioridades?
Das prioridades, tem também o seguinte: vamos manter o projeto de territorialização da cultura.

Interiorização?
Eu prefiro dizer "territorialização". Por quê? São dois movimentos. De um lado, você precisa fazer com que determinada cultura, mais profissionalizada, que não é a espontânea e popular... É preciso fazer com que todos tenham acesso a essa cultura, levar a todos os territórios. Por exemplo, ao cinema, ao teatro. Que isso seja possível em todos os territórios. Um grande processo de democratização da cultura. De outro lado, a territorialização implica no reconhecimento de que todos os territórios são lugares de produção da cultura. E devem ser reconhecidos e respeitados. Esse processo não é só na sua relação com o interior. Porque, por exemplo, isso vale inteiramente para as periferias da cidade.

Agora, isso não é uma mudança de enfoque, se compararmos com a gestão anterior, do ex-secretário da Cultura Márcio Meirelles? Houve vários choques de artistas, dos setores profissionalizados, com o governo. Houve um exagero nessa "interiorização", em detrimento do que já estava profissionalizado?
Não acho que houve. Porque se a gente pegar dados econômicos, o que é destinado hoje pra essas regiões, pra esses territórios, não é nenhuma coisa tão gigantesca, para que leve a essa reação dos artistas. Faltou uma outra coisa, que não foi só da Bahia, mas uma coisa nacional. (Gilberto) Gil fez um deslocamento, que eu acho corretíssimo, de dizer que o ministério é para a sociedade brasileira, não mais um ministério com os artistas como público prioritário. Isso é correto. O problema é que se você tira os artistas do público preferencial do ministério, você tem que dizer, na nova política, qual é o papel dos artistas e dos criadores, já que não é aquele papel anterior. Nem no plano federal, nem no plano estadual, foi desenvolvida uma política para os artistas, uma política para essa cultura que é mais profissionalizada.

O que passou a ser feito para o setor profissional?
Uma das preocupações que estou tendo é com o teatro e o audiovisual, porque são áreas potencialmente profissionalizadas. Algumas fatias da música baiana já são profissionalizadas. Essas se garantem até independente do Estado. Outras áreas de culturas populares, o Estado tem que bancar mesmo, porque não têm nenhuma perspectiva imediata ou próxima de profissionalização, de ter um mercado próprio. No caso do teatro e do audiovisual, eu acho que podem. Tem que ter políticas para essas áreas. E não tinha. Na gestão anterior, por exemplo, um dos grande setores que fazia oposição, que estava criticando Márcio (Meirelles), era exatamente o pessoal do teatro. O que eles diziam? "Não tem política para o teatro profissional. Tem edital de teatro, mas com valores irrisórios, que não fomentam o teatro profissional, mas podem até ajudar o amador, o de rua". Acho que essas críticas tinham uma certa razão.

Os artistas profissionais do teatro e do audiovisual são muito beneficiados por editais e leis de incentivo, mas houve atrasos nos pagamentos desses recursos, ou por cortes orçamentários ou pelo cumprimento...
Aí eu não acho, não. Não foi só uma questão de cortes orçamentários. Recebi uma dívida de R$ 16 milhões. Essa dívida não é provocada apenas por falta de recursos. O conjunto desses atrasos se deve a uma dificuldade de processamento. Estamos num grande processo, que estou chamando de "reforçar a institucionalidade cultural". Quando falo em institucionalidade cultural, é também modernizar o Fundo de Cultura. O Fundo de Cultura e o Fazcultura (lei de incentivo estadual) não são informatizados. Eram e são feitos a mão! Eles têm que ser informatizados. Uma das prioridades é reforçar novas estruturas e modernizar a administração. Quanto aos atrasos, quando cheguei lá, disse: "Não vou abrir nenhum edital sem que a gente tenha pago uma boa parte do que a gente está devendo". Já pagamos 70% das dívidas.

Essas dívidas acumuladas dificultam em que medida a fase inicial de sua gestão?
Tive que tomar uma atitude chata: "Não vamos abrir nenhum edital". A comunidade cultural sempre quer saber de editais novos, são recursos que vão sendo colocados. Tive uma decisão de dizer: "Não vou ficar abrindo editais sem pagar os anteriores". Eu abri edital agora, no meio do ano. Quer dizer, eu poderia estar abrindo desde fevereiro ou março. É um certo desgaste, porque as pessoas não querem saber muito por quê. Querem saber que tenha. Não é simples.

Logo quando o senhor assumiu, em janeiro, houve um abaixo-assinado de museólogos, criticando a gestão centralizadora dos museus baianos...
É, nós mudamos essa área de museus e colocamos uma professora aposentada da Ufba, Maria Célia Teixeira, uma pessoa com uma relação muito grande com as políticas nacionais, com o Ibram (Instituto Brasileiro de Museus), com a relação entre museus e educação... E colocamos, entre um dos pontos centrais nossos, para este ano, a criação do Instituto Baiano de Museus. Já fizemos discussão pública, o governador (Jaques Wagner) já aprovou, estamos ultimando o projeto pra mandar pra Casa Civil e, depois, pra Assembleia Legislativa.

O que vai ser alterado? Os museólogos criticavam o antigo diretor de museus (Daniel Rangel)...
Eles criticavam a política de museus...

E também as exposições com altos valores, em detrimento de investimentos em outros museus...
Exatamente, em detrimento de outros museus que não recebiam nada. Não me interessa ficar criticando para trás, não é positivo. Quero ir adiante. O Ibram tira os museus do âmbito do Ipac (Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural). Quando eu assumi, fui conversar com Frederico Mendonça, o diretor do Ipac. A primeira coisa que ele me disse foi marcante: "Secretário, o Ipac são três". Mas, três como? "Temos a área de patrimônio, aquilo que deveria ser o Ipac, temos a área do Pelourinho cultural, pois somos responsáveis por toda a programação cultural do Pelourinho, que não é da competência específica do patrimônio, e nós temos os museus." Isso me marcou. Nós vamos restituir ao Ipac aquilo que é do Ipac. Tiramos essa área de programação do Pelourinho e criamos o Centro de Culturas Populares Identitárias.

Esse centro passou a ser responsável, na secretaria, por toda a área identitária. As festas populares estão dentro desse centro. Fizemos uma reforma administrativa, pequena ainda, feita num ano que não tem muitos recursos. O orçamento é pequeno e tivemos que adaptar a reforma. Mas já apontou para algumas coisas. Estamos querendo mudar, depois, o Instituto Baiano de Museus. Nós temos um parque de museus, no Estado, seja de propriedade do Estado ou que estejam no Estado da Bahia, que precisa de um instituto que cuide especificamente da política de museus. Como aconteceu no plano nacional, no governo Lula, com o Ibram. Se a gente fizer isso, vai ser o primeiro instituto estadual de museus.


Terra Magazine

terça-feira, 14 de junho de 2011

MARCHA DAS VADIAS EM RECIFE -Pe.

por Jorge Cavalcante

Descontração na Marcha das Vadias do Recife
Passeata saiu da Praça do Derby com cartazes bem humorados para acalmar os MACHISTA de plantão.

Depois de passar por cidades como São Paulo e Brasília, a Marcha das Vadias ganhou este sábado (11) as ruas do Recife. Cerca de 200 pessoas deixaram a Praça do Derby, área central do Recife, e percorreram a Avenida Conde da Boa Vista. Nas roupas e cartazes, bom humor e descontração contra o machismo.

"Respeito é sexy” e “vaginas livres, corações rebeldes” eram algumas das inscrições estampadas. A concentração começou às 15h. Aos poucos, jovens foram chegando. Sozinhos ou em grupos. Depois de quase duas horas, saíram em passeata.

A Marcha das Vadias surgiu no dia 3 de abril deste ano, em Toronto, Canadá, com a expressão SlutWalk. Na primeira edição, a manifestação defendeu o direito das mulheres de se vestir, andar e agir de forma livre.

Elas prostetaram contra um policial que, numa palestra, sugeriu que as alunas deveriam evitar se vestir como “vagabundas” (“slut” em inglês) para não serem vítimas de abuso sexual.

Desde então o movimento cresce na internet e redes sociais, numa espécie de queima dos sutiãs nos dias de hoje. Idealizador da Marcha das Vadias no Recife, o estudante de ciências sociais Pedro Jesus, 28, (apesar da aparência, ele tem mesmo Jesus no nome) começou a articular a passeata há uma semana, por meio do Facebook.

"Assim que fiquei sabendo do que ocorreu no Canadá, pensei que seria uma boa trazer a discussão para cá”, contou ele, que adora uma marcha. Ele também marcou presença na Marcha da maconha, no mês passado.

MÍDIAS PÚBLICAS EM SEMINÁRIO INTERNACIONAL

Seminário internacional discute desafios das mídias públicas
A Representação da UNESCO no Brasil e a Empresa Brasil de Comunicação (EBC)/TV Brasil realizam, nos próximos dias 30 de junho e 1º de julho, o Seminário Internacional de Mídias Públicas: Desafios e Oportunidades para o Século XXI.

O evento reunirá, na sede da EBC, em Brasília, alguns dos maiores especialistas internacionais em radiodifusão pública, representantes de entidades e dirigentes de empresas de comunicação da América Latina, dos Estados Unidos e da Europa.

O evento debaterá experiências de comunicação já implantadas e o futuro destas mídias no século que se inicia, marcado por grandes transformações tecnológicas que têm impacto nas comunicações em geral. Entre os temas a serem discutidos estão os modelos de gestão, os modelos de financiamento, transparência, accountability e autoregulação, manuais de jornalismo público, produção de conteúdos e programação.

O Seminário será aberto no dia 30/06, às 9h, em mesa que terá a participação da Ministra-Chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Helena Chagas, do Representante-Adjunto da UNESCO no Brasil, Lucien Muñoz, da Presidente do Conselho da EBC, Ima Guimarães Vieira, e da Diretora Presidente da EBC, Tereza Cruvinel.

Lançamento de publicação internacional

No dia 30/06, às 10h, será realizada a mesa “Mídia pública no século XXI – Análise Comparada” com o especialista internacional da UNESCO, Toby Mendel, o especialista latino-americano Valério Fuenzalida, da Universidade Católica do Chile, e Murilo Ramos, da Universidade de Brasília (UnB), tendo como moderador o Coordenador de Comunicação e Informação da UNESCO no Brasil, Guilherme Canela.

Na ocasião será lançada, regionalmente, a publicação Public Service Broadcasting: a comparative legal survey (Radiodifusão Pública: um estudo de direito comparado), de autoria de Toby Mendel. Esta é a segunda edição, revista e ampliada, de estudo clássico de Mendel sobre o tema, o qual aborda a questão em países como Austrália, Canadá, França, Japão, Polônia, África do Sul, Tailândia e Reino Unido.

Toby Mendel é também autor, em conjunto com Eve Salomon, do estudo O Ambiente Regulatório para a Radiodifusão: uma Pesquisa de Melhores Práticas para os Atores-Chave Brasileiros, que foi lançado em março passado pela UNESCO no Brasil. O estudo é uma investigação da atual situação regulatória do sistema midiático brasileiro em comparação com práticas correntes em 10 outras democracias (África do Sul, Alemanha, Canadá, Chile, França, Estados Unidos, Jamaica, Malásia, Reino Unido e Tailândia) e com o recomendado pela legislação internacional.

Programação

Ainda no primeiro dia do Seminário, às 14h 30, acontecerá uma mesa sobre Modelos institucionais: gestão e financiamento com a presença de Alexander Shulzyck, da European Broadcasting Union (União de Radiodifusão Européia), Tarja Turtia, da Divisão de Liberdade de Expressão do Setor de Comunicação e Informação da UNESCO, e Tereza Cruvinel.

Às 16h30, uma discussão sobre Transparência, accountability e autoregulação reunirá Eugênio Bucci, professor da Universidade de São Paulo e consultor da UNESCO, Alicia Shepard, ombudswoman da National Public Radio, de Washington, Estados Unidos, e Germán Rey, especialista colombiano e professor da Universidade Javeriana.

O evento terá ainda, em seu segundo dia, palestras de especialistas tais como Bettina Peters, do Global Forum for Media Development (Fórum Global para o Desenvolvimento da Mídia); Matthew Powers, da Universidade de Nova York; Soren Johannsen, da BBC World Trust; Lumko Mtimde, da Media Development and Diversity Agency (Agência de Desenvolvimento da Mídia e Diversidade), África do Sul; Florencia Ripani, especialista em convergência e meios públicos, da Universidade de Palermo, Itália; Adelaida Trujillo, Diretora da Citurna Producciones e da La Iniciativa de Comunicación - Gestoras do “Compromisso Nacional por uma TV de Qualidade para a Infância na Colômbia” e Franklin Martins, jornalista e ex-Ministro-Chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

O Seminário Internacional de Mídias Públicas: desafios e oportunidades para o século XXI será transmitido, integralmente, pela webcast da EBC e pelo canal internacional da TV Brasil.


Mais informações
UNESCO no Brasil – Assessoria de Comunicação
Ana Lúcia Guimarães - (61) 2106 3536, ana.guimaraes@unesco.org.br
Isabel de Paula – (61) 21063538, isabel.paula@unesco.org.br

Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Comunicação Social: 61- 3799- 5231 e 3799-5234.

13.06.2011
Source : UNESCO Office in Brasilia UNESCO Office in Brasilia

segunda-feira, 13 de junho de 2011

CURSO DE GESTÃO POLÍTICA NO SEBRAE

terça-feira, 14 de junho de 2011
Curso Gestão e Políticas Culturais

Acessem e inscrevam-se: https://spreadsheets.google.com/spreadsheet/viewform?formkey=dHhBT1RlWm80RWtDSTNNZTNvYjJkNnc6MQ&ifq
programação abaixo.
CURSO GESTÃO E POLÍTICAS CULTURAIS 4 a 8 de julho de 2011 – Auditório Master – SEBRAE Realização: Instituto Itaú Cultural Promoção: Governo da Paraíba – Secretaria de Estado da Cultura Apoio: Fundação Cultural de João Pessoa (FUNJOPE) Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE)

PROGRAMAÇÃO

04/07/2011 (segunda-feira)
Manhã: Políticas Culturais no Brasil (Antônio Albino Rubim – BA)
Tarde: Enlaces Contemporâneos da Cultura (Paulo Migues – BA)

05/07/2011 (terça-feira)
Manhã: Produção Cultural: Relações e Processos de Trabalho (Rômulo Avelar – MG)
Tarde: Produção Cultural: Relações e Processos de Trabalho (Rômulo Avelar – MG)

06/07/2011 (quarta-feira)
Manhã: Políticas e Gestão: Desafio da Sustentabilidade dos Projetos Culturais (Cláudia Leitão – CE)
Tarde: Economia Criativa (Cláudia Leitão – CE)

07/07/2011 (quinta-feira) Manhã: Direitos Autorais (Sérgio Vieira Branco – RJ)
Tarde: Cultura, Tecnologia, Redes Criativas e Redes Sociais (Cláudio Rodrigues – MG)

08/07/2011 (sexta-feira) Manhã: Políticas, Gestão e Direitos Culturais (Bernardo Mata Machado – MG) Tarde: Entrelaçamento Cultural e Economia nas Gestões Pública e Privada (Ana Carla Fonseca – SP)

sexta-feira, 3 de junho de 2011

ADEUS AO MESTRE ABIDIAS DO NASCIMENTO

Pela ativista e produtora cultural Roberta Martins

Abdias do Nascimento esteve por aqui desde o distante 1914 até agorinha em 2011, viveu muito... e em seus bem vividos 97 anos, foi um exemplo de firmeza e coerência e no mais perfeito sentido, um grande Mestre. Sempre um protagonista em suas múltiplas atividades, seja como dramaturgo, ator, acadêmico, político, artista plástico, poeta... E mais, como poucos no Brasil, Abdias do Nascimento associou de maneira indivisível o fazer artístico a uma proposta política, sempre se colocando como um combatente na luta contra a discriminação racial e pela valorização da cultura negra.

Como disse Nei Lopes: "Abdias é o elo maior do nosso movimento negro, levando em conta que ele é do início do século passado, quando a discriminação era ainda mais clara. Mesmo hoje, um pouco debilitado [pelas condições de saúde], quando ele abre a boca, sabemos que é o nosso baobá [árvore sagrada no candomblé], guarda toda a vida e história de nossa africanidade".

A militância política de Abdias vem da juventude na década de 1930, desde aquela época refletindo os desafios da vida em um Brasil racista. Integrou a Frente Negra Brasileira, a mais importante entidade negra na primeira metade do século XX no campo sócio-político. Participou dos primeiros congressos de negros no país em que tinham como objetivo discutir formas de resistência à discriminação racial e da fundação do jornal Quilombo e do Museu de Arte Negra.

As origens da participação política de Abdias se encontram no racismo brasileiro e sua combatividade, sem dúvida, reflete a sociedade dos anos 30, mas é viajando pela América Latina, no início da década de 1940, que o Mestre associa de maneira determinante cultura, política e a questão negra. Em especial em sua passagem pelo Peru, quando assiste ao espetáculo O Imperador Jones, de Eugene O'Neill, e vê o personagem central ser interpretado por um ator branco tingido de negro, o que também acontecia no Brasil, fortalecendo a determinação de criar um teatro que valorizasse os artistas negros. Após ter estudado no Teatro Del Pueblo de Buenos Aires, ao retornar ao Brasil em 1941, Abdias é preso por crime de resistência. Ao cumprir pena na penitenciária do Carandiru, organiza um grupo de presos que escrevem e encenam os próprios textos e funda o ‘Teatro do Sentenciado’.

Anos depois em 1944, com o objetivo de valorizar o negro no teatro e a criação de uma nova dramaturgia, inicia o Teatro Experimental do Negro – TEN, que fez mais do que levar negros aos palcos, significou uma iniciativa pioneira, que mobilizou a produção de novos textos e propiciou o surgimento de novos atores e grupos. Além disso, disseminou uma discussão que permaneceria em aberto: a ausência do negro como atores e nas histórias contadas pela dramaturgia em um país de forte traço cultural negro.

O Teatro Experimental do Negro não se limitava ao campo artístico, suas ações incluíam ações de conscientização e também de alfabetização do elenco recrutado, entre os quais: operários, empregadas domésticas, favelados sem profissão definida, estivadores e trabalhadores pobres. Experiências político-culturais que integravam arte, cultura e promoção cidadã, que representou uma forma revolucionária de denunciar o racismo no país.

Há ainda muito que falar do Grande Mestre e mais uma vez intimamente relacionado à política, pelo exílio imposto pela ditadura militar instaurada em 1964, que o faz permanecer treze anos fora do Brasil. Intensificou a produção como artista plástico, em que se dedicou à pintura relacionada à cultura religiosa afro-brasileira e a atuação como conferencista e professor universitário, voz potente na denúncia contra a discriminação racial, nos anos 1970. Período em que foi professor na Universidade do Estado de Nova Iorque, onde fundou a cadeira de Cultura Africana no Novo Mundo, e como professor visitante nas Universidades de Yale e no departamento de línguas e literaturas da Universidade de Ifé, na Nigéria. Tornou-se, a partir daquele momento, presença constante em congressos e fóruns de debates anti-racistas nos Estados Unidos, na África e no Caribe, como o primeiro pan-africanista brasileiro.

No retorno ao Brasil, optou pela carreira política partidária, exercendo mandatos de deputado federal e senador da república pelo PDT, e os cargos de secretário de Estado de Defesa e Promoção das Populações Afro-Brasileiras e de Cidadania e Direitos Humanos, ambos no governo do Estado do Rio e Janeiro. Sempre afirmando a importância da cultura negra na sociedade.

A longa e intensa vida do Mestre Abdias do Nascimento foi sem duvida a trajetória de um grande homem da cultura, um líder guerreiro da luta pela afirmação dos direitos dos descendentes de africanos no Brasil e em todo o mundo. Mais uma vez, me utilizo das palavras de Nei Lopes:

Quando um guerreiro parte (Abdias Nascimento)

Quando parte um guerreiro
O que se há de fazer senão cantar-lhe
Os cânticos de guerra que entoava?

O que se há de fazer
Senão soar os tambores que soava
Chacoalhando-lhes as soalhas
Aos ouvidos moucos da pequenez
E da indiferença
Para que todos saibam
Que um Herói ali vai ?!

O que se há de fazer
Senão imaginá-lo
Transpondo
Os limites da existência palpável
Para, novinho em folha,
Começar tudo de novo
Do outro lado do Tempo?

ADEUS, QUERIDO MESTRE!!!

*Roberta Martins é produtora cultural

Fontes:
- www.abdias.com.br, acesso em 26/05/2011
- http://www.neilopes.blogger.com.br/, acesso em 30/05/2011
- SEMOG, Ele. Abdias Nascimento - O Griot e as Muralhas. Editora Pallas, 2006.
- ALMADA, Sandra de Souza. Abdias Nascimento. Coleção: Retratos do Brasil Negro. Selo Negro. Editora: Summus. 2009.

DRAMATURGIA - LEITURAS EM CENAS ¨VIDA NOTURNA¨.

Já encontra-se definida como uma das atrações da Mostra Dramaturgia – Leituras em Cena, que acontecerá entre os dias 14 e 17 de junho, no Teatro Lima Penante, ligado ao NTU- Núcleo de Teatro Universitário da UFPB – Universidade Federal da Paraíba. O evento é promovido pelo Sesc de João Pessoa, através do Setor de Cultura, finalizando o processo desencadeado pela oficina “Dramaturgia – Leitura em Cena” com André Paes Leme, realizada durante o mês de maio no Auditório do Sesc Centro.

A apresentação de “ Vida Noturna” acontecerá no dia 15 de junho, às 19 horas, com entrada gratuita.

“VIDA NOTURNA” é uma adaptação dos contos “Um orelhão toca na noite” e “Não é assim a vida?”, do escritor paraibano Geraldo Maciel, falecido em Maio de 2009.

No primeiro momento, a narrativa descreve um jornalista em crise com todas as questões que envolvem sua profissão: ética, justiça, responsabilidade, concessões, violência, sensacionalismo e prostituição infantil.

E na seqüência, um repórter (estagiária) faz uma entrevista com algumas prostitutas, onde são relatadas as adversidades dessa profissão: problemas com a polícia, drogas, alcoolismo, concorrência com outras(os) profissionais da área, fantasias, dentre outras.


Proposta


A escolha desses contos tem como proposta:

Homenagear o contista paraibano Geraldo Maciel, falecido em maio de 2009.

Voltar nosso olhar para problemas sociais do nosso país, em especial, a prostituição infantil.

Experimentar ritmos e gêneros diferenciados de narrativa (drama e comédia).



A programação geral da Mostra Dramaturgia – Leituras em Cena, está assim distribuída:


Mostra " Dramaturgia - Leituras em Cena "

Teatro Lima Penante


Data: 14 a 17 de Junho

Horário: 19:00 hs


Leituras:



NUA NA IGREJA

Texto de Tarcisio Pereira

Diretor: Nelson Alexandre

Data: 14/06



Elenco: Elba Góes

Raquel Ferreira

Tiago Herculano

Wallyson Rodrigues

Márcio Barcellar

Mércia Cartaxo

Participação Especial: Maronilton Henrrique


CONTOS "VIDA" NOTURNA

Texto de Geraldo Maciel

Diretor: Sergio Silva

Data:15/06

Elenco: Tércia Santos Lima

Aparecida Melo

José Sócrates C. L. Silva

Camila Débora Torres

Nara Limeira

Márcio Lins

VAMOS NESSA

Texto de Paulo Vieira

Diretora: Suzy Lopes

Data:16/06

Elenco: Natália Sá

Kassandra Brandão

Glaydson Gonçalves

Suellen Brito

Edmilson Santos

Jamila Facury


ESPERE A CHUVA

Texto de Tarcisio Pereira

Diretor: Antônio Deol

Data:17/06



Elenco: Janielle Araújo

Wilmarks Camilo

Crislane Araújo

José Carlos dos Santos Lima

Dian Ushita Lacerda

Adriana Zenaide Vieira de Melo


Programação:

Data: 14/06

Horário: 20:00 hs

Roda de Conversa:


Tarcisio Pereira e Nelson Alexandre Conversam sobre " Nua na Igreja" de Tarcisio Pereira ,após leitura.


Data: 15/06

Horário: 20:00 hs

Roda de Conversa:
Nara Limeira e Sergio José conversam sobre os Contos " Vida" Noturna de Geraldo Maciel, após leitura.
Data: 16/06

Horário: 20:00 hs
Roda de Conversa:

Suzy Lopes e Paulo Vieira Conversam sobre " Vamos Nessa" de Paulo Vieira, após Leitura.

Data:17/06

Horário: 20:00 hs
Roda de Conversa:
Antônio Deol e Tarcisio Pereira conversam sobre " Espere a Chuva" de Tarcisio Pereira, após a Leitura


Realização: Sesc

Maysa Romão

Assessoria de Comunicação

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quarta-feira, 1 de junho de 2011

DIA INTERNACIOANL DAS PROSTITUTAS- 02 DE JUNHO. MULHERES SOMOS TODAS IGAUIS NÃO IMPORTA A PROFISSÃO.

Dia Internacional das Prostitutas é comemorado nesta 5ª na Capital
Uma programação educativa, esportiva e cultural vai comemorar o Dia Internacional das Prostitutas nesta quinta-feira (2), a partir das 9h, na Rua da Areia, Centro. O evento se estende até a noite com shows das bandas Caronas do Opala e Clube do Chorinho.

A programação, organizada pela Associação das Profissionais do Sexo (Apros/PB) e Agência Ensaio de Fotojornalismo também insere distribuição de mudas de plantas, tenda da beleza, galeria de rua, poesias, oficinas de beleza, cinema de rua, serviços de saúde, roda de diálogo e a tradicional Corrida da Calcinha, que reúne diversos atletas da Paraíba.

Segundo a presidenta da Apros/PB, Luza Maria, o evento tem sua importância social por trazer a discussão sobre a prostituição na cidade e a e a vida dessas mulheres. “Trazer a sociedade para dentro da zona é uma forma de dizer e mostrar que as prostitutas não são mulheres marginalizadas. São mulheres de direitos como qualquer outra”, disse Luza Maria.

A Rua da Areia recebe gente de todo o mundo e, de acordo com a presidenta da Apros, o evento é uma oportunidade de dar visibilidade a esse movimento das associações que vem trabalhando de forma sistemática na prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs).

O evento conta com o apoio da Prefeitura de João Pessoa (PMJP) e é coordenado pela Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres.