terça-feira, 29 de setembro de 2009

POLÍTICA

29 de Setembro de 2009 - Fonte: http://www.pbagora.com.br/conteudo.php?id=200909291626

Nadja Palitot reassume mandato na ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA da PB e traça histórico de críticas ao Prefeito da capital Ricardo Coutinho durante discurso na tribuna.

Em seu primeiro discurso na AL, ela ataca com maestria o PSB,partido de ambos, critica o governo municipal , e diz que apesar de tudo não irá se vingar.

Paraíba eu resisti e sobrevivi. Foi assim que a suplente de deputada Nadja Palitot (PSB), iniciou o seu primeiro discurso na qualidade de titular de mandato na Assembléia Legislativa da Paraíba na tarde desta terça-feira (29).

Correspondendo as expectativas do PSB, Nadja aproveitou o momento, que ela classificou de “quebrar o silencio” e teceu várias criticas , aos dirigentes do partido que ajudou a criar, aqui no estado e que a hostilizou em sua terra natal.

Na tribuna, Nadja ainda classificou o prefeito Ricardo Coutinho de perseguidor e enumerou todos os protestos existentes no governo socialista, entre eles a atuação dos “bombados”, a demissão dos agentes de saúde a retirada dos motoristas de transporte alternativo na capital.

“O PSB é uma verdadeira irmandade, uma grande família que persegue e expulsa sem piedade e muitos que possuem cargo na prefeitura municipal estão lá somente para realizar os caprichos e primores de Ricardo”

Em tom de desabafo, a deputada disse que durante os últimos tempos foi massacrada pelo Partido Socialista Brasileiro da Paraíba, com golpes e criticas muitas vezes desumanas, no entanto ressaltou que este será o último desabafo realizado sobre o assunto.

“O que fizeram comigo foi desumano, por isso digo Paraíba, eu resisti e sobrevivi”, declarou.

Nadja aproveitou o discurso para agradecer ao governador José Maranhão do PMDB, pela oportunidade, aos deputados Marcondes e Leonardo Gadelha e a todas as pessoas que a apoiaram na caminhada.

A socialista historiou que foi ela quem acolheu o prefeito Ricardo Coutinho no PSB na época em que o socialista se desfiliou do PT e também foi ela que renunciou a presidência do partido para que o prefeito assumisse o posto.

“Nunca fiz nada contra Ricardo Coutinho, mas, infelizmente fui traída”, desabafou.

www.tribunadocariri.com/index.php?sec=coluna_post¬icia=792

Fonte: http://www.tribunadocariri.com/index.php?sec=coluna_post¬icia=792

A preservação do bem artístico e cultural em suas diversas formas e aspectos deve ir além dos conceitos técnicos e acadêmicos. Preservar o passado e seus traços não é apenas uma tarefa de historiadores, de arqueólogos ou de museólogos. Cada cidadão deve fazer-se historiador do seu próprio clã. Cada indivíduo deve manter viva a ação de fazer uma permanente manutenção do acervo cultural, do patrimônio seja arquitetônico ou urbanístico e ambiental. A sociedade não pode ficar a reboque dos poderes públicos porque estes não pensam, são insensíveis à cultura.

É imprescindível e se faz premente uma reflexão sobre as diferentes formas de preservação da memória. é necessária uma nova consciência e uma nova visão para caminharem juntas com o objetivo de salvaguardar as riquezas culturais. A igreja matriz de N. S. das Dores, em Monteiro, por exemplo, construída no início do século passado, além de valioso patrimônio arquitetônico, mistura do estilo colonial, ora com um toque gótico, ora com influência barroca, tem um acervo riquíssimo contido nos afrescos com a Via Sacra, concepção da genialidade do nosso Michelangelo, de Sumé, o mestre e poeta da pintura, Miguel Guilherme. Esse tesouro em forma de arte pictórica está ameaçado de extinção.

O legado artístico de Miguel Guilherme dos Santos, nascido em 1902, no distrito de São Tomé, em Monteiro, que foi gênio sem nunca ter tido escola, mas teve talento e lhe sobrou amor pela arte, é para ser visto e admirado por todas as gerações atuais e as que virão. A igreja de Monteiro é um dos monumentos raros, assim como todas as outras riquezas que o povo brasileiro tem, ignora e não dá o mínimo valor. Pois bem, a trajetória de Jesus na Terra, inserida na pintura impressionista do gênio sumeense, foi concluída em 1932, portanto há exatamente setenta e sete anos.

O mestre das artes plásticas também foi responsável pelos afrescos das igrejas de Sumé e da vizinha cidade de Sertânia, em Pernambuco, da catedral de Campina Grande - Matriz de Nossa Senhora da Conceição – que foram destruídos num incêndio criminoso em 1963. Ele também trabalhou em esculturas de algumas figuras, inclusive esculpiu um busto de corpo inteiro do poeta Zé Marcolino. Ele deixou uma imensurável obra, inclusive a pequena parte da sua lavra que está exposta no Museu Assis Chateaubriand, em Campina Grande.

Mas, trocando em miúdos vamos ao que interessa. O fato é que a igreja de N. Senhora das Dores, que tem essa riqueza na sua nave, está necessitando de reparos urgentes com a substituição do telhado, que não resistirá ao próximo período de chuvas e os resultados serão catastróficos para essa obra de rara beleza que será varrida da abóbada do referido templo, caso providências urgentes não sejam levadas a efeito.

Os filhos de Monteiro têm que acordar para este chamamento. Não posso e nem devo pensar que todos ficarão inertes ante a ameaça que paira sobre essa valiosa riqueza artística, cultural e histórica. é bem verdade que sempre aparece dinheiro para contratar bandas de forró eletrônico e para pagar cachês de pseudos artistas que nunca contribuíram sequer com o mais tênue traço cultural. Sempre aparecem recursos aos borbotões para todo tipo de mediocridade. Por que agora, com a ameaça dessa perda irreparável vão faltar os meios necessários e todos irão cruzar os braços? Não posso conceber!... Se um desastre dessa magnitude vier a ocorrer por descaso e omissão da comunidade, doravante, sentirei vergonha de ser filho adotivo de Monteiro!...

A vida consiste em passado, presente e futuro. Quem não preserva o passado, fica perdido no presente e sem a perspectiva do futuro!...

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

TVPÚBLICA

UFPB promove I Fórum Paraibano de TVs Públicas na era digital

Implantar um sistema público de tevê que valorize a diversidade cultural brasileira e incentivar a educação através das tecnologias da informação e comunicação, com o pluralismo de opiniões e a cidadania. Esses são os desafios dos que fazem as tevês públicas no país.

Para trabalhar em parceria e discutir os avanços no setor, professores, pesquisadores, profissionais, estudantes de comunicação e toda a sociedade civil estão convidados a participar do 1° Fórum Paraibano de TVs Públicas na era digital. O evento é organizado pelo Pólo Multimídia da Universidade Federal da Paraíba e será realizado nos dias 13 e 14 de outubro, no auditório da Reitoria da UFPB, campus I, em João Pessoa.

Serão dois dias de debates e trocas de experiências, afinal, é preciso deixar claro, por exemplo, qual o papel das tevês públicas e o que elas devem destacar na sua programação. Para quem atua no setor, os desafios não param por aí. A transição do sistema de transmissão analógico para o digital, a criação de novos marcos regulatórios e a diversificação das fontes de financiamento das emissoras também devem ocupar boa parte dos debates.

Durante os dois dias do evento, no período da tarde vai ser realizado o “intervalo com café digital”, no hall da Reitoria. É a oportunidade de o público conhecer as aplicações interativas para a TV digital, desenvolvidas pela equipe do Laboratório de Aplicações de Vídeo Digital (Lavid) da UFPB.

Em outros momentos do evento um pesquisador do Lavid também fará demonstrações dessas aplicações e os participantes poderão interagir.

A partir da próxima semana os interessados em participar do 1° Fórum paraibano de TVs públicas na era digital vão poder fazer a inscrição, gratuitamente, pelo site da UFPB (www.ufpb.br).

Programação

No primeiro dia do fórum será realizada, às 9h30, a conferência “EBC e a Formação da Rede Pública de Televisão", com José Roberto Barbosa Garcez, diretor de Serviços da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). À tarde, às 14h, o professor Guido Lemos, coordenador do Laboratório de Aplicações em Vídeo Digital–Lavid/UFPB , falará sobre a “Interatividade na TV Digital Pública”.

Ainda no dia 13, às 16h, acontecerá o debate sobre a “Regulamentação, financiamento e propaganda nas TVs públicas”, tendo como palestrante Luís Henrique Martins dos Anjos, diretor Jurídico da EBC.

No segundo dia o fórum começa às 8h com uma mesa redonda sobre a “Produção audiovisual da Paraíba”, tendo Filipe Donner (assessor de Imprensa da IFPB), como mediador, e como debatedores Carlos Dowling (presidente da ABD-PB), João de Lima Gomes (coordenador do Nudoc/UFPB), Bruno de Salles (Pigmento Cinematográfico), Wilfredo Maldonado (coordenador do NPD-UFPB), Torquato Joel (Prac-Coex-UFPB), Carmélio Reynaldo (coordenador do LDMI-UFPB).

Às 9h começa o debate sobre “Programação Regional e Integração de Conteúdos”. A mediadora é a jornalista Madrilena Feitosa, da TV UFPB, e os debatedores são Rômulo Azevedo (professor da UEPB), Luís Lourenço (diretor de Programação/UFPE), Lena Guimarães (secretária de Comunicação do Estado), João de Souza Lima Neto (professor da UFCG), Lívia Carol (secretária de Comunicação de João Pessoa), Josimey Costa da Silva (superintendente de Comunicação da UFRN), Sandra Moura (diretora do Pólo Multimídia/UFPB), Indira Amaral (representante da Abepec), Gilson Ricardo (coordenador de TV e Rádio da Câmara Municipal de João Pessoa), e Giovanni Meirelles (editor da TV Assembléia/PB).

Às 14h, o pesquisador do Lavid/UFPB, Raoni Kulesza, vai realizar uma oficina com os participantes, oportunidade em que serão mostradas aplicações interativas para TV digital.

Às 16h, as discussões serão sobre o “Controle social da mídia”. Vão debater o tema Alexandre Guedes (presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/PB), Luciano Bezerra Vieira (representante do Movimento LGBT), Glória Rabay (coordenadora do Nipam/PB), Maria das Graças Martins (do Conselho Regional de Psicologia/PB), Land Seixas de Carvalho (presidente do Sindicato dos Jornalistas/PB), Sonia Lima (Confecom/PB), Waldeci Ferreira das Chagas (coordenador do Movimento Negro/PB) e Marcela Sitônio (presidente da API). Annelsina Trigueiro, coordenadora do Curso de Comunicação Social da UFPB será a mediadora.

Parcerias

Para realizar o 1° Fórum Paraibano de TVs Públicas na era digital, o Pólo Multimídia da UFPB conta com alguns parceiros: EBC; LAVID/UFPB; DECOM-TUR/UFPB; Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Governo da Paraíba, Assembléia Legislativa do Estado, Prefeitura de João Pessoa, Câmara de Vereadores de João Pessoa,Tribunal de Contas do Estado (TCE), Tribunal de Justiça da Paraíba, Agência 9Idéia, Sebrae-PB, Conselho Regional de Psicologia, Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior da Paraíba-Sintesp/PB, Associação dos Docentes da Universidade Federal-Aduf/PB e o Diretório Central dos Estudantes (DCE/ UFPB).


ASSOCIAÇÃO CULTURAL E RECREATIVA ANJO AZUL - anjoazuldobeco@gmail.com
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terça-feira, 22 de setembro de 2009

http://www.paraiba.pb.gov.br/mambots/content/multithumb/thumbs




Encontro de trabalho na Secom

A 1ª Conferência Estadual de Comunicação, que acontecerá em João Pessoa nos dias 5 e 6 de novembro deste ano, no Espaço Cultural, vem sendo discutida em reuniões dos integrantes da Comissão Organizadora. O evento deverá mobilizar cerca de 500 pessoas de todas as regiões da Paraíba e elegerá delegados para a 1ª Conferência Nacional, que ocorrerá em Brasília nos dias 1º, 2 e 3 de dezembro.

Na tarde desta segunda-feira (21), na Secretaria de Comunicação Institucional do Governo do Estado, ocorreu a terceira reunião, mais um encontro de trabalho da Comissão Organizadora. A secretária de Comunicação e presidente do grupo organizador, jornalista Lena Guimarães, revelou que participaram das discussões os membros da sociedade civil organizada. A pauta em andamento está relacionada com as formas de organização do evento.

No próximo final de semana, o Diário Oficial do Estado (DOE) deverá publicar a portaria com todos os integrantes da Comissão Organizadora, que inclui membros da classe empresarial, dos poderes públicos e da sociedade civil. De acordo com Lena Guimarães, na próxima semana será marcada a primeira reunião com todos os 26 membros envolvidos na organização do conclave. São oito pessoas da sociedade civil, oito da classe empresarial e dez representantes dos poderes públicos. Na pauta, o regimento da 1ª Conferência Estadual de Comunicação e as Conferências Regionais que ocorrerão em algumas cidades, antes da estadual.

O assessor especializado para integração do Governo do Estado com os Movimentos Sociais, Arimatéia França, que integra o Gabinete Civil do Governador, revela que os poderes públicos, os empresários e a sociedade civil vão discutir seus papéis na comunicação e procurar democratizar os espaços no setor.


Presidente da API, Marcela Sitônio

Avaliações – A presidente da Associação Paraibana de Imprensa (API), jornalista Marcela Sitônio, destacou que esta é a primeira vez que o Brasil realiza uma conferência nacional de comunicação e o momento é muito importante a partir das conferências nos estados. “Nós vamos discutir a democratização dos meios de comunicação, um assunto que interessa a toda a sociedade, não só à imprensa, mas a todos os segmentos”.

A presidente da API destacou que o Governo do Estado “tem se comportado de forma muito coerente, já publicou o decreto convocando a Conferência Estadual e tem sido importante parceiro”. Marcela solicitou que os colegas de imprensa se engajem na discussão.
O presidente do Sindicato dos Jornalistas da Paraíba, Land Seixas, afirmou que a Conferência vai traçar políticas públicas para a comunicação no País. Ele observou que se a sociedade despertou para a discussão, é porque é preciso redefinir a comunicação nacional.

Da sociedade – Na reunião realizada dia 16 deste mês, no Sindicato dos Trabalhadores em Eletricidade (Sindeletric), foram escolhidos os representantes da sociedade civil organizada. São oito membros titulares: Marcela Sitônio (Associação Paraibana de Imprensa), Land Seixas (Sindicato dos Jornalistas), Maria da Penha Araújo (Central Única dos Trabalhadores), José Moreira da Silva (ABRAÇO), Sônia Lima (LIBERTA), Sérgio Roberto Sales (Conselho Regional de Psicologia), José Felipe dos Santos (Movimento LGBT) e David Jean de Jesus (Associação Comunitária de Educação e Cultura-Cactos).

Na suplência há representantes do Centro Acadêmico de Comunicação, Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal da Paraíba (DCE/UFPB), Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações (SINTTEL), Novos Rumos, Grupo Mulheres Maria Quitéria, Associação Servidores IF/PB, Movimento Negro da Paraíba, Associação Recreativa e Cultural Anjo Azul.

Josélio Carneiro, com fotos de Ernane Gomes, da Secom-PB

domingo, 20 de setembro de 2009

VIVABABEL


Esteban, o nudista catalão
Foto Marc Javierre Barcelona


O senhor Esteban T.E desfila assim pelas ruas de Barcelona. Eu o vi na rambla, dando uma entrevista, mas de repente sumiu.
Agora lendo uma coluna do Claudio Versiani, no Congresso em Foco, descobri o mistério: ele é muito conhecido lá, já foi até multado, anda pelado naquele frio- vejam os casacos das horrorizadas señoras- e no calor, é só na Catalunha mesmo, grande lugar esse!
Como dizia o seu Junqueira, o Pepe Velo ai em cima:
"Visca Catalunya liure!"

PALHAÇOXUXU

Luis Carlos Vasconcelos vai se apresentar no Ponto de Cem Réis

Um retorno em alto estilo aos múltiplos palcos que integram a cultura paraibana, eis o que fará o diretor e ator Luis Carlos Vasconcelos, às 15h00 do dia 25 de setembro, no Ponto de Cem Réis, como uma das atrações confirmadas para o Festival Palco Giratório 2009 na capital paraibana. A escolha do espaço amplo localizado no centro comercial pessoense reflete a admiração que o público local tem pelo Palhaço Xuxu, personagem que vem fazendo do espetáculo "Silêncio Total" mais uma consagração de Luis Carlos em diferentes pontos do Brasil, por onde o Sesc - Serviço Social do Comércio vem desenvolvendo um roteiro de apresentações que se estenderão até o final deste ano.

Em "Silêncio Total" o ator Luis Carlos Vasconcelos se transforma no Palhaço Xuxu e vem mostrando a diferentes platéias suas técnicas circenses que já duram 30 anos em cartaz, devido a empatia gerada no decorrer de todo esse tempo em que ele ( Luis Carlos) fortalece sua trajetória no teatro, cinema e televisão.

Através de improvisos selecionados mediante a reação do público o ator está ampliando chances de continuar atuando num dos palcos em que mais gosta de expressar sua arte na rua, o que deve se repetir em João Pessoa, na tarde do dia 25, e em Campina Grande, no dia 22, a partir das 15 horas, no Palácio das Artes Suelen Caroline, também constando na programação do festival de artes cênicas organizados pelo Serviço Social do Comércio nas duas principais cidades da Paraíba.

Um Palhaço Cidadão-é assim que Luis Carlos define o personagem que faz de Silêncio Total um sucesso desde 2008, tendo em seu título uma referência assumida ao famoso bordão utilizado pelo Palhaço Xuxu.

Na verdade, o palhaço Xuxu é bastante conhecido do público pessoense, em decorrência de apresentações já realizadas em praças, universidades, praias, centros culturais de João Pessoa. O que torna esse reencontro motivado pela vinda de Silêncio Total uma "passagem especialíssima" da caravana que integra o Palco Giratório 2009, durante todo mês de setembro, pela Paraíba.

Para quem já admira o talento de Luis Carlos Vasconcelos em filmes como Carandiru e dirigindo peças teatrais como Vau da Sarapalha, a apresentação confirmada para o dia 25 deste mês, no tradicional Ponto de Cem Réis, que foi recentemente reaberto ao público pela Prefeitura Municipal, significa um motivo a mais para prestigiar o amplo palco instalado a céu aberto, bem no centro da capital paraibana.

Trajetória do Artista

O paraibano de Umbuzeiro Luiz Carlos Vasconcelos é formado em Letras e estudou teatro na Dinamarca. Não esquecendo das origens, trás na carreira o marcante palhaço Xuxu, há mais de 27 anos. Personagem que é fruto de sua paixão pelo circo e pelas técnicas populares de representação. Um dos fundadores da Escola Piollin de João Pessoa, Vasconcelos realizou estudos no Laboratório Internacional de Atores do Odin teatret, da Dinamarca entre 1988 e 1989.

Na Escola Nacional de Circo do Rio de Janeiro, Luiz Carlos aperfeiçoou técnicas circenses de equilíbrio e monociclo, assim como seu conhecimento musical, inicialmente com o violino depois com o fole alemão de oito baixos.

Como diretor de teatro tornou-se conhecido no começo da década de 1990, quando sua adaptação e montagem de "Vau da Sarapalha", de um conto de Guimarães Rosa, com o Grupo Piollin, percorreu o Brasil e vários países da Europa e América Latina conquistando crítica e público. O resultado foi uma montagem original, densa e enigmática que recebeu inúmeros prêmios - inclusive o Prêmio da Associação Internacional de Críticos de Teatro – AICT de 1994 – Continua viajando dentro e fora do Brasil.

Realizou o I Festival de Palhaços da Paraíba em 1983; o II Encontro de Palhaços – Aberto aos Mateus e Catirinas da Região em 1997, e O Riso da Terra – Feira de Arte Popular Cômica / Encontro mundial de Palhaços / Fórum do Riso em 2001. Organiza também "O Riso da Terra" – 2006.

Luiz Carlos estreou como ator de cinema interpretando o cangaceiro Lampião em "Baile Perfumado", de Lírio Ferreira e Paulo Caldas (1997), pelo qual ganhou o prêmio de melhor ator Coadjuvante da Associação de Críticos de Arte de São Paulo (APCA). Em 1999, fez um dos papéis principais em "O Primeiro Dia”, de Daniela Thomas e Walter Salles, pelo qual volta a ganhar o APCA de Melhor Ator de Cinema. Outro papel de destaque no cinema veio em "Eu, Tu, Eles", de Andrucha Waddington, selecionado para a mostra "Um certo olhar" do Festival de Cannes de 2000 e pelo qual recebe, pela terceira vez, o prêmio de melhor ator de cinema da APCA.

Ainda no cinema pôde ser visto no papel do brincante Salustiano em "Abril Despedaçado", de Walter Salles, e no longa "Carandiru", de Hector Babenco, em que interpreta o médico Dráuzio Varela; e na tevê como o malandro Pé-de-Vento da minissérie "Pastores da Noite", adaptada da obra de Jorge Amado. Fez uma participação especial na novela "Senhora do Destino", de Aguinaldo Silva, e participou da série "Carandiru Novas Histórias".

UTILIDADEPÚLICA

COISAS QUE NINGUÉM CONTA PRA GENTE!

Serviço 102 (Informações)
Quando você precisar do serviço 102, que custa R$ 2,05.
Lembre-se que agora existe o concorrente que cobra apenas R$ 0,29 por
informação fone 0300-789-5900.
Para informações da lista telefônica, use o nº 102030 que é gratuito,
enquanto que o 102 e 144 são pagos e caros.

*Correios*
Se você tem por hábito utilizar os Correios, para enviar correspondência,
observe que se enviar algo de pessoa física para pessoa física, num
envelope leve, ou seja, que contenha duas folhas mais ou menos,
para qualquer lugar/Estado, e bem abaixo do local onde coloca o CEP escrever
a frase 'Carta Social', você pagará somente R$0,01 por ela.
Isso está nas Normas afixadas nas agências dos correios,
mas é claro que não está escrito em letras graúdas e nem facilmente visível.
O preço que se paga pela mesma carta, caso não se escreva 'Carta Social',
conforme explicado acima custará em torno de R $0,27 (o grama).
Agora imaginem no Brasil inteiro, quantas pessoas desconhecem este fato
e pagam valores indevidos por uma carta pessoal diariamente?


*Telefone Fixo para Celular*
A MELHOR DE TODAS!!!
Se você ligar de um telefone fixo da sua casa para um telefone celular,
será cobrada sempre uma taxa a mais do que uma ligação normal, ou seja, de celular para celular. Mas se acrescentar um número a mais, durante a discagem, lhe será cobrada
apenas a tarifa local normal..
Resumindo:
Ao ligar para um celular sempre repita o ultimo dígito do número.
Exemplos:
9XXX - 2522 + 2 / 9X7X - 1345 + 5

Atenção:
o número a ser acrescido deverá ser sempre o último número
do telefone celular chamado !



Serviços bancários pela Internet
Para quem acessa o Home Banking de casa.
Vale a pena ler e se prevenir.
Quando for fazer uso dos serviços bancários pela internet,
siga as 3 dicas abaixo para verificar a autenticidade do site:

1 - Minimize a página.
Se o teclado virtual for minimizado também, está correto.
Se ele permanecer na tela sem minimizar, é pirata!
Não tecle nada.

2 - Sempre que entrar no site do banco, digite SUA SENHA ERRADA na primeira vez .
Se aparecer uma mensagem de erro significa que o site é realmente do banco,
porque o sistema tem como checar a senha digitada.
Mas se digitar a senha errada e não acusar erro é mau sinal.
Sites piratas não têm como conferir a informação, o objetivo é apenas capturar a senha.

3 - Sempre que entrar no site do banco, verifique se no rodapé da página aparece
o ícone de um cadeado; além disso clique 2 vezes sobre esse ícone;
uma pequena janela com informações sobre a autenticidade do site deve aparecer.
Em alguns sites piratas o cadeado pode até aparecer, mas será apenas uma imagem
e ao clicar 2 vezes sobre ele, nada irá acontecer.
Os 3 pequenos procedimentos acima são simples, mas garantirão que você jamais
seja vítima de fraude virtual.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

QUESTÕESCULTURAIS

A Paraíba vive um momento de muita discussão em torno das questões culturais. O Governo Estadual insiste em manter a estrutura ultrapassada de dependência na Secretaria de Educação e Cultura, abrigando tudo que for de interesse do mundo cultural numa Subsecretaria de Cultura, sem orçamento e sem perspectivas. Por mais que o atual Subsecretário – recém nomeado – queira fazer de fato alguma coisa vai ficar sempre na dependência e na subserviência dos interesses do Secretário de Educação. O Governo Federal já deixou claro que ou Governo do Estado cria uma secretaria específica para o setor cultural ou vai ficar de fora do novo Sistema Nacional de Cultura. E pelo jeito o Governo Estadual continuará a olhar a cultura – logo ela – como uma coisa menor. Ou seja, é a azeitona na empada da educação.

Com essa atitude ficamos como dantes no Castelo de Abrantes. Vamos continuar a mendigar recursos de boa vontade da governança estadual e no máximo serão concedidas algumas migalhas para ajudar a mover o setor cultural paraibano, com demandas crônicas congeladas no tempo e no espaço. Ou seja, ou o Governo Estadual assume de uma vez por todas que precisa abrir definitivamente um diálogo com o mundo cultural – seus setores mais organizados – ou vamos ficar para trás. Este é hoje um setor que não pode mais esperar pelas improvisações e pela falta de uma política clara, taxativa em seu favor. Precisamos estabelecer percentuais de investimentos definidos no Orçamento Estadual. Eu defendo 2% do Orçamento global do Estado, no mínimo. Como defendo 3% para o Orçamento Municipal e 1% do Governo Federal. É inadmissível que o que identifica a razão de ser de um povo - sua produção cultural, sua identidade, sua cultura - fique a mercê da incompreensão governamental. Chega! Não dá mais pra esperar.

Por outro lado, o município de João Pessoa, divulga com estardalhaço na mídia a aplicação de um milhão de reais no Fundo de Cultura Municipal para 2009. Como eles tomam como base os orçamentos anteriores, logo a perspectiva é nivelada por baixo. Veja você que uma cidade infinitamente menor que João Pessoa, como Olinda em Pernambuco, aplica infinitamente mais que a PMJP. Informações que disponho do ano de 2003, do Orçamento de Olinda demonstra que já naquele ano a Prefeitura de Olinda aplicava mais de quatro vezes que a cidade de João Pessoa em cultura. Pra que vocês tenham noção do percentual ridículo que a PMJP colocou a disposição do setor cultural em setembro de 2009, Olinda que não conta com o parque industrial e nem tão pouco com o volume de IPTU como João Pessoa possui, conseguiu investir mais de seis milhões em Patrimônio, Ciência e Cultura em 2003.

Provocações de Ivaldo Gomes

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

CONFECOM

Regimento antidemocrático reduz
possibilidade de avanços na Confecom

Pedro Pomar*

A convocação, pelo governo federal, da 1ª Conferência Nacional de Comunicação Social (Confecom) materializou um projeto histórico dos movimentos sociais, grupos e entidades engajados na luta pela democratização da comunicação social no Brasil. É um acontecimento de extraordinária relevância política, social e cultural, visto que nosso país exibe um dos sistemas de mídia mais concentrados do mundo, voltado majoritariamente para fins mercantis e com escassa participação pública. Historicamente, o sistema de mídia brasileiro tem sido um dos pilares da dominação de classe, graças aos privilégios recebidos do Estado. A realização da 1ª Confecom abriria, desse modo, a possibilidade de apontar mudanças substanciais no panorama atual.

Porém, o teor do regimento que a Comissão Organizadora Nacional acaba de aprovar vai na contramão das expectativas geradas, na medida em que normas fundamentais da 1ª Confecom, que fixam o número de delegados por segmentos (poder público, sociedade civil e empresariado) e o quórum para aprovação de resoluções, ferem a democracia e não se coadunam, sequer, com a tradição das conferências nacionais de outros setores.

O governo dobrou-se à chantagem do empresariado, que impôs a adoção dessas normas como condição para participar da 1ª Confecom. Os empresários dos setores de mídia e de telecomunicaçõ es (inadequadamente designados como “sociedade civil empresarial”) terão direito a eleger nada menos do que 40% dos delegados, uma aberração total, inédita na história das conferências. Estarão, assim, super-representados, uma vez que essa proporção nem de longe corresponde à real participação numérica do empresariado na sociedade, que é muito inferior a 40%. Não bastasse o fato de que empresas poderosas como Globo, Abril, Folha, SBT, Record, RBS, e os monopólios midiáticos regionais e locais praticantes do “coronelismo eletrônico”, poderão bombardear a população com suas próprias versões dos embates travados na conferência.

O poder público ficará com 20% dos delegados. Os movimentos sociais, grupos e entidades envolvidos na luta pela democratização dos meios de comunicação terão direito apenas aos restantes 40% dos delegados, a mesma proporção reservada aos empresários! Dessa forma, os setores populares, principais interessados na realização da 1ª Confecom, são acantonados, comprimidos numa delegação em que estará claramente subrepresentada.

“Temas sensíveis”

Agravante desse quadro é que foi definido um quórum para aprovação de resoluções em “temas sensíveis”, que será de 60%. Esse dispositivo tende a dificultar enormemente a aprovação de qualquer medida mais avançada, que diga respeito ao controle público ou controle social da mídia, ao cumprimento da Constituição Federal no tocante à proibição de monopólios, ao combate à propriedade cruzada dos meios de comunicação e várias outras. Todas poderão ser objeto de veto dos empresários, bastando, para isso, que tenham apoio parcial da bancada do poder público.

É deplorável que entidades participantes da Comissão Nacional Pró-Conferência (fórum extra-oficial que reúne o movimento social), e com assento na Comissão Organizadora, como CUT, Fenaj e várias outras, tenham concordado com tais normas, na forma de um “acordo” que consistiu, na realidade, em uma capitulação diante da pressão de governo e empresários.

Na verdade, das entidades com assento na Comissão Organizadora, somente o coletivo Intervozes e a Federação Interestadual dos Trabalhadores de Empresas de Radiodifusão e Televisão (Fitert) rejeitaram essas normas draconianas. Mas é importante lembrar que um expressivo número de entidades do movimento popular, excluídas da Comissão Organizadora exatamente pelo formato restritivo que o governo deu a essa comissão, manifestou-se contra tais restrições, e da mesma maneira pronunciou-se, incisivamente, a maior parte das comissões estaduais pró-conferência.

Achatamento

Outro golpe foram os critérios adotados para a distribuição dos delegados por Estados, isto é, os critérios de proporcionalidade que determinarão o tamanho de cada delegação. Partindo-se do princípio razoável de que se deve estabelecer um mínimo de delegados nos Estados menos populosos, chegou-se, porém, a distorções inaceitáveis: de um lado, fixou-se em 24 delegados esse mínimo por Estado (um número visivelmente exagerado); de outro lado, obteve-se a compensação achatando a delegação de um único Estado, São Paulo, muito além do que seria uma redução aceitável.

O dispositivo adotado reproduz a proporção das bancadas dos Estados vigente hoje na Câmara Federal. Desse modo, São Paulo, que por sua população de quase 40 milhões de habitantes teria direito a 21,65% dos delegados, poderá eleger somente 13,65% deles — perderá, assim, um terço de seus delegados. Na prática, São Paulo terá direito a eleger cerca de 180 delegados (do total de 1.500), dos quais somente 70 dos movimentos sociais!

O achatamento da bancada paulista de deputados federais foi implantado pela Ditadura Militar exatamente com a finalidade de reduzir a participação popular organizada. A reprodução desse mecanismo no processo de construção da 1ª Confecom é uma nova derrota da democracia e do movimento social em geral.

Derrotas e desafios

A delegação empresarial paulista, evidentemente, será reduzida na mesma medida. No entanto, quem tem militância efetiva é o setor popular e não os empresários, que não precisarão descartar ninguém, apenas terão facilitado seu trabalho, pois sua representação será mais enxuta. Por outro lado, como o empresariado tem direito a uma cota nacional de 40% dos delegados, abre-se caminho para delegações empresariais maiores nos Estados menos populosos (e eventualmente menos mobilizados) , a serem preenchidas por representantes dos monopólios midiáticos regionais e locais.

Em resumo, os movimentos sociais vêm colecionando derrotas no processo, apesar das proclamações entusiasmadas em sentido contrário de setores (como a direção da Fenaj e a ABCCom, entidade que representa os canais de TV comunitários) que equivocadamente enxergam na 1ª Confecom um espaço de negociação com o empresariado, e não estão dispostos a entrar em confronto com o capital.

Os setores combativos do movimento social, comprometidos com alterações que não sejam apenas cosméticas, estão, assim, diante de um duplo desafio: por um lado, maior organização e unificação na luta por avanços dentro da conferência; por outro lado, aproveitar ao máximo as energias despertadas nos processos organizativos de base e nas etapas locais e estaduais da 1ª Confecom, de modo a que o saldo político-pedagó gico seja da maior qualidade.

* Pedro Estevam da Rocha Pomar é jornalista, editor da Revista Adusp e doutor em ciências da comunicação. Artigo publicado originalmente no jornal Página 13 edição eletrônica (número zero, 15/9/2009).
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domingo, 13 de setembro de 2009

CANHOTO



MÚSICA de CANHOTO DA PARAIBA é destaque na ¨ MIMO¨ - MOSTRA INTERNACIONAL DE MÚSICA EM OLINDA.

O Trio de Câmara Brasileiro, dessa vez traz na bagagem a música instrumental do violão ¨destro¨ de Canhoto da Paraíba.

Com patrocínio da Petrobras, o Trio Camara Brasileiro acaba de gravar ¨Saudades de Princesa ¨(Crioula Records), CD contendo 12 músicas do notável violonista paraibano, algumas delas inéditas. O projeto prevê, ainda, a realização de uma turnê para divulgar o álbum.

O trio irá se apresentar em várias cidades brasileiras entre elas Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife , João Pessoa e claro: Princesa Isabel no alto sertão do Estado, terra natal do músico, morto em 24 de abril de 2008, vítima de um infarto.

Parte desse trabalho já foi conferido durante à Mostra Internacional de Música em Olinda, que aconteceu na primeira semana de setembro ( entre os dias 03 e 07/09/2009) . Para uma plateia interessada, na música instrumental e ao mesmo tempo dividindo a cena com um grande destaque da nossa música popular brasileira .

O trio formado pelo violonista e diretor musical Caio Cezar, pelo bandolinista Pedro Amorim e pelo cavaquinista Alessandro Valente tocou choros, valsas e até uma bossa nova de autoria de Canhoto.

Esse material foi garimpado pelo próprio Caio. A tia do músico é casada com um irmão de Canhoto, ambos lá de Princesa Isabel. Em reuniões de família, em Pernambuco, onde Caio nasceu, o hoje diretor musical conheceu Canhoto que vivia em Paulista vizinha à Olinda em Pernambuco. Com ele, compartilhou choros e chegou perto de excursionar pelo Brasil através do Projeto Pixinguinha, porém “Foi quando (1998) Canhoto foi acometido de Acidente Vascular, o AVC, que o paralisou”, lembra Caio.

O músico continuou a visitar Canhoto, que, sem poder tocar, passou a viver quaze a mingua na cidade de Paulista (PE).
Nessas visitas, recebia fitas cassete com registros de músicas do paraibano, músicas estas que ele tocava em festas e serestas.

Com uma preciosa coleção de 70 cassetes, Caio, juntamente com a produtora Lu Araújo, Diretora Geral da MOSTRA INTERNACIONAL DE MÚSICA EM OLINDA - MIMO, também é da Crioula Records, que fez o premiado CD Bom Todo, de Zabé da Loca, começou a peneirar as composições de Canhoto para a criação de um songbook e o disco Saudades de Princesa.

“São apresentações em festas, com pessoas falando alto e muito barulho. Deu um trabalho danado, mas conseguimos tirar o violão de Canhoto em boa parte delas”, revela Caio. As músicas foram transcritas em partituras para compor o songbook, que deverá ser distribuído gratuitamente em escolas, com a finalidade de não deixar a obra de Canhoto ser esquecida.

Ao todo, Caio e Lu chegaram a 67 composições do saudoso violonista Canhoto. “Elas estão digitalizadas e arquivadas em sete CDs cheinhos”, conta Caio, que revela: “Conseguimos patrocínio apenas para o CD e os shows – com exceção da cidade natal do homenageado, Princesa Isabel,localizada no sertão da Paraíba , esse shwo vamos fazer por conta da própria família ”, diz Caio.

“O Canhoto merecia essa homenagem”. Ele conta, ainda, que mesmo sem apoio, foram fazendo as partituras, mas precisam de patrocínio para os livros.

O título do CD, comenta o músico, é outra grande homenagem .“Toda vez que ia visitar Canhoto, a filha dele sempre dizia o quanto ele gostaria de voltar para Princesa Isabel, o quanto tinha saudade da sua cidade”.

DIVERSIDADE MUSICAL

Caio diz que a ideia do CD era revelar a diversidade musical de Canhoto. “Há duas valsas, cinco choros, maxixe e até uma bossa nova”. “Entrando na bossa”, aliás, foi bastante aplaudida no concerto da ‘Mimo’. A capa foi encomendada a um conterrâneo de Canhoto, o artista plástico Luiz Andrade, e o encarte traz diversas fotos do paraibano, cedidas por amigos de Princesa Isabel.

Canhoto morreu no Recife, na quinta, 24/04/2008, o violonista paraibano nascido Francisco Soares de Araújo, ficou célebre com o apelido de Canhoto da Paraíba, um dos expoentes do choro nordestino, admirado pelos mais importantes músicos brasileiros, como Paulinho da Viola e Hermínio Bello de Carvalho. Canhoto teve um enfarte - já tinha tido um derrame há uns 10 anos, o que o forçou a parar de tocar.

Nascido em 19 de maio de 1928, segundo a Enciclopédia Itaú Cultural, Canhoto da Paraíba, como o nome indica, tocava com a mão esquerda. Mas desenvolveu uma técnica particular de execução ao violão, com o instrumento invertido (mas sem inverter as cordas). Além disso, possuía um sentido harmônio e melódico incomuns, motivo que o fez ser admirado por todos os colegas do instrumento. Sacristão, aos 16 anos iniciou a carreira como músico na Rádio Clube, no Recife (PE).

Foi parceiro de Sivuca e Luperce Miranda e de grandes intérpretes do choro, como Rossini Ferreira e Zé do Carmo. Em 1959, esteve no Rio de Janeiro pela primeira vez e conheceu a nata do choro carioca, como Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Radamés Gnattali e Paulinho da Viola. Este último se tornou uma espécie de admirador eterno, e sempre que podia incorporava Canhoto em suas turnês. Tocaram juntos no Heineken Concerts e com a Velha Guarda da Portela no Palace, em São Paulo.


Em 1999, saiu o disco Os Bambas do Violão (Kuarup), que trazia Canhoto emparelhado com os maiores do instrumento, como Baden Powell, HenriqueAnnes, Nonato Luís e Rafael Rabelo. O crítico de música Mauro Dias escreveu, no Caderno 2 de O Estado de S.Paulo: "Paulinho da Viola talvez não fosse o mesmo se não houvesse antes dele Cartola e Nelson Cavaquinho e certamente não seria o mesmo se um dia não tivesse ouvido Canhoto da Paraíba".

Nessas visitas, recebia fitas cassete com registros de músicas do paraibano, músicas estas que ele tocava em festas e serestas.

Com uma preciosa coleção de 70 cassetes, Caio, juntamente com a produtora Lu Araújo (da Crioula Records, que fez o premiado CD Bom Todo, de Zabé da Loca), e diretora da MIMO, começou a peneirar as composições de Canhoto para a criação de um songbook e o disco Saudades de Princesa.

“São apresentações em festas, com pessoas falando alto e muito barulho. Deu um trabalho danado, mas conseguimos tirar o violão de Canhoto em boa parte delas”, revela Caio. As músicas foram transcritas em partituras para compor o songbook, que deverá ser distribuído gratuitamente em escolas, com a finalidade de não deixar a obra de Canhoto ser esquecida.

Ao todo, Caio e Lu chegaram a 67 composições do saudoso violonista Canhoto. “Elas estão digitalizadas e arquivadas em sete CDs cheinhos”, conta Caio, que revela: “Conseguimos patrocínio apenas para o CD e os shows – com exceção d da cidade natal do homenageado, Princesa Isabel,localizada no sertão da Paraíba , esse vamos fazer por conta própria da família ”, diz Caio.

“O Canhoto merecia essa homenagem”. Ele conta, ainda, que mesmo sem apoio, foram fazendo as partituras, mas precisam de patrocínio para os livros.
O título do CD, comenta o músico, é outra grande homenagem .“Toda vez que ia visitar Canhoto, a filha dele sempre dizia o quanto ele gostaria de voltar para Princesa Isabel, o quanto tinha saudade da sua cidade”.
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