MORRE VILÔ ETERNO MAESTRO QUE DEU VIDA AO BLOCO ANJO AZUL
Lamentamos com pesar, o falecimento do músico paraibano Severino Vilô Filho, o grande maestro paraibano, às 19 horas desta terça-feira, no Hospital da Unimed, onde internou-se no último sábado com complicações cárdiorespiratórias, geradas pela diabetes, doença com a qual lutava há mais de nove anos. Ele deixou viúva Maria Lucia Costa de Oliveira e cinco filhos de outros casamentos, entre eles, os também músicos Marcelo e Márcia (Glauco) Vilô, da Orquestra Metalúrgica Filipéia e Sanhauá de Frevos; César, Carlos e Marcos Vilô. O corpo está sendo velado no Parque das Acácias e o sepultamento ocorrerá às 16 horas desta quarta-feira.
A morte do maestro Vilô (75) com certeza enlutará a cultura da Paraíba, terra onde nasceu e que durante anos, abrilhantou os saudosos carnavais de clubes e (recentes) de rua, em especial de João Pessoa, com sua famosa Orquestra de Vilô. A morte prematura do maestro antecipou-se ao lançamento do tão esperado CD, " 40 Anos de Frevo" produzido no final de 2008, com frevos e marchas carnavalescas, por familiares e músicos amigos. O CD foi entregue recentemente pela gravadora para lançamento ainda neste carnaval.
"40 anos de frevo" é uma soma completa do que se quer ouvir desde o
frevo saltitante às marchinhas manhosas, numa cumplicidade gostosa,
que veio reafirmar a força e perseverança deste maestro paraibano, que
numa trajetória de quarenta anos, soube como ninguém, desafiar e
resistir aos atropelos do tempo maculado por ritmos tão banais e
agressivos à sensibilidade da nossa cultura.
Originário de uma família musical, o maestro Vilô era natural de Serra Branca, filho do também maestro Severino Vilô. Era tio do músico Roberto Araújo e da jornalista Fátima Sousa (Mana). A rica trajetória musical deste grande maestro paraibano, lhe rendeu várias homenagens, a exemplo do título de " Cidadão Pessoense", concedido pela Câmara Municipal de João Pessoa. Vilô foi o "homenageado especial"no primeiro CD da Prévia Carnavalesca Folia de Rua.