segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

ANJO AZUL - LAU SIQUEIRA

Lau: anjo azul quando a memória marca a ferro cálido um cerco invisível no oco que oprime a história do mundo quando as bolhas tropicálias movem-se em mantos de transgressões tatuadas no escândalo das coisas ocultas quando as certezas das vulvas cerzidas no agasalho das noites de banzo ou loucura ousam o lúdico no fálico quando nossas culpas percorrem impunes o silício das guerrilhas vencidas dentro de uma guerra perdida então o tempo se faz muito mais que um rito espalmado na solidão coletiva plástico e pulsante numa maresia que não corrói pois que se faz do abismo e do pano impermeável que cobre nossas asas na travessia e na travessura dos dias colhendo do cerco todas as saídas como um anjo azul na devassidão nua do universo Um beijo carinhoso, May! De presente, vai este poema nascido pra tu, agora, em plena tentativa de scrap.  Parabéns, guerreira. Feliz aniversário!