Sai a relação dos filmes selecionados para a Mostra Competitiva Audiovisual que acontecerá dentro da programação do XIII Fenart, entre os dias 24 e 28 de maio.
No total foram recebidos ente ficções, documentários, animações e experimentais, 116 curtas-metragens de 15 estados brasileiros, sendo eles BA, CE, ES, GO, MA, MG, PB, PE, PR, RJ, RS, SC, SE, SP e DF. As produções paraibanas representaram 35% dos filmes inscritos.
A comissão de curadoria, composta por Fernando Trevas, Helton Paulino e Virgínia de Oliveira, assistiu aproximadamente 23 horas de material para a seleção dos filmes que serão exibidos na Mostra Competitiva. Os principais critérios de seleção foram originalidade estética e o trato com a linguagem cinematográfica.
Os filmes selecionados estarão concorrendo à premiação de R$ 1.000,00 (mil reais) para os primeiros colocados nas categorias: curta-metragem de ficção, curta-metragem documental, inovação da linguagem audiovisual e júri popular. Além da premiação em dinheiro oferecida pela FUNESC, a ABD-PB, através de comissão julgadora própria, premiará com o Troféu Cabeçote o melhor curta-metragem paraibano da Mostra Competitiva Audiovisual.
Segue abaixo a lista dos filmes selecionados:
A Eternidade, de Leon Sampaio [Fic, 17’, 2010, BA]
A Chave da Maré, de Riccardo Migliore [Exp, 15’, 2010, PB]
A Montanha Mágica, de Petrus Cariry [Doc, 13’, 2009, CE]
A Paroxítona de Ofélia, de Rogério Farandola [Ani, 12’, 2010, RS]
Avós, de Michael Wahrmann [Fic, 12’, 2009, SP]
Bode Movie, de Taciano Valério [Fic, 12’, 2010, PB]
Borra de Café, de Aluizio Guimarães [Fic, 18’, 2010, PB]
Bucaneiro, de Juliana Milheiro [Fic, 17’, 2009, RJ]
Caixa Preta, de Ana Cláudia Okuti [Fic, 17’, 2010, RJ]
Camelos do Ingá, de Carlos Mosca e Ronaldo Nerys [Doc, 15’, 2008, PB]
Casa de Lirismo, de Thomas Freitas [Doc, 19’, 2010, PB]
Cem Réis entre Livardo e Vidal, de Libania Livia, Luis Augusto e Niaranjan do O' [Doc, 7’, 2010, PB]
Damas, de Mariana Mattos e Luisa Moraes [Doc, 14’, 2009, MG]
Doido Lelé, de Ceci Alves [Fic, 17’, 2009, BA]
Eletrotorpe, de Yuri Amaral e Nalu Beco [Fic, 15’, 2008, SP]
Família Vidal, de Diego Benevides [Doc, 15’, 2010, PB]
Lapidar o Bruto, de Natália Queiroz [Doc, 15’, 2009, SP]
Made in Taiwan, de Daniel Araújo [Fic, 6’, 2009, PB]
Medo do Escuro, de Cauê Brandão [Fic, 17’, 2008, GO]
Muitos Anos de Vida, de Rafael Jardim [Doc, 10’, 2008, BA]
O Apostolo do Sertão, de Laércio Ferreira Filho [Doc, 20’, 2008, PB]
O Retorno de Saturno, de Lisandro Santos [Ani, 12’, 2009, RS]
Os Anjos do Meio da Praça, de Alê Camargo e Camila Carrosine [Ani, 12’, 2010, SP]
Os Batedores, de Filipe Ferreira [Fic, 20’, 2008, RS]
Pornographico, de Haroldo Borges e Paula Gomes [Fic, 17’, 2008, BA]
Sombras na Cabine, de Alexandre Araújo [Doc, 10’, 2009, SP]
Sonata, de Gian Orsini [Fic, 6’, 2009, PB]
Tchau e Benção, de Daniel Bandeira [Fic, 10’, 2009, PE]
Um Lance do Acaso, de Beatriz Taunay [Fic, 10’, 2010, RJ]
Vírus, de Matheus Andrade [Doc, 18’, 2009, PB]
Vozes, de Anna Costa e Silva, Fábio Canetti e Luiza Santoloni [Exp, 19’, 2009, RJ]
A Mostra Competitiva Audiovisual do XIII Fenart é uma realização da Fundação Espaço Cultural (Funesc), com apoio da Associação Brasileira de Documentaristas - Secção Paraíba (ABD-PB).
sábado, 15 de maio de 2010
INTERCAMBIO
O poeta Mário Quintana já dizia que a gente precisa viajar, nem que seja na própria rua. Viajar é ampliar horizontes internos e ver mais da própria essência. É descobrir em cada passo, a cada nova esquina, em cada encontro com outra pessoa, com outra cultura, um pouco mais sobre nós mesmos. Quem conhece a si próprio? Só descobrimos nossas reais possibilidades e potenciais quando enfrentamos as dificuldades da vida. Porém é muito mais interessante desenvolver nossas capacidades em viagens do que na rotina das empresas, por exemplo, onde os erros são menos tolerados. Conseguir se comunicar com pessoas que não falam a sua língua, resolver problemas práticos, adaptar-se a condições estranhas aos seus hábitos e viver situações inesperadas são um treinamento avançado para dar conta dos muitos imprevistos que o dia-a-dia nos oferece. Com a vantagem de contemplar poentes espetaculares, ver gente diferente e viver aventuras únicas. Viajar é expandir-se. Dependendo da intenção com que viajamos e da forma com que nos abrimos para aprender, uma bela viagem vale por uma formação universitária. A lista de coisas que podemos conhecer enquanto viajamos não tem fim: idiomas, história, geografia, cultura, culinária, artes, artesanato, costumes, moda, paradigmas, política, ecologia, arquitetura, só para começar. Aí chegamos a outra questão. Estudamos para aprender e recebemos um diploma por isso, mas nem sempre efetivamente aprendemos, e nem sempre o que aprendemos serve para a vida prática. Quando viajamos, aprendemos nos divertindo. Não recebemos o diploma, mas o conhecimento é prático e pode contribuir muito para o sucesso. E se pudéssemos juntar tudo? Felizmente, já existem universidades ao redor do mundo que oferecem cursos a distância, beneficiando estudantes que não podem frequentar um curso regular numa instituição. E muita gente está escolhendo temas relacionados às suas preferências em viagens: história, arte, esportes, política etc. E um novo mundo que se descortina. Para quem não pode se dar ao luxo de passar um ano viajando, a sugestão é programar pelo menos 15 dias por ano. Se não pode ir longe, pode ir para perto. O importante é mudar de ares, abrir os olhos, experimentar coisas novas. E sem críticas, sem medo do desconhecido, do novo. A Organização Internacional do Trabalho (OIT), em parceria com uma consultoria americana para o desenvolvimento do pleno emprego, levantou dados que mostram que pessoas com experiência em viagens recebem até 20% mais em remuneração e empreendem com 50% mais sucesso do que aquelas que não viajam. Entretanto, a chave para uma experiência enriquecedora não é a viagem em si, mas a forma como se viaja. O espírito que colocamos na viagem é o que faz com que ela siga numa ou noutra direção. Tem gente que viaja para comparar o que vê com tudo que pensa e faz e criticar tudo o que é diferente, julgando a diferença como erro. Outras pessoas viajam para tirar fotos, conhecer bons restaurantes, ir a museus, assistir a espetáculos, divertir-se. Porém as que melhor podem aproveitar a viagem são aquelas que utilizam a experiência para aprender sobre seus limites e potenciais. Descobrir que o modo pelo qual levamos a vida é só um jeito aprendido, e não uma verdade absoluta. Perceber que há muitas formas de olhar a realidade. Dar-se conta de quais são as reações diante de um imprevisto, de uma dificuldade, de um novo hábito. Ser capaz de admirar a beleza mesmo em padrões radicalmente diferentes da própria estética.Viajar de olhos, mente e coração abertos. Aprender com a vivência e com a convivência. Experimentar e compartilhar. Aventurar-se com critério. Respeitar os outros e a si mesmo. Aprender outras linguagens, não só os idiomas, mas outras formas de se expressar. Viajar é ampliar o quintal da vida, fazer amigos e se divertir. Para aproveitar mais da experiência dessa breve viagem que é a vida, é preciso ser capaz de eliminar as fronteiras que nos separam da humanidade. Somos todos parte da mesma família. Não existe o "outro".
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