quarta-feira, 22 de junho de 2011

MONOCULTURA DA BAIANIDAD ISOLOU A BAHIA DIZ ALBINO RUBIM


Secretário de Cultura do Estado da Bahia ( foto divulgação )

por Claudio Leal

Vanguardeira dos anos 1950 até a geração da contracultura, a Bahia começou a emitir, na última década, sinais de marasmo. Do teatro à literatura, o Estado se ressente de não revelar novos criadores essenciais para a cultura brasileira e de conviver com a evasão de talentos.

O discurso da "baianidade autossuficiente", aprofundado nos governos sob a liderança política de Antonio Carlos Magalhães (1927-2007), é apontado pelo novo secretário estadual da Cultura, Albino Rubim, como um dos fatores do declínio da força cultural da terra de Gregório de Mattos e Jorge Amado.

- Avalio que o carlismo (corrente política de ACM) foi muito ruim para a Bahia em vários sentidos. Um dos sentidos é que toda a política construída no tempo do carlismo era de uma baianidade autossuficiente, como se a Bahia fosse uma espécie de ilha isolada do arquipélago da cultura (...) Isso empobreceu muito a Bahia, porque cortou muitos laços, trocas e diálogos - analisa o secretário, em entrevista a Terra Magazine.

Rubim avalia que os outros Estados também não produzem movimentos significativos. "Há uma espécie de letargia da cultura brasileira como um todo. Não vejo nenhum movimento muito significativo de renovação. Se você pegar as temáticas que são predominantes, nos filmes que têm mais impacto no Brasil, é a questão da violência", acrescenta o especialista em Política Cultural e ex-diretor da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (Ufba), escolhido pelo governador reeleito Jaques Wagner (PT) para comandar a secretaria no segundo mandato.

Nesta entrevista, Albino Rubim debate os dilemas culturais da Bahia - da preservação do patrimônio histórico ao Carnaval - e conta quais são os seus projetos para tirar Salvador dessa letargia. No início da gestão, ele encontrou uma dívida de R$16 milhões deixada por seu antecessor, o diretor teatral Márcio Meirelles, cuja passagem pelo cargo foi marcada por críticas de artistas e produtores. Os novos editais foram suspensos até ser finalizado o pagamento dos antigos.

- Nem no plano federal, nem no plano estadual, foi desenvolvida uma política para os artistas, uma política para essa cultura que é mais profissionalizada - pondera o secretário petista, autor do livro "As Políticas Culturais e o Governo Lula" (Ed. Perseu Abramo).

Há seis meses no cargo, ele detalha o programa do governo baiano para revitalizar o Pelourinho, no Centro Histórico de Salvador, um dos principais pontos turísticos da capital, restaurado nos anos 90 pelo então governador ACM. O modelo de ocupação do casario colonial, com a troca de moradores por estabelecimentos comerciais, sempre foi criticado pelos partidos de esquerda.

No governo Wagner, os antigos adversários do carlismo passaram a lidar com o crescimento da violência e do consumo de crack nas vielas da primeira capital brasileira. Agora, um plano de revitalização econômica e arquitetônica começa a ser aplicado, para impedir a degradação do patrimônio.

- A grande questão do Pelourinho, e o plano diz isso, é você reinserir aquele tecido urbano dentro do tecido geral da cidade e criar uma dinâmica para aquilo ali.

A mudança do modelo do Carnaval de Salvador, saturado pelo reinado de grandes blocos e empresários de Axé Music, é outro dos temas que devem marcar o segundo mandato do PT no Estado, embora o governo enfrente barreiras legais para entrar no terreiro municipal.

- Você tem um modelo que precisa ser revisto urgentemente, precisa ser democratizado. Você tem coisas ali... A questão dos horários (dos blocos e trios) precisa ser democratizado, não pode ser da maneira que é, hoje. Mas aí o nosso nível de intervenção é muito limitado - admite Albino Rubim.

Confira a entrevista.

Terra Magazine - Como o senhor avalia a sensação de que a cultura baiana está em declínio, perdeu sua importância nacional, num processo que viria desde os anos do carlismo (corrente política de Antonio Carlos Magalhães) até os tempos atuais, com o PT?
Albino Rubim - Avalio que o carlismo foi muito ruim para a Bahia em vários sentidos. Um dos sentidos é que toda a política construída no tempo do carlismo era de uma baianidade autossuficiente, como se a Bahia fosse uma espécie de ilha isolada do arquipélago da cultura. Como se a gente tivesse uma cultura própria, da baianidade. Isso não quer dizer que estou falando mal da baianidade em geral, mas de uma determinada visão que promove uma monocultura da baianidade. Isso empobreceu muito a Bahia, porque cortou muitos laços, trocas e diálogos.

Pessoalmente, acho que os momentos mais ricos da cultura, em qualquer lugar do mundo, são os momentos de diálogo intercultural. Na hora que você corta isso e põe uma cultura autossuficiente, que não precisa dialogar com outras, isso empobrece. De outro lado, a própria característica do carlismo, enquanto uma postura autoritária, que não permitia divergência, impositiva, não é nenhum clima razoável para o desenvolvimento cultural. Cria uma cultura de subserviência. É um clima nocivo. Sem dúvida, essas coisas atingiram profundamente a cultura da Bahia.

Certo, mas não houve o fortalecimento do Axé Music no período de Antonio Carlos Magalhães, com a formação de uma indústia na área musical?
Mas, veja, aí eu já acho o seguinte. Não estou defendendo o Axé, mas eu acho que existe também um preconceito enorme de elites intelectuais brasileiras e baianas contra o Axé. Ele tem muitos pontos complicados, mas outros não. Por exemplo, o Axé criou a possibilidade de você desenvolver uma indústria da cultura fora do Rio e de São Paulo. Não vejo isso como uma coisa negativa, pelo contrário, é uma coisa positiva, no sentido de que você descentraliza a possibilidade de uma cultura mais mercantil. O Axé é uma coisa genérica, a gente fala em Axé para designar muitas coisas. Não acho que toda música baiana criada nesse período foi sem qualidade, seja rítmica, seja melódica, seja das letras. Não dá pra generalizar dessa maneira. Sofreu um preconceito grande. E também é um preconceito de quando uma cultura popular cria uma conexão com a indústria. Há uma postura preconceituosa contra esse tipo de conexão.

E o que dizer do papel que a Bahia ocupa, hoje, na cultura nacional? Como ela pode se reposicionar, nacionalmente, como uma difusora importante de cultura? É um papel que ela já teve em outros momentos, a exemplo da vanguarda dos anos 1950 e 60, que foi estudada pelo senhor na universidade.
A questão não é só da Bahia. Vamos ser francos. Existe no Brasil, hoje, uma nítida defasagem entre as transformações que acontecem no País. A gente pode avaliar de várias maneiras, mas são transformações profundas. Não é um elogio, é mais uma constatação. Você tem deslocamentos imensos de contingentes populacionais entre classes. A presidenta atual (Dilma Rousseff) coloca como perspectiva o Brasil sem miséria, o que há um tempo atrás era praticamente impossível considerar dentro do horizonte de possibilidades do Brasil. Era como se não tivesse opção no Brasil, a não ser conviver com a miséria. É um movimento grande. Não estou dizendo que é maravilhoso, que está tudo perfeito, nada disso. É um movimento grande de mudanças no País. Nem tudo é para um caminho positivo, mas há um grande momento no plano econômico, social, a constituição de um mercado interno, coisa que se buscou muitas vezes e nunca se conseguiu... A superação da miséria e a própria expansão da universidade pública, que aconteceu neste último governo.

Mas, o que houve de imperfeito?
Esse processo todo de transformações não acontece em dois âmbitos. No campo da política, ele é muito mais lento. Você sabe que eu sou petista, mas tenho que deixar claro: o PT ficou aquém do que prometia nesse patamar político. A renovação política não correspondeu à renovação socioeconômica, ficou aquém. Espero que possa superar. E você não tem nenhum movimento sociocultural que expresse esse conjunto de transformações. Nos grandes momentos de transformação cultural, no Brasil, ou de transformação sociopolítica - nos anos 30, 50 e 60 -, você teve um movimento cultural junto com essas transformações. É nítido, agora, que nós não temos isso. Esse não é um problema da Bahia, especificamente. Não vejo nenhum movimento cultural no Rio, São Paulo, Minas. Claro, tem algumas experiências significativas, uma coisa ou outra, mas como uma coisa mais consistente, que realmente expresse esse movimento de transformação social, não sinto.

Falta a algumas das leituras críticas da cultura da Bahia uma visão da economia, que é um elemento importante para a cultura?
Veja, você não tem um parâmetro pra dizer: esse movimento não está acontecendo na Bahia, mas está acontecendo em tal lugar, entende? Você tem transformações culturais em determinado período, mas muitas dessas transformações eram conectadas, às vezes de maneira extremamente delicadas, complexas, com um movimento cultural. E nós não temos isso no Brasil de hoje. É uma coisa complicada e muito ruim. Há uma espécie de letargia da cultura brasileira como um todo. Não vejo nenhum movimento muito significativo de renovação. Se você pegar as temáticas que são predominantes, nos filmes que têm mais impacto no Brasil, é a questão da violência.

O debate cultural não deve estar acompanhado de uma discussão sobre as cidades brasileiras? Salvador, por exemplo, está sofrendo uma expansão brutal na área imobiliária, áreas verdes estão sendo perdidas, há um tráfego caótico, o que altera a sociabilidade na capital. A crise das cidades não tem a ver com o sentimento de crise da cultura?
Não é só a questão da especulação imobiliária. Nós estamos passando por uma expansão urbana, no Brasil, que tem um signo muito mais complicado. A cultura baiana tem uma interação grande com a cultura de rua. A vida na rua sempre foi muito forte, muito pujante, e alimentou a cultura baiana...

Em tempos recentes, ainda surgiram o Ilê Aiyê, o Olodum...
Hoje, você tem toda uma transformação de tornar muito hostil a rua. E não só pela questão da segurança, mas pela reconfiguração urbana. Cada vez mais, as ruas são tomadas por tráfego, são tornadas lugares hostis à convivência, à sociabilidade. Se você pensar uma cidade como Salvador, os espaços de convivência de rua são cada vez mais problemáticos. Não vejo como imaginar que isso não tenha impacto sobre a cultura, porque ela tinha essa conexão forte.

Quais vão ser os eixos da sua gestão na secretaria?
Estou trabalhando com três eixos. O primeiro, que talvez seja o mais importante e alimenta os outros: a busca da construção de uma cultura cidadã. Esse movimento de transformação que o Brasil vive tem que ser acompanhado por uma transformação cultural importante, que é a transformação de valores. É fundamental ter condições sociais mais dignas para a população. Mas não se trata só disso. Trata-se de você ter pessoas com cidadania plena, que tenham acesso a cultura e à possibilidade de experimentar, ousar, de serem elas próprias produtoras culturais. Para não seja um mundo racista, homofóbico, machista. Que você não tenha valores de competição, de individualismo extremo... Uma das coisas fundamentais é a busca de uma cultura cidadã.

Como se pode chegar a isso através de políticas de Estado?
Podemos atuar em vários níveis. Você tem que ter apoio a culturas que não sejam pretensamente neutras, que se coloquem a favor de valores mais democráticos, que apontem para um modelo civilizatório outro. Não tem que ter política cultural neutra. Tem que ter escolha, opção, se colocar a favor de determinadas coisas e contra outras. Não se deve apoiar uma cultura racista, homofóbica. Acho claramente isso. A construção da cultura cidadã implica em tomar partido. Uma outra coisa é reconectar a diversidade cultural, com uma defesa clara da diversidade, mas mais do que isso, fazer com que essa diversidade troque, negocie. Devemos criar um patamar de intercâmbio entre as várias culturas existentes, uma defesa da interculturalidade.

Quais são os outros pontos?
O segundo ponto é essa questão das trocas culturais. E o terceiro ponto é a busca de novos modelos de organização, de produção, de negócios na área da cultura. Quer dizer, você tem uma situação de uma cultura mais mercantil, totalmente absorvida dentro da lógica de mercadoria, subordinada aos interesses das empresas, das indústrias culturais. De outro lado, você tem outras dinâmicas culturais muito frágeis, que não encontram formas de organização alternativas e modelos de negócios novos. Uma das maneiras de você chegar a uma cultura cidadã é tentar ao máximo buscar novas modalidades de organização da cultura, de distribuição cultural, de negócios culturais. Porque essa cultura tem que ter níveis de sociabilidade. Não adianta você trabalhar só no plano dos valores, da interculturalidade, se você não cria dinâmicas de sustentabilidade, que permitam sair do padrão de uma cultura puramente mercantil.

O que está entre as suas prioridades?
Das prioridades, tem também o seguinte: vamos manter o projeto de territorialização da cultura.

Interiorização?
Eu prefiro dizer "territorialização". Por quê? São dois movimentos. De um lado, você precisa fazer com que determinada cultura, mais profissionalizada, que não é a espontânea e popular... É preciso fazer com que todos tenham acesso a essa cultura, levar a todos os territórios. Por exemplo, ao cinema, ao teatro. Que isso seja possível em todos os territórios. Um grande processo de democratização da cultura. De outro lado, a territorialização implica no reconhecimento de que todos os territórios são lugares de produção da cultura. E devem ser reconhecidos e respeitados. Esse processo não é só na sua relação com o interior. Porque, por exemplo, isso vale inteiramente para as periferias da cidade.

Agora, isso não é uma mudança de enfoque, se compararmos com a gestão anterior, do ex-secretário da Cultura Márcio Meirelles? Houve vários choques de artistas, dos setores profissionalizados, com o governo. Houve um exagero nessa "interiorização", em detrimento do que já estava profissionalizado?
Não acho que houve. Porque se a gente pegar dados econômicos, o que é destinado hoje pra essas regiões, pra esses territórios, não é nenhuma coisa tão gigantesca, para que leve a essa reação dos artistas. Faltou uma outra coisa, que não foi só da Bahia, mas uma coisa nacional. (Gilberto) Gil fez um deslocamento, que eu acho corretíssimo, de dizer que o ministério é para a sociedade brasileira, não mais um ministério com os artistas como público prioritário. Isso é correto. O problema é que se você tira os artistas do público preferencial do ministério, você tem que dizer, na nova política, qual é o papel dos artistas e dos criadores, já que não é aquele papel anterior. Nem no plano federal, nem no plano estadual, foi desenvolvida uma política para os artistas, uma política para essa cultura que é mais profissionalizada.

O que passou a ser feito para o setor profissional?
Uma das preocupações que estou tendo é com o teatro e o audiovisual, porque são áreas potencialmente profissionalizadas. Algumas fatias da música baiana já são profissionalizadas. Essas se garantem até independente do Estado. Outras áreas de culturas populares, o Estado tem que bancar mesmo, porque não têm nenhuma perspectiva imediata ou próxima de profissionalização, de ter um mercado próprio. No caso do teatro e do audiovisual, eu acho que podem. Tem que ter políticas para essas áreas. E não tinha. Na gestão anterior, por exemplo, um dos grande setores que fazia oposição, que estava criticando Márcio (Meirelles), era exatamente o pessoal do teatro. O que eles diziam? "Não tem política para o teatro profissional. Tem edital de teatro, mas com valores irrisórios, que não fomentam o teatro profissional, mas podem até ajudar o amador, o de rua". Acho que essas críticas tinham uma certa razão.

Os artistas profissionais do teatro e do audiovisual são muito beneficiados por editais e leis de incentivo, mas houve atrasos nos pagamentos desses recursos, ou por cortes orçamentários ou pelo cumprimento...
Aí eu não acho, não. Não foi só uma questão de cortes orçamentários. Recebi uma dívida de R$ 16 milhões. Essa dívida não é provocada apenas por falta de recursos. O conjunto desses atrasos se deve a uma dificuldade de processamento. Estamos num grande processo, que estou chamando de "reforçar a institucionalidade cultural". Quando falo em institucionalidade cultural, é também modernizar o Fundo de Cultura. O Fundo de Cultura e o Fazcultura (lei de incentivo estadual) não são informatizados. Eram e são feitos a mão! Eles têm que ser informatizados. Uma das prioridades é reforçar novas estruturas e modernizar a administração. Quanto aos atrasos, quando cheguei lá, disse: "Não vou abrir nenhum edital sem que a gente tenha pago uma boa parte do que a gente está devendo". Já pagamos 70% das dívidas.

Essas dívidas acumuladas dificultam em que medida a fase inicial de sua gestão?
Tive que tomar uma atitude chata: "Não vamos abrir nenhum edital". A comunidade cultural sempre quer saber de editais novos, são recursos que vão sendo colocados. Tive uma decisão de dizer: "Não vou ficar abrindo editais sem pagar os anteriores". Eu abri edital agora, no meio do ano. Quer dizer, eu poderia estar abrindo desde fevereiro ou março. É um certo desgaste, porque as pessoas não querem saber muito por quê. Querem saber que tenha. Não é simples.

Logo quando o senhor assumiu, em janeiro, houve um abaixo-assinado de museólogos, criticando a gestão centralizadora dos museus baianos...
É, nós mudamos essa área de museus e colocamos uma professora aposentada da Ufba, Maria Célia Teixeira, uma pessoa com uma relação muito grande com as políticas nacionais, com o Ibram (Instituto Brasileiro de Museus), com a relação entre museus e educação... E colocamos, entre um dos pontos centrais nossos, para este ano, a criação do Instituto Baiano de Museus. Já fizemos discussão pública, o governador (Jaques Wagner) já aprovou, estamos ultimando o projeto pra mandar pra Casa Civil e, depois, pra Assembleia Legislativa.

O que vai ser alterado? Os museólogos criticavam o antigo diretor de museus (Daniel Rangel)...
Eles criticavam a política de museus...

E também as exposições com altos valores, em detrimento de investimentos em outros museus...
Exatamente, em detrimento de outros museus que não recebiam nada. Não me interessa ficar criticando para trás, não é positivo. Quero ir adiante. O Ibram tira os museus do âmbito do Ipac (Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural). Quando eu assumi, fui conversar com Frederico Mendonça, o diretor do Ipac. A primeira coisa que ele me disse foi marcante: "Secretário, o Ipac são três". Mas, três como? "Temos a área de patrimônio, aquilo que deveria ser o Ipac, temos a área do Pelourinho cultural, pois somos responsáveis por toda a programação cultural do Pelourinho, que não é da competência específica do patrimônio, e nós temos os museus." Isso me marcou. Nós vamos restituir ao Ipac aquilo que é do Ipac. Tiramos essa área de programação do Pelourinho e criamos o Centro de Culturas Populares Identitárias.

Esse centro passou a ser responsável, na secretaria, por toda a área identitária. As festas populares estão dentro desse centro. Fizemos uma reforma administrativa, pequena ainda, feita num ano que não tem muitos recursos. O orçamento é pequeno e tivemos que adaptar a reforma. Mas já apontou para algumas coisas. Estamos querendo mudar, depois, o Instituto Baiano de Museus. Nós temos um parque de museus, no Estado, seja de propriedade do Estado ou que estejam no Estado da Bahia, que precisa de um instituto que cuide especificamente da política de museus. Como aconteceu no plano nacional, no governo Lula, com o Ibram. Se a gente fizer isso, vai ser o primeiro instituto estadual de museus.


Terra Magazine