sexta-feira, 10 de setembro de 2010

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MORRE JOSÉ ANTONIO SOUTO ÚLTIMO CANGACEIRO DO BANDO DE LAMPIÃO E MARIA BONITA

Um dos últimos cangaceiros do bando de Lampião e Maria Bonita, José Antônio Souto, 100 anos, morreu na tarde desta segunda-feira em Belo Horizonte, onde morava com a família.

Moreno, como era conhecido no cangaço, entrou para o bando a convite do cangaceiro Virgulino, um dos integrantes do grupo, depois de ser barbeiro, caseiro e três vezes rejeitado pela polícia. O corpo de Moreno foi enterrado na manhã desta terça-feira no cemitério da Saudade, na capital mineira.

Ele vivia em Minas Gerais há 70 anos e segundo familiares veio para o Estado procurar tranqüilidade para viver com a mulher, Jovina Maria da Conceição, conhecida com Durvinha. Em 2008, o cangaceiro contou para o Terra que havia deixado o cangaço após os pais, amigos e um padre pedirem para eles abandonarem a vida cheia de riscos. Além disso, segundo a família, Durvinha tinha medo de ser degolada.

Segundo Nely Maria da Conceição, 60 anos, filha do casal, o pai já pedia para morrer há mais de dois anos, sempre chamando pela mãe. "Depois da morte de mamãe em 2008 meu pai entrou em depressão e sempre falava assim 'Mãezinha vem em me buscar. Já vi tudo que tinha pra ver. Quero encontrar Durvinh' ele estava sofrendo muito" disse.

Nely ainda conta que o fato de tanto Moreno quanto Durvinha serem enterrados em túmulos era considerado uma benção pelo pai. "Ele nos contava que no cangaço decapitavam os cangaceiros, mostravam a cabeça para o público e deixavam os corpos perdidos. Para meu pai, ser enterrado em um cemitério era uma coisa muito boa, uma benção. Por isso resolvemos fazer o que ele pediu, soltar foguetes no momento do sepultamento" afirmou.

A família ficou sabendo a verdadeira história do casal apenas em 2005, depois que Moreno, com problemas de saúde, revelou ter matado muitas pessoas e que abandonara um filho. Noeli da Conceição, uma das filhas do casal, também conversou com o Terra em 2008 e disse que chorou muito depois que descobriu o passado dos pais. "Eu estudei tudo aquilo que era o cangaço, sabia das atrocidades que eram cometidas, e meu pai me contou que fazia parte deles. Fiquei chocada. Fui para o banheiro, chorei muito e liguei para o meu namorado para contar a descoberta", contou.

A partir desse ponto, Noeli encontrou o primeiro filho do casal, Inácio Carvalho de Oliveira, que hoje vive no Rio Janeiro como policial aposentado. Ele também esteve no enterro. O casal de ex-cangaceiros também recebeu homenagem em um livro "Morenos e Durvinha, amor e fuga no cangaço" escrito por João de Souza Lima.

AREIA CAPITAL BRASILEIRA DA CULTURA

Areia será candidata à Capital Brasileira da Cultura 2011

De 1º de setembro até 30 de outubro de 2010, estará aberto o prazo para inscrição de candidaturas das cidades que desejem concorrer ao título de Capital Brasileira da Cultura 2011.

O Projeto Capital Brasileira da Cultura (CBC) é uma iniciativa com abrangência nacional, implementado pela Organização Capital Brasileira da Cultura (ONG CBC), e está aberto à participação de todos os municípios do Brasil.

Tem a finalidade de eleger anualmente uma cidade brasileira com o título de Capital Brasileira da Cultura e conta com o apoio dos ministérios da Cultura e do Turismo e de entidades nacionais e internacionais.

Os objetivos do projeto são: valorizar e promover a cultura brasileira em todas as suas formas de expressão; contribuir para que haja um maior conhecimento da identidade e diversidade cultural do Brasil; colaborar nos processos de integração nacional e de inclusão social através da cultura.

A cidade que queira participar do concurso deverá solicitar o Formulário de Candidatura e apresentar a documentação exigida pelo regulamento, acompanhada de uma carta do prefeito.

O Secretário de Turismo da cidade de Areia, brejo da Paraiba, uma das cidades candidatas em 2006 disse que o Projeto 2011 já está elaborado e “a cidade vai concorrer pela legitimidade que possui com o título de primeira cidade da Paraíba reconhecida como Patromônio Nacional da Cultura. “Só em poder concorrer vejo como uma vitória de todos os paraibanos”, ressaltou Ney Vital.

Em 15 de novembro de 2010 será divulgado o nome da cidade que receberá o título de Capital Brasileira da Cultura 2011, a sexta edição do projeto , após Olinda 2006, São João del-Rei 2007, Caxias do Sul 2008 , São Luís do Maranhão 2009 e Ribeirão Preto 2010.

A cidade eleita como Capital Brasileira da Cultura 2011 deverá desenvolver durante o próximo ano, o programa de atividades proposto na candidatura, que tenha como objetivos valorizar e divulgar seu patrimônio cultural material e imaterial, obtendo com isto muitos benefícios para seu desenvolvimento social e econômico.

SOM DAS 6 hoje 10 setembro 2010 - ODECASA & BETO GUEDES

O mineiro Beto Guedes, representante do movimento Clube da Esquina, que transformou o panorama da MPB a partir dos anos 60, é uma das atrações do ‘Som das 6’ nesta sexta-feira (10). A noite ainda terá o tom mesclado do rock, baião, bossa nova e jazz do grupo paraibano Odecasa, que já fez turnê pela Europa. O evento acontece no Ponto de Cem Réis, Centro da Capital, a partir das 18h. O projeto é uma iniciativa da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), através da Fundação Cultural (Funjope).


Das ruas de Divinópolis e Paraisópolis, no bairro de Santa Tereza, em Belo Horizonte (MG), jovens músicos se encontravam no início da década de 60. O som ficou mitificado na música de Milton, Lô e Márcio Borges. Esse grupo depois também aglutinou o nome de Beto Guedes. Estavam lançadas, a partir de então, as bases do movimento musical Clube da Esquina.


Na apresentação do Ponto de Cem Réis, nesta sexta-feira (10), Beto Guedes vai recordar canções de sua autoria com o parceiro musical Ronaldo Bastos, a exemplo de “Amor de Índio”, “Sol de Primavera”, “O Sal da Terra” e “Canção do Novo Mundo”. No repertório que acompanha o cantor também há sempre espaço para músicas de outros compositores, como Lô Borges e Fernando Brant.


O cantor e compositor Beto Guedes nasceu em 1969. Juntamente com Lô Borges, começou a participar de vários festivais ainda na juventude. A partir do Festival Internacional da Canção (1970), ele também começou a integrar os espetáculos de Milton Nascimento, com a banda Som Imaginário. Foi nessa época, já no Rio de janeiro, que Beto participou de quase todas as faixas do disco Clube da Esquina.


O primeiro disco de Beto Guedes surgiu em 1973. Em 75, ele gravou com Milton Nascimento no LP "Minas", que incluía a música "Fé Cega, Faca Amolada". No mesmo ano, os dois ainda lançaram juntos um compacto. Em 1977, assinou contrato com a Odeon para o primeiro disco individual, intitulado "A Página do Relâmpago Elétrico”. Outros trabalhos também foram gravados até chegar ao LP “Alma De Borracha”, em janeiro de 1988. O álbum rendeu um Disco de Ouro, ultrapassando 200 mil cópias vendidas.


Odecasa – Formada por Henrique Peixe (baixo e vocal principal), Daniel Mesquita (guitarra e segunda voz) e Júnior Punk (bateria), a banda Odecasa mescla as influências do rock, baião, bossa nova e jazz. No repertório desta sexta-feira (10), os músicos vão mostrar composições próprias. Entre elas destaca-se “Bem ou Mal”, “Sobreviver”, “Fonte de fé” e “Por isso”, todas de autoria do baixista Henrique Peixe.


O trabalho dos integrantes do Odecasa nasceu em 2004. Na época, a formação ainda se chamava Grupo Olho D’água. Só depois os três músicos adotaram o nome atual da banda. No segundo semestre de 2005, o grupo fez apresentações e gravações durante três meses na Europa. Em 2006, realizou um show no clube de jazz “Birdland”, do renomado músico de jazz Joe Zawinul, em Viena (Áustria).