sexta-feira, 6 de março de 2009

SOLAR

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O Solar do Conselheiro é um dos recantos mais refinados da Capital. Nascido de um sonho – e através de muita perseverança do jornalista Gerardo Rabello, trata-se de uma casa de recepçőes cheia de estilo e personalidade. VEJA FOTOS DE ALGUNS EVENTOS REALIZADOS NO SOLAR. A história do casario é datada de 1790, o que torna o Solar do Conselheiro a edificaçăo residencial mais antiga de Filipéia de Nossa Senhora das Neves.

A casa foi palco da história de inúmeras famílias importantes da Paraíba. Foi lá que viveu Antônio José Henriques, presidente da Província de Săo Paulo e conselheiro do Imperador Dom Pedro II. Ali nasceu Venâncio Neiva, primeiro governador republicano da Paraíba. A edificaçăo foi residęncia de Dona Alice de Mello, que lá contraiu núpcias com o político e escritor José Américo de Almeida.

O professor e maestro José de Queiroz Baptista foi proprietário e também morou no prédio, que abrigou, por um período, a Escola de Música Antenor Navarro e posteriormente o curso de Educaçăo Artística. Foi nela que também se instalou, por alguns anos, a sede do Conselho Estadual de Cultura.

No antigo solar, o médico Joăo Gonçalves de Medeiros, um dos maiores nomes da pediatria paraibana, também exerceu suas atividades como reitor da Universidade Federal da Paraíba. Já o intelectual Odilon Ribeiro Coutinho, seu último proprietário, pretendia montar escritório, mas nunca chegou a fazê-lo. A casa foi ainda residęncia de religiosas canadenses. VEJA AS FOTOS DO SOLAR DO CONSELHEIRO


Restauraçăo

Em 2006, depois de restaurado, o Solar deu lugar a grandes recepçőes e encontros culturais. O projeto de restauraçăo do prédio obedeceu toda a legislaçăo imposta pela Comissăo do Centro Histórico. A idéia original foi “năo acrescer, apenas limpar as interferęncias promovidas pelos titulares ou locatários do imóvel” – fechado, até entăo, há quase trinta anos.

Toda a estrutura passou por uma lavagem geral. Com água, lixas finas, martelinho e escovas com fios de plástico, todos os contornos da portas e janelas foram limpos, valorizando as seculares pedras de cantaria.

Internamente, a ambientadora Conceiçăo Serra fez questăo de preservar os pesos – quase todos de ladrilho – e o madeiramento da escada. Algumas paredes do piso superior, erguidas no final dos anos 40, foram derrubadas para que os salőes ficassem mais amplos e prontos para sediar pequenas recepçőes. Outro fato de real valor para a arquitetura do prédio é que uma das sacadas externas de fundo foi inteiramente restaurada por profissionais da Oficina Escola.

No quesito ambientaçăo, a preocupaçăo foi seguir a linha colonial e, para tanto, o jornalista Gerardo Rabello foi duas vezes a Portugal, em busca de peças que permitissem o melhor caimento ŕ ambientaçăo. Lustres de cristal, pratos, telas e móveis de época compőem o cenário criado para o empreendimento, que está localizado na esquina da Rua Duque de Caxias com a Conselheiro Henriques, no Centro da capital.