quinta-feira, 30 de julho de 2009
CEMREIS
BLOCO ANJO AZUL - PRIMEIRO DO CENTRO HISTÓRICO, É CONVIDADO PARA A INAUGURAÇÃO DO NOVO PONTO DE CÉM REIS - 04 DE AGOSTO 2009. 18:00hs.
As obras de revitalização da Praça Vidal de Negreiros, conhecida pelos pessoenses como "Ponto Cem Réis", em ritmo acelerado.
Na praça caberá uma homenagem ao compositor e músico parahybano, Livardo Alves, famoso naionalmente pela composição da marchinha carnavalesca "Marcha da Cueca". Ele será imortalizado numa estátua em bronze, em tamanho natural, sentado num banco da praça, lugar onde ele passava as tardes em companhias de amigos e boemios. A peça será fixada no local, próximo ao Paraíba Palace Hotel, outro lugar de sua preferência para o famoso cafezinho, em nosso sítio histórico.
A reconfiguração do local estabelecida com a instalação de uma placa leva o nome do inesquecível ex-prefeito de João Pessoa Damásio Franca,( im memória ),o lugar já passou de viaduto a túnel,virou praça, a população parahybana recebe com alegria nesse próximo dia 4 de agosto de 2009, véspera do aniversário de 424 anos da Capital que é a terceira cidade mais antiga do Brasil também Patrimõnio Nacional, e que está em seu quinto nome desde sua fundação em 1585 ...
A intervenção, orçado em R$ 1.763.148,23, faz parte do Projeto de Revitalização de Praças e Parque da cidade de João Pessoa, executado pela Secretaria de Infraestrutura (Seinfra).
Os serviços estão concentrados nos acertos finais do piso, iluminação, bancos, pintura e jardinagem, além da colocação dos domus, que é uma estrutura metálica em forma de pirâmide, instalada para facilitar a ventilação e a colocação da iluminação local. As obras seguem na etapa final também nos serviços de restauração das calçadas , espaços ocupados pelos blocos carnavalescos BLOCO DA CUECA, Anjo Azul , AS ANJINHAS, PINGUIM, BLOCO DA LIMPEZA, PÉ DE MATO, PICOLÉ DE MANGA, entre outros, durante a abertura oficial do Projeto FOLIA DE RUA - MAIOR PRÉVIA CARNAVALESCA DO BRASIL.
Os pessoenses vão poder visualizar um novo espaço, amplo e moderno destinado a melhor circulação das milhares de pessoas que transitam no local diariamente.
No Ponto de Cem Réis já existiram trilhos por onde passavam o bonde elétrico o cobrador anunciando a tarifa "cem réis". Nos arredores também existia uma praça e uma alça ligando a avenida Guedes Pereira à Duque de Caxias, hoje cederam lugar a um pátio que impressiona pelas dimensões: 5.214 metros quadrados, local de concentração do Bloco da CUECA - em homenagem ao músico grande carnavalesco Livardo Alves.
EU MATO
EU MATO
QUEM ROUBOU MINHA CUECA
PRÁ FAZER PANO DE PRATO
MINHA CUECA TAVA LAVADA
FOI UM PRESENTE
QUE EU GANHEI DA NAMORADA
domingo, 26 de julho de 2009
API
JORNALISTAS ELEGEM PRIMEIRA MULHER À PRESIDENCIA DA ASSOCIAÇÃO PARAHYBANA DE IMPRENSA DO ESTADO.
http://www.clickpb.com.br/artigo.php?id=20090725102500
Marcela Sitônio é a nova presidente da API
A jornalista Marcela Sitônio foi eleita presidente da Associação Paraibana de Imprensa (API) com 600 votos válidos, contra 6 em branco e apenas um nulo.A entidade tem 2.079 associados. Destes, estavam aptos a votar 1.550. Mas apenas 607 compareceram às urnas instaladas em João Pessoa, Campina Grande, Guarabira, Patos, Pombal, Sousa e Cajazeiras, representando 42% do eleitorado com direito a voto.
A posse dos novos membros da diretoria da API vai acontecer no dia 02 de setembro, conforme prevê o Regimento Eleitoral. O local e horário ainda serão definidos.A diretoria eleita terá um mandato de três anos e Marcela Sitónio é a primeira mulher a assumir a presidência da entidade ao longo de 76 anos de fundação.
A eleição aconteceu na última sexta-feira no interior do Estado e neste sábado em João Pessoa, onde a votação foi encerrada às 17 horas.
A nova presidente da Associação Paraibana de Imprensa agradeceu os votos dos colegas de imprensa e disse estar satisfeita com o resultado das eleições. "Considerando que a eleição foi com chapa única, sem disputa, a participação nas urnas foi bastante significativa", disse ela.
Os números das urnas recebeu foram os seguintes:
João Pessoa - 376 votos
Campina Grande - 121 votos
Sousa - 43 votos
Cajazeiras - 28 votos
Patos - 16 votos
Pombal - 12 votos
Guarabira - 9 votos
sábado, 25 de julho de 2009
sexta-feira, 24 de julho de 2009
VALDEZ
A classe rica, aristocrática, é a mesma em qualquer lugar. Em tempos avoengos, boatou que os ricos eram ricos devido a providência divina, e, com a ajuda da Igreja, que os pobres deveriam ser sempre pobres, com a graça de Deus... Não é sem razão que a pobreza ainda acredita que estudar faz maluquecer as pessoas. Eis que o vulgo atribuia as esquisitices de Don Quixote ao fato deste se haver metido com os livros. Só que vieram Voltaire, Diderot, Rousseau, e o honorável Calvino, a dizer que um peido, dado após uma boa comida e a um bom vinho, era mais confiável que essas estórias criadas pelos ricos.
No Brasil, está a divulgar que um operário não tem condições de governar o país; que a vaca vai para o brejo se Lula for eleito Presidente; que o Brasil vai enveredar pelos caminhos da Argentina.
A mesma coisa diziam os aristocratas de Thomas Jefferson, que também havia nascido sem eira nem beira; diferentemente de Washington, John Adams e Alexandre Hamilton, homens de berço e ricos proprietários. Consolidada a independência americana, trataram os aristocratas, federalistas, de criar mecanismos jurídicos para dificultar a ascensão do Zépovinho ao poder. Criaram um Estado centralizado e um colégio eleitoral, somente constituido de bem nascidos, que indicaria os candidatos a candidato.
Jefferson, claro..., se opunha aos federalistas. Estes, por sua vez, diziam que Jefferson era um perigoso demagogo, livre-pensador, partidário do amor-livre, e que tinha vivido muito tempo na França para ser um sincero patriota americano... Esqueciam-se de que os franceses tinham emprestado dinheiro e homens à causa da Independência, entre os quais se destacara a figura exponencial do jovem Marquês de La Fayette, que lutara ao lado de Washington. Curioso que os americanos, durante a luta pela independência, concluiram inúmeros tratados de amizade com a França.
Em 1789, ano da queda da Bastilha, foi a vez dos franceses cobrarem dos americanos uma ajuda. Madaram Genêt aos EEUU, com a mesma finalidade com que Mister Benjamim Franklin, poucos anos antes, havia aportado na França. Mas havia uma enorme diferença... Na América a revolução tinha posto no poder proprietários, aristocratas e a classe alta; na França o poder estava nas mãos das massas pobres, dos democratas, das multidões desprezadas dos cortiços. O governo americano escorraçou Monsieur Genêt e aliou-se à Inglaterra, inimiga da França. Para coibir quaisquer manifestações contrárias a essas medidas fez aprovar pelo Congresso: a) Lei dos Estrangeiros, que aumentava de 5 para 14 o número de anos necessários para um estrangeiro obter a cidadania americana, além de permitir prender e exilar todo estrangeiro considerado indejável, ou que pertencesse a uma nação em guerra com os EEUU; b) Lei das Sedições, que permitia prender quem falasse mal do governo, do Presidente e das casas do Congresso, ou quem instigasse a oposição contra um ato legal do Congresso ou do Presidente.
Ocorre que o povo americano não esquecera da ajuda que recebera do povo francês e foi para as ruas protestar. Thomas Jefferson conseguiu que algumas Câmaras estaduais votassem pela inconstitucionalidade da Lei das Sedições, vez que esta cerceava as liberdades de expressão. Foi no topo dessa indignação popular que Thomas Jefferson foi eleito o terceiro presidente dos EEUU, em 1809. Um homem sem berço, que abriria um precedente para que, mais tarde, um lenhador ocupasse, também, o posto mais importante dos EEUU.
Precisamos mudar... Acreditar, como os americanos, que qualquer cidadão de bem está capacitado para dirigir os destinos do nosso país, seja ele lenhador, torneiro mecânico ou professor de sociologia das arábias!
valdez
No Brasil, está a divulgar que um operário não tem condições de governar o país; que a vaca vai para o brejo se Lula for eleito Presidente; que o Brasil vai enveredar pelos caminhos da Argentina.
A mesma coisa diziam os aristocratas de Thomas Jefferson, que também havia nascido sem eira nem beira; diferentemente de Washington, John Adams e Alexandre Hamilton, homens de berço e ricos proprietários. Consolidada a independência americana, trataram os aristocratas, federalistas, de criar mecanismos jurídicos para dificultar a ascensão do Zépovinho ao poder. Criaram um Estado centralizado e um colégio eleitoral, somente constituido de bem nascidos, que indicaria os candidatos a candidato.
Jefferson, claro..., se opunha aos federalistas. Estes, por sua vez, diziam que Jefferson era um perigoso demagogo, livre-pensador, partidário do amor-livre, e que tinha vivido muito tempo na França para ser um sincero patriota americano... Esqueciam-se de que os franceses tinham emprestado dinheiro e homens à causa da Independência, entre os quais se destacara a figura exponencial do jovem Marquês de La Fayette, que lutara ao lado de Washington. Curioso que os americanos, durante a luta pela independência, concluiram inúmeros tratados de amizade com a França.
Em 1789, ano da queda da Bastilha, foi a vez dos franceses cobrarem dos americanos uma ajuda. Madaram Genêt aos EEUU, com a mesma finalidade com que Mister Benjamim Franklin, poucos anos antes, havia aportado na França. Mas havia uma enorme diferença... Na América a revolução tinha posto no poder proprietários, aristocratas e a classe alta; na França o poder estava nas mãos das massas pobres, dos democratas, das multidões desprezadas dos cortiços. O governo americano escorraçou Monsieur Genêt e aliou-se à Inglaterra, inimiga da França. Para coibir quaisquer manifestações contrárias a essas medidas fez aprovar pelo Congresso: a) Lei dos Estrangeiros, que aumentava de 5 para 14 o número de anos necessários para um estrangeiro obter a cidadania americana, além de permitir prender e exilar todo estrangeiro considerado indejável, ou que pertencesse a uma nação em guerra com os EEUU; b) Lei das Sedições, que permitia prender quem falasse mal do governo, do Presidente e das casas do Congresso, ou quem instigasse a oposição contra um ato legal do Congresso ou do Presidente.
Ocorre que o povo americano não esquecera da ajuda que recebera do povo francês e foi para as ruas protestar. Thomas Jefferson conseguiu que algumas Câmaras estaduais votassem pela inconstitucionalidade da Lei das Sedições, vez que esta cerceava as liberdades de expressão. Foi no topo dessa indignação popular que Thomas Jefferson foi eleito o terceiro presidente dos EEUU, em 1809. Um homem sem berço, que abriria um precedente para que, mais tarde, um lenhador ocupasse, também, o posto mais importante dos EEUU.
Precisamos mudar... Acreditar, como os americanos, que qualquer cidadão de bem está capacitado para dirigir os destinos do nosso país, seja ele lenhador, torneiro mecânico ou professor de sociologia das arábias!
valdez
quinta-feira, 23 de julho de 2009
AREIA
Município de Areia recebe programação do 'Caminhos do Frio 2009'
O roteiro turístico 'Caminhos do Frio 2009' aporta esta semana em Areia. O município que é um dos mais admirados por seus atrativos culturais, além de carregar o título de Patrimônio Histórico Nacional, receberá os visitantes com a programação do festival ‘Frio, Cachaça e Arte’. Entre os dias 20 e 26, turistas e moradores poderão curtir uma extensa programação de oficinas, exposições, apresentações culturais, festivais gastronômicos, provas de cachaças do brejo e muitos shows.
Distante 122 km da capital, transpirando arte com o clima frio e ameno que caracteriza a época na região, Areia se apresenta como um dos destinos mais aguardados da rota. A cidade é solo do famoso Teatro Minerva, primeiro teatro do Estado, que comemora durante a Rota os seus 150 anos, muito bem conservados. “O Caminhos do Frio será enriquecido com mais esta festa. O nosso intuito é receber visitantes, mas primordialmente fazer com que a comunidade se enxergue na história do município e ame cada vez mais essa cidade”, comenta Lúcia Giovana, coordenadora do Ponto de Cultura de Areia e uma das organizadoras da programação.
Na busca por essa valorização está programada uma excursão fotográfica, ‘Olhar na Cidade’, onde os inscritos farão fotos de localidades de Areia para serem exibidas durante toda a Rota em um telão na Praça Pedro Américo. A expedição acontece no dia 25, sábado, das 8h às 17h, e os grupos serão acompanhados por um profissional e moradores da cidade capacitados em oficinas, para prestar orientações aos participantes. Para quem deseja integrar um desses grupos basta ter uma câmera fotográfica e se inscrever através do telefone (83) 8650-6782.
É no sábado também que o município espera receber mais visitantes durante toda a programação. Segundo Ney Vital, secretário de turismo de Areia, para o dia, a cidade aguarda cerca de 20 mil pessoas circulando e gerando renda para o município. “A grande atração do dia vai ser o show dos Três do Nordeste, conservando a tradição de se fazer um evento genuinamente da terra. Nos outros dias do ‘Caminhos do Frio’, esperamos receber 1 mil visitantes ao dia”, afirma Ney. O secretário ainda colocou que durante esta semana os moradores de Areia passarão por um processo de capacitação através de oficinas para atender ao público.
Mais atrações- E como turismo não é turismo sem uma boa comida, Areia reservará aos visitantes a oportunidade de degustar pratos feitos à base da cachaça e da rapadura, produto tão característico da região. Serão oito restaurantes participantes do Roteiro Gastronômico com atrações no cardápio que vão desde o Empanado de banana com Cachaça ao Cabrito Embriagado. A cidade conta com o trabalho ativo de 28 engenhos que produzem cachaça, rapadura, quentão, entre outros. Um dos filhos mais ilustres da terra é o engenho da Cachaça Triunfo, que recebe em suas dependências visitantes para acompanhar toda a rotina de produção da cachaça contando ainda com um espaço para a degustação do produto e uma lojinha.
Além dos engenhos, as belezas naturais da região e o acervo histórico também são atrativos do roteiro. Em paralelo às atrações culturais, os visitantes podem fazer programas alternativos que começam bem cedo. Caminhadas ecológicas no Famoso Parque Estadual Mata do Pau Ferro, visita ao Museu da Rapadura, ao Solar José Rufino e ao Espaço da Arte e Cultura Horácio de Almeida, que estará abrigando uma exposição com as flores de Areia, completam a programação no município.
"O patrimônio arquitetônico e a natureza de Areia exibem um charme especial que certamente será apreciado pelos turistas. Além de manter as características da época da civilização do açúcar", ressalta Regina Amorim, gestora do Projeto de Turismo do Sebrae Paraíba.
Para quem deseja pernoitar na cidade a novidade deste ano é a hospedaria criada nas dependências do Colégio Santa Rita. O prédio, cuidado por irmãs alemãs, costumava receber em suas dependências nos tempos do Ciclo da Cana-de-açúcar filhas dos ricos donos de engenho do estado. “Além do Colégio, a cidade conta com outras hospedarias, mas também estamos orientando que os moradores abriguem seus amigos”, explica Lúcia.
Brejo em destaque- O‘Roteiro Caminhos do Frio - Rota Cultural 2009’ pretende apresentar o potencial turístico de mais quatro cidades da região do Brejo paraibano, além de Areia. Desembarcando nas cidades a cada fim de semana até o mês de agosto, as próximas cidades a receberem as atrações da Rota são: Bananeiras, 27 a 1º de agosto, Serraria, de 03 a 08 de agosto, Pilões, de 10 a 16 de agosto, e por fim em Alagoa Grande, 17 a 23 de agosto.
O Caminhos do Frio 2009 é uma parceria entre Sebrae Paraíba, Governo do Estado, através da Secretaria de Turismo, Secretaria de Segurança e Secretaria de Cultura, com a realização das Prefeituras Municipais. Para acessar a programação completa da Rota, entre no site www.sebrae.com.br/uf/paraibaou através da Central de Relacionamento Sebrae, 0800 570 0800.
Sebrae Paraíba
O roteiro turístico 'Caminhos do Frio 2009' aporta esta semana em Areia. O município que é um dos mais admirados por seus atrativos culturais, além de carregar o título de Patrimônio Histórico Nacional, receberá os visitantes com a programação do festival ‘Frio, Cachaça e Arte’. Entre os dias 20 e 26, turistas e moradores poderão curtir uma extensa programação de oficinas, exposições, apresentações culturais, festivais gastronômicos, provas de cachaças do brejo e muitos shows.
Distante 122 km da capital, transpirando arte com o clima frio e ameno que caracteriza a época na região, Areia se apresenta como um dos destinos mais aguardados da rota. A cidade é solo do famoso Teatro Minerva, primeiro teatro do Estado, que comemora durante a Rota os seus 150 anos, muito bem conservados. “O Caminhos do Frio será enriquecido com mais esta festa. O nosso intuito é receber visitantes, mas primordialmente fazer com que a comunidade se enxergue na história do município e ame cada vez mais essa cidade”, comenta Lúcia Giovana, coordenadora do Ponto de Cultura de Areia e uma das organizadoras da programação.
Na busca por essa valorização está programada uma excursão fotográfica, ‘Olhar na Cidade’, onde os inscritos farão fotos de localidades de Areia para serem exibidas durante toda a Rota em um telão na Praça Pedro Américo. A expedição acontece no dia 25, sábado, das 8h às 17h, e os grupos serão acompanhados por um profissional e moradores da cidade capacitados em oficinas, para prestar orientações aos participantes. Para quem deseja integrar um desses grupos basta ter uma câmera fotográfica e se inscrever através do telefone (83) 8650-6782.
É no sábado também que o município espera receber mais visitantes durante toda a programação. Segundo Ney Vital, secretário de turismo de Areia, para o dia, a cidade aguarda cerca de 20 mil pessoas circulando e gerando renda para o município. “A grande atração do dia vai ser o show dos Três do Nordeste, conservando a tradição de se fazer um evento genuinamente da terra. Nos outros dias do ‘Caminhos do Frio’, esperamos receber 1 mil visitantes ao dia”, afirma Ney. O secretário ainda colocou que durante esta semana os moradores de Areia passarão por um processo de capacitação através de oficinas para atender ao público.
Mais atrações- E como turismo não é turismo sem uma boa comida, Areia reservará aos visitantes a oportunidade de degustar pratos feitos à base da cachaça e da rapadura, produto tão característico da região. Serão oito restaurantes participantes do Roteiro Gastronômico com atrações no cardápio que vão desde o Empanado de banana com Cachaça ao Cabrito Embriagado. A cidade conta com o trabalho ativo de 28 engenhos que produzem cachaça, rapadura, quentão, entre outros. Um dos filhos mais ilustres da terra é o engenho da Cachaça Triunfo, que recebe em suas dependências visitantes para acompanhar toda a rotina de produção da cachaça contando ainda com um espaço para a degustação do produto e uma lojinha.
Além dos engenhos, as belezas naturais da região e o acervo histórico também são atrativos do roteiro. Em paralelo às atrações culturais, os visitantes podem fazer programas alternativos que começam bem cedo. Caminhadas ecológicas no Famoso Parque Estadual Mata do Pau Ferro, visita ao Museu da Rapadura, ao Solar José Rufino e ao Espaço da Arte e Cultura Horácio de Almeida, que estará abrigando uma exposição com as flores de Areia, completam a programação no município.
"O patrimônio arquitetônico e a natureza de Areia exibem um charme especial que certamente será apreciado pelos turistas. Além de manter as características da época da civilização do açúcar", ressalta Regina Amorim, gestora do Projeto de Turismo do Sebrae Paraíba.
Para quem deseja pernoitar na cidade a novidade deste ano é a hospedaria criada nas dependências do Colégio Santa Rita. O prédio, cuidado por irmãs alemãs, costumava receber em suas dependências nos tempos do Ciclo da Cana-de-açúcar filhas dos ricos donos de engenho do estado. “Além do Colégio, a cidade conta com outras hospedarias, mas também estamos orientando que os moradores abriguem seus amigos”, explica Lúcia.
Brejo em destaque- O‘Roteiro Caminhos do Frio - Rota Cultural 2009’ pretende apresentar o potencial turístico de mais quatro cidades da região do Brejo paraibano, além de Areia. Desembarcando nas cidades a cada fim de semana até o mês de agosto, as próximas cidades a receberem as atrações da Rota são: Bananeiras, 27 a 1º de agosto, Serraria, de 03 a 08 de agosto, Pilões, de 10 a 16 de agosto, e por fim em Alagoa Grande, 17 a 23 de agosto.
O Caminhos do Frio 2009 é uma parceria entre Sebrae Paraíba, Governo do Estado, através da Secretaria de Turismo, Secretaria de Segurança e Secretaria de Cultura, com a realização das Prefeituras Municipais. Para acessar a programação completa da Rota, entre no site www.sebrae.com.br/uf/paraibaou através da Central de Relacionamento Sebrae, 0800 570 0800.
Sebrae Paraíba
quarta-feira, 22 de julho de 2009
FUNESC
FUNDAÇÃO ESPAÇO CULTURAL
Maurício Burity relata desafios à frente do “quartel general” da cultura paraibana
Maurício: motivação que vem do berço
Por Elinaldo Rodrigues
O sobrenome do atual presidente da Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc), Maurício Burity, está ligado à história política e cultural paraibana contemporânea devido especialmente à atuação do seu pai, o ex-governador Tarcísio Burity. Dessa memória, que inclusive motivou a aceitação do convite para presidir a entidade, ele cita a criação do próprio Espaço Cultural, associado a uma educação familiar que sempre esteve associada à vivência cultural.
Pela frente, está o desafio de recuperar a imagem de um dos mais importantes instrumentos culturais do Estado. Devido ao descaso a que foi relegado nos últimos anos, o Espaço Cultural passou a ser considerado um símbolo de decadência. Essa missão está sendo iniciada através da restauração física do prédio que ele pretende transformar no quartel general da cultura do Estado. Afinal, além da gigantesca estrutura que concentra cinema, teatro, galeria de arte, bibliotecas, planetário, lutheria, orquestra, acervos, entre outros, o lugar reúne simplesmente um verdadeiro batalhão de funcionários. São 360. Por essa razão convidou o subsecretário de Cultura, Flávio Tavares a se instalar nesse “quartel” e juntos traçarem as estratégias do Estado para a cultura. O esboço desses planos prevê o mapeamento das vocações culturais da Paraíba, com o intuito da democratização cultural, especificamente com a promoção de Festivais de Arte em cidades pólos; além da realização do tradicional Festival Nacional de Arte que pretende realizar em abril do próximo. Recursos para isso, muito pouco ainda, pois o caixa da instituição foi zerado através de manobra do ex-governador Cássio Cunha Lima, conforme denuncia. Isso impediu, por exemplo que o Fenart fosse realizado neste ano. Mas, além de incentivar a captação de receitas com a locação de alguns espaços da instituição, Maurício espera contar com o compromisso do governador que, segundo ele já vem se demonstrando sensível em relação as necessidades da instituição. Outro canal é a parceria com o Governo Federal, através do Plano Nacional de Cultura. Esses são alguns assuntos que pautaram a entrevista ao janelacultural.com que transcrevemos na íntegra.
A Entrevista
Gostaria que o Sr. resumisse a sua trajetória, especificamente na experiência com a área cultural, diante da missão que assume agora à frente da Funesc.
A minha vida foi pautada na iniciativa privada. Motivo pelo qual eu fui morar em Recife. Por 18 anos fui distribuidor da Antártica, onde realmente eu tive experiência… Mas, claro que com o convívio, as escolas, evidentemente, tenho uma ligação cultural forte, começando em casa. Os meus pais sempre me incentivaram, assim como aos meus irmãos, a estarem participando, vamos dizer assim, indiretamente, de cultura. Então, houve um convite inicial do governador para a minha mãe (Glauce Burity) assumir aqui a presidência; ela declinou do convite, por conta de um projeto que está envolvida para finalização de um livro sobre a vida de Antenor Navarro. A vaga na presidência da Funesc ficou aberta mais ou menos uns 3 meses, até que, através de uma conversa com o secretário Sales Gaudêncio (Educação e Cultura),ele me convidou. Eu estava em Recife, houve esse convite, eu pedi umas 48 horas para avaliar, enfim… o que me motivou aceitar foi o fato de meu pai (ex-governador Tarcísio Burity) ter sido o criador dessa maravilhosa obra, que é o Espaço Cultural, e ser uma pessoa que está muito ligada à cultura.
Exatamente, uma das características mais fortes do governo de seu pai, foi o incentivo à cultura erudita… Qual será a marca que o Sr. pretende imprimir na sua gestão à frente da Funesc?
Existem duas frentes que eu vou atuar. A primeira, evidentemente, em relação ao próprio Espaço Cultural, que é um ícone da cultura da Paraíba, e é uma obra complexa, que envolve praticamente todas as atividades culturais dentro de um espaço físico. Então, como presidente da Funesc, temos aqui a relevância de preservar, de promover, de incentivar e de registrar a cultura. E num processo de resgate, porque ele foi abandonado. A gente consegue ver claramente o descaso em que deixaram o Espaço Cultural, onde todas as atrações culturais foram deixadas a esmo. A lutheria, por exemplo, que envolve o processo de fabricação de instrumentos clássicos. e só existem duas no Brasil, não estava trabalhando a contento. Nós estamos resgatando a volta das aulas na lutheria com o intuito de transferir as técnicas para novas gerações. Temos o planetário fechado há dois anos e meio. Quando funcionava, ele trazia em torno de 350 a 400 crianças por dia. Temos a biblioteca, que também está fechada há seis anos; também representava em torno de 400 pessoas por dia. Ou seja, tem um processo importantíssimo na comunidade, de promover, de incentivar a leitura, colocando a disposição um acervo de 90 mil livros. Hoje esses acervos estão todos empacotados, até com receio de serem danificados por conta das goteiras. Temos o impedimento do Ministério Público limitando o horário dos eventos aqui na Praça do Povo até as 22 horas. Também estamos tentando no Ministério Publico, junto à comunidade, através de uma audiência pública, uma negociação para reavermos um horário pelo menos até meia noite. E com isso voltar a atrair shows, mas shows com perfis culturais. Temos um cinema que também não tem uma programação a contento, está fechado, sendo aberto apenas para concertos da orquestra sinfônica. Então, reabriremos também o cinema, com programação de arte e filmes comerciais. Essa seria também a função do cinema. Temos a galeria de arte, que está sendo reaberta, para voltar a ter vernissage, ter contato com artistas da região. Encontramos também a Orquestra Sinfônica com uma quantidade de 42 músicos. Na sua época áurea, inclusive quando foi regida por Eleazar de Carvalho e Isaac Karabichevisk, dois maestros de renome internacional, ela tinha 126 músicos. Ou seja, está com menos da metade; além de um processo contínuo de evasão desses músicos, porque existe uma defasagem salarial em torno de 30 por cento em relação aos estados circunvizinhos. É um processo que se hoje eu falo 42 músicos, talvez quando essa reportagem for publicada, poderá ser apenas 40 músicos. Então, eu receio que a gente testemunhe aqui uma piada de mau gosto: se deixar do jeito que está, no final do ano, vai virar um quinteto. Nós temos excelentes músicos, mas estamos perdendo para outros Estados. Infelizmente, esse é o cenário. Então, como presidente da Funesc tenho o dever e a obrigação de reabrir todas essas atividades. Além disso, há uma série de questões administrativas, há muita sujeira a ser retirada, goteiras generalizadas… Você vai na escola de dança e sente muito cheiro de mofo, as mães estão retirando as crianças. Você vai na escola de música Antenor Navarro, importantíssima, as goteiras também estão generalizadas; além do cinema e do teatro. Participei de uma apresentação da Orquestra Sinfônica, onde havia uma goteira em cima dos músicos, quase que foi cancelada a apresentação. Além da poluição visual e da inadimplência; cerca de 90 por cento dos boxes estão em inadimplência, mal mantidos, sujos, mal pintados, o piso todo danificado. Encontrei também uma defasagem de pauta; porque nós temos que manter isso aqui cobrando também, pois precisamos de receita. O repasse do Estado é insignificante para termos uma manutenção a contento. Num primeiro momento, vamos fazer uma manutenção corretiva, corrigindo todos os erros do passado. E após esse processo, vamos fazer uma manutenção preventiva que é menos onerosa. Para isso precisamos de receita. Somos uma fundação e precisamos dos alugueis dos espaços, e sobretudo dessa área da Praça do Povo, que tem a função de ser centro de convenções. Claro, o Espaço cultural perdeu um pouco de sua verdadeira vocação, que seria um ambiente meramente cultural; mas, por ironia do destino hoje o espaço cultural precisa desses eventos de convenções. São esses eventos que trazem praticamente 90 por cento do faturamento do Espaço Cultural. E é isso que vai nos trazer uma manutenção adequada.
Ou seja, essas atividades vão continuar?
Vão continuar, mas claro, vamos também identificar que tipos de eventos. Não iremos admitir por exemplo, exposições de caprimos e bovinos como houve no passado. Ainda em relação à defasagem de pauta, identificamos uma defasagem na ordem de 400 a 500 por cento. Estava sendo cobrado centavos por metro quadrado, enquanto que em estados vizinhos é cobrado 4 a 5 reais. Então, a partir do próximo mês iremos cobrar uma pauta mais justa. Embora também não podemos equiparar com os centros de convenções de estados circunvizinhos que se encontram em bom estado. Infelizmente o Espaço Cultural está num processo de saída do caos para um estado razoável no que possamos realmente receber a contento.
O Sr. citou vários planos que demandam muitos recursos. Existem recursos suficientes para essas realizações, além da receita da locação de espaço?
Desses recursos, parte será proveniente da receitas dos eventos que estão acontecendo ao longo do ano, que com certeza irão me ajudar a resolver em parte. A outra evidentemente, será da decisão do governador, que está sensível à situação do Espaço Cultural, apesar da herança maldita que ele recebeu. A Funesc inclusive foi prejudicada pela atitude do ex-governador cassado, que em dezembro baixou um decreto, isso para todos os órgãos superavitários do Estado, incluindo a Funesc, o Detram e outros órgãos que tinham dinheiro em caixa, ele transferiu em 20 de janeiro, na véspera de sair, para uma conta única do Estado, pra pagar seus fornecedores e tal, e deixou a Funesc e outros órgãos na estaca zero. Então, de 20 de janeiro pra cá, é que o Espaço Cultural voltou a fazer caixa. Inclusive, esse foi um dos motivos pelos quais não realizamos o Fenart. Porque o Fenart é muito simples, nós precisamos de dinheiro. Então, como é que nos vamos despejar aqui um milhão de reais em dez dias, no Fenart, se nós temos que reabrir as atividades culturais do Espaço Cultural e também ter a manutenção a contento. Então, não vai ser por conta de um ano… Tem alguns políticos aí querendo erroneamente se enaltecer politicamente as custas de uma situação dessas, mas a própria classe artística entende, a Paraíba entende. Infelizmente não podemos fazer o Fenart este ano, mas apenas em abril que é a data dele. Além disso, preparamos a quatro mãos, eu e o Flávio Tavares (Subsecretário de Cultura) o Plano de Cultura do Estado, de acordo com a luz do Ministério da Cultura. O Plano Nacional de Cultura tem como base referência a necessidade de interiorização da cultura, conseqüentemente a democratização da cultura, com a inclusão social. Nós temos dois caminhos para resgatarmos a inclusão social: através do esporte e da cultura. Estamos mapeando e buscando as vocações por região. Então nós vamos identificar através de um senso, quem é quem, qual a vocação, e descobrirmos nessa região qual será a cidade pólo e criarmos uma data para que essa região seja contemplada com um evento. Até hoje ainda não definimos um nome para esse evento, mas poderá se chamar Fenart do Cariri, por exemplo. E nisso fazermos uma radiografia das regiões do estado, buscando a vocação do sertão, que é uma vocação diferente da vocação do cariri, que é diferente da vocação da zona da mata. Então vamos fazer esse mapeamento dessas regiões identificando essas cidades pólos culturais e incentivando, porque nosso trabalho é preservar, promover e incentivar.
Instituição estará voltada para democratização da cultura
Instituição estará voltada para democratização da cultura
Então a idéia seria dar continuidade ao Fenart na capital, em abril, e ao longo do ano realizar edições específicas nessas cidades pólos?
Exatamente. O Fenart seria em abril, porque a idéia seria fazer esse mapeamento, essa territorialização ao longo deste ano e ter um fechamento final, no Fenart. Então o Fenart terá uma conseqüência desses trabalhos a nível estadual. E claro, já que é um festival nacional e porque não internacional, vamos trazer também algumas expressões do cenário internacional. Então, acho justo esse mapeamento porque se queremos preservar, promover, incentivar a cultura, então não devermos apenas pensar no Espaço Cultural. Ele faz parte, é o grande palco disso tudo, mas temos que levar a cultura ao povo. E dentro desse conceito haverá o Itinerarte. Ele faz parte desse contexto.
Em gestões anteriores, ocorreram acusações de que o Fenart teria sido usado para empregar artistas que teriam apoiado a campanha do então governador. Qual a perspectiva de democratização, não apenas do acesso público consumidor, mas dos artistas e produtores para terem suas produções na programação do evento?
Primeiro, a análise que estamos fazendo nessas regiões é uma análise técnica, não focando a questão política; até porque poderemos até identificar nesse contexto, contemplar municípios até contra a situação do governador. Porque pode ser uma região e uma cidade que tenha um pólo aglutinador muito grande. Então, nós precisamos ter essa consciência: independente do prefeito que esteja, que seja ou não favorável a esse tipo de festival, essa realização passa a ser interesse do Estado. Independente do partido, se o prefeito quer apoiar, ótimo; será bem vindo. Até porque precisamos, de uma certa forma, de parceria na infra-estrutura, etc, mas, independente de qualquer coisa, é do interesse do Estado.
E como está sendo feito essa territorialização?
Quando a gente fala em territorializaçao, envolve seminários, através do quais vamos conhecer quem é quem. E trocar idéias. Então, quando formos formatar esse Fenart do Cariri, vai ser uma formatação ouvindo as pessoas daquela região. E a seleção dos artistas será feita através de edital. Nós vamos ter uma comissão para analisar os editais. Então, a cultura tem que ser tratada de forma apolítica.
Uma comissão para analisar os editais?
Sim, porque através do edital é que se consegue analisar quem é quem. E não uma pessoa que chega e diz que é sobrinha do prefeito ou filha do vereador que tem um grupo de dança, e aí vamos favorecer. Se de repente for um grupo que tem talento, está a 3, 4 anos e tal, nós vamos considerar o critério técnico. Essa é nossa idéia, de criarmos os Fenartes do Cariri, do Sertão, da Borborema… Agora, claro, o pontapé inicial será dado esse ano. Na realidade, nós vamos iniciar isso para que no futuro, não importa o tipo de governante que virá assumir, sejam eventos já consolidados no Estado. Essa é a estratégia que foi apresentada ao governador e ao secretário de cultura, e já foi aprovado.
Então, o ano de 2009 será de preparação para esses eventos, e de restauração dos equipamentos do Espaço Cultural. Ou seja, as atividades centrais só vão acontecer no próximo ano?
Exatamente.
Especificamente em relação aos acervos que o Espaço Cultural abriga, a situação do Acervo Machado Bitencourt é uma das mais críticas, haja vista o estado de degradação a que está relegado ao longo dos anos. Está sendo planejado algum tratamento específico?
Com certeza. No caso específico do Acervo Machado ele está situado num box, um setor que está em situação mais precária em termos de manutenção. Então, dá pena… ontem mesmo eu estive visitando o acervo juntamente com o sub-secretário Flávio Tavares. Na realidade, esses boxes irão passar por uma transformação. Eu gosto de caminhar muito e verificar. Eu tenho o perfil de caminhar, de ir aos problemas, não gosto de ficar sentado no gabinete. E nessas minhas andanças, entrando nos depósitos, eu me deparei com uma quantidade no valor de quase 40 mil reais de blindex, que estavam todos abandonados, um descaso com o patrimônio, um descaso com o bem público. Então, imediatamente liguei para um arquiteto e disse, vamos aproveitar esses blindex para reformular os boxes. Temos um projeto já pronto, ontem foi aprovado pelo secretário e pelo sub-secretário de Cultura e será mostrado ao governador. Ele trata especificamente da fachada e dos boxes onde, na realidade, nós temos uma grande poluição visual. A idéia inclusive, uma vez revitalizando as entradas do espaço cultural juntamente com os boxes, a nossa idéia é trazermos operadores profisionalizados, com cafeteria, creperia, pizzaria etc. O que nós queremos é trazer o Espaço Cultural para o presente. Como não foi feita uma manutenção a contento, ele ficou pra trás. Hoje virou patinho feio da classe artística, da classe política que diz que o espaço cultural está decadente. Na realidade, ele não está decadente, ele foi mal gerido ao longo dos sete anos. Mas, meu propósito aqui, apesar das limitações financeiras e de tempo, é resgatar aquele espaço cultural que sempre nos representou à altura. Inclusive, o Espaço Cultural também será tratado como uma atração turística. Vamos trazer artesãos para que o turista quando chegue aqui veja o planetário funcionando, aprecie o artesanato, a comida típica. Estamos preparando ele não apenas para as atividades culturais, mas também turísticas. Porque o espaço cultural realmente é uma atração turística, não só pela sua concepção cultural, mas também como projeto arquitetônico arrojado e moderno.
Maurício mostra projeto para reformulação da entrada e dos boxes da Funesc
Maurício mostra projeto para reformulação da entrada e dos boxes da Funesc
Em relação ao funcionamento do organograma, a Funesc é vinculada à Sub-secretaria de Cultura que, por sua vez é um apêndice da Secretaria de Educação, ou seja, não há autonomia das instituições culturais, como é lidar com isso?
Realmente, inclusive é uma preocupação do governador e do secretário, porque existe o secretário de Cultura, que evidentemente é uma pessoa extremamente competente, mas a área de educação já demanda um tempo já bem complexo. E nós temos um subsecretário de cultura que tem sete funcionários; enquanto como fundação eu tenho 360. E no próprio regimento interno da Funesc ela é estadualizada, não se resume ao Espaço Cultural e ao teatro Santa Roza. Por isso eu convidei o subsecretário Flávio Tavares para que fisicamente a Subsecretaria se instalasse aqui no Espaço Cultural transformando esse lugar num quartel general da cultura, onde serão elaboradas as estratégias, enfim, para que a quatro mãos, possamos estabelecer escritório de cultura do Estado. Porque, apesar do caos físico, temos aqui um grande patrimônio que são os funcionários do Espaço Cultural; temos pessoas competentes aqui. Precisamos usar essa mão-de-obra a contento. Não só no foco do Espaço Cultural, mas no foco dessa estadualização. É dentro dessa estratégia que o governo está elaborando esse plano político e cultural do Estado. Sendo elaborado a quatro mãos com o total acompanhamento e orientação do secretário de Educação e Cultura.
Tags: Espaço Cultural da Pararaíba, Fenart, funesc, Itinerarte, Maurício Burity, Plano Estadual de Cultura
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Maurício Burity relata desafios à frente do “quartel general” da cultura paraibana
Maurício: motivação que vem do berço
Por Elinaldo Rodrigues
O sobrenome do atual presidente da Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc), Maurício Burity, está ligado à história política e cultural paraibana contemporânea devido especialmente à atuação do seu pai, o ex-governador Tarcísio Burity. Dessa memória, que inclusive motivou a aceitação do convite para presidir a entidade, ele cita a criação do próprio Espaço Cultural, associado a uma educação familiar que sempre esteve associada à vivência cultural.
Pela frente, está o desafio de recuperar a imagem de um dos mais importantes instrumentos culturais do Estado. Devido ao descaso a que foi relegado nos últimos anos, o Espaço Cultural passou a ser considerado um símbolo de decadência. Essa missão está sendo iniciada através da restauração física do prédio que ele pretende transformar no quartel general da cultura do Estado. Afinal, além da gigantesca estrutura que concentra cinema, teatro, galeria de arte, bibliotecas, planetário, lutheria, orquestra, acervos, entre outros, o lugar reúne simplesmente um verdadeiro batalhão de funcionários. São 360. Por essa razão convidou o subsecretário de Cultura, Flávio Tavares a se instalar nesse “quartel” e juntos traçarem as estratégias do Estado para a cultura. O esboço desses planos prevê o mapeamento das vocações culturais da Paraíba, com o intuito da democratização cultural, especificamente com a promoção de Festivais de Arte em cidades pólos; além da realização do tradicional Festival Nacional de Arte que pretende realizar em abril do próximo. Recursos para isso, muito pouco ainda, pois o caixa da instituição foi zerado através de manobra do ex-governador Cássio Cunha Lima, conforme denuncia. Isso impediu, por exemplo que o Fenart fosse realizado neste ano. Mas, além de incentivar a captação de receitas com a locação de alguns espaços da instituição, Maurício espera contar com o compromisso do governador que, segundo ele já vem se demonstrando sensível em relação as necessidades da instituição. Outro canal é a parceria com o Governo Federal, através do Plano Nacional de Cultura. Esses são alguns assuntos que pautaram a entrevista ao janelacultural.com que transcrevemos na íntegra.
A Entrevista
Gostaria que o Sr. resumisse a sua trajetória, especificamente na experiência com a área cultural, diante da missão que assume agora à frente da Funesc.
A minha vida foi pautada na iniciativa privada. Motivo pelo qual eu fui morar em Recife. Por 18 anos fui distribuidor da Antártica, onde realmente eu tive experiência… Mas, claro que com o convívio, as escolas, evidentemente, tenho uma ligação cultural forte, começando em casa. Os meus pais sempre me incentivaram, assim como aos meus irmãos, a estarem participando, vamos dizer assim, indiretamente, de cultura. Então, houve um convite inicial do governador para a minha mãe (Glauce Burity) assumir aqui a presidência; ela declinou do convite, por conta de um projeto que está envolvida para finalização de um livro sobre a vida de Antenor Navarro. A vaga na presidência da Funesc ficou aberta mais ou menos uns 3 meses, até que, através de uma conversa com o secretário Sales Gaudêncio (Educação e Cultura),ele me convidou. Eu estava em Recife, houve esse convite, eu pedi umas 48 horas para avaliar, enfim… o que me motivou aceitar foi o fato de meu pai (ex-governador Tarcísio Burity) ter sido o criador dessa maravilhosa obra, que é o Espaço Cultural, e ser uma pessoa que está muito ligada à cultura.
Exatamente, uma das características mais fortes do governo de seu pai, foi o incentivo à cultura erudita… Qual será a marca que o Sr. pretende imprimir na sua gestão à frente da Funesc?
Existem duas frentes que eu vou atuar. A primeira, evidentemente, em relação ao próprio Espaço Cultural, que é um ícone da cultura da Paraíba, e é uma obra complexa, que envolve praticamente todas as atividades culturais dentro de um espaço físico. Então, como presidente da Funesc, temos aqui a relevância de preservar, de promover, de incentivar e de registrar a cultura. E num processo de resgate, porque ele foi abandonado. A gente consegue ver claramente o descaso em que deixaram o Espaço Cultural, onde todas as atrações culturais foram deixadas a esmo. A lutheria, por exemplo, que envolve o processo de fabricação de instrumentos clássicos. e só existem duas no Brasil, não estava trabalhando a contento. Nós estamos resgatando a volta das aulas na lutheria com o intuito de transferir as técnicas para novas gerações. Temos o planetário fechado há dois anos e meio. Quando funcionava, ele trazia em torno de 350 a 400 crianças por dia. Temos a biblioteca, que também está fechada há seis anos; também representava em torno de 400 pessoas por dia. Ou seja, tem um processo importantíssimo na comunidade, de promover, de incentivar a leitura, colocando a disposição um acervo de 90 mil livros. Hoje esses acervos estão todos empacotados, até com receio de serem danificados por conta das goteiras. Temos o impedimento do Ministério Público limitando o horário dos eventos aqui na Praça do Povo até as 22 horas. Também estamos tentando no Ministério Publico, junto à comunidade, através de uma audiência pública, uma negociação para reavermos um horário pelo menos até meia noite. E com isso voltar a atrair shows, mas shows com perfis culturais. Temos um cinema que também não tem uma programação a contento, está fechado, sendo aberto apenas para concertos da orquestra sinfônica. Então, reabriremos também o cinema, com programação de arte e filmes comerciais. Essa seria também a função do cinema. Temos a galeria de arte, que está sendo reaberta, para voltar a ter vernissage, ter contato com artistas da região. Encontramos também a Orquestra Sinfônica com uma quantidade de 42 músicos. Na sua época áurea, inclusive quando foi regida por Eleazar de Carvalho e Isaac Karabichevisk, dois maestros de renome internacional, ela tinha 126 músicos. Ou seja, está com menos da metade; além de um processo contínuo de evasão desses músicos, porque existe uma defasagem salarial em torno de 30 por cento em relação aos estados circunvizinhos. É um processo que se hoje eu falo 42 músicos, talvez quando essa reportagem for publicada, poderá ser apenas 40 músicos. Então, eu receio que a gente testemunhe aqui uma piada de mau gosto: se deixar do jeito que está, no final do ano, vai virar um quinteto. Nós temos excelentes músicos, mas estamos perdendo para outros Estados. Infelizmente, esse é o cenário. Então, como presidente da Funesc tenho o dever e a obrigação de reabrir todas essas atividades. Além disso, há uma série de questões administrativas, há muita sujeira a ser retirada, goteiras generalizadas… Você vai na escola de dança e sente muito cheiro de mofo, as mães estão retirando as crianças. Você vai na escola de música Antenor Navarro, importantíssima, as goteiras também estão generalizadas; além do cinema e do teatro. Participei de uma apresentação da Orquestra Sinfônica, onde havia uma goteira em cima dos músicos, quase que foi cancelada a apresentação. Além da poluição visual e da inadimplência; cerca de 90 por cento dos boxes estão em inadimplência, mal mantidos, sujos, mal pintados, o piso todo danificado. Encontrei também uma defasagem de pauta; porque nós temos que manter isso aqui cobrando também, pois precisamos de receita. O repasse do Estado é insignificante para termos uma manutenção a contento. Num primeiro momento, vamos fazer uma manutenção corretiva, corrigindo todos os erros do passado. E após esse processo, vamos fazer uma manutenção preventiva que é menos onerosa. Para isso precisamos de receita. Somos uma fundação e precisamos dos alugueis dos espaços, e sobretudo dessa área da Praça do Povo, que tem a função de ser centro de convenções. Claro, o Espaço cultural perdeu um pouco de sua verdadeira vocação, que seria um ambiente meramente cultural; mas, por ironia do destino hoje o espaço cultural precisa desses eventos de convenções. São esses eventos que trazem praticamente 90 por cento do faturamento do Espaço Cultural. E é isso que vai nos trazer uma manutenção adequada.
Ou seja, essas atividades vão continuar?
Vão continuar, mas claro, vamos também identificar que tipos de eventos. Não iremos admitir por exemplo, exposições de caprimos e bovinos como houve no passado. Ainda em relação à defasagem de pauta, identificamos uma defasagem na ordem de 400 a 500 por cento. Estava sendo cobrado centavos por metro quadrado, enquanto que em estados vizinhos é cobrado 4 a 5 reais. Então, a partir do próximo mês iremos cobrar uma pauta mais justa. Embora também não podemos equiparar com os centros de convenções de estados circunvizinhos que se encontram em bom estado. Infelizmente o Espaço Cultural está num processo de saída do caos para um estado razoável no que possamos realmente receber a contento.
O Sr. citou vários planos que demandam muitos recursos. Existem recursos suficientes para essas realizações, além da receita da locação de espaço?
Desses recursos, parte será proveniente da receitas dos eventos que estão acontecendo ao longo do ano, que com certeza irão me ajudar a resolver em parte. A outra evidentemente, será da decisão do governador, que está sensível à situação do Espaço Cultural, apesar da herança maldita que ele recebeu. A Funesc inclusive foi prejudicada pela atitude do ex-governador cassado, que em dezembro baixou um decreto, isso para todos os órgãos superavitários do Estado, incluindo a Funesc, o Detram e outros órgãos que tinham dinheiro em caixa, ele transferiu em 20 de janeiro, na véspera de sair, para uma conta única do Estado, pra pagar seus fornecedores e tal, e deixou a Funesc e outros órgãos na estaca zero. Então, de 20 de janeiro pra cá, é que o Espaço Cultural voltou a fazer caixa. Inclusive, esse foi um dos motivos pelos quais não realizamos o Fenart. Porque o Fenart é muito simples, nós precisamos de dinheiro. Então, como é que nos vamos despejar aqui um milhão de reais em dez dias, no Fenart, se nós temos que reabrir as atividades culturais do Espaço Cultural e também ter a manutenção a contento. Então, não vai ser por conta de um ano… Tem alguns políticos aí querendo erroneamente se enaltecer politicamente as custas de uma situação dessas, mas a própria classe artística entende, a Paraíba entende. Infelizmente não podemos fazer o Fenart este ano, mas apenas em abril que é a data dele. Além disso, preparamos a quatro mãos, eu e o Flávio Tavares (Subsecretário de Cultura) o Plano de Cultura do Estado, de acordo com a luz do Ministério da Cultura. O Plano Nacional de Cultura tem como base referência a necessidade de interiorização da cultura, conseqüentemente a democratização da cultura, com a inclusão social. Nós temos dois caminhos para resgatarmos a inclusão social: através do esporte e da cultura. Estamos mapeando e buscando as vocações por região. Então nós vamos identificar através de um senso, quem é quem, qual a vocação, e descobrirmos nessa região qual será a cidade pólo e criarmos uma data para que essa região seja contemplada com um evento. Até hoje ainda não definimos um nome para esse evento, mas poderá se chamar Fenart do Cariri, por exemplo. E nisso fazermos uma radiografia das regiões do estado, buscando a vocação do sertão, que é uma vocação diferente da vocação do cariri, que é diferente da vocação da zona da mata. Então vamos fazer esse mapeamento dessas regiões identificando essas cidades pólos culturais e incentivando, porque nosso trabalho é preservar, promover e incentivar.
Instituição estará voltada para democratização da cultura
Instituição estará voltada para democratização da cultura
Então a idéia seria dar continuidade ao Fenart na capital, em abril, e ao longo do ano realizar edições específicas nessas cidades pólos?
Exatamente. O Fenart seria em abril, porque a idéia seria fazer esse mapeamento, essa territorialização ao longo deste ano e ter um fechamento final, no Fenart. Então o Fenart terá uma conseqüência desses trabalhos a nível estadual. E claro, já que é um festival nacional e porque não internacional, vamos trazer também algumas expressões do cenário internacional. Então, acho justo esse mapeamento porque se queremos preservar, promover, incentivar a cultura, então não devermos apenas pensar no Espaço Cultural. Ele faz parte, é o grande palco disso tudo, mas temos que levar a cultura ao povo. E dentro desse conceito haverá o Itinerarte. Ele faz parte desse contexto.
Em gestões anteriores, ocorreram acusações de que o Fenart teria sido usado para empregar artistas que teriam apoiado a campanha do então governador. Qual a perspectiva de democratização, não apenas do acesso público consumidor, mas dos artistas e produtores para terem suas produções na programação do evento?
Primeiro, a análise que estamos fazendo nessas regiões é uma análise técnica, não focando a questão política; até porque poderemos até identificar nesse contexto, contemplar municípios até contra a situação do governador. Porque pode ser uma região e uma cidade que tenha um pólo aglutinador muito grande. Então, nós precisamos ter essa consciência: independente do prefeito que esteja, que seja ou não favorável a esse tipo de festival, essa realização passa a ser interesse do Estado. Independente do partido, se o prefeito quer apoiar, ótimo; será bem vindo. Até porque precisamos, de uma certa forma, de parceria na infra-estrutura, etc, mas, independente de qualquer coisa, é do interesse do Estado.
E como está sendo feito essa territorialização?
Quando a gente fala em territorializaçao, envolve seminários, através do quais vamos conhecer quem é quem. E trocar idéias. Então, quando formos formatar esse Fenart do Cariri, vai ser uma formatação ouvindo as pessoas daquela região. E a seleção dos artistas será feita através de edital. Nós vamos ter uma comissão para analisar os editais. Então, a cultura tem que ser tratada de forma apolítica.
Uma comissão para analisar os editais?
Sim, porque através do edital é que se consegue analisar quem é quem. E não uma pessoa que chega e diz que é sobrinha do prefeito ou filha do vereador que tem um grupo de dança, e aí vamos favorecer. Se de repente for um grupo que tem talento, está a 3, 4 anos e tal, nós vamos considerar o critério técnico. Essa é nossa idéia, de criarmos os Fenartes do Cariri, do Sertão, da Borborema… Agora, claro, o pontapé inicial será dado esse ano. Na realidade, nós vamos iniciar isso para que no futuro, não importa o tipo de governante que virá assumir, sejam eventos já consolidados no Estado. Essa é a estratégia que foi apresentada ao governador e ao secretário de cultura, e já foi aprovado.
Então, o ano de 2009 será de preparação para esses eventos, e de restauração dos equipamentos do Espaço Cultural. Ou seja, as atividades centrais só vão acontecer no próximo ano?
Exatamente.
Especificamente em relação aos acervos que o Espaço Cultural abriga, a situação do Acervo Machado Bitencourt é uma das mais críticas, haja vista o estado de degradação a que está relegado ao longo dos anos. Está sendo planejado algum tratamento específico?
Com certeza. No caso específico do Acervo Machado ele está situado num box, um setor que está em situação mais precária em termos de manutenção. Então, dá pena… ontem mesmo eu estive visitando o acervo juntamente com o sub-secretário Flávio Tavares. Na realidade, esses boxes irão passar por uma transformação. Eu gosto de caminhar muito e verificar. Eu tenho o perfil de caminhar, de ir aos problemas, não gosto de ficar sentado no gabinete. E nessas minhas andanças, entrando nos depósitos, eu me deparei com uma quantidade no valor de quase 40 mil reais de blindex, que estavam todos abandonados, um descaso com o patrimônio, um descaso com o bem público. Então, imediatamente liguei para um arquiteto e disse, vamos aproveitar esses blindex para reformular os boxes. Temos um projeto já pronto, ontem foi aprovado pelo secretário e pelo sub-secretário de Cultura e será mostrado ao governador. Ele trata especificamente da fachada e dos boxes onde, na realidade, nós temos uma grande poluição visual. A idéia inclusive, uma vez revitalizando as entradas do espaço cultural juntamente com os boxes, a nossa idéia é trazermos operadores profisionalizados, com cafeteria, creperia, pizzaria etc. O que nós queremos é trazer o Espaço Cultural para o presente. Como não foi feita uma manutenção a contento, ele ficou pra trás. Hoje virou patinho feio da classe artística, da classe política que diz que o espaço cultural está decadente. Na realidade, ele não está decadente, ele foi mal gerido ao longo dos sete anos. Mas, meu propósito aqui, apesar das limitações financeiras e de tempo, é resgatar aquele espaço cultural que sempre nos representou à altura. Inclusive, o Espaço Cultural também será tratado como uma atração turística. Vamos trazer artesãos para que o turista quando chegue aqui veja o planetário funcionando, aprecie o artesanato, a comida típica. Estamos preparando ele não apenas para as atividades culturais, mas também turísticas. Porque o espaço cultural realmente é uma atração turística, não só pela sua concepção cultural, mas também como projeto arquitetônico arrojado e moderno.
Maurício mostra projeto para reformulação da entrada e dos boxes da Funesc
Maurício mostra projeto para reformulação da entrada e dos boxes da Funesc
Em relação ao funcionamento do organograma, a Funesc é vinculada à Sub-secretaria de Cultura que, por sua vez é um apêndice da Secretaria de Educação, ou seja, não há autonomia das instituições culturais, como é lidar com isso?
Realmente, inclusive é uma preocupação do governador e do secretário, porque existe o secretário de Cultura, que evidentemente é uma pessoa extremamente competente, mas a área de educação já demanda um tempo já bem complexo. E nós temos um subsecretário de cultura que tem sete funcionários; enquanto como fundação eu tenho 360. E no próprio regimento interno da Funesc ela é estadualizada, não se resume ao Espaço Cultural e ao teatro Santa Roza. Por isso eu convidei o subsecretário Flávio Tavares para que fisicamente a Subsecretaria se instalasse aqui no Espaço Cultural transformando esse lugar num quartel general da cultura, onde serão elaboradas as estratégias, enfim, para que a quatro mãos, possamos estabelecer escritório de cultura do Estado. Porque, apesar do caos físico, temos aqui um grande patrimônio que são os funcionários do Espaço Cultural; temos pessoas competentes aqui. Precisamos usar essa mão-de-obra a contento. Não só no foco do Espaço Cultural, mas no foco dessa estadualização. É dentro dessa estratégia que o governo está elaborando esse plano político e cultural do Estado. Sendo elaborado a quatro mãos com o total acompanhamento e orientação do secretário de Educação e Cultura.
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terça-feira, 21 de julho de 2009
CARTAABERTA
Sábado, 7 de Fevereiro de 2009
Esta postagem é dedicada ao companheiro de militância no MPD, Thiago D'Angelo, filho de Katia D'Angelo e autor do blog Conselhos que não servem.
Carta aberta da atriz Katia D'Angelo para Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro
Ao prefeito Eduardo Paes, à classe artística e principalmente aos justos
Propus doar ao município a casa onde moro e trabalho para o ''Centrinho Cultural do Canal'' às margens do Marapendi, na Barra, e acabei vítima das minhas boas intenções. Meu projeto foi indicado por Cesar Maia e Ricardo Macieira como de utilidade, onde num raio de 10 quilômetros nada acontecia. O sonho virou tormento. Eduardo Paes quer demolir minha casa e das famílias que moram há Cinquenta Anos no local, sem indenização, com o argumento de estarmos em área ambiental.
Não basta ter perdido meu filho Ronny, assassinado por policiais militares, perdido o emprego na TV por públicas calúnias difamatórias, ter a servidão para minha escola fechada arbitrariamente,ter dormido uma noite na cadeia por erro da VEP, agora estou prestes a ser uma sem teto. Sem a dignidade que deve o Estado a qualquer Cidadão. Que estado é esse que nos vêem como inimigos e não pessoas a quem deve tutelar? A ''APA'' (área de proteção ambiental) sequer pensava em existir. Não somos Invasores! Não somos ricos!!!
Em 1963, meu pai,diretor de vendas de um loteamento na Av. Litorânea ganhou, como outros empregados, um lote da Companhia Litorânea de Imóveis. Nos anos setenta, apaixonada pela natureza do lugar, reformei nossa casinha (a Serla permitia), me estabeleci, tive filhos e moramos nela até hoje. Montei meu grupo de teatro e alugo parte da minha própria residência para sobreviver com honestidade, pois não tenho outra renda que me sustente. Vinte anos depois desta pacífica ocupação, um decreto obrigou os loteamentos a doarem as áreas marginais dos canais para a prefeitura. Somente 36 anos após, a doação foi homologada.
Jamais a prefeitura procurou quem de fato possuía a terra e nela morava para um humano e justo acordo. Nunca houve proposta de remoção para local próximo como manda a lei. Fizemos bodas de ouro com nossas casas, vivemos em um pedacinho de paraíso, com garças, capivaras e de vez em quando um cardume guerreiro de tainhotas que entram pela Joatinga bravamente apesar de tanto esgoto.Não incomodamos nada nem ninguém. Só aos invejosos.
Os antigos governos com seus corporativismos deixaram a Barra crescer sem estrutura, poluiu suas águas, e seus esgotos sem tratamento matou parte da flora e da fauna. Tirou o sossego que o Barrra tinha, com milhares de viaturas nas ruas, nada fez pela cultura do Bairro e agora usa o argumento 'ambiental' para demolirem nossas casas que ocupam ínfimo pedacinho em sua imensidão. Quando chegamos, a Barra era um enorme matagal. Os novos condomínios deram as costas para o canal, instalaram em suas margens casa de empregados, quadras, churrasqueiras, lixeiras, tratando-o como os fundos do terreno, o fim da rua, o local desprezível.
Eu Desafio!! 80% dos condomínios da Barra têm terrenos invadidos e ninguém mexe com eles. Temos fossa e sumidouro, poluímos o canal muito menos que os condomínios de luxo que nos rodeiam. A maioria dos países com mentalidades de primeiro mundo trata seus canais, rios e lagoas como pontos de excelência turística. No Brasil é o contrário. O poder exarcebado gosta de mostrar suas garras principalmente a pobres indefesos cidadãos, impede iniciativas como essa de Um Centrinho Cultural, mas não impede que várias favelas tomem as margens dos nossos rios e canais e ali permaneçam ad-eternum sem dignidade humana.
Poderia citar aqui mais de vinte só na Barra, Recreio, Jacarepaguá e São Conrado, onde, contraditoriamente nosso Prefeito Eduardo Paes quer fazer o modelo de sua atuação nas favelas na de nome Canoas, que fica justamente em área ambiental às margens do Rio Canoas encostada na estrada das Canoas. Que lei é essa que para uns pode para outros não pode!!!??? Que Gestão será a sua Eduardo? Que começa assim? Com tanta injustiça? Sem arte e sem cultura sem respeito humano? Uns em detrimento de outros? Em Rio das Pedras Eduardo Paes declarou que vai reassentar mais de mil famílias por estarem morando em situação deplorável.
Favelas às beiras dos Canais, Rios e Lagoas pode? Sem contar as dos morros que há muito extinguiram as franjas das encostas e as belas paisagens do Rio? Se estivéssemos, 50 anos depois no mesmo lugar em estado deplorável, talvez a prefeitura viesse nos paternalizar, mas como melhoramos um pouquinho nossas casas, passamos a ser uma afronta!! Quer que eu peça clemência. Eu peço! Publicamente, para meu teto e para o Centrinho Cultural, bucólico, em decks de madeira sem a pompa dos mármores, exposto a brisa e ao visual e não enclausurados entre as vitrines dos Shoppings. Clemência também para nós cidadãos, moradia digna e trabalho honesto.
Com tanta crise de trabalho e habitação a resolver no mundo, a demolição de nossas casas será a demolição de nossas vidas. Somos oito famílias que vivem no local há mais de cinqüenta anos, trabalhadores desempregados como eu e velhinhos que vivem com um salário de aposentadoria como meu pai. É uma covardia dormir na mansão da Gávea Pequena, acordar e vir demolir o lar de pessoas simples e honestas. Em derradeiro, caso os czares queiram mesmo nossas cabeças, merecemos e precisamos de uma remoção honesta e digna e não de castigo, mãos de ferro, demonstração de poder. Precisamos de um prefeito, inteligente dinâmico, moderno humano, sensível e culto, sem o ranço do populismo calcado em uma legislação hipócrita, inadequada e fora da realidade.
Essa é boa oportunidade de repensar as verdadeiras necessidades da nossa cidade. Ninguém mora ilegal por que quer, sem necessidade! É preciso separar o joio do trigo, os especuladores e os que precisam de casa para morar. Queremos paz, Paes, já sofremos demais! Deus é paz você Paes só um instrumento. O que já é a Glória!
Parem de nos torturar! Ajudem-nos! Meu coração sangrando agradece!
Katia D'Angelo, (57 anos) é atriz desempregada. Seu pai (91 anos) é aposentado e ganha um salário.
Release histórico sobre o caso feito por Katia D'Angelo
Em 1997, o filho mais Velho de Katia, Ronny com 26 anos na época, foi assassinado depois de uma briga em uma festa de carnaval de rua no Rio de Janeiro, por quatro Policiais Militares que faziam a segurança da festa. Nunca conseguiu indiciar os policiais, apesar de, com a ajuda do Advogado Nilo Batista ter desvendado o crime. O Estado deveria indenizar esta mãe que, viúva, fica sem seu primogênito para ampará-la na velhice. Ao tentar prender os PMs foi ameaçada e teve que sair do país com o filho mais novo e se hospedou na casa de parentes na França onde viveu por um tempo.
Em 2007, Katia D'Angelo foi presa na 16ª DP da Barra da Tijuca, por um erro nos computadores da Vara de Execuções Penais e passou uma noite e um dia enclausurada como bandida em uma cela solitária, fria, úmida e sem cama. O mal entendido só foi desfeito 30 horas depois da prisão. O Estado deveria indenizá-la pelo tormento.
Em 1991, Kátia teve a Escola de Teatro, Grupo de Teatro Proscênio, fechada arbitrariamente por um condomínio na Barra. Na época, ela tinha um espetáculo no Canecão vendido para mais de 70.000 alunos do primeiro grau. Esse processo está em fase de execução e uma indenização de mais de um milhão de reais emperrada nos corredores da Justiça.
Nos anos oitenta, teve seu nome caluniosamente envolvido em uma invasão de terras atrás do Barra Shopping, levou um pito da TV Globo, e não consegue atuar na emissora até hoje. Os verdadeiros invasores foram identificados e as centenas de barracos construídos no local, retirados. Katia nunca teve oportunidade de desfazer a calúnia.
Katia jamais podia esperar que uma tentativa de doação para a prefeitura se voltasse contra ela para a demolição de sua casa, confiou na capacidade da Defensoria Publica para sua defesa no processo administrativo da prefeitura, mas infelizmente depois de uma decisão contrária a sua defesa, descobriu vários erros no processo.
Só resta agora demonstrar essas falhas processuais com a esperança de fazer a Justiça rever o processo e de ter tempo para que o prefeito Eduardo Paes possa rever essa situação e encontrar uma solução justa e humana para todas as famílias, como quer fazer em outros pontos da cidade. A Equipe do advogado Sergio Wiskof, consciente, se propôs a entrar com o pedido da revisão processual.
Se for para cumprir a lei, que as famílias sejam removidas para área próxima e de condições semelhantes a que moram há cinquenta anos.
É preciso tornar essa situação pública porque não pode haver dois pesos e duas medidas para se governar com democracia. Como vai ficar a situação de dezenas de ocupações iguais as nossas pelos condomínios da Barra? Vão ao chão também?
É preciso que a classe artística saiba que mais uma vez teve negada a possibilidade de um Ponto de Cultura existir, bravamente sem patrocínio, nessa cidade tão carente de arte, onde só os agraciados e escolhidos têm vez .
Aos meus colegas artistas reitero que estou doando a minha casa para inaugurar o Centrinho Cultural do Canal para tods nós. Quem se habilitar, vamos fazer chegar às mãos dos nossos governantes que estejam dispostos a criar jurisdição e nova forma humana de governar o nosso pedido de ajuda.
Nós queremos abrir uma discussão pública sobre a postura das demolições que não é transparente e igual para todos.
Esta postagem é dedicada ao companheiro de militância no MPD, Thiago D'Angelo, filho de Katia D'Angelo e autor do blog Conselhos que não servem.
Carta aberta da atriz Katia D'Angelo para Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro
Ao prefeito Eduardo Paes, à classe artística e principalmente aos justos
Propus doar ao município a casa onde moro e trabalho para o ''Centrinho Cultural do Canal'' às margens do Marapendi, na Barra, e acabei vítima das minhas boas intenções. Meu projeto foi indicado por Cesar Maia e Ricardo Macieira como de utilidade, onde num raio de 10 quilômetros nada acontecia. O sonho virou tormento. Eduardo Paes quer demolir minha casa e das famílias que moram há Cinquenta Anos no local, sem indenização, com o argumento de estarmos em área ambiental.
Não basta ter perdido meu filho Ronny, assassinado por policiais militares, perdido o emprego na TV por públicas calúnias difamatórias, ter a servidão para minha escola fechada arbitrariamente,ter dormido uma noite na cadeia por erro da VEP, agora estou prestes a ser uma sem teto. Sem a dignidade que deve o Estado a qualquer Cidadão. Que estado é esse que nos vêem como inimigos e não pessoas a quem deve tutelar? A ''APA'' (área de proteção ambiental) sequer pensava em existir. Não somos Invasores! Não somos ricos!!!
Em 1963, meu pai,diretor de vendas de um loteamento na Av. Litorânea ganhou, como outros empregados, um lote da Companhia Litorânea de Imóveis. Nos anos setenta, apaixonada pela natureza do lugar, reformei nossa casinha (a Serla permitia), me estabeleci, tive filhos e moramos nela até hoje. Montei meu grupo de teatro e alugo parte da minha própria residência para sobreviver com honestidade, pois não tenho outra renda que me sustente. Vinte anos depois desta pacífica ocupação, um decreto obrigou os loteamentos a doarem as áreas marginais dos canais para a prefeitura. Somente 36 anos após, a doação foi homologada.
Jamais a prefeitura procurou quem de fato possuía a terra e nela morava para um humano e justo acordo. Nunca houve proposta de remoção para local próximo como manda a lei. Fizemos bodas de ouro com nossas casas, vivemos em um pedacinho de paraíso, com garças, capivaras e de vez em quando um cardume guerreiro de tainhotas que entram pela Joatinga bravamente apesar de tanto esgoto.Não incomodamos nada nem ninguém. Só aos invejosos.
Os antigos governos com seus corporativismos deixaram a Barra crescer sem estrutura, poluiu suas águas, e seus esgotos sem tratamento matou parte da flora e da fauna. Tirou o sossego que o Barrra tinha, com milhares de viaturas nas ruas, nada fez pela cultura do Bairro e agora usa o argumento 'ambiental' para demolirem nossas casas que ocupam ínfimo pedacinho em sua imensidão. Quando chegamos, a Barra era um enorme matagal. Os novos condomínios deram as costas para o canal, instalaram em suas margens casa de empregados, quadras, churrasqueiras, lixeiras, tratando-o como os fundos do terreno, o fim da rua, o local desprezível.
Eu Desafio!! 80% dos condomínios da Barra têm terrenos invadidos e ninguém mexe com eles. Temos fossa e sumidouro, poluímos o canal muito menos que os condomínios de luxo que nos rodeiam. A maioria dos países com mentalidades de primeiro mundo trata seus canais, rios e lagoas como pontos de excelência turística. No Brasil é o contrário. O poder exarcebado gosta de mostrar suas garras principalmente a pobres indefesos cidadãos, impede iniciativas como essa de Um Centrinho Cultural, mas não impede que várias favelas tomem as margens dos nossos rios e canais e ali permaneçam ad-eternum sem dignidade humana.
Poderia citar aqui mais de vinte só na Barra, Recreio, Jacarepaguá e São Conrado, onde, contraditoriamente nosso Prefeito Eduardo Paes quer fazer o modelo de sua atuação nas favelas na de nome Canoas, que fica justamente em área ambiental às margens do Rio Canoas encostada na estrada das Canoas. Que lei é essa que para uns pode para outros não pode!!!??? Que Gestão será a sua Eduardo? Que começa assim? Com tanta injustiça? Sem arte e sem cultura sem respeito humano? Uns em detrimento de outros? Em Rio das Pedras Eduardo Paes declarou que vai reassentar mais de mil famílias por estarem morando em situação deplorável.
Favelas às beiras dos Canais, Rios e Lagoas pode? Sem contar as dos morros que há muito extinguiram as franjas das encostas e as belas paisagens do Rio? Se estivéssemos, 50 anos depois no mesmo lugar em estado deplorável, talvez a prefeitura viesse nos paternalizar, mas como melhoramos um pouquinho nossas casas, passamos a ser uma afronta!! Quer que eu peça clemência. Eu peço! Publicamente, para meu teto e para o Centrinho Cultural, bucólico, em decks de madeira sem a pompa dos mármores, exposto a brisa e ao visual e não enclausurados entre as vitrines dos Shoppings. Clemência também para nós cidadãos, moradia digna e trabalho honesto.
Com tanta crise de trabalho e habitação a resolver no mundo, a demolição de nossas casas será a demolição de nossas vidas. Somos oito famílias que vivem no local há mais de cinqüenta anos, trabalhadores desempregados como eu e velhinhos que vivem com um salário de aposentadoria como meu pai. É uma covardia dormir na mansão da Gávea Pequena, acordar e vir demolir o lar de pessoas simples e honestas. Em derradeiro, caso os czares queiram mesmo nossas cabeças, merecemos e precisamos de uma remoção honesta e digna e não de castigo, mãos de ferro, demonstração de poder. Precisamos de um prefeito, inteligente dinâmico, moderno humano, sensível e culto, sem o ranço do populismo calcado em uma legislação hipócrita, inadequada e fora da realidade.
Essa é boa oportunidade de repensar as verdadeiras necessidades da nossa cidade. Ninguém mora ilegal por que quer, sem necessidade! É preciso separar o joio do trigo, os especuladores e os que precisam de casa para morar. Queremos paz, Paes, já sofremos demais! Deus é paz você Paes só um instrumento. O que já é a Glória!
Parem de nos torturar! Ajudem-nos! Meu coração sangrando agradece!
Katia D'Angelo, (57 anos) é atriz desempregada. Seu pai (91 anos) é aposentado e ganha um salário.
Release histórico sobre o caso feito por Katia D'Angelo
Em 1997, o filho mais Velho de Katia, Ronny com 26 anos na época, foi assassinado depois de uma briga em uma festa de carnaval de rua no Rio de Janeiro, por quatro Policiais Militares que faziam a segurança da festa. Nunca conseguiu indiciar os policiais, apesar de, com a ajuda do Advogado Nilo Batista ter desvendado o crime. O Estado deveria indenizar esta mãe que, viúva, fica sem seu primogênito para ampará-la na velhice. Ao tentar prender os PMs foi ameaçada e teve que sair do país com o filho mais novo e se hospedou na casa de parentes na França onde viveu por um tempo.
Em 2007, Katia D'Angelo foi presa na 16ª DP da Barra da Tijuca, por um erro nos computadores da Vara de Execuções Penais e passou uma noite e um dia enclausurada como bandida em uma cela solitária, fria, úmida e sem cama. O mal entendido só foi desfeito 30 horas depois da prisão. O Estado deveria indenizá-la pelo tormento.
Em 1991, Kátia teve a Escola de Teatro, Grupo de Teatro Proscênio, fechada arbitrariamente por um condomínio na Barra. Na época, ela tinha um espetáculo no Canecão vendido para mais de 70.000 alunos do primeiro grau. Esse processo está em fase de execução e uma indenização de mais de um milhão de reais emperrada nos corredores da Justiça.
Nos anos oitenta, teve seu nome caluniosamente envolvido em uma invasão de terras atrás do Barra Shopping, levou um pito da TV Globo, e não consegue atuar na emissora até hoje. Os verdadeiros invasores foram identificados e as centenas de barracos construídos no local, retirados. Katia nunca teve oportunidade de desfazer a calúnia.
Katia jamais podia esperar que uma tentativa de doação para a prefeitura se voltasse contra ela para a demolição de sua casa, confiou na capacidade da Defensoria Publica para sua defesa no processo administrativo da prefeitura, mas infelizmente depois de uma decisão contrária a sua defesa, descobriu vários erros no processo.
Só resta agora demonstrar essas falhas processuais com a esperança de fazer a Justiça rever o processo e de ter tempo para que o prefeito Eduardo Paes possa rever essa situação e encontrar uma solução justa e humana para todas as famílias, como quer fazer em outros pontos da cidade. A Equipe do advogado Sergio Wiskof, consciente, se propôs a entrar com o pedido da revisão processual.
Se for para cumprir a lei, que as famílias sejam removidas para área próxima e de condições semelhantes a que moram há cinquenta anos.
É preciso tornar essa situação pública porque não pode haver dois pesos e duas medidas para se governar com democracia. Como vai ficar a situação de dezenas de ocupações iguais as nossas pelos condomínios da Barra? Vão ao chão também?
É preciso que a classe artística saiba que mais uma vez teve negada a possibilidade de um Ponto de Cultura existir, bravamente sem patrocínio, nessa cidade tão carente de arte, onde só os agraciados e escolhidos têm vez .
Aos meus colegas artistas reitero que estou doando a minha casa para inaugurar o Centrinho Cultural do Canal para tods nós. Quem se habilitar, vamos fazer chegar às mãos dos nossos governantes que estejam dispostos a criar jurisdição e nova forma humana de governar o nosso pedido de ajuda.
Nós queremos abrir uma discussão pública sobre a postura das demolições que não é transparente e igual para todos.
DIPLOMA
LEI DE IMPRENSA & DIPLOMA
O jornalismo Tabajara
Por Luciano Martins Costa em 17/7/2009 - Fonte: http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=546JDB008
Comentário para o programa radiofônico do OI, no ar em 17/07/09
Passado um mês da decisão do Supremo Tribunal Federal extinguindo a obrigatoriedade do diploma específico para o exercício do jornalismo no Brasil, as empresas, universidades, o Ministério da Educação e os jornalistas ainda não chegaram a um acordo sobre como vai funcionar a relação entre as empresas jornalísticas e seus profissionais.
A Lei de Imprensa, nº. 5.250, de 1967, foi revogada no dia 30 de abril.
Praticamente no dia seguinte, começaram os debates sobre o vazio legal que se formou, e que pode trazer consequências graves para a própria imprensa.
As duas decisões foram resultado de intensa movimentação por parte das empresas de comunicação, que celebraram as votações no STF como vitórias da liberdade de expressão.
O observador da imprensa não pode deixar de questionar: ora, com todo acesso que têm aos mais qualificados juristas do País, as empresas de mídia não poderiam ter previsto os efeitos das campanhas que patrocinaram, tanto para a extinção da lei 5.250 como para o fim da obrigatoriedade do diploma de jornalista?
Tanto em um como em outro caso, os articulistas e comentadores que disputam espaço nos jornais de circulação nacional se esmeraram em defender tais medidas.
Nenhum deles chegou a pensar no dia seguinte? Nesse caso, para que servem tais analistas? Apenas para referendar a opinião exposta ali ao lado, nos editoriais?
Brasil sem lei
Já foi publicado que, dos 191 países integrantes da ONU, apenas o Brasil não tem uma legislação específica para regular os direitos e deveres da imprensa.
Com o vácuo legal criado pela extinção da Lei de Imprensa, os cidadãos ficam desprotegidos contra os erros dos jornalistas.
Da mesma forma, sem a legislação específica, os jornais ficam à mercê de decisões aleatórias surgidas por qualquer querela.
Nesta sexta-feira, por exemplo, noticia-se que um juiz do Rio de Janeiro proibiu o colunista da Folha de S.Paulo José Simão de citar o nome da atriz e modelo Juliana Paes.
Se desobedecer, o humorista terá de pagar R$ 10 mil por citação.
Sem a lei específica, há pouco o que fazer em sua defesa.
Quanto ao diploma de jornalismo, algumas consequências já são notadas: empresas de educação de terceira linha começam a anunciar cursos rápidos para os candidatos a jornalista sem diploma universitário específico.
Uma dessas empresas chega a oferecer um curso de jornalismo online pela módica quantia de R$ 40. Não a mensalidade: o curso todo.
A campanha dos jornais contra o diploma ainda vai dar credibilidade à escola de jornalismo das Organizações Tabajara.
Quem quer fazer alguma coisa arranja um jeito, quem não quer arranja uma desculpa - Aforismo Árabe
O jornalismo Tabajara
Por Luciano Martins Costa em 17/7/2009 - Fonte: http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=546JDB008
Comentário para o programa radiofônico do OI, no ar em 17/07/09
Passado um mês da decisão do Supremo Tribunal Federal extinguindo a obrigatoriedade do diploma específico para o exercício do jornalismo no Brasil, as empresas, universidades, o Ministério da Educação e os jornalistas ainda não chegaram a um acordo sobre como vai funcionar a relação entre as empresas jornalísticas e seus profissionais.
A Lei de Imprensa, nº. 5.250, de 1967, foi revogada no dia 30 de abril.
Praticamente no dia seguinte, começaram os debates sobre o vazio legal que se formou, e que pode trazer consequências graves para a própria imprensa.
As duas decisões foram resultado de intensa movimentação por parte das empresas de comunicação, que celebraram as votações no STF como vitórias da liberdade de expressão.
O observador da imprensa não pode deixar de questionar: ora, com todo acesso que têm aos mais qualificados juristas do País, as empresas de mídia não poderiam ter previsto os efeitos das campanhas que patrocinaram, tanto para a extinção da lei 5.250 como para o fim da obrigatoriedade do diploma de jornalista?
Tanto em um como em outro caso, os articulistas e comentadores que disputam espaço nos jornais de circulação nacional se esmeraram em defender tais medidas.
Nenhum deles chegou a pensar no dia seguinte? Nesse caso, para que servem tais analistas? Apenas para referendar a opinião exposta ali ao lado, nos editoriais?
Brasil sem lei
Já foi publicado que, dos 191 países integrantes da ONU, apenas o Brasil não tem uma legislação específica para regular os direitos e deveres da imprensa.
Com o vácuo legal criado pela extinção da Lei de Imprensa, os cidadãos ficam desprotegidos contra os erros dos jornalistas.
Da mesma forma, sem a legislação específica, os jornais ficam à mercê de decisões aleatórias surgidas por qualquer querela.
Nesta sexta-feira, por exemplo, noticia-se que um juiz do Rio de Janeiro proibiu o colunista da Folha de S.Paulo José Simão de citar o nome da atriz e modelo Juliana Paes.
Se desobedecer, o humorista terá de pagar R$ 10 mil por citação.
Sem a lei específica, há pouco o que fazer em sua defesa.
Quanto ao diploma de jornalismo, algumas consequências já são notadas: empresas de educação de terceira linha começam a anunciar cursos rápidos para os candidatos a jornalista sem diploma universitário específico.
Uma dessas empresas chega a oferecer um curso de jornalismo online pela módica quantia de R$ 40. Não a mensalidade: o curso todo.
A campanha dos jornais contra o diploma ainda vai dar credibilidade à escola de jornalismo das Organizações Tabajara.
Quem quer fazer alguma coisa arranja um jeito, quem não quer arranja uma desculpa - Aforismo Árabe
segunda-feira, 20 de julho de 2009
AMIGO
Hoje dia do amigo.
PROCURA-SE UM AMIGO
VINICIUS DE MORAES
Não precisa ser homem,
basta ser humano,
basta ter sentimentos,
basta ter coração.
Precisa saber falar e calar,
sobretudo saber ouvir.
Tem que gostar de poesia,
de madrugada,
de pássaro,
de sol,
da lua,
do canto,
dos ventos e das canções da brisa.
Deve ter amor,
um grande amor por alguém,
ou então sentir falta de não ter esse amor...
Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo.
Deve guardar segredo sem se sacrificar.
Não é preciso que seja de primeira mão,
nem é imprescindível que seja de segunda mão.
Pode já ter sido enganado,
pois todos os amigos são enganados.
Não é preciso que seja puro,
nem que seja todo impuro,
mas não deve ser vulgar.
Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e,
no caso de assim não ser,
deve sentir o grande vácuo que isso deixa.
Tem que ter ressonâncias humanas,
seu principal objetivo deve ser o de amigo.
Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.
Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos,
que se comova, quando chamado de amigo.
Que saiba conversar de coisas simples,
de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância.
Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer,
para contar o que se viu de belo e triste durante o dia,
dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade.
Deve gostar de ruas desertas,
De poças de água e de caminhos molhados,
de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.
Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver,
não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo.
Precisa-se de um amigo para se parar de chorar.
Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas.
Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando,
mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.
______________________________________________
Canção da América
Amigo é coisa pra se guardar
Debaixo de sete chaves
Dentro do coração
Assim falava a canção
Que na América ouvi
Mas quem cantava chorou
Ao ver seu amigo partir
Mas quem ficou, no pensamento voou
Com seu canto que o outro lembrou
E quem voou, no pensamento ficou
Com a lembrança que o outro cantou
Amigo é coisa pra se guardar
No lado esquerdo do peito
Mesmo que o tempo e a distância digam não
Mesmo esquecendo a canção
O que importa é ouvir
A voz que vem do coração
Pois seja o que vier, venha o que vier
Qualquer dia, amigo, eu volto a te encontrar
Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar
PROCURA-SE UM AMIGO
VINICIUS DE MORAES
Não precisa ser homem,
basta ser humano,
basta ter sentimentos,
basta ter coração.
Precisa saber falar e calar,
sobretudo saber ouvir.
Tem que gostar de poesia,
de madrugada,
de pássaro,
de sol,
da lua,
do canto,
dos ventos e das canções da brisa.
Deve ter amor,
um grande amor por alguém,
ou então sentir falta de não ter esse amor...
Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo.
Deve guardar segredo sem se sacrificar.
Não é preciso que seja de primeira mão,
nem é imprescindível que seja de segunda mão.
Pode já ter sido enganado,
pois todos os amigos são enganados.
Não é preciso que seja puro,
nem que seja todo impuro,
mas não deve ser vulgar.
Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e,
no caso de assim não ser,
deve sentir o grande vácuo que isso deixa.
Tem que ter ressonâncias humanas,
seu principal objetivo deve ser o de amigo.
Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.
Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos,
que se comova, quando chamado de amigo.
Que saiba conversar de coisas simples,
de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância.
Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer,
para contar o que se viu de belo e triste durante o dia,
dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade.
Deve gostar de ruas desertas,
De poças de água e de caminhos molhados,
de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.
Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver,
não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo.
Precisa-se de um amigo para se parar de chorar.
Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas.
Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando,
mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.
______________________________________________
Canção da América
Amigo é coisa pra se guardar
Debaixo de sete chaves
Dentro do coração
Assim falava a canção
Que na América ouvi
Mas quem cantava chorou
Ao ver seu amigo partir
Mas quem ficou, no pensamento voou
Com seu canto que o outro lembrou
E quem voou, no pensamento ficou
Com a lembrança que o outro cantou
Amigo é coisa pra se guardar
No lado esquerdo do peito
Mesmo que o tempo e a distância digam não
Mesmo esquecendo a canção
O que importa é ouvir
A voz que vem do coração
Pois seja o que vier, venha o que vier
Qualquer dia, amigo, eu volto a te encontrar
Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar
domingo, 19 de julho de 2009
SUBSECRETÁRIO
Por uma herança maior que o artista
Jornalista Luiz Carlos Sousa - Fonte: http://www.portalcorreio.com.br/jornalcorreio/matLer.asp?newsId=91022
A Cultura paraibana se prepara para viver um momento de resgate e incentivo, com projetos de preservação, recuperação, capacitação profissional, oficinas de artes e construções de museus. Um detalhe chama a atenção: a interiorização e a diversificação de público. A criação e os recursos agora não serão destinados apenas aos megaeventos. Irão para escolas e para as cidades, numa troca constante de informações com o objetivo de legar uma herança artística às futuras gerações. O subsecretário de Cultura Flávio Tavares diz que quer deixar como herança algo maior do que o egoísmo do artista ao comentar a energia que está dirigindo às ações, apesar de ter a consciência de que “o tempo é um grande vilão”. Os desafios e as dificuldades são encarados por ele como missão quando se vê diante de projetos como O Museu da Cidade, o Memorial Sivuca, o Itinerarte, o Museu de Arte Moderna, o Espaço Cultural e bibliotecas. Flávio não está conseguindo pintar, mas recorre ao o desenho, como caligrafia e onde “plasmas idéias”. Em seu gabinete, ele recebeu o Correio e fez uma revelação: quando foi convidado para o cargo “o susto foi grande”, mas descobriu que a criatividade do artista não está só nos pincéis e que anunciar um projeto como um museu “é como dizer que terminei um grande painel”.
A entrevista
- Qual a avaliação que o senhor faz desses quase 150 dias à frente da Cultura?
- Os projetos estão em ritmo acelerado. Eles estão ligados, por exemplo, aos Caminhos do Frio, às oficinas de arte. Estamos tentando instalar uma representação da secretaria na Funesc para cuidar dessas oficinas, dentro de um projeto que estamos chamando de Labirinto das Artes.
- Que outros projetos o senhor destacaria?
- O de Taperoá, elaborado por Valquíria Farias e Alice Monteiro junto com a prefeitura do município e o Governo do Estado, com a ajuda do Ministério da Integração, que vai incluir teatro e dar sustentabilidade também às escolas. Mas a maior vitória da secretaria é o já aprovado Museu da Cidade, projeto magnífico de Ana Helena Curti e Pedro Mendes da Rocha, autores da Casa da Língua Portuguesa em São Paulo. A pesquisa histórica foi feita pela equipe da professora Rosa Godoy com aprovação do governador José Maranhão.
- Por que o museu é considerado a maior vitória?
- Porque ele terá uma conotação não só de contar a História da Paraíba de forma virtual e material, mas também estará interligado ao sistema escolar. É importante também porque esse museu faz parte de um resgate do governo Maranhão de uma obra parada há mais de cinco anos. E outro sonho que vamos concretizar, não só meu, mas de toda a Paraíba, é o Memorial Sivuca, que é uma grande homenagem ao genial artista da nossa querida Itabaiana.
- O projeto do Memorial Sivuca tem alguma parceria?
- Contamos com o apoio do ministro da Cultura, Juca Ferreira, e com a Universidade Federal da Paraíba, onde já existe a sala Sivuca. A Universidade já deu os primeiros passos junto com Glorinha Gadelha e o maestro Carlos Anísio, editando as partituras de Sivuca. Esse memorial pertencerá não só ao Estado, mas ao povo da Paraíba.
- Como será o projeto Itinerarte?
- Essa é em parceria com a Secretaria de Comunicação, através da jornalista Lena Guimarães, A União e a Secretaria de Educação. As cidades vão ter uma confluência e diversidade de culturas entre elas. Vamos levar artistas de uma cidade para outra com oficinas ligadas ao teatro, música, artesanato e artes plásticas, percorrendo todo o Estado.
- Algum projeto de resgate da memória artística e cultural de forma mais abrangente?
- Estamos fazendo um levantamento da memória das culturas de raízes, que eu chamo de heranças culturais, que a gente não pode esquecer. Desde Altimar Pimentel, para dar seguimento aos cocos de praia e à nau catarineta. E há um grande projeto para as cidades onde há raízes muito fortes e autênticas dos caboclinhos e maracatus, entre outros folguedos.
- E para o Espaço Cultural?
- Estou junto com Maurício Burity nessa jornada para fazer justiça ao nome Espaço Cultural. Faremos reformas no teatro e pediremos recursos ao Ministério da Cultura para reativar o cinema e realizar oficinas. A lutheria já está funcionando e a biblioteca Juarez da Gama Batista está sendo restaurada, inclusive a infantil, que está em péssimo estado, merece toda atenção.
- O Espaço Cultural realmente perdeu parte de sua finalidade?
- Aos poucos vamos tirar esse estigma do Espaço Cultural, de que foi dado a ele um tratamento indevido. E faltou muito respeito também à memória de um homem que era apaixonado pela cultura, que foi o ex-governador Tarcísio Burity.
- Há algum projeto para ampliar o espectro do Espaço Cultural?
- Existe o projeto feito no primeiro governo Maranhão sobre a fundação do Museu de Arte Moderna, que será uma das pautas da reunião no próximo dia 5 com o ministro da Cultura, e o levantamento da memória do Estado, não só das artes plásticas, mas a função da permanência do artista dentro da escola.
- O que o senhor quer dizer exatamente com a permanência do artista na escola?
- A gente tem talentos excepcionais. Basta lembrar de Mike Deodato, que é um gênio da história em quadrinhos, herança de seu pai. Um gênio isolado, trabalha só, mas essa semente dele germinou. Hoje em dia continua existindo muita gente de talento. E na parte de música, um levantamento dos grandes grupos que a Paraíba, junto com a herança de um Jackson do Pandeiro, por exemplo. Eu tenho consciência do tempo como vilão, mas existe uma vontade enorme do governador Maranhão em agilizar e o professor Sales Gaudêncio tem contribuído de forma magnífica para agilizar esses pontos que ficaram pendentes.
- Que pontos são esses?
- Um deles é a Lei Augusto dos Anjos, o FIC, que enfrenta um problema gravíssimo que é a herança de uma dívida de R$ 1,2 milhão. A gestão anterior usou quase R$ 500 mil do ano passado para o ano retrasado para fechar as contas de dois anos atrás. E deixou a herança. Temos agora projetos importantíssimos, como o de Marcélia Cartaxo e de grandes artistas ligados às nossas raízes, com projetos aprovados, sem a gente saber como pagar. Agora, se você pegar os impostos das empresas, o investimento será para o próximo ano, perante os cânones jurídicos. Estamos apelando para o governador, que já deu o sinal de que vai tentar resolver este assunto o mais rápido possível. Mas é uma herança das piores para a cultura paraibana.
- O teatro Santa Roza e a Biblioteca Pública têm algum programa especial?
- O teatro Santa Roza está sendo restaurado, e a Biblioteca Pública, da qual Gonzaga Rodrigues falou com toda razão, a gente está resolvendo como agilizar. Por coincidência, a pauta do Conselho de Cultura nesta segunda é exatamente esta. Estamos ouvindo as inteligências paraibanas.
- Os projetos existem, o problema é a falta de recursos?
- Vou ter uma audiência com o ministro Juca Ferreira, da Cultura, sobre determinados problemas que o Estado não tem como resolver.
- Como a secretaria vê o Festival de Inverno de Campina Grande?
- É um festival importantíssimo. Temos a maior atenção a Campina Grande, porque é o centro maior da diversidade cultural, e a Eneida Agra. Indiscutivelmente o maior evento é o São João e com o São João está agrupando princípios de outras culturas, como o artesanato. O mundo e o Brasil têm olhado para Campina Grande como um emblema da cultura de uma terra que se chama Paraíba.
- Que projeto específico há para Campina Grande?
- Estamos equacionando e estudando vários projetos de arte para o Agreste, onde Campina indiscutivelmente será o centro. Campina sempre esteve na vanguarda. O museu de arte foi e será sempre uma referência das maiores do Estado e neste novo projeto temos ainda que ver com a UEPb como equacionar o problema dos quadros, uma vez que alguns precisam de restauração. E já que falamos em restauração, em João Pessoa, no Espaço Cultural, também há telas que estão em estado lastimável, não só de paraibanos, como de estrangeiros. O presidente da Funesc, Maurício Burity, pediu uma consultoria minha no levantamento das obras e no restauro.
- Como o senhor identifica os propósitos dos governos Lula e Maranhão para a Cultura?
- Com os olhos abertos para ao futuro, porque esses frutos vão ser plantados para daí a algum tempo a gente ter uma consciência maior do que se chama herança cultural, herança histórica. A gente vai ver junto com alunos e artistas um desenvolvimento mais perene da cultura.
- Algum encontro previsto com representantes dos municípios para traçar metas e definir objetivos?
- No começo de agosto haverá um fórum, junto com o MinC, com secretários municipais para a gente ver como as necessidades poderão ser resolvidas. Será discutida toda a diversidade cultural através do seu secretário Américo Córdula e um dos grandes projetos do Governo Federal a ser implantado se chama Vidas Paralelas, que dará sustentabilidade a várias comunidades esquecidas ao longo dos tempos.
- Inclusão e capacitação?
- Claro e, como já falei, sustentabili dade. Evidente que a gente sabe que isso tem um tempo para ser concretizado, mas temos que começar, senão fica só na conversa.O problema é que houve um atraso enorme em determinados momentos da cultura brasileira, que acredito foi causado pelo excesso de centralização em estado ricos, como São Paulo, Rio, Minas, Bahia e Pernambuco.
- A política de cultura está centralizada na secretaria?
- Está. Tem que haver mais discussões para que no futuro a subsecretaria se transforme em Secretaria de Cultura e a resposta a essa pergunta seria mais plena. Mas este possivelmente será um debate entre o governador José Maranhão, a Secretaria de Educação e Cultura e a Assembléia Legislativa.
- A cultura é algo tão diverso. Será possível concentrar todas as políticas numa única secretaria?
- A secretaria tem que existir como secretaria e não como subscretaria. Só a Paraíba e Sergipe têm esse modelo de subsecretaria.
- Como é a relação com o secretário de Educação?
- Até agora, eu só tenho que agradecer de forma veemente ao professor Sales. Nenhum dos pedidos que fizemos foi negado. O Intercâmbio de entendimento é contínuo. A gente está junto numa batalha enorme.
- Como um artista que trabalhou a vida inteira só, dependendo exclusivamente de seu talento e de sua sensibilidade, se vê hoje pensando políticas públicas para a área de cultura, gerindo recursos e lidando com as circunstâncias do poder?
- É uma pergunta muito boa e difícil. É quase psicanalítica. Eu devia estar num divã. Eu pensava que o mundo se resumia entre os olhos e a tela e que os problemas eram de estética: estrutura, cor, contraste, equilíbrio. Acredito que o músico também tem isso: melodia, harmonia. O susto foi grande e continua sendo grande. Eu pensava que na cabeça do ser humano existiam princípios divisórios. Você cria, é artista e você vai coordenar uma secretaria. Há um engano muito grande. O princípio criativo é único, não tem essa divisão.
-Você tem conseguido pintar?
- Não. Desenhar eu não deixo, porque é minha caligrafia, onde plasmo as idéias. Mas pintar não consigo, porque a pintura pede que você fique no ateliê bastante tempo, por causa das ligas de tinta, existe um comando da química pra você. E você não pode ser leviano, deixando o ateliê e voltando depois. Mas o desenho supre muito bem esse lado.
- Como um artista que expõe seu talento à crítica e ao público se sente num cargo público, tendo que atender demandas e lidar com a política?
- Eu passei a vida inteira jogando pedra na vitrine, querendo museu, querendo isso e aquilo, reclamando que não tem biblioteca, que não tem entendimento de arte, que o artesão está se perdendo, vendo que a vida tem uma necessidade de se transmitir uma herança de cultura. Essa energia criadora está sendo dirigida para os outros dentro do princípio de que os outros também sou eu.Tenho necessidade de deixar como herança algo maior do que o egoísmo do artista.
- Como foi o entendimento com o governador?
- Ao me convidar, ele disse: Flávio, você pode fazer muito, não só pelas artes plásticas, mas pelo seu entendimento de cultura em geral. É uma oportunidade que tenho de deixar como legado alguma herança que possa favorecer as gerações futuras. Recebi esse convite com muita honra e tenho encarado isto, desde o começo, como uma missão. Não messiânica, que seria muito pretensioso, mas uma consciência plena de que posso fazer algo pela cultura. E esse algo não é pintura, desenho, mas um levantamento do entendimento da cultura.
- E como você lida, por exemplo, com as dificuldades burocráticas?
- Realmente tenho tido, mas nisso o professor Sales e a minha equipe têm me ajudado muito.
- E a angústia criativa do artista como fica?
- Essa criatividade não está só no pincel. Ela faz parte do ser humano. Na hora em que eu digo que o museu vai sair é como dizer que terminei um grande painel. Essa energia é gratificante. É um aplauso. Um exemplo foi Gilberto Gil. Ele deu sua força criativa para um projeto de cultura, viu que o Brasil precisava dele. Meu pai, Arnaldo Tavares, foi assim. Além de médico, lutou muito por várias vertentes de cultura no nosso Estado. Sinto que a marca da cultura não é a marca de assinar uma tela. O artista não vai se tornar eterno com a assinatura. O artista passou a assinar de 1300 para cá. A arte sempre pertenceu ao povo. Quando você fala da cultura egípcia, ou da grega, ou da asteca, tupi, você não se lembra de nenhum artista. Você se lembra de uma cultura artística, cultura de um povo.
Jornalista Luiz Carlos Sousa - Fonte: http://www.portalcorreio.com.br/jornalcorreio/matLer.asp?newsId=91022
A Cultura paraibana se prepara para viver um momento de resgate e incentivo, com projetos de preservação, recuperação, capacitação profissional, oficinas de artes e construções de museus. Um detalhe chama a atenção: a interiorização e a diversificação de público. A criação e os recursos agora não serão destinados apenas aos megaeventos. Irão para escolas e para as cidades, numa troca constante de informações com o objetivo de legar uma herança artística às futuras gerações. O subsecretário de Cultura Flávio Tavares diz que quer deixar como herança algo maior do que o egoísmo do artista ao comentar a energia que está dirigindo às ações, apesar de ter a consciência de que “o tempo é um grande vilão”. Os desafios e as dificuldades são encarados por ele como missão quando se vê diante de projetos como O Museu da Cidade, o Memorial Sivuca, o Itinerarte, o Museu de Arte Moderna, o Espaço Cultural e bibliotecas. Flávio não está conseguindo pintar, mas recorre ao o desenho, como caligrafia e onde “plasmas idéias”. Em seu gabinete, ele recebeu o Correio e fez uma revelação: quando foi convidado para o cargo “o susto foi grande”, mas descobriu que a criatividade do artista não está só nos pincéis e que anunciar um projeto como um museu “é como dizer que terminei um grande painel”.
A entrevista
- Qual a avaliação que o senhor faz desses quase 150 dias à frente da Cultura?
- Os projetos estão em ritmo acelerado. Eles estão ligados, por exemplo, aos Caminhos do Frio, às oficinas de arte. Estamos tentando instalar uma representação da secretaria na Funesc para cuidar dessas oficinas, dentro de um projeto que estamos chamando de Labirinto das Artes.
- Que outros projetos o senhor destacaria?
- O de Taperoá, elaborado por Valquíria Farias e Alice Monteiro junto com a prefeitura do município e o Governo do Estado, com a ajuda do Ministério da Integração, que vai incluir teatro e dar sustentabilidade também às escolas. Mas a maior vitória da secretaria é o já aprovado Museu da Cidade, projeto magnífico de Ana Helena Curti e Pedro Mendes da Rocha, autores da Casa da Língua Portuguesa em São Paulo. A pesquisa histórica foi feita pela equipe da professora Rosa Godoy com aprovação do governador José Maranhão.
- Por que o museu é considerado a maior vitória?
- Porque ele terá uma conotação não só de contar a História da Paraíba de forma virtual e material, mas também estará interligado ao sistema escolar. É importante também porque esse museu faz parte de um resgate do governo Maranhão de uma obra parada há mais de cinco anos. E outro sonho que vamos concretizar, não só meu, mas de toda a Paraíba, é o Memorial Sivuca, que é uma grande homenagem ao genial artista da nossa querida Itabaiana.
- O projeto do Memorial Sivuca tem alguma parceria?
- Contamos com o apoio do ministro da Cultura, Juca Ferreira, e com a Universidade Federal da Paraíba, onde já existe a sala Sivuca. A Universidade já deu os primeiros passos junto com Glorinha Gadelha e o maestro Carlos Anísio, editando as partituras de Sivuca. Esse memorial pertencerá não só ao Estado, mas ao povo da Paraíba.
- Como será o projeto Itinerarte?
- Essa é em parceria com a Secretaria de Comunicação, através da jornalista Lena Guimarães, A União e a Secretaria de Educação. As cidades vão ter uma confluência e diversidade de culturas entre elas. Vamos levar artistas de uma cidade para outra com oficinas ligadas ao teatro, música, artesanato e artes plásticas, percorrendo todo o Estado.
- Algum projeto de resgate da memória artística e cultural de forma mais abrangente?
- Estamos fazendo um levantamento da memória das culturas de raízes, que eu chamo de heranças culturais, que a gente não pode esquecer. Desde Altimar Pimentel, para dar seguimento aos cocos de praia e à nau catarineta. E há um grande projeto para as cidades onde há raízes muito fortes e autênticas dos caboclinhos e maracatus, entre outros folguedos.
- E para o Espaço Cultural?
- Estou junto com Maurício Burity nessa jornada para fazer justiça ao nome Espaço Cultural. Faremos reformas no teatro e pediremos recursos ao Ministério da Cultura para reativar o cinema e realizar oficinas. A lutheria já está funcionando e a biblioteca Juarez da Gama Batista está sendo restaurada, inclusive a infantil, que está em péssimo estado, merece toda atenção.
- O Espaço Cultural realmente perdeu parte de sua finalidade?
- Aos poucos vamos tirar esse estigma do Espaço Cultural, de que foi dado a ele um tratamento indevido. E faltou muito respeito também à memória de um homem que era apaixonado pela cultura, que foi o ex-governador Tarcísio Burity.
- Há algum projeto para ampliar o espectro do Espaço Cultural?
- Existe o projeto feito no primeiro governo Maranhão sobre a fundação do Museu de Arte Moderna, que será uma das pautas da reunião no próximo dia 5 com o ministro da Cultura, e o levantamento da memória do Estado, não só das artes plásticas, mas a função da permanência do artista dentro da escola.
- O que o senhor quer dizer exatamente com a permanência do artista na escola?
- A gente tem talentos excepcionais. Basta lembrar de Mike Deodato, que é um gênio da história em quadrinhos, herança de seu pai. Um gênio isolado, trabalha só, mas essa semente dele germinou. Hoje em dia continua existindo muita gente de talento. E na parte de música, um levantamento dos grandes grupos que a Paraíba, junto com a herança de um Jackson do Pandeiro, por exemplo. Eu tenho consciência do tempo como vilão, mas existe uma vontade enorme do governador Maranhão em agilizar e o professor Sales Gaudêncio tem contribuído de forma magnífica para agilizar esses pontos que ficaram pendentes.
- Que pontos são esses?
- Um deles é a Lei Augusto dos Anjos, o FIC, que enfrenta um problema gravíssimo que é a herança de uma dívida de R$ 1,2 milhão. A gestão anterior usou quase R$ 500 mil do ano passado para o ano retrasado para fechar as contas de dois anos atrás. E deixou a herança. Temos agora projetos importantíssimos, como o de Marcélia Cartaxo e de grandes artistas ligados às nossas raízes, com projetos aprovados, sem a gente saber como pagar. Agora, se você pegar os impostos das empresas, o investimento será para o próximo ano, perante os cânones jurídicos. Estamos apelando para o governador, que já deu o sinal de que vai tentar resolver este assunto o mais rápido possível. Mas é uma herança das piores para a cultura paraibana.
- O teatro Santa Roza e a Biblioteca Pública têm algum programa especial?
- O teatro Santa Roza está sendo restaurado, e a Biblioteca Pública, da qual Gonzaga Rodrigues falou com toda razão, a gente está resolvendo como agilizar. Por coincidência, a pauta do Conselho de Cultura nesta segunda é exatamente esta. Estamos ouvindo as inteligências paraibanas.
- Os projetos existem, o problema é a falta de recursos?
- Vou ter uma audiência com o ministro Juca Ferreira, da Cultura, sobre determinados problemas que o Estado não tem como resolver.
- Como a secretaria vê o Festival de Inverno de Campina Grande?
- É um festival importantíssimo. Temos a maior atenção a Campina Grande, porque é o centro maior da diversidade cultural, e a Eneida Agra. Indiscutivelmente o maior evento é o São João e com o São João está agrupando princípios de outras culturas, como o artesanato. O mundo e o Brasil têm olhado para Campina Grande como um emblema da cultura de uma terra que se chama Paraíba.
- Que projeto específico há para Campina Grande?
- Estamos equacionando e estudando vários projetos de arte para o Agreste, onde Campina indiscutivelmente será o centro. Campina sempre esteve na vanguarda. O museu de arte foi e será sempre uma referência das maiores do Estado e neste novo projeto temos ainda que ver com a UEPb como equacionar o problema dos quadros, uma vez que alguns precisam de restauração. E já que falamos em restauração, em João Pessoa, no Espaço Cultural, também há telas que estão em estado lastimável, não só de paraibanos, como de estrangeiros. O presidente da Funesc, Maurício Burity, pediu uma consultoria minha no levantamento das obras e no restauro.
- Como o senhor identifica os propósitos dos governos Lula e Maranhão para a Cultura?
- Com os olhos abertos para ao futuro, porque esses frutos vão ser plantados para daí a algum tempo a gente ter uma consciência maior do que se chama herança cultural, herança histórica. A gente vai ver junto com alunos e artistas um desenvolvimento mais perene da cultura.
- Algum encontro previsto com representantes dos municípios para traçar metas e definir objetivos?
- No começo de agosto haverá um fórum, junto com o MinC, com secretários municipais para a gente ver como as necessidades poderão ser resolvidas. Será discutida toda a diversidade cultural através do seu secretário Américo Córdula e um dos grandes projetos do Governo Federal a ser implantado se chama Vidas Paralelas, que dará sustentabilidade a várias comunidades esquecidas ao longo dos tempos.
- Inclusão e capacitação?
- Claro e, como já falei, sustentabili dade. Evidente que a gente sabe que isso tem um tempo para ser concretizado, mas temos que começar, senão fica só na conversa.O problema é que houve um atraso enorme em determinados momentos da cultura brasileira, que acredito foi causado pelo excesso de centralização em estado ricos, como São Paulo, Rio, Minas, Bahia e Pernambuco.
- A política de cultura está centralizada na secretaria?
- Está. Tem que haver mais discussões para que no futuro a subsecretaria se transforme em Secretaria de Cultura e a resposta a essa pergunta seria mais plena. Mas este possivelmente será um debate entre o governador José Maranhão, a Secretaria de Educação e Cultura e a Assembléia Legislativa.
- A cultura é algo tão diverso. Será possível concentrar todas as políticas numa única secretaria?
- A secretaria tem que existir como secretaria e não como subscretaria. Só a Paraíba e Sergipe têm esse modelo de subsecretaria.
- Como é a relação com o secretário de Educação?
- Até agora, eu só tenho que agradecer de forma veemente ao professor Sales. Nenhum dos pedidos que fizemos foi negado. O Intercâmbio de entendimento é contínuo. A gente está junto numa batalha enorme.
- Como um artista que trabalhou a vida inteira só, dependendo exclusivamente de seu talento e de sua sensibilidade, se vê hoje pensando políticas públicas para a área de cultura, gerindo recursos e lidando com as circunstâncias do poder?
- É uma pergunta muito boa e difícil. É quase psicanalítica. Eu devia estar num divã. Eu pensava que o mundo se resumia entre os olhos e a tela e que os problemas eram de estética: estrutura, cor, contraste, equilíbrio. Acredito que o músico também tem isso: melodia, harmonia. O susto foi grande e continua sendo grande. Eu pensava que na cabeça do ser humano existiam princípios divisórios. Você cria, é artista e você vai coordenar uma secretaria. Há um engano muito grande. O princípio criativo é único, não tem essa divisão.
-Você tem conseguido pintar?
- Não. Desenhar eu não deixo, porque é minha caligrafia, onde plasmo as idéias. Mas pintar não consigo, porque a pintura pede que você fique no ateliê bastante tempo, por causa das ligas de tinta, existe um comando da química pra você. E você não pode ser leviano, deixando o ateliê e voltando depois. Mas o desenho supre muito bem esse lado.
- Como um artista que expõe seu talento à crítica e ao público se sente num cargo público, tendo que atender demandas e lidar com a política?
- Eu passei a vida inteira jogando pedra na vitrine, querendo museu, querendo isso e aquilo, reclamando que não tem biblioteca, que não tem entendimento de arte, que o artesão está se perdendo, vendo que a vida tem uma necessidade de se transmitir uma herança de cultura. Essa energia criadora está sendo dirigida para os outros dentro do princípio de que os outros também sou eu.Tenho necessidade de deixar como herança algo maior do que o egoísmo do artista.
- Como foi o entendimento com o governador?
- Ao me convidar, ele disse: Flávio, você pode fazer muito, não só pelas artes plásticas, mas pelo seu entendimento de cultura em geral. É uma oportunidade que tenho de deixar como legado alguma herança que possa favorecer as gerações futuras. Recebi esse convite com muita honra e tenho encarado isto, desde o começo, como uma missão. Não messiânica, que seria muito pretensioso, mas uma consciência plena de que posso fazer algo pela cultura. E esse algo não é pintura, desenho, mas um levantamento do entendimento da cultura.
- E como você lida, por exemplo, com as dificuldades burocráticas?
- Realmente tenho tido, mas nisso o professor Sales e a minha equipe têm me ajudado muito.
- E a angústia criativa do artista como fica?
- Essa criatividade não está só no pincel. Ela faz parte do ser humano. Na hora em que eu digo que o museu vai sair é como dizer que terminei um grande painel. Essa energia é gratificante. É um aplauso. Um exemplo foi Gilberto Gil. Ele deu sua força criativa para um projeto de cultura, viu que o Brasil precisava dele. Meu pai, Arnaldo Tavares, foi assim. Além de médico, lutou muito por várias vertentes de cultura no nosso Estado. Sinto que a marca da cultura não é a marca de assinar uma tela. O artista não vai se tornar eterno com a assinatura. O artista passou a assinar de 1300 para cá. A arte sempre pertenceu ao povo. Quando você fala da cultura egípcia, ou da grega, ou da asteca, tupi, você não se lembra de nenhum artista. Você se lembra de uma cultura artística, cultura de um povo.
MARCHINHA
Marchinha pra seu Gilmar
Pela ordem, seu ministro
Explique essa decisão
Derrubar o meu diploma
É liberdade de expressão?
Estudei por quatro anos
Ralando que nem CDF
Pra ver meu diploma jogado
No lixo pelo STF
O senhor até falou
Explicando a decisão
Que jornalista e cozinheiro
Não dá risco pra nação
Oh, seu Gilmar, oh seu Gilmar
Você tirou o meu diploma
E eu não sei nem cozinhar
Culinária? Não entendo
Não faço nem ovo frito
Se soubesse, com certeza
Fritaria os do ministro.
Mas agora não tem jeito
Serei cozinheiro autônomo
Mas vou logo lhe dizendo
Seu Gilmar, se eu cozinho eu como
Oh, seu Gilmar, oh seu Gilmar
Você tirou o meu diploma
E eu não sei nem cozinhar
Carlos Nealdo
Pela ordem, seu ministro
Explique essa decisão
Derrubar o meu diploma
É liberdade de expressão?
Estudei por quatro anos
Ralando que nem CDF
Pra ver meu diploma jogado
No lixo pelo STF
O senhor até falou
Explicando a decisão
Que jornalista e cozinheiro
Não dá risco pra nação
Oh, seu Gilmar, oh seu Gilmar
Você tirou o meu diploma
E eu não sei nem cozinhar
Culinária? Não entendo
Não faço nem ovo frito
Se soubesse, com certeza
Fritaria os do ministro.
Mas agora não tem jeito
Serei cozinheiro autônomo
Mas vou logo lhe dizendo
Seu Gilmar, se eu cozinho eu como
Oh, seu Gilmar, oh seu Gilmar
Você tirou o meu diploma
E eu não sei nem cozinhar
Carlos Nealdo
sábado, 18 de julho de 2009
BYCARMEM
Minha amiga Licia Maria esteve recentemente na Chapada Diamantina. Fez belas fotos,que colocou num álbum com legendas pra lá de poéticas.
Por e-mail, contou-me as peripécias da viagem em companhia do marido.
Isso tudo me trouxe recordações: em 1995 eu também estive na Chapada Diamantina. E, como Licia e Alvinho, também fui a Caeté-Açu, no Vale do Capão.
Anos depois, já no século seguinte, tentei uma vaga na equipe d'O Viajante, que selecionava colaboradores para a edição latinoamericana de seu guia de viagem. Como parte das provas de seleção escrevi um texto contando parte da viagem.
E não é que, coincidentemente, entre antigos guardados, dou com esse texto, do qual já nem me lembrava?
Ei-lo aí, então, sem nenhuma vírgula a mais ou a menos:
Uma viagem marcante
Depois de alguns dias em Lençóis com dois amigos, fazendo o que todo turista comum faz, decidimos ir ao Lothlorien.
Fica ali no coração da Chapada Diamantina, em pleno Vale do Capão. Rodeado de montanhas. Um espetáculo!
Mochilas no carro, mapa na mão e lá fomos nós, contrariando a todos a quem pedíamos informações. O caminho era ruim, diziam. Havia muitas pontes caídas. Resolvemos arriscar. Afinal, o verão de 1995 estava seco, não havia de ser um corregozinho que nos atrapalharia. E não foi mesmo.
As acomodações são bem rústicas. Sem luz elétrica. Mas também, pra quê? No céu a lua cheia iluminava tudo e fazia tanto calor que só um louco tomaria banho quente.
Na pousada, mantida por uma comunidade esotérica, as mulheres se encarregavam de tudo. Comida natural. Saudação ao Sol antes do café da manhã, runas, massagens, tarô.
Na primeira manhã, levando lanches especialmente preparados para caminhantes, nos dispusemos a enfrentar os 7 quilômetros de subida para a Cachoeira da Fumaça. Voltamos no final da tarde com os olhos cheios de belezas nunca vistas. A cachoeira, com quase 400 m de altura, estava meio seca, mas ainda assim era impressionante.
À noite, festa no povoado. Era a comemoração do dia do padroeiro: São Sebastião. Forró.
Mulheres dançando com mulheres, já que nesses povoados os homens são escassos. E a sanfona chorando...
Alguém nos disse que no quintal daquela grande casa na praça havia uma pizzaria. Fomos conferir. Nos acomodamos numa mesa embaixo das árvores. Nunca, em minha vida paulistana, havia comido uma pizza tão boa. Massa de farinha integral, recheio de legumes. Manjar dos deuses!
Dia seguinte, passeio às cachoeiras locais.
Lindas, totalmente inexploradas e desertas. Ali passamos parte do dia em companhia das mulheres e crianças da pousada, que nesse dia foram as nossas guias. À tarde, banho de rio. Todo mundo nu, claro!
Deixar o Lothlorien foi difícil. Mas, outras grandes aventuras nos esperavam e assim... mochilas no carro e mapa na mão, lá fomos nós rumo ao nosso próximo destino.
Por e-mail, contou-me as peripécias da viagem em companhia do marido.
Isso tudo me trouxe recordações: em 1995 eu também estive na Chapada Diamantina. E, como Licia e Alvinho, também fui a Caeté-Açu, no Vale do Capão.
Anos depois, já no século seguinte, tentei uma vaga na equipe d'O Viajante, que selecionava colaboradores para a edição latinoamericana de seu guia de viagem. Como parte das provas de seleção escrevi um texto contando parte da viagem.
E não é que, coincidentemente, entre antigos guardados, dou com esse texto, do qual já nem me lembrava?
Ei-lo aí, então, sem nenhuma vírgula a mais ou a menos:
Uma viagem marcante
Depois de alguns dias em Lençóis com dois amigos, fazendo o que todo turista comum faz, decidimos ir ao Lothlorien.
Fica ali no coração da Chapada Diamantina, em pleno Vale do Capão. Rodeado de montanhas. Um espetáculo!
Mochilas no carro, mapa na mão e lá fomos nós, contrariando a todos a quem pedíamos informações. O caminho era ruim, diziam. Havia muitas pontes caídas. Resolvemos arriscar. Afinal, o verão de 1995 estava seco, não havia de ser um corregozinho que nos atrapalharia. E não foi mesmo.
As acomodações são bem rústicas. Sem luz elétrica. Mas também, pra quê? No céu a lua cheia iluminava tudo e fazia tanto calor que só um louco tomaria banho quente.
Na pousada, mantida por uma comunidade esotérica, as mulheres se encarregavam de tudo. Comida natural. Saudação ao Sol antes do café da manhã, runas, massagens, tarô.
Na primeira manhã, levando lanches especialmente preparados para caminhantes, nos dispusemos a enfrentar os 7 quilômetros de subida para a Cachoeira da Fumaça. Voltamos no final da tarde com os olhos cheios de belezas nunca vistas. A cachoeira, com quase 400 m de altura, estava meio seca, mas ainda assim era impressionante.
À noite, festa no povoado. Era a comemoração do dia do padroeiro: São Sebastião. Forró.
Mulheres dançando com mulheres, já que nesses povoados os homens são escassos. E a sanfona chorando...
Alguém nos disse que no quintal daquela grande casa na praça havia uma pizzaria. Fomos conferir. Nos acomodamos numa mesa embaixo das árvores. Nunca, em minha vida paulistana, havia comido uma pizza tão boa. Massa de farinha integral, recheio de legumes. Manjar dos deuses!
Dia seguinte, passeio às cachoeiras locais.
Lindas, totalmente inexploradas e desertas. Ali passamos parte do dia em companhia das mulheres e crianças da pousada, que nesse dia foram as nossas guias. À tarde, banho de rio. Todo mundo nu, claro!
Deixar o Lothlorien foi difícil. Mas, outras grandes aventuras nos esperavam e assim... mochilas no carro e mapa na mão, lá fomos nós rumo ao nosso próximo destino.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
CINEMAPARAHYBANO
situação do cinema no Nordeste
Com o filme ”Por 30 Dinheiros” convidado recentemente para participar de festivais de cinema europeus, como o holandês Câmera Mundo, a cineasta paraibana Vânia Perazzo Barbosa ganhou destaque esta semana em entrevista a Radio France Internationale, concedida a jornalista Pamela Valente, onde falou sobre seu filme de ficção, dos novos projetos cinematográficos e da situação do cinema nordestino.
Vânia estudou cinema em Paris, retornou ao Brasil e se instalou no estado onde nasceu, a Paraíba. É produtora, diretora de documentários e estreou na ficção com o longa “Por 30 Dinheiros”. Sobre esse trabalho ela conta que a idéia original era fazer um “road-movie”, um filme onde os personagens viajam de carro por várias cidades. Mas, pela falta de fundos, se tornou um “foot-movie”, um filme onde os personagens viajam a pé:
“O filme é um novo olhar sobre o misticismo nordestino, esse tema foi muito abordado pelo cinema novo, mas sempre de uma forma mais dramática e até trágica, e no caso do Por 30 dinheiros é uma abordagem tragicômica. A história é de um circo que apresenta a paixão de cristo, e, então, os personagens que fazem o Cristo e o São Pedro roubam o dinheiro e fogem, a partir daí passam a ser perseguidos pelo diretor do circo que é o Judas. Vai desde a região da caatinga até aqui no litoral, onde surpresas vão acontecer e vão mudar a vida dos principais personagens”, afirma.
De acordo com a diretora, “Por 30 Dinheiros” foi realizado com muito trabalho, captando recursos e formas de distribuição. “Nós trabalhamos muito antes na pré-produção do filme, por causa de captação de recursos, até chegar o ponto onde podíamos filmar. Filmamos em Super 16 e depois foi ampliado para 35 mm, o Super 16 tinha a vantagem de ser mais barato e cada lata tem 10 minutos, e o 35mm é bem menos, quatro minutos e pouco”, conta.
Para a cineasta os editais de incentivo a cultura foram muito importantes para a finalização da obra: “Nós estávamos com o filme na lata e o Ministério da Cultura lançou um edital para finalização de longas, conseguimos ser um dos escolhidos e assim terminamos o filme em 2005. Mas, foi muita luta apara conseguir chegar até o final, se você olha nos créditos do filme eu e o Ivan, estamos em quase tudo, desempenhando várias funções”. Para a realização de Por 30 Dinheiros ela teve o apoio da Lei do Audiovisual, do Banco do Nordeste, e do Banco do Estado da Paraíb (que posteriormente foi privatizado e não existe mais), e da Lei Municipal de Cultura.
Já para a distribuição, os realizadores não contaram com dinheiro nenhum. “Ficamos apenas com uma copia e ai o filme passou a ser veiculado em festivais, mostras e circuitos alternativos, por exemplo, da Programadora Brasil, do Programa Sesc o Cinema vai a Escola”, explica a diretora.
A cineasta ressaltou ainda a problemática da captação de recursos através das leis de incentivo fiscal, que acaba centralizando os recursos nas mãos de uma pequena parcela dos produtores brasileiros. “Pra ter incentivo fiscal você vai ter que ter empresas grandes e que tenham lucro. E geralmente essas empresas estão no eixo Rio-São Paulo. Apesar de, por exemplo, a Petrobrás abrir edital, o BNDES também”, aponta.
Segundo Vânia a televisão é uma boa válvula de escape para quem produz cinema na região: “sinceramente, eu acho que a televisão é uma janela que abre um espaço bom para você mostrar sua obra pra a população desse Brasil enorme. As grandes redes de televisão do Brasil elas só apresentam quase aquilo que elas produzem”.
Atualmente a diretora trabalha na produção de dois documentários. No primeiro, o imaginário infantil é o tema, onde ela tenta resgatar como crianças do alto sertão paraibano, especificamente da cidade de Sousa, vêem a história de sua cidade. O outro projeto de documentário é sobre o filho de um grande escritor búlgaro, que viveu em Minas Gerais entre 1929 e 1934. “Lá ele deixou um filho do casamento, faleceu em 1944 na Segunda Guerra, e publicou um livro muito bonito sobre Minas, Belo Horizonte e também outras cidades do interior. O livro é belíssimo, nós estamos tentando traduzir esse livro, e ao mesmo tempo fazer um documentário sobre o filho dele que durante cinqüenta anos procurou noticias pelo pai e foi conseguir através de nós”, explica.
Os projetos estão sendo iniciados com recursos próprios, ao mesmo tempo, procura apoio, especialmente através dos editais. A captação está sendo feita em vídeo digital.”Infelizmente, o cinema em película, pelo menos aqui no Nordeste, ta meio condenado, nem que seja para gravar em digital e transformar em película depois, mas mesmo assim sai muito caro”.
Apesar de envolvida com o gênero documental, Vânia Perazzo não esquece o ficcional. Um dos seus planos é de um filme sobre a relação entre cristãos velhos e cristãos novos: “Nós somos descendentes de cristãos novos, que vinham pra cá fugindo da Inquisição, é muito interessante a história porque tem de pano de fundo justamente todo esse legado judaico que nos foi deixado, e existe inclusive pessoas que estão se reconvertendo ao judaísmo. Já existem sinagogas em Campina Grande, vão criar uma aqui em João Pessoa, e o filme de ficção teria isso como pano de fundo, seria a adaptação de Romeu e Julieta para o Brasil da época colonial. O Romeu seria filho de uma família cristã velha, e a Julieta cristã nova. Por incrível que pareça uma moradora aqui perto de João Pessoa foi queimada na fogueira em Lisboa, no século XVIII”, coloca. Para ela, o Nordeste tem potencial para contar grandes histórias “e o Brasil inteiro e o mundo precisavam conhecer, não é só seca não”, encerra.
Redação: janelacultural.com com informações da Radio France Internationale
Com o filme ”Por 30 Dinheiros” convidado recentemente para participar de festivais de cinema europeus, como o holandês Câmera Mundo, a cineasta paraibana Vânia Perazzo Barbosa ganhou destaque esta semana em entrevista a Radio France Internationale, concedida a jornalista Pamela Valente, onde falou sobre seu filme de ficção, dos novos projetos cinematográficos e da situação do cinema nordestino.
Vânia estudou cinema em Paris, retornou ao Brasil e se instalou no estado onde nasceu, a Paraíba. É produtora, diretora de documentários e estreou na ficção com o longa “Por 30 Dinheiros”. Sobre esse trabalho ela conta que a idéia original era fazer um “road-movie”, um filme onde os personagens viajam de carro por várias cidades. Mas, pela falta de fundos, se tornou um “foot-movie”, um filme onde os personagens viajam a pé:
“O filme é um novo olhar sobre o misticismo nordestino, esse tema foi muito abordado pelo cinema novo, mas sempre de uma forma mais dramática e até trágica, e no caso do Por 30 dinheiros é uma abordagem tragicômica. A história é de um circo que apresenta a paixão de cristo, e, então, os personagens que fazem o Cristo e o São Pedro roubam o dinheiro e fogem, a partir daí passam a ser perseguidos pelo diretor do circo que é o Judas. Vai desde a região da caatinga até aqui no litoral, onde surpresas vão acontecer e vão mudar a vida dos principais personagens”, afirma.
De acordo com a diretora, “Por 30 Dinheiros” foi realizado com muito trabalho, captando recursos e formas de distribuição. “Nós trabalhamos muito antes na pré-produção do filme, por causa de captação de recursos, até chegar o ponto onde podíamos filmar. Filmamos em Super 16 e depois foi ampliado para 35 mm, o Super 16 tinha a vantagem de ser mais barato e cada lata tem 10 minutos, e o 35mm é bem menos, quatro minutos e pouco”, conta.
Para a cineasta os editais de incentivo a cultura foram muito importantes para a finalização da obra: “Nós estávamos com o filme na lata e o Ministério da Cultura lançou um edital para finalização de longas, conseguimos ser um dos escolhidos e assim terminamos o filme em 2005. Mas, foi muita luta apara conseguir chegar até o final, se você olha nos créditos do filme eu e o Ivan, estamos em quase tudo, desempenhando várias funções”. Para a realização de Por 30 Dinheiros ela teve o apoio da Lei do Audiovisual, do Banco do Nordeste, e do Banco do Estado da Paraíb (que posteriormente foi privatizado e não existe mais), e da Lei Municipal de Cultura.
Já para a distribuição, os realizadores não contaram com dinheiro nenhum. “Ficamos apenas com uma copia e ai o filme passou a ser veiculado em festivais, mostras e circuitos alternativos, por exemplo, da Programadora Brasil, do Programa Sesc o Cinema vai a Escola”, explica a diretora.
A cineasta ressaltou ainda a problemática da captação de recursos através das leis de incentivo fiscal, que acaba centralizando os recursos nas mãos de uma pequena parcela dos produtores brasileiros. “Pra ter incentivo fiscal você vai ter que ter empresas grandes e que tenham lucro. E geralmente essas empresas estão no eixo Rio-São Paulo. Apesar de, por exemplo, a Petrobrás abrir edital, o BNDES também”, aponta.
Segundo Vânia a televisão é uma boa válvula de escape para quem produz cinema na região: “sinceramente, eu acho que a televisão é uma janela que abre um espaço bom para você mostrar sua obra pra a população desse Brasil enorme. As grandes redes de televisão do Brasil elas só apresentam quase aquilo que elas produzem”.
Atualmente a diretora trabalha na produção de dois documentários. No primeiro, o imaginário infantil é o tema, onde ela tenta resgatar como crianças do alto sertão paraibano, especificamente da cidade de Sousa, vêem a história de sua cidade. O outro projeto de documentário é sobre o filho de um grande escritor búlgaro, que viveu em Minas Gerais entre 1929 e 1934. “Lá ele deixou um filho do casamento, faleceu em 1944 na Segunda Guerra, e publicou um livro muito bonito sobre Minas, Belo Horizonte e também outras cidades do interior. O livro é belíssimo, nós estamos tentando traduzir esse livro, e ao mesmo tempo fazer um documentário sobre o filho dele que durante cinqüenta anos procurou noticias pelo pai e foi conseguir através de nós”, explica.
Os projetos estão sendo iniciados com recursos próprios, ao mesmo tempo, procura apoio, especialmente através dos editais. A captação está sendo feita em vídeo digital.”Infelizmente, o cinema em película, pelo menos aqui no Nordeste, ta meio condenado, nem que seja para gravar em digital e transformar em película depois, mas mesmo assim sai muito caro”.
Apesar de envolvida com o gênero documental, Vânia Perazzo não esquece o ficcional. Um dos seus planos é de um filme sobre a relação entre cristãos velhos e cristãos novos: “Nós somos descendentes de cristãos novos, que vinham pra cá fugindo da Inquisição, é muito interessante a história porque tem de pano de fundo justamente todo esse legado judaico que nos foi deixado, e existe inclusive pessoas que estão se reconvertendo ao judaísmo. Já existem sinagogas em Campina Grande, vão criar uma aqui em João Pessoa, e o filme de ficção teria isso como pano de fundo, seria a adaptação de Romeu e Julieta para o Brasil da época colonial. O Romeu seria filho de uma família cristã velha, e a Julieta cristã nova. Por incrível que pareça uma moradora aqui perto de João Pessoa foi queimada na fogueira em Lisboa, no século XVIII”, coloca. Para ela, o Nordeste tem potencial para contar grandes histórias “e o Brasil inteiro e o mundo precisavam conhecer, não é só seca não”, encerra.
Redação: janelacultural.com com informações da Radio France Internationale
domingo, 12 de julho de 2009
JANELACULTURAL
CONHEÇA E DIVULGUE
O site janelacultural.com é uma produção independente, concebida pelo jornalista Elinaldo Rodrigues, com o intuito de difundir o patrimônio artístico-cultural paraibano, nas suas múltiplas modalidades e vertentes. Seu conteúdo tem como pilares, um catálogo panorâmico de artistas baseado no livro A Arte e os Artistas da Paraíba (Editora UFPB, 2001), além de pesquisa junto a entidades artístico-culturais. Destaque também para uma agenda cultural abrangendo os principais municípios do Estado; galeria virtual para exposições de arte; espaço para artigos, ensaios, crônicas, poesias, contos, notícias, reportagens especiais, exibição de vídeos, entre outros.
Dentre outras possibilidades, o portal www.janelacultural.com pretende contribuir para maior divulgação, conhecimento e conseqüente dinamização de nossa cultura, além de servir como fonte de pesquisa para estudantes, pesquisadores, jornalistas, artistas e público em geral; bem como contribuir para a canalização dos bens e serviços culturais ao mercado consumidor de produtos do gênero.
Paralelo ao panorama das artes paraibanas a idéia é que janelacultural.com seja um portal de integração entre as produções culturais locais e de outros estados.
O site janelacultural.com é uma produção independente, concebida pelo jornalista Elinaldo Rodrigues, com o intuito de difundir o patrimônio artístico-cultural paraibano, nas suas múltiplas modalidades e vertentes. Seu conteúdo tem como pilares, um catálogo panorâmico de artistas baseado no livro A Arte e os Artistas da Paraíba (Editora UFPB, 2001), além de pesquisa junto a entidades artístico-culturais. Destaque também para uma agenda cultural abrangendo os principais municípios do Estado; galeria virtual para exposições de arte; espaço para artigos, ensaios, crônicas, poesias, contos, notícias, reportagens especiais, exibição de vídeos, entre outros.
Dentre outras possibilidades, o portal www.janelacultural.com pretende contribuir para maior divulgação, conhecimento e conseqüente dinamização de nossa cultura, além de servir como fonte de pesquisa para estudantes, pesquisadores, jornalistas, artistas e público em geral; bem como contribuir para a canalização dos bens e serviços culturais ao mercado consumidor de produtos do gênero.
Paralelo ao panorama das artes paraibanas a idéia é que janelacultural.com seja um portal de integração entre as produções culturais locais e de outros estados.
domingo, 5 de julho de 2009
MINc
REPRESENTAÇÃO NORDESTE - MINISTÉRIO DA CULTURA
BOLETIM RRNE MINC
Sexta-feira, 19 de junho de 2009
GERAL
MINC PRESERVA ACERVOS
Os ministros da Cultura, Juca Ferreira, e da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, assinaram acordo de cooperação técnica que irá viabilizar o uso da tecnologia digital na preservação e difusão dos acervos de ambos os ministérios, ampliando a extensão dos programas governamentais de acesso à Cultura e à Ciência. O termo de cooperação foi assinado nesta última quarta-feira (17), durante a 6ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Política Cultural do Ministério da Cultura (CNPC/MinC), em Brasília.Entre os programas que serão viabilizados através desta parceria está o da criação de um Banco de Conteúdos Audiovisuais, que contará com a recuperação, digitalização e difusão de filmes realizados pelo Instituto Nacional de Cinema (INCE) entre os anos 30 e 50, além da renovação dos equipamentos da Cinemateca Brasileira, em São Paulo, e do Centro Técnico Audiovisual (CTAv), no Rio de Janeiro.
CURTAS METRAGENS
Estão abertas, até 31 de julho, as inscrições para as mostras competitivas da sétima edição do Festival Santista de Curtas Metragens (Curta Santos) que acontece de 15 a 19 de setembro, em Santos, litoral paulista. Ao todo, serão treze mostras, das quais, quatro competitivas (Olhar Caiçara Universitário, Olhar Caiçara Independente, Videoclipe Caiçara e Videoclipe Brasilis). As inscrições podem ser feitas pelo site: www.curtasantos.com.br/ . A ação terá, ainda, as apresentações de longas metragens convidados; Curta Matine, elaborada para atender o público infantil; Curta Cris, voltada ao público GLBTS; além de oficinas e mesas-redondas. O Festival existe há sete anos e conta com o apoio da Lei Rouanet. Mais informações: producao@curtasantos.com.br ou (13) 9134 -5330.
MAIS 39 TÍTULOS
A Programadora Brasil (PB), programa da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura (SAv/MinC), lançou ontem, mais 39 títulos em DVD que farão parte de seu catálogo. São 25 longas e 14 curtas-metragens que incluem títulos recentes e clássicos do cinema brasileiro. Organizadas em 25 programas, e disponíveis para aquisição aos associados do projeto, a PB disponibiliza filmes e vídeos brasileiros para cineclubes, pontos de cultura, escolas, universidades e centros culturais. Com o lançamento, o catálogo da Programadora, ação que existe desde 2007, chega aos 369 títulos, que atendem ao critério da regionalização e têm foco em diversas faixas etárias. Mais informações: www.programadorabrasil.org.br/ .
BAHIA
CERÂMICA
No dia 1º de julho, o Instituto Mauá inaugura a exposição Cerâmica da Bahia, na Galeria Cañizares - Escola de Belas Artes da UFBA. O vernissage contará com uma demonstração in loco do fazer cerâmico através da queima de Rakú, pela ceramista Irene Omuro, a partir das 17h. A abertura oficial será às 19h, com um coquetel de confraternização para os ceramistas e convidados, além da apresentação de vídeos e o lançamento do Ensaio Cerâmica Popular da Bahia: Introdução Crítica para uma Leitura Poética, do professor Dante Augusto Galeffi. A diversidade de artefatos inclui potes, panelas, moringas, figuras populares, orixás, santos e azulejos decorados. Visitação: de segunda a sexta, das 8h às 18h, até 16 de julho. A Escola de Belas Artes fica na Rua Araújo Pinho, Bairro do Canela, Salvador. Mais informações: www.belasartes.ufba.br/ ou pelo telefone: (71) 3283-7915.
MÚSICA E ARTES PLÁSTICAS
Neste sábado (20), os amantes do Jazz também podem apreciar o pôr-do-sol da Baía de Todos os Santos e assistir a JAM no Museu de Arte Moderna - MAM. O projeto acontece a mais de um ano, no estacionamento inferior do MAM, todos os sábados, a partir das 18h. No palco, uma banda liderada pelo músico Ivan Houl recebe os artistas para uma jam session. No repertório, o jazz internacional, standards do jazz e blues, bossa-nova e outras composições brasileiras. Os ingressos custam R$4,00 (inteira) e R$ 2,00 (meia). Neste domingo (21), às 16h, acontece mais uma edição do Pinte no MAM. Comandado pelo artista plástico Maninho de Abreu, o projeto incentiva a pintura livre e é destinado ao público de todas as idades. A entrada é franca. O museu fica na Av. Contorno, s/nº, Solar do Unhão – Salvador.
http://www.mam.ba.gov.br ou (71) 3117 6137.
CEARÁ
DANÇA
A Vila das Artes prorrogou as inscrições para o Programa de Ocupação de sua sala de dança, em Fortaleza. As propostas podem ser encaminhadas até o dia 26 de junho à secretaria da Vila (Rua 24 de Maio, 1221, Centro). O Edital de seleção prorrogado e a ficha de inscrição podem ser encontrados no site da Prefeitura. Podem utilizar o espaço para ensaios: companhias de dança, residências coreográficas, performers e profissionais do setor. A ação pretende democratizar a ocupação dos equipamentos públicos municipais e estimular a produção artística em dança cênica na cidade. Para saber mais acesse: www.fortaleza.ce.gov.br/ .
CINE SOBREMESA
Filmes e curtas sobre Religiosidade Nordestina estão em cartaz, sempre às quartas-feiras do mês de junho, até o dia 24, no Sobrado Dr. José Lourenço que fica na Rua Major Facundo, 154, Centro de Fortaleza. As sessões acontecem na hora do almoço, das 12h às 14h. Ao final de cada exibição, o público é convidado para um bate-papo. Os filmes apresentados no Sobrado fazem parte do Cine Sobremesa, coletivo formado através do Pontos de Corte, curso de formação de Agentes Culturais e Exibidores Independentes da Vila das Artes. A entrada é gratuita. Mais informações: (85) 3101-8826 ou cinesobremesa@gmail.com/.
PARAÍBA
NOVO SECRETÁRIO
Recém-empossado como presidente da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope), o cantor e compositor Chico César esteve na tarde da última terça-feira (16), na Câmara dos Deputados, em Brasília, onde encontrou-se com o secretário executivo do Ministério da Cultura (MinC), Alfredo Manevy, e parlamentares da bancada da Paraíba no Congresso Nacional. Na oportunidade, além de apresentar-se na nova função, o novo Secretário pediu apoio para ações que pretende promover à frente da instituição da capital paraibana. Alfredo Manevy destacou que é compromisso do Governo Federal consolidar a Cultura como política pública e ampliar o acesso da população brasileira aos bens e serviços culturais. Manevy enfatizou que o MinC está à disposição do município para colaborar no sentido de que ações e projetos possam ser desenvolvidos. Mais informações: www.cultura.gov.br/ .
PERNAMBUCO
JANELA DE CINEMA
Estão abertas, a partir de amanhã (20), as inscrições para as mostras competitivas brasileira e internacional da 2ª edição do Festival Janela Internacional de Cinema do Recife. O evento acontece de 22 à 29 de outubro de 2009. Podem concorrer filmes produzidos em qualquer formato de captação de imagem (35mm, digital, celular,..), de qualquer gênero, realizados a partir de janeiro de 2008, com duração máxima de 35 minutos. Cada realizador poderá concorrer com quantos filmes desejar. O prazo para inscrições segue até 1º de agosto para filmes estrangeiros e até 10 de agosto para filmes brasileiros.O Festival Janela Internacional de Cinema do Recife é uma realização da CinemaScópio Produções Cinematográficas e Artísticas e tem o apoio da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe).
Inscrições e outras informações: www.janeladecinema.com.br/.
II CONCURSO MÁRIO PEDROSA
A Diretoria de Cultura da Fundação Joaquim Nabuco, por meio da Coordenação-Geral de Capacitação e Difusão Científico-Cultural- CGCADIF, realiza o II Concurso Mário Pedrosa de Ensaios sobre Arte e Cultura Contemporâneas. Constitui objeto do concurso a seleção em âmbito nacional de três ensaios, resultado de pesquisa inédita e original, elaborados desde disciplinas e pontos de vistas variados que versem sobre Arte e Mundo após a crise das utopias, tema escolhido nesta 2ª edição. As inscrições para o concurso são gratuitas e deverão ser realizadas no período de 10 de junho a 18 de setembro de 2009, das 9h às 12h e das 14h às 17h, no endereço: Fundação Joaquim Nabuco – Diretoria de Cultura. Rua Henrique Dias, 609, Derby – Recife-PE. CEP: 52.010-100. Outras informações: (81) 3073-6659/6660 ou acesse: www.fundaj.gov.br/.
BOLETIM RRNE MINC
Sexta-feira, 19 de junho de 2009
GERAL
MINC PRESERVA ACERVOS
Os ministros da Cultura, Juca Ferreira, e da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, assinaram acordo de cooperação técnica que irá viabilizar o uso da tecnologia digital na preservação e difusão dos acervos de ambos os ministérios, ampliando a extensão dos programas governamentais de acesso à Cultura e à Ciência. O termo de cooperação foi assinado nesta última quarta-feira (17), durante a 6ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Política Cultural do Ministério da Cultura (CNPC/MinC), em Brasília.Entre os programas que serão viabilizados através desta parceria está o da criação de um Banco de Conteúdos Audiovisuais, que contará com a recuperação, digitalização e difusão de filmes realizados pelo Instituto Nacional de Cinema (INCE) entre os anos 30 e 50, além da renovação dos equipamentos da Cinemateca Brasileira, em São Paulo, e do Centro Técnico Audiovisual (CTAv), no Rio de Janeiro.
CURTAS METRAGENS
Estão abertas, até 31 de julho, as inscrições para as mostras competitivas da sétima edição do Festival Santista de Curtas Metragens (Curta Santos) que acontece de 15 a 19 de setembro, em Santos, litoral paulista. Ao todo, serão treze mostras, das quais, quatro competitivas (Olhar Caiçara Universitário, Olhar Caiçara Independente, Videoclipe Caiçara e Videoclipe Brasilis). As inscrições podem ser feitas pelo site: www.curtasantos.com.br/ . A ação terá, ainda, as apresentações de longas metragens convidados; Curta Matine, elaborada para atender o público infantil; Curta Cris, voltada ao público GLBTS; além de oficinas e mesas-redondas. O Festival existe há sete anos e conta com o apoio da Lei Rouanet. Mais informações: producao@curtasantos.com.br ou (13) 9134 -5330.
MAIS 39 TÍTULOS
A Programadora Brasil (PB), programa da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura (SAv/MinC), lançou ontem, mais 39 títulos em DVD que farão parte de seu catálogo. São 25 longas e 14 curtas-metragens que incluem títulos recentes e clássicos do cinema brasileiro. Organizadas em 25 programas, e disponíveis para aquisição aos associados do projeto, a PB disponibiliza filmes e vídeos brasileiros para cineclubes, pontos de cultura, escolas, universidades e centros culturais. Com o lançamento, o catálogo da Programadora, ação que existe desde 2007, chega aos 369 títulos, que atendem ao critério da regionalização e têm foco em diversas faixas etárias. Mais informações: www.programadorabrasil.org.br/ .
BAHIA
CERÂMICA
No dia 1º de julho, o Instituto Mauá inaugura a exposição Cerâmica da Bahia, na Galeria Cañizares - Escola de Belas Artes da UFBA. O vernissage contará com uma demonstração in loco do fazer cerâmico através da queima de Rakú, pela ceramista Irene Omuro, a partir das 17h. A abertura oficial será às 19h, com um coquetel de confraternização para os ceramistas e convidados, além da apresentação de vídeos e o lançamento do Ensaio Cerâmica Popular da Bahia: Introdução Crítica para uma Leitura Poética, do professor Dante Augusto Galeffi. A diversidade de artefatos inclui potes, panelas, moringas, figuras populares, orixás, santos e azulejos decorados. Visitação: de segunda a sexta, das 8h às 18h, até 16 de julho. A Escola de Belas Artes fica na Rua Araújo Pinho, Bairro do Canela, Salvador. Mais informações: www.belasartes.ufba.br/ ou pelo telefone: (71) 3283-7915.
MÚSICA E ARTES PLÁSTICAS
Neste sábado (20), os amantes do Jazz também podem apreciar o pôr-do-sol da Baía de Todos os Santos e assistir a JAM no Museu de Arte Moderna - MAM. O projeto acontece a mais de um ano, no estacionamento inferior do MAM, todos os sábados, a partir das 18h. No palco, uma banda liderada pelo músico Ivan Houl recebe os artistas para uma jam session. No repertório, o jazz internacional, standards do jazz e blues, bossa-nova e outras composições brasileiras. Os ingressos custam R$4,00 (inteira) e R$ 2,00 (meia). Neste domingo (21), às 16h, acontece mais uma edição do Pinte no MAM. Comandado pelo artista plástico Maninho de Abreu, o projeto incentiva a pintura livre e é destinado ao público de todas as idades. A entrada é franca. O museu fica na Av. Contorno, s/nº, Solar do Unhão – Salvador.
http://www.mam.ba.gov.br ou (71) 3117 6137.
CEARÁ
DANÇA
A Vila das Artes prorrogou as inscrições para o Programa de Ocupação de sua sala de dança, em Fortaleza. As propostas podem ser encaminhadas até o dia 26 de junho à secretaria da Vila (Rua 24 de Maio, 1221, Centro). O Edital de seleção prorrogado e a ficha de inscrição podem ser encontrados no site da Prefeitura. Podem utilizar o espaço para ensaios: companhias de dança, residências coreográficas, performers e profissionais do setor. A ação pretende democratizar a ocupação dos equipamentos públicos municipais e estimular a produção artística em dança cênica na cidade. Para saber mais acesse: www.fortaleza.ce.gov.br/ .
CINE SOBREMESA
Filmes e curtas sobre Religiosidade Nordestina estão em cartaz, sempre às quartas-feiras do mês de junho, até o dia 24, no Sobrado Dr. José Lourenço que fica na Rua Major Facundo, 154, Centro de Fortaleza. As sessões acontecem na hora do almoço, das 12h às 14h. Ao final de cada exibição, o público é convidado para um bate-papo. Os filmes apresentados no Sobrado fazem parte do Cine Sobremesa, coletivo formado através do Pontos de Corte, curso de formação de Agentes Culturais e Exibidores Independentes da Vila das Artes. A entrada é gratuita. Mais informações: (85) 3101-8826 ou cinesobremesa@gmail.com/.
PARAÍBA
NOVO SECRETÁRIO
Recém-empossado como presidente da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope), o cantor e compositor Chico César esteve na tarde da última terça-feira (16), na Câmara dos Deputados, em Brasília, onde encontrou-se com o secretário executivo do Ministério da Cultura (MinC), Alfredo Manevy, e parlamentares da bancada da Paraíba no Congresso Nacional. Na oportunidade, além de apresentar-se na nova função, o novo Secretário pediu apoio para ações que pretende promover à frente da instituição da capital paraibana. Alfredo Manevy destacou que é compromisso do Governo Federal consolidar a Cultura como política pública e ampliar o acesso da população brasileira aos bens e serviços culturais. Manevy enfatizou que o MinC está à disposição do município para colaborar no sentido de que ações e projetos possam ser desenvolvidos. Mais informações: www.cultura.gov.br/ .
PERNAMBUCO
JANELA DE CINEMA
Estão abertas, a partir de amanhã (20), as inscrições para as mostras competitivas brasileira e internacional da 2ª edição do Festival Janela Internacional de Cinema do Recife. O evento acontece de 22 à 29 de outubro de 2009. Podem concorrer filmes produzidos em qualquer formato de captação de imagem (35mm, digital, celular,..), de qualquer gênero, realizados a partir de janeiro de 2008, com duração máxima de 35 minutos. Cada realizador poderá concorrer com quantos filmes desejar. O prazo para inscrições segue até 1º de agosto para filmes estrangeiros e até 10 de agosto para filmes brasileiros.O Festival Janela Internacional de Cinema do Recife é uma realização da CinemaScópio Produções Cinematográficas e Artísticas e tem o apoio da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe).
Inscrições e outras informações: www.janeladecinema.com.br/.
II CONCURSO MÁRIO PEDROSA
A Diretoria de Cultura da Fundação Joaquim Nabuco, por meio da Coordenação-Geral de Capacitação e Difusão Científico-Cultural- CGCADIF, realiza o II Concurso Mário Pedrosa de Ensaios sobre Arte e Cultura Contemporâneas. Constitui objeto do concurso a seleção em âmbito nacional de três ensaios, resultado de pesquisa inédita e original, elaborados desde disciplinas e pontos de vistas variados que versem sobre Arte e Mundo após a crise das utopias, tema escolhido nesta 2ª edição. As inscrições para o concurso são gratuitas e deverão ser realizadas no período de 10 de junho a 18 de setembro de 2009, das 9h às 12h e das 14h às 17h, no endereço: Fundação Joaquim Nabuco – Diretoria de Cultura. Rua Henrique Dias, 609, Derby – Recife-PE. CEP: 52.010-100. Outras informações: (81) 3073-6659/6660 ou acesse: www.fundaj.gov.br/.
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