sábado, 30 de janeiro de 2010
ANJOAZUL2010
ANJO AZUL X FOLIA DE RUA desde 1994
Ednamay Cirilo nos CEM ANOS DE FREVO
foto de Ceres Leão.
O bloco Anjo Azul,foi criado em 14 de fevereiro de 1994, pela jornalista, emérita cidadã pessoense, Ednamay Cirilo Leite, tendo como mentores intelectuais, componentes da Associação Folia de Rua, a maior prévia carnavalesca do BRASIL, o bloco Anjo Azul, primeiro do centro histórico tem proposito de ocupar e apresentar a riquesa arquitetônica barroca durante o percurso pelas ruas , becos e ladeiras da capital João Pessoa, é o bloco da resistência e da memoria material e imaterial dos artistas em geral , arquitetos, jornalistas, boemios e sociedade civil organizada paraibana, preocupados com o Patrimônio Arquitetônico , e a falta da Cultura Popular do Carnaval Tradição, Frevo, Maracatu Rural, Índios ,Caboclinhos , etc...
João Pessoa é a terceira cidade mais antiga do Brasil, única capital do nordeste onde os governantes ( municipais, estaduais), não criaram uma política cultural, voltada para o sítio histórico , nem para o carnaval, valorizando o índio, caboclinho, o samba, frevo , maracatu, com horário livre durante a madrugada, aqui o Sol nasce primeiro para as américas, mas a lua dorme cedo para o carnaval da folia nas ruas , a LEI é acabar a festa do MOMO DA FOLIA DE RUA entre meia noite nos bairros e duas horas da madrugada no centro histórico, assim deternou os orgãos competentes do municipio. Eu de minha parte espero muita segurança policial, buracos fechados nas ruas da cidade velha, higiene e iluminação durante o percurso do ANJO AZUL.
Temos uma vasta legião de rítimos , carnavalescos,como frevo, marchinha,bumba meu boi, entre outros. Um sítio histórico rico barroco rococó tropicalista, componentes fundamentais para os amantes do TURISMO CULTURAL , que é pouco divulgado na própia paraíba e lá fora a exemplos de Olinda, Recife, Salvador, capitais nordestinas vizinhas que acarretam voos lotados com pessoas de varios paises.
O BECO DA FACULDADE é ponto de concentração do ANJO AZUL um pequeno sítio tombado inclusive tombado estadual e nacional numa cidade PATRIMÔNIO NACIONAL, (a Rua Gabriel Malagrida é lateral da faculdade de Direito e Palácio da Redenção IPHAN, pelo lado esquerdo de quem vem da belíssima Praça João Pessoa também Patrimônio Nacional e do lado esquerdo o belíssimo casario tombado pelo IPHAEP , sofre pelo descaso , nem as paredes recebem tinta, imagine segurança , memória de GABRIEL MALAGRIDA, jesuita que aqui viveu no século XVIII e que emprestou seu nome ao local , somos uma população que respira política 24hs por dia mas sem políticas públicas para esse espaço desvalorizado , abandonado anualmente, apesar de estar no miolo dos TERS PODERES CONSTITUÍDOS, TRIBUNAL DE JUSTIÇA, PALÁCIO DA REDENÇÃO e a vizinha ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA, ela que tornou o lugar estacionamento privê com placa OFICIAL inclusive , desprezando e tirando o espaço outrora destinado aos eventos culturais do BECO.
O beco é um lugar mal visto pela população carente de informação , de cultura é vulgariazado pelos própios gestores culturais provincianos, chamando-o simplesmente de BECO ... beco da faculdade, beco de May, beco do ANJO, beco de Dona CHIQUINHA, Beco de Livardo Alves, beco da diversidade sexual, beco do mijo, bequinho da Assembléia, beco das putas,beco do terceiro mundo e outros nomes que desconheço , apagando a história desse Jesuita da companhia de Jesus que aqui viveu fazendo ação socio cultural para nossa gente sertaneja e habitantes do local , viajou a pé fazendo caridade e melhorias pelo o nordeste da Bahia ao Maranhão, ajudando a construir igrejas, escolas, hospitais. Tudo contado em livros e mostrado no filme ¨MALAGRIDA¨ de Barbiere e Victo Leonardi, premiadíssimo pela Universidade de Brasília , na Ítalia, e América Latina, aparece famoso BECO numa das cenas, com a cidadã dona Lucila .
O bloco ANJO AZUL de uns tempos prá cá, há exatamente 16 dezesseis anos ,traz de volta as novas gerações toda esta memória. Seja na forma de percurso carnavalesco, alegorias , fantasias , LAVAGEM DA ESCADARIA , SERENATA PARA OS ANJOS, CONFRARIA DE MALAGRIDA, ESQUENTAIS VOSSOS PANDEIROS JACKSONIANOS ou pela ORQUESTRA DE FREVOS DO SAUDOSO MAESTRO VILÔ, junto a COLOMBINA e seu choroso PIERROT fonte inspiradora saudosista para reviver a alegria dos antigos carnavais.
Em 2010 o percurso do bloco ANJO AZUL resgata mais uma vez esse Patrimônio Histórico, percorrendo as ruas antigas becos e as ladeiras, bucólicas, começamos ao pé da ESCADARIA , após a Lavagem e apresentação do Reisado - Estandarte- a concentraçaõ, 16:00hs .
com saida para às 21:00hs o percurso começa ao pe´da Escadaria por traz do Palácio da Redenção, rua General Osório,Centro Cultural Thomás Mindello, Catedral Metropolitana Nossa Senhora das neves, Praça Dom Ulrico, Ladeira da Borborema , rua da Areia, Praça Antenor Navarro , ao som do MARACATU.
¨onde a cidade olha para o Rio Sanhauá, com foliões de todas as tribos, cores e raças, reverenciando a festa de MOMO e a HISTÓRIA de nossa cidade que nasceu as margens desse rio...¨
O Anjo Azul,primeiro bloco do centro histórico, abre,os festejos carnavalescos da Folia de Rua, na semana que antecede o carnaval oficial brasileiro, numa sexta-feira dia 05 de fevereiro de 2010, a partir das 16:00hs no BECO arrastando um público fiel de famílias habitantes do centro da cidade, das comunidades do Baixo Roger, Suvaco de Urubu, Praça da Pedra, São Miguel, Tambiá,( Bayeux e Santa Rita, cidades vizinhas), além de toda a periferia da grande capital,Mangabeira, Valentina, Cristo, Bancários, Jaguaribe, Cruz das Armas, Tamabú, Cabo branco, Manaíra, Bessa, Cabedelo ( cidade portuária ) somos fortalecidos pela facilidade de transportes urbanos ônibus e trens que nos oferece um leque de opções vindos de todos os bairros da cidade cujos terminais estão localizados nas imediaçãoes do centro histórico, do Parque Solon de Lucena e Praça Antenor Navarro.
¨Turistas, famílias de todas as idades, cores, etnias,religiões, boêmios e ilusionistas da noite, poetas, historiadores, intelectuais, artistas , políticos completam a alegria do ANJO AZUL e do filhote AS ANJINHAS nascido em 18 de abril de 2007 voltado para o universo feminino e toda as suas inquietações de cidadania.¨
Cumprimos horário determinado pelas autoridades, e pedimos PAZ para os foliões.
A volta do percurso pela rua da Areia e o Estandarte do bloco ANJO AZUL confecionado por FRED SVENDSEN chegará a Igreja da Misericordia ,pela rua da Areia em direção ao PONTO DE CÉM RÉIS dispersando assim os foliões para os shwos que começam as 23:00hs finalizando o compromisso assumido durante a VOTAÇÃO DA ASSEMBLEIA entre os blocos da Folia de Rua e representantes da Prefeitura, onde seria respeitado o que fosse decidido naquela ASSEMBLÉIA.
SERVIÇOS :
ARTISTAS DA TERRA - Gracinha Telles, Regina Brow, Jairo Madruga, lis Albuquerque, Renata Arruda, Diana Miranda
ALCEU VALENÇA - PONTO DE CEM REIS
ELBA RAMALHO - PICOLÉ DE MANGA.
NO BECO:
ORQUESTRA DE FREVOS
MARACATU
REI DO ANJO AZUL - ADEILDO VIEIRA - JORNALISTA , CANTOR, AUTOR
RAINHA DO ANJO AZUL - GIL FIGUEIREDO - JORNALISTA
MADRINHA - LUCIA VILÔ - VIUVA DO MAESTRO VILÔ.
Ednamay - Presidente do bloco Anjo Azul da Folia de Rua
BATALHASURREAL
Segunda Etapa do Evento Batalha Surreal na Praça Coqueiral em Mangabeira
No dia 31, domingo, o Evento Batalha Surreal, em sua segunda etapa, será realizado na Praça Coqueiral em Mangabeira a partir das 17:00 horas.
Desta vez os Confrontos serão entre os Dançarinos de Rua na categoria masculino e feminino e entre os DJ's, onde mostrarão seus trabalhos e serão avaliados por uma banca de jurados e pelo público presente.Os inscritos estarão concorrendo a premiações em dinheiros nos valores de R$:500,00 ( Dj’s) e R$:300,00 (Cada dançarino )maiores informações no blog da Batalha Surreal http://batalhasurreal.blogspot.com/.
Domingo também serão apresentados os resultados dos Graffitis, com o tema sobre “Combate ao Tráfico e Consumo de Drogas” (Crack), a votação está sendo realizada no blog da CUFA-Paraiba e o ganhador levará o valor de R:500,00 pelo trabalho mais original.
Domingo passado,24, na Praça Bela dos Funcionários II foi realizado o Confronto de MC’s, onde o público presente escolheu Miguel Carcará como o melhor Rapper do evento e o mesmo levou a premiação de R$500,00( quinhentos reais).
A Cultura Hip Hop é formada por quatro elementos, o Rap - rhythm and poetry, ou seja, ritmo e poesia, que é a expressão musical-verbal da cultura,o poeta é conhecido como MC e o DJ desenvolve o rítimo .
Dj’s- organiza a batida musical onde os MC’s irão desenvolver sua poesia cantada.
Graffiti - representa a arte plástica, expressa por desenhos coloridos feitos por graffiteiros nas ruas das cidades espalhadas pelo mundo;
Break dance - representa a dança.
O termo Hip Hop, alguns dizem que foi criado em meados de 1968 por Afrika Bambaataa. Ele teria se inspirado em dois movimentos cíclicos, ou seja, um deles estava na forma pela qual se transmitia a cultura dos guetos americanos, a outra estava justamente na forma de dançar popular na época, que era saltar( hop) movimentando os quadris( Hip).
Em Meados dos anos 70 no Bronx, cidade de Nova Iorque, só existiam dois bons Dj’s conhecidos que eram Kool D.J. Herc e Koll Dee.Kool D.J.
Herc foi o maior e mais seguido de todos os DJ’s do Bronx.
O nome Hip Hop surgiu no Brasil na década de 80. Ainda não existiam movimentos que retratavam exatamente o fundamento, o significado na íntegra desta cultura, que era expressar as necessidades dos guetos, as dificuldades das classes excluídas. Na época a grande maioria desconhecia este nome e o que propagou e muito na mídia, foi a febre chamada Break Dance.
Break era a dança do momento e que jamais deixou de ser um elemento importantíssimo e imprescindível para o crescimento do movimento no Brasil.Sendo assim em 1984, foi o ano oficial da chegada da Dança de Rua no Brasil e o surgimento dos B. Boyings, Poppings e Lockings.
Reforçando esta nova Cultura surgida nos guetos, surgi A CUFA- Central Única das Favelas,que é uma organização sólida, reconhecida nacionalmente pelas esferas políticas, sociais, esportivas e culturais.Foi criada a partir da união entre jovens de várias favelas do Rio de Janeiro- principalmente negros- que buscavam espaços para expressar suas atitudes, questionamentos ou simplesmente sua vontade de viver.Tem o rapper MV Bill como um dos fundadores, este que já recebeu diversos prêmios devido à sua ativa participação no movimento Hip Hop. Além dele, a CUFA conta com a Nega Gizza, uma forte referência feminina no mundo do Rap, conhecida e respeitada por seu empenho e dedicação às causas sócias.Nega Gizza também é Diretora do HUTÚZ, o maior festival de Rap da América Latina, e é produzido pela CUFA.O Hip Hop é a principal forma de expressão da CUFA e serve como ferramenta de integração e inclusão Social.
A filial da CUFA na Paraíba foi fundada no ano de 2008 com Sede em Mangabeira VII. Hoje sua Nova Sede Estrutural localiza-se em uma das Comunidades mais conhecidas de João Pessoa, a Comunidade do Grotão, na Rua:Nossa Senhora da Paz, n˚ 15 e está aberta para visitantes e interessados em agregar-se nessa grande corrente de consciência sócio-cultural.
Confira as fotos da Primeira Etapa:
http://picasaweb.google.com/kathyabarros.cufapb
Visite meu blog:
kathyabarroscomunica.blogspot.com
No dia 31, domingo, o Evento Batalha Surreal, em sua segunda etapa, será realizado na Praça Coqueiral em Mangabeira a partir das 17:00 horas.
Desta vez os Confrontos serão entre os Dançarinos de Rua na categoria masculino e feminino e entre os DJ's, onde mostrarão seus trabalhos e serão avaliados por uma banca de jurados e pelo público presente.Os inscritos estarão concorrendo a premiações em dinheiros nos valores de R$:500,00 ( Dj’s) e R$:300,00 (Cada dançarino )maiores informações no blog da Batalha Surreal http://batalhasurreal.blogspot.com/.
Domingo também serão apresentados os resultados dos Graffitis, com o tema sobre “Combate ao Tráfico e Consumo de Drogas” (Crack), a votação está sendo realizada no blog da CUFA-Paraiba e o ganhador levará o valor de R:500,00 pelo trabalho mais original.
Domingo passado,24, na Praça Bela dos Funcionários II foi realizado o Confronto de MC’s, onde o público presente escolheu Miguel Carcará como o melhor Rapper do evento e o mesmo levou a premiação de R$500,00( quinhentos reais).
A Cultura Hip Hop é formada por quatro elementos, o Rap - rhythm and poetry, ou seja, ritmo e poesia, que é a expressão musical-verbal da cultura,o poeta é conhecido como MC e o DJ desenvolve o rítimo .
Dj’s- organiza a batida musical onde os MC’s irão desenvolver sua poesia cantada.
Graffiti - representa a arte plástica, expressa por desenhos coloridos feitos por graffiteiros nas ruas das cidades espalhadas pelo mundo;
Break dance - representa a dança.
O termo Hip Hop, alguns dizem que foi criado em meados de 1968 por Afrika Bambaataa. Ele teria se inspirado em dois movimentos cíclicos, ou seja, um deles estava na forma pela qual se transmitia a cultura dos guetos americanos, a outra estava justamente na forma de dançar popular na época, que era saltar( hop) movimentando os quadris( Hip).
Em Meados dos anos 70 no Bronx, cidade de Nova Iorque, só existiam dois bons Dj’s conhecidos que eram Kool D.J. Herc e Koll Dee.Kool D.J.
Herc foi o maior e mais seguido de todos os DJ’s do Bronx.
O nome Hip Hop surgiu no Brasil na década de 80. Ainda não existiam movimentos que retratavam exatamente o fundamento, o significado na íntegra desta cultura, que era expressar as necessidades dos guetos, as dificuldades das classes excluídas. Na época a grande maioria desconhecia este nome e o que propagou e muito na mídia, foi a febre chamada Break Dance.
Break era a dança do momento e que jamais deixou de ser um elemento importantíssimo e imprescindível para o crescimento do movimento no Brasil.Sendo assim em 1984, foi o ano oficial da chegada da Dança de Rua no Brasil e o surgimento dos B. Boyings, Poppings e Lockings.
Reforçando esta nova Cultura surgida nos guetos, surgi A CUFA- Central Única das Favelas,que é uma organização sólida, reconhecida nacionalmente pelas esferas políticas, sociais, esportivas e culturais.Foi criada a partir da união entre jovens de várias favelas do Rio de Janeiro- principalmente negros- que buscavam espaços para expressar suas atitudes, questionamentos ou simplesmente sua vontade de viver.Tem o rapper MV Bill como um dos fundadores, este que já recebeu diversos prêmios devido à sua ativa participação no movimento Hip Hop. Além dele, a CUFA conta com a Nega Gizza, uma forte referência feminina no mundo do Rap, conhecida e respeitada por seu empenho e dedicação às causas sócias.Nega Gizza também é Diretora do HUTÚZ, o maior festival de Rap da América Latina, e é produzido pela CUFA.O Hip Hop é a principal forma de expressão da CUFA e serve como ferramenta de integração e inclusão Social.
A filial da CUFA na Paraíba foi fundada no ano de 2008 com Sede em Mangabeira VII. Hoje sua Nova Sede Estrutural localiza-se em uma das Comunidades mais conhecidas de João Pessoa, a Comunidade do Grotão, na Rua:Nossa Senhora da Paz, n˚ 15 e está aberta para visitantes e interessados em agregar-se nessa grande corrente de consciência sócio-cultural.
Confira as fotos da Primeira Etapa:
http://picasaweb.google.com/kathyabarros.cufapb
Visite meu blog:
kathyabarroscomunica.blogspot.com
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
ROUANET
Lei Rouanet sai da gaveta e enfrenta o Congresso
Texto prevê que o governo nunca destine menos do que 40% ao Fundo Nacional de Cultura (FNC)
Jotabê Medeiros
Pinacoteca do Estado pediu R$ 13 milhões para renúncia fiscal em 2009, mas reforma da lei veta novo pedido. Foto: Paulo Pinto/AE
SÃO PAULO - É uma mudança radical na filosofia de incentivo à cultura no País. A nova Lei Rouanet, cujo texto foi assinado na terça, 26, pelo presidente Lula, prevê que o Fundo Nacional de Cultura (FNC) nunca poderá ter menos do que 40% do orçamento do MinC. Até hoje, o fundo (que permite o incentivo direto, sem que o produtor precise captar dinheiro no mercado) recebe valores irrisórios e aleatórios. A maior parte dos recursos chega via renúncia fiscal - empresas adiantam o dinheiro aos produtores culturais, e depois são reembolsadas na hora de declarar o seu Imposto de Renda (IR).
Foram criados nove fundos setoriais - Artes Visuais, Artes Cênicas, Música, Acesso e Diversidade, Patrimônio e Memória, Ações Transversais e Equalização, Audiovisual, Inovação do Audiovisual (o que compreende curtas-metragens, médias-metragens e experimentalismo) e Livro, Leitura, Literatura e Humanidades (cuja divisão, para separar literatura do mercado, será definida em lei específica). Desses nove fundos, sete terão entre 10% a 30% do total dos recursos - o restante irá para o audiovisual, segundo o texto, que ainda deverá passar pela aprovação da Câmara e do Senado.
Para decidir quais projetos serão incentivados, haverá CNICs setoriais, com representação paritária do governo e da sociedade civil. O Fundo Nacional de Cultura também poderá receber dinheiro de doações, legados e subvenções, e esse dinheiro não seguirá o critério de partilha acima. Não será permitido o incentivo a obras, produtos, eventos circunscritos a coleções particulares ou circuitos privados que tenham limitações de acesso.
A União deverá enviar 30% dos recursos do FNC para fundos públicos de Estados, municípios e do Distrito Federal (com a observância de serem destinados no mínimo 10% para cada região do País, como forma de promover a descentralização do investimento). Mas, para receber o dinheiro, Estados e municípios deverão constituir órgãos colegiados e observar as regras da lei.
A renúncia fiscal continua existindo, mas também mudou. Os contribuintes (pessoas físicas ou jurídicas tributadas com base no lucro real) poderão deduzir 40%, 60% e 80% do imposto de renda devido quando financiarem um projeto cultural (valor limitado a 6% do imposto devido, quando se tratar de pessoa física, ou 4% do imposto devido, quando se tratar de pessoa jurídica). Um sistema de pontuação definirá em qual faixa (40%, 60% ou 80%) o incentivador se encaixa.
O recebimento dos projetos culturais será feito mediante editais de seleção pública, e a lei estipula um prazo de 30 dias para que sejam avaliados - um desafio extra para o governo, já que atualmente os atrasos são constantes por falta de pessoal técnico qualificado. Para a análise dos projetos, o governo prevê na lei contratar especialistas ou instituições.
Os projetos culturais com potencial de retorno comercial (filmes como os da Xuxa e dos Trapalhões, por exemplo, enquadram-se nessa categoria) poderão ser financiados em um sistema de parceria, que poderá tomar até 20% da dotação anual do FNC. Para tanto, serão direcionados para os Fundos de Investimento Cultural e Artístico (Ficarts). O Banco Central do Brasil será o gestor dessa parceria, e os lucros obtidos voltarão para realimentar o FNC.
Os institutos e fundações (ligadas a bancos ou grandes empresas) estão enquadrados na faixa dos 40%, e todos têm de colocar pelo menos 20% do próprio bolso (antes, a renúncia era de 100%).
Projetos da administração pública só poderão captar até 10%, para evitar concorrência com os mercados. É o caso, por exemplo, dos museus paulistas, que agora terão de reformular seus orçamentos - a Pinacoteca do Estado pediu, para 2009, R$ 13 milhões, e obteve autorização para captar R$ 12 milhões. Entretanto, os fundos públicos dos Estados e municípios poderão redirecionar seus recursos para essas instituições.
"Na medida em que existe um fundo que tem recursos que serão repassados aos governos, não faria sentido que o setor público captasse. Com um fundo novo, forte, que cumpre um papel importante, esta restrição nos parece natural", disse Alfredo Manevy, ministro interino da Cultura, ao site do Grupo de Institutos e Fundações (Gife). Segundo estimativa do governo, inicialmente o fundo vai ter cerca de R$ 800 milhões, a renúncia será de R$ 1 bilhão e o orçamento, excluída a renúncia, de R$ 2,2 bilhões (o maior da História, conforme antecipou o Estado no dia 15).
Texto prevê que o governo nunca destine menos do que 40% ao Fundo Nacional de Cultura (FNC)
Jotabê Medeiros
Pinacoteca do Estado pediu R$ 13 milhões para renúncia fiscal em 2009, mas reforma da lei veta novo pedido. Foto: Paulo Pinto/AE
SÃO PAULO - É uma mudança radical na filosofia de incentivo à cultura no País. A nova Lei Rouanet, cujo texto foi assinado na terça, 26, pelo presidente Lula, prevê que o Fundo Nacional de Cultura (FNC) nunca poderá ter menos do que 40% do orçamento do MinC. Até hoje, o fundo (que permite o incentivo direto, sem que o produtor precise captar dinheiro no mercado) recebe valores irrisórios e aleatórios. A maior parte dos recursos chega via renúncia fiscal - empresas adiantam o dinheiro aos produtores culturais, e depois são reembolsadas na hora de declarar o seu Imposto de Renda (IR).
Foram criados nove fundos setoriais - Artes Visuais, Artes Cênicas, Música, Acesso e Diversidade, Patrimônio e Memória, Ações Transversais e Equalização, Audiovisual, Inovação do Audiovisual (o que compreende curtas-metragens, médias-metragens e experimentalismo) e Livro, Leitura, Literatura e Humanidades (cuja divisão, para separar literatura do mercado, será definida em lei específica). Desses nove fundos, sete terão entre 10% a 30% do total dos recursos - o restante irá para o audiovisual, segundo o texto, que ainda deverá passar pela aprovação da Câmara e do Senado.
Para decidir quais projetos serão incentivados, haverá CNICs setoriais, com representação paritária do governo e da sociedade civil. O Fundo Nacional de Cultura também poderá receber dinheiro de doações, legados e subvenções, e esse dinheiro não seguirá o critério de partilha acima. Não será permitido o incentivo a obras, produtos, eventos circunscritos a coleções particulares ou circuitos privados que tenham limitações de acesso.
A União deverá enviar 30% dos recursos do FNC para fundos públicos de Estados, municípios e do Distrito Federal (com a observância de serem destinados no mínimo 10% para cada região do País, como forma de promover a descentralização do investimento). Mas, para receber o dinheiro, Estados e municípios deverão constituir órgãos colegiados e observar as regras da lei.
A renúncia fiscal continua existindo, mas também mudou. Os contribuintes (pessoas físicas ou jurídicas tributadas com base no lucro real) poderão deduzir 40%, 60% e 80% do imposto de renda devido quando financiarem um projeto cultural (valor limitado a 6% do imposto devido, quando se tratar de pessoa física, ou 4% do imposto devido, quando se tratar de pessoa jurídica). Um sistema de pontuação definirá em qual faixa (40%, 60% ou 80%) o incentivador se encaixa.
O recebimento dos projetos culturais será feito mediante editais de seleção pública, e a lei estipula um prazo de 30 dias para que sejam avaliados - um desafio extra para o governo, já que atualmente os atrasos são constantes por falta de pessoal técnico qualificado. Para a análise dos projetos, o governo prevê na lei contratar especialistas ou instituições.
Os projetos culturais com potencial de retorno comercial (filmes como os da Xuxa e dos Trapalhões, por exemplo, enquadram-se nessa categoria) poderão ser financiados em um sistema de parceria, que poderá tomar até 20% da dotação anual do FNC. Para tanto, serão direcionados para os Fundos de Investimento Cultural e Artístico (Ficarts). O Banco Central do Brasil será o gestor dessa parceria, e os lucros obtidos voltarão para realimentar o FNC.
Os institutos e fundações (ligadas a bancos ou grandes empresas) estão enquadrados na faixa dos 40%, e todos têm de colocar pelo menos 20% do próprio bolso (antes, a renúncia era de 100%).
Projetos da administração pública só poderão captar até 10%, para evitar concorrência com os mercados. É o caso, por exemplo, dos museus paulistas, que agora terão de reformular seus orçamentos - a Pinacoteca do Estado pediu, para 2009, R$ 13 milhões, e obteve autorização para captar R$ 12 milhões. Entretanto, os fundos públicos dos Estados e municípios poderão redirecionar seus recursos para essas instituições.
"Na medida em que existe um fundo que tem recursos que serão repassados aos governos, não faria sentido que o setor público captasse. Com um fundo novo, forte, que cumpre um papel importante, esta restrição nos parece natural", disse Alfredo Manevy, ministro interino da Cultura, ao site do Grupo de Institutos e Fundações (Gife). Segundo estimativa do governo, inicialmente o fundo vai ter cerca de R$ 800 milhões, a renúncia será de R$ 1 bilhão e o orçamento, excluída a renúncia, de R$ 2,2 bilhões (o maior da História, conforme antecipou o Estado no dia 15).
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
MEMÓRIA
Walter Santos
ws@wscom.com.br
O colunista Walter Santos acumula a condição de jornalista, multimidia e diretor executivo do Grupo WSCOM - empresa pioneira no jornalismo na WEB a partir da Paraiba e responsável pela Revista NORDESTE, mais importante publicação circulando nas 9 capitais da região, mais SP, Rio e Brasilia.
Por que insistimos em Regredir?
Não sei qual dos sentimentos compartilho neste momento quando sou tomado de repercussões sobre a decisão do Folia de Rua de alterar seu percurso natural da Abertura – antes saindo do Beco da Faculdade de Direito passando pela Duque de Caxias, Praça Dom Ulrico, Ladeira da Borborema,
Rua da Areia até a Praça Antenor Navarro – tudo isso construído em meio a tantos anseios e convergências de revitalização do Centro Histórico.
Sinto tristeza, juro – uma melancolia danada que, como diz a canção, “parece algo como quem partiu ou morreu”.
Lembro, ainda quando da condição de presidente da API – Associação Paraibana de Imprensa, em noite memorável, em 1989, enfrentamos a dissidência de 5 Blocos, que queriam levar a abertura e tudo para a Praia de Tambaú, mas a grande maioria dos blocos optou pelo Centro Histórico iniciando a primeira noite desse trajeto até a Praça Rio Branco.
Tempos depois, anos depois, o crescimento do carnaval no Centro Histórico precisou ampliar o percurso para mais ruas até chegar a Praça Antenor Navarro – lugar ideal para a conclusão de nosso reencontro com o nosso passado.
Mas, ontem, por 1 voto apenas – nossos queridos blocos decidiram se curvar a um interesse menor, de mero capricho político mesmo para tirar o Varadouro e as ruas históricas de nossa cidade de nossa memória passando o desfecho ser na Praça Ponto de Cem Réis.
Devo, repito, exaltar que não tenho nada contra o prefeito Ricardo Coutinho e acho até que a reforma no Ponto de Cem Réis merece reconhecimento, mas quando ele incita seus assessores inclusive meu amigo querido Chico Cesar, Milton Dornelas, a interferir junto aos blocos modificando o percurso natural, o prefeito até ganha na queda-de-braço para dimensionar a bela obra da praça Vida de Negreiros, mas contribui de forma brutal para sepultar nossa verdadeira Folia de Rua pelas ruas históricas da cidade.
Não, Prefeito, não deixe que isso aconteça!
Vamos reforçar a Folia no Ponto de Cem Réis, mas o percurso precisa ser o mesmo de sempre, quando o Sr lembra na condição de vereador e deputado estadual saia pelas ruas sem admitir que a folia da cidade fosse atropelada por interesses políticos.
Precisamos manter o apoio à abertura, também no Ponto de Cem Réis, mas ainda é tempo de impedir a morte do verdadeiro percurso da Folia no trajeto em direção à revitalização da Praça Antenor Navarro!
Alias, o Bloco Cafucu na sexta-feira seguinte já se antecipou e vai para o Ponto de Cem Réis – o que é um especial e grande reforço ao ambiente revitalizado mas, insisto, prefeito, não deixem acabar com nossa única referencia de amor ao passado e à memória do centro Histórico.
Ainda há tempo de impedir o fim; temos todo o tempo para compatibilizar os interesses sem afetar nossa historia.
Sepultando o ACHERVO, como luta histórica
A crise política insana e destemperada a assolar nossa sociedade não só afetou a parte mais antiga da nossa historia, o Varadouro. Atingiu de cara outra referência de muito valor chamada ACHERVO – entidade constituída pela sociedade organizada, hoje, me parece dirigida pelo batalhador empresário Alberto Teixeira, porque significou levá-la para a sarjeta da historia pois de nada vale neste momento aos olhos dos que não reconhecem a luta.
Recordo-me bem porque fui o coordenador do Fórum que redundou num grande movimento de mobilização da sociedade junto aos órgãos públicos chamando a atenção para o Varadouro. Danado é quando pensávamos estar diante de novo momento proativo a crise política fez o Varadouro esquecido de tudo – quase de todos.
Pois bem, nesta sexta-feira acompanhei o pranto de Ednamay Cirilo por ver as lutas do Centro Histórico serem tragadas pela disputa degradadora porque não contempla o conjunto da sociedade, mas uma parte pequena do processo.
Quando todos os valores da ACHERVO são ignorados e colocados no chão é sinal de que estamos regredindo diante de uma briga contra-producente e que precisa ter fim.
Última
"A Folia não pertence a ninguém/
tá cada um na sua..."
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
MARUINS
PARA FERNANDO MOURA NOS SEUS 50 ANOS CULTURAIS.
UMA EXPERIÊNCIA INESQUECIVEL DURANTE O CARNAVAL DOS MARUINS DO SANHAUÁ
Era o nosso segundo ano no MARUINS DO SANHAUÁ, vivenciando¨ a inesquecível experiência como a mulher polivalente do primeiro bloco do centro histórico o ANJ0 AZUL da FOLIA DE RUA, eu uma espécie do faz de tudo: produção, maquiagem, figurino, decoração , motorista, afinal o mascote MARUINS DO SANHAUÁ era o mais novo filhote da folia momesca e primo pobre das MURIÇOCAS DO MIRAMAR xodó de todos e todas amantes ,da cena cultural do CENTRO HISTÓRICO , e ACHERVO - Associação Centro Histórico Vivo, da qual eu era a Diretora de Divulgação sentindo-me então com mais responsabilidades,para com o bloco nascido às margens do Rio Sanhauá, lá onde também nasceu a terceira cidade mais antiga do Brasil, que a partir de 1930 tornou-se capital João Pessoa ,idealizado pelos irmãos MOURA , Fernando e Geo, os MARUINS do SANHAUÁ despontava como mais outra promessa para incentivo sociocultural na região e in-diretamente ligado a Folia de Rua da Maior Prévia Carnavalesca do Brasil, esta que deu o ponta pé inicial na arte do fazer cidadania no Porto do capim, atravéz das crianças e adolescentes do FOLIA CIDADÃ, nos meados dos anos 90, antes mesmo das leis de incentivo e economia da cultura do governo Lula virar febre de consumo pelos lados de cá nas comunidades. Guardo boas referências ao bloco MARUINS do Sanhauá, de Fernando Moura , de Geo e seus familiares diretos, os quais atendi e produzi com as fantasias do meu acervo pessoal , fazendo assim lembranças de minha vida para contar aos meus netos, numa das mais lindas folias das vidas dos amigos das comunidades do centro histórico paraibano¨.
Feliz cinquenta anos Fernando Moura, das histórias jacksonianas e suas revistas carnavalescas,
Te amo
Ednamay Cirilo - O ANJO AZUL que você incentivou ao nascer e crescer.
João Pessoa,19 JANEIRO 2010
UMA EXPERIÊNCIA INESQUECIVEL DURANTE O CARNAVAL DOS MARUINS DO SANHAUÁ
Era o nosso segundo ano no MARUINS DO SANHAUÁ, vivenciando¨ a inesquecível experiência como a mulher polivalente do primeiro bloco do centro histórico o ANJ0 AZUL da FOLIA DE RUA, eu uma espécie do faz de tudo: produção, maquiagem, figurino, decoração , motorista, afinal o mascote MARUINS DO SANHAUÁ era o mais novo filhote da folia momesca e primo pobre das MURIÇOCAS DO MIRAMAR xodó de todos e todas amantes ,da cena cultural do CENTRO HISTÓRICO , e ACHERVO - Associação Centro Histórico Vivo, da qual eu era a Diretora de Divulgação sentindo-me então com mais responsabilidades,para com o bloco nascido às margens do Rio Sanhauá, lá onde também nasceu a terceira cidade mais antiga do Brasil, que a partir de 1930 tornou-se capital João Pessoa ,idealizado pelos irmãos MOURA , Fernando e Geo, os MARUINS do SANHAUÁ despontava como mais outra promessa para incentivo sociocultural na região e in-diretamente ligado a Folia de Rua da Maior Prévia Carnavalesca do Brasil, esta que deu o ponta pé inicial na arte do fazer cidadania no Porto do capim, atravéz das crianças e adolescentes do FOLIA CIDADÃ, nos meados dos anos 90, antes mesmo das leis de incentivo e economia da cultura do governo Lula virar febre de consumo pelos lados de cá nas comunidades. Guardo boas referências ao bloco MARUINS do Sanhauá, de Fernando Moura , de Geo e seus familiares diretos, os quais atendi e produzi com as fantasias do meu acervo pessoal , fazendo assim lembranças de minha vida para contar aos meus netos, numa das mais lindas folias das vidas dos amigos das comunidades do centro histórico paraibano¨.
Feliz cinquenta anos Fernando Moura, das histórias jacksonianas e suas revistas carnavalescas,
Te amo
Ednamay Cirilo - O ANJO AZUL que você incentivou ao nascer e crescer.
João Pessoa,19 JANEIRO 2010
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
ANJOAZULDEBUTANTE
Baile de desbundante
(Fernando Moura)
Vestida de anjo
Na festa mirabolante
A cidade desbundante
Toca pandeiro e banjo
Pecados absolvidos
Alegria abençoada
Recados absorvidos
Agonia adiada
Frevos, sambas e blues
Cocos, rocks e xotes
Chega e-may com os motes
Castanha, cana, caju
Dama vira madame
Feio fica bonito
Vagabundo dorme e come
Mudo libera o grito
Bengalas pulam degraus
No beco do padre santo
Ébrios entoam cantos
Náufragos de muitas naus
Tem malandro e pivete
Índia da virgem mata
Papangu beija pirata
Lampião joga confete
Garis e professores
Gigolôs e cafetinas
Pierrôs e Colombinas
Amantes e ex-amores
Atores e canastrões
Palhaços e sicários
Beatas e cortesãs
Lanceiros e otários
Poetas, putas e loucos
Ninfas, faunos e musas
Gays, reis e confusas
De tudo se dá um pouco
No baile de debutante
Do Anjo Azul da Folia
A noite enlaça o dia
Na ladeira dos errantes
Seja menina ou menino
Querubim, tez de alfinim
Seja princípio ou fim
Todo anjo tem seu ninho
Anjo negro ou vermelho
Anjo verde ou amarelo
Anjo que é sincero
Cola no rosto um espelho
Nesse mundo encantado
Onde dúbio parece certo
O bloco desfila aberto
Para as ruas do passado
Nas asas dos estandartes
Nas máscaras angelicais
Os sonhos são reais
Em tons azuis escarlate
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