terça-feira, 31 de julho de 2012


artigo do companheiro Walter Santos sobre o resultado das eleições na UFPB - Universidade Federal da Paraíba 2012.

SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JULHO DE 2012

¨NA UFPB, O PROBLEMA SE ACENTUA



Por Walter Santos, no WSCom



Na análise produzida na madrugada de hoje, já advertíamos: a professora Margareth Diniz corre sérios riscos de não se consolidar como dirigente máxima da UFPB porque suas estratégias, embora fortes, estão em dissonância com as regras básicas da instituição e, em face do ímpeto e da pressa, está queimando etapas que podem lhe tirar do páreo.
Expliquemos: o resultado do CONSUNI implicando em 22 a 16 votos contra a homologação da consulta de segundo turno, onde nela só houve a participação de Margareth, demonstra claramente que, se depender das instâncias superiores da UFPB, ou o processo se enquadra dentro das normas previstas – inclusive a eleição somente depois do fim da greve dos professores – ou se ela insistir na judicialização, vai perder tempo e correr riscos da lista tríplice não aceitar a consulta do mês passado.
Tem mais: quanto mais mexer com a Justiça Federal mais passa o tempo até fazer os três Conselhos definidores da Lista Tríplice até poderem ignorar a consulta porque esta só envolveu 11% da comunidade universitária, logo não tem legitimidade política nem embasamento das regras internas da instituição.
Se tudo isso é verdade, só resta uma saída para a professora Margareth. Primeiro precisa deixar de arrotar para fora da UFPB que já é Reitora, pois o CONSUNI disse que não é; segundo, se faz necessário estancar rápido o processo na Justiça Federal e, terceiro trabalhar para ver os docentes de volta ao trabalho com realização de, aí sim, uma disputa de segundo turno com a participação de, no mínimo, 70% dos professores.
Se ela não cuidar disso rápido, vai vir a reunião do CONSUNI, CONSEPE e Conselho Curador para a definição da lista tríplice e ela pode estar ao lado ou diante de quem tenha chances de emplacar no Ministério da Educação, se continuar com os erros processuais porque a Consulta é um Pacto entre direção e comunidade universitária, agora quebrado com a crise e a judicialização.
Em síntese, o Ministério pode ter uma lista diferente das pretensões da professora Margareth, mesmo ela sendo líder de parte da comunidade.
Ou ela se enquadra ou se enquadra. Não há espaços para imposições fora do âmbito das instâncias deliberativas da UFPB.

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