quinta-feira, 25 de março de 2010
JACKSONIANDO
Fonte: http://www.fatospb.com.br/?p=noticia_int&id=1263
25/03/2010 Paraibano Jackson do Pandeiro é homenageado em São Paulo
“Sucesso que eu digo não é uma música tocar muito no rádio, não. É quando ela toca no país todo, no sertão e em Copacabana. No Rio Grande do Sul e no Amazonas. Em qualquer biboca que você chegar, em beira de estrada, o danado tá tocando. Você vai cantar no interior e nem precisa ensaiar, pois os músicos locais já conhecem seu repertório. Isso é sucesso e eu posso dizer que fiz um bruto de um sucesso. Um sucesso retumbante”. [Jackson do Pandeiro]
Com uma programação vasta que aborda o repertório e a influência do paraibano Jackson do Pandeiro [1919 - 1982] na música brasileira, a Área de Convivência do SESC Santo André é ambientada cenograficamente para mostrar desde o primeiro contato do músico com as rodas de coco frequentadas em companhia de sua mãe, passando pela participação em elencos de diferentes emissoras de rádio, até a consolidação de sua posição de destaque nesta área da criação artística.
Certamente a música regional nordestina teria dimensões menores sem o ‘rei do ritmo’. A importância de sua obra e sua biografia é revelada em cinco núcleos expositivos: Painel Trajetória, Jukebox, Cabine de Rádio, Sala de Reboco e Vitrine Museológica. A unidade ainda promove atividades integradas, e diversificadas, à exposição multimídia, como shows com grupos de forró e rodas de coco e bate-papos. O universo gastronômico também é contemplado, sendo exploradas as preferências culinárias do músico por meio de vivências e cardápio temático.
Como a ideia é também propiciar a familiaridade de gerações mais novas com a riqueza musical de Jackson do Pandeiro, foi pensado um blog que está no ar com programetes de webrádio produzidos pelo Núcleo de Rádio-Jornalismo da Universidade Metodista, depoimentos do público visitante da exposição, locuções sobre a trajetória do músico e também fotos inéditas da exposição que teve início na noite desta quarta-feira, 24, e ficará à disposição do público até o dia 23 de maio.
Fonte:Serviço Social do Comércio no Estado de São Paulo
Foto: acervo Fernando Moura
Saiba todos os detalhes acessando:http://jacksondopandeiro.wordpress.com/
quarta-feira, 24 de março de 2010
FOLIA
folia de rua 2010
Uma verdadeira multidão prestigiou na noite de sexta-feira(05/02), no Ponto dos Cem Réis, a abertura oficial do projeto Folia de Rua 2010, comandado pelo artista plástico Clóvis Júnior. Vários artistas locais, como Renata Arruda, Diana Miranda, Edson Brito, Geraldo Madrugada e Gracinha Telles, se apresentaram e deram as boas-vindas à atração da noite, o cantor e compositor Alceu Valença.A área do Centro da cidade era só de folia, pois além dos shows no Ponto do Cem Réis, acontecia também a saída dos blocos Picolé de Manga, Bloco do Pinguim, Anjo Azul e Confete e Serpentina, que marcaram oficialmente início do Folia de Rua. Parabéns Clóvis Júnior e toda sua equipe de organização da dessa grande festa de abertura.
Diana Miranda, Ricardo Castro, Renata Arruda e Clóvis Júnior na grande noite de abertura do Folia de Rua 2010 / O Rei e a Rainha com o Palhaço Pipi, fantasiado de Bobo da Corte
Festa na Folia de Rua 2009
14.02.2009
A abertura oficial do Folia de Rua 2009 aconteceu ontem à noite no Centro Histórico da cidade e reuniu muita gente, que além de conferir os shows programados, aguardavam ansiosos a chegada dos blocos Anjo Azul e Picolé com Manga - foi literalmente uma grande festa! Mas o destaque mesmo foi a entrega oficial das placas para o rei e a rainha do Folia de Rua, respectivamente os jornalistas Gerardo Rabelo e Ceres Leão. Outro destaque foi a presença da empresária angolana Maria João França, escolhida por Clóvis Jr - Presente do Folia de Rua - como madrinha do evento carnavalesco.O RCVIPS esteve presente e registrou tudo e a gente mostra em breve na seção EVENTOS VIPS.
Gerardo Rabello e Ceres Leão são os novos reis do Folia de Rua 2009
Lançamento de Estandarte 15 anos e concurso de fantasias do ANJO AZUL 2009
Carnaval no Caiçara Shopping hoje!
O carnaval começa oficialmente hoje no Caiçara Shopping, a partir das 19h, com a exposição de estandartes dos 15 anos do 'Bloco Anjo Azul' e a realização do concurso do 'Mais Belo Casal de Pierrot e Colombina'. Quem está à frente é a sempre autêntica Ednamay Cirilo, que incluiu também apresentação da banda Rota Musical, com marchinhas e frevos. A entrada é gratuita.
A produtora cultural Ednamay Cirilo comanda agito carnavalesco hoje no Caiçara Shopping
Posse prestigiada
O artista plástico Clóvis Júnior assumiu ontem à noite a presidencia do Folia de Rua. A posse aconteceu no auditório de Sebrae, com a presença de artistas, carnavalescos, convidados e representantes dos blocos da maior prévia carnavalesca do país. Foi num clima de descontração que a nova diretoria do Projeto Folia de Rua assumiu os novos cargos para o biênio 2008-2010. O artista plástico Clóvis Júnior, fundador do Bloco Boi do Bessa, é o novo presidente da entidade que congrega cerca de 40 blocos das prévias carnavalescas de João Pessoa. O vice-presidente é o animador cultural Raimundo. Nonato Filho, do Acorde Miramar. A diretoria é formada ainda por Cassandra Figueiredo que assume o Folia Cidadã. No Conselho Fiscal nomes como Marconi Serpa, do Bloco das Piabas, e Ednamay Cirilo, do Anjo Azul. A abertura da solenidade foi feita pelo Coral da Enlur regido pelo maestro Carlos Anísio. Clóvis Júnior foi saudado pelo presidente do Sebrae na PB, Júlio Rafael, pelo representante da API, jornalista Fernando Braz, pela executiva. Aracilba Rocha, pelo jornalista Wills Leal. No discurso Clóvis Júnior disse que seu objetivo será o fortalecimento das tradições populares através de parcerias que levem a uma maior profissionalização do Folia de Rua. "Nossas palavras são unidade, compromisso e trabalho", finalizou o novo presidente. O Projeto Folia de Rua foi instituído oficialmente em João Pessoa a partir de 1996 com a criação da Associação. São oito dias de festa com o desfile dos blocos filiados e convidados, pelas ruas e bairros de João Pessoa, levando alegria e irreverência para milhares de foliões.
Representantes dos blocos filiados foram
Uma verdadeira multidão prestigiou na noite de sexta-feira(05/02), no Ponto dos Cem Réis, a abertura oficial do projeto Folia de Rua 2010, comandado pelo artista plástico Clóvis Júnior. Vários artistas locais, como Renata Arruda, Diana Miranda, Edson Brito, Geraldo Madrugada e Gracinha Telles, se apresentaram e deram as boas-vindas à atração da noite, o cantor e compositor Alceu Valença.A área do Centro da cidade era só de folia, pois além dos shows no Ponto do Cem Réis, acontecia também a saída dos blocos Picolé de Manga, Bloco do Pinguim, Anjo Azul e Confete e Serpentina, que marcaram oficialmente início do Folia de Rua. Parabéns Clóvis Júnior e toda sua equipe de organização da dessa grande festa de abertura.
Diana Miranda, Ricardo Castro, Renata Arruda e Clóvis Júnior na grande noite de abertura do Folia de Rua 2010 / O Rei e a Rainha com o Palhaço Pipi, fantasiado de Bobo da Corte
Festa na Folia de Rua 2009
14.02.2009
A abertura oficial do Folia de Rua 2009 aconteceu ontem à noite no Centro Histórico da cidade e reuniu muita gente, que além de conferir os shows programados, aguardavam ansiosos a chegada dos blocos Anjo Azul e Picolé com Manga - foi literalmente uma grande festa! Mas o destaque mesmo foi a entrega oficial das placas para o rei e a rainha do Folia de Rua, respectivamente os jornalistas Gerardo Rabelo e Ceres Leão. Outro destaque foi a presença da empresária angolana Maria João França, escolhida por Clóvis Jr - Presente do Folia de Rua - como madrinha do evento carnavalesco.O RCVIPS esteve presente e registrou tudo e a gente mostra em breve na seção EVENTOS VIPS.
Gerardo Rabello e Ceres Leão são os novos reis do Folia de Rua 2009
Lançamento de Estandarte 15 anos e concurso de fantasias do ANJO AZUL 2009
Carnaval no Caiçara Shopping hoje!
O carnaval começa oficialmente hoje no Caiçara Shopping, a partir das 19h, com a exposição de estandartes dos 15 anos do 'Bloco Anjo Azul' e a realização do concurso do 'Mais Belo Casal de Pierrot e Colombina'. Quem está à frente é a sempre autêntica Ednamay Cirilo, que incluiu também apresentação da banda Rota Musical, com marchinhas e frevos. A entrada é gratuita.
A produtora cultural Ednamay Cirilo comanda agito carnavalesco hoje no Caiçara Shopping
Posse prestigiada
O artista plástico Clóvis Júnior assumiu ontem à noite a presidencia do Folia de Rua. A posse aconteceu no auditório de Sebrae, com a presença de artistas, carnavalescos, convidados e representantes dos blocos da maior prévia carnavalesca do país. Foi num clima de descontração que a nova diretoria do Projeto Folia de Rua assumiu os novos cargos para o biênio 2008-2010. O artista plástico Clóvis Júnior, fundador do Bloco Boi do Bessa, é o novo presidente da entidade que congrega cerca de 40 blocos das prévias carnavalescas de João Pessoa. O vice-presidente é o animador cultural Raimundo. Nonato Filho, do Acorde Miramar. A diretoria é formada ainda por Cassandra Figueiredo que assume o Folia Cidadã. No Conselho Fiscal nomes como Marconi Serpa, do Bloco das Piabas, e Ednamay Cirilo, do Anjo Azul. A abertura da solenidade foi feita pelo Coral da Enlur regido pelo maestro Carlos Anísio. Clóvis Júnior foi saudado pelo presidente do Sebrae na PB, Júlio Rafael, pelo representante da API, jornalista Fernando Braz, pela executiva. Aracilba Rocha, pelo jornalista Wills Leal. No discurso Clóvis Júnior disse que seu objetivo será o fortalecimento das tradições populares através de parcerias que levem a uma maior profissionalização do Folia de Rua. "Nossas palavras são unidade, compromisso e trabalho", finalizou o novo presidente. O Projeto Folia de Rua foi instituído oficialmente em João Pessoa a partir de 1996 com a criação da Associação. São oito dias de festa com o desfile dos blocos filiados e convidados, pelas ruas e bairros de João Pessoa, levando alegria e irreverência para milhares de foliões.
Representantes dos blocos filiados foram
sexta-feira, 19 de março de 2010
PNC
Prioridade da II CNC, Plano Nacional de Cultura é aprovado na Câmara dos Deputados
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCCJ), da Câmara dos Deputados, aprovou na tarde desta terça-feira, 16 de março, o Projeto de Lei nº 6.835/2006, que aprova o Plano Nacional de Cultura (PNC). O texto prevê diretrizes, objetivos e ações na área da Cultura para a União, os estados e os municípios, tornando a política cultural uma política de Estado. Essa é a primeira vez que o país consolida um planejamento de médio e longo prazo para esse setor. São dez anos, no total, com revisão a cada quatro. A aprovação é definitiva na Casa legislativa e a proposta vai, agora, para o Senado Federal.
Conheça as cinco diretrizes do Plano Nacional de Cultura:
1. Fortalecer a ação do estado no planejamento e na execução das políticas culturais, intensificar o planejamento de programas e ações voltadas ao campo cultural e consolidar a execução de políticas públicas para cultura;
2. Reconhecer e valorizar a diversidade e proteger e promover as artes e expressões culturais;
3. Universalizar o acesso dos brasileiros à arte e à cultura, qualificar ambientes e equipamentos culturais e permitir aos criadores o acesso às condições e meios de produção cultural;
4. Ampliar a participação da cultura no desenvolvimento socioeconômico sustentável, promover as condições necessárias para a consolidação da economia da cultura e induzir estratégias de sustentabilidade nos processos culturais; e
5. Estimular a organização de instâncias consultivas, construir mecanismos de participação da sociedade civil e ampliar o diálogo com os agentes culturais e criadores.
A aprovação do Plano Nacional de Cultura foi um das 32 prioridades da II Conferência Nacional de Cultura (II CNC), finalizada no domingo, 14 de março, em Brasília. Desde suas etapas preparatórias, o evento reuniu mais de 220 mil representantes de todo o país para elaborarem estratégias para a política cultural brasileira.
O texto do relator, deputado Emiliano José (PT-BA), passou em votação unânime da CCJC. Agora, depois do prazo regimental de cinco dias para recurso, segue para tramitação no Senado Federal, sem passar pelo plenário da Câmara dos Deputados. Se aprovado nas Comissões de Educação e Cultura e de Constituição, Justiça e Cidadania, segue direto para a sanção presidencial.
Logo após o final da sessão, o deputado Emiliano José declarou que esse é um ganho para os produtores, para os criadores, mas principalmente para o povo brasileiro. “Aqui, fazemos a política cultural ganhar corpo e financiamento efetivos”, disse.
Desdobramentos
Depois que o PNC entrar em vigor, estados e municípios poderão aderir ao Plano, comprometendo-se, assim, a elaborar seus planos locais. Para isso, contarão com apoio técnico e financeiro do Ministério da Cultura.
Maurício Dantas e deputado Emiliano José
Maurício Dantas e deputado Emiliano José
“Com isso, iniciaremos uma nova etapa na política cultural brasileira, que é a responsabilização de todos os entes federativos e a participação concreta da sociedade. Outras políticas, como saúde e mais recentemente a assistência social, têm nos mostrado que, só quando ações e metas são compartilhadas, temos bons resultados”, afirma o coordenador-geral de Acompanhamento da Política Cultural do MinC, Maurício Dantas.
Um próximo passo será a criação do Sistema Nacional de Cultura (SNC), que estabelecerá mecanismos de gestão compartilhada entre os entes federados e a sociedade civil. A Proposta de Emenda Constitucional que institui o Sistema, a PEC 416/2005, também está em tramitação na Câmara dos Deputados.
No que diz respeito a financiamento, o Fundo Nacional da Cultura (FNC) será a principal fonte de recursos. O repasse para estados deverá ser feito, preferencialmente, para os fundos estaduais.
O texto aprovado nesta terça-feira na Câmara dos Deputados é resultado de um esforço da Comissão de Educação e Cultura e do Ministério da Cultura em ouvir a população. Ao longo de 2008, foram realizados 27 seminários nos estados e no Distrito Federal, com caráter de audiência pública, para aprimoramento do texto original do deputado Gilmar Machado (PT-MG). Participaram dos encontros mais de cinco mil pessoas.
Saiba mais sobre o Plano Nacional de Cultura: blogs.cultura.gov.br/pnc.
Leia, também, a seguinte notícia: Câmara aprova Plano Nacional de Cultura (Agência Câmara).
(Texto: Ismália Afonso, Ascom SPC/MinC)
(Fotos: Rafael de Oliveira, Comunicação Social/MinC)
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCCJ), da Câmara dos Deputados, aprovou na tarde desta terça-feira, 16 de março, o Projeto de Lei nº 6.835/2006, que aprova o Plano Nacional de Cultura (PNC). O texto prevê diretrizes, objetivos e ações na área da Cultura para a União, os estados e os municípios, tornando a política cultural uma política de Estado. Essa é a primeira vez que o país consolida um planejamento de médio e longo prazo para esse setor. São dez anos, no total, com revisão a cada quatro. A aprovação é definitiva na Casa legislativa e a proposta vai, agora, para o Senado Federal.
Conheça as cinco diretrizes do Plano Nacional de Cultura:
1. Fortalecer a ação do estado no planejamento e na execução das políticas culturais, intensificar o planejamento de programas e ações voltadas ao campo cultural e consolidar a execução de políticas públicas para cultura;
2. Reconhecer e valorizar a diversidade e proteger e promover as artes e expressões culturais;
3. Universalizar o acesso dos brasileiros à arte e à cultura, qualificar ambientes e equipamentos culturais e permitir aos criadores o acesso às condições e meios de produção cultural;
4. Ampliar a participação da cultura no desenvolvimento socioeconômico sustentável, promover as condições necessárias para a consolidação da economia da cultura e induzir estratégias de sustentabilidade nos processos culturais; e
5. Estimular a organização de instâncias consultivas, construir mecanismos de participação da sociedade civil e ampliar o diálogo com os agentes culturais e criadores.
A aprovação do Plano Nacional de Cultura foi um das 32 prioridades da II Conferência Nacional de Cultura (II CNC), finalizada no domingo, 14 de março, em Brasília. Desde suas etapas preparatórias, o evento reuniu mais de 220 mil representantes de todo o país para elaborarem estratégias para a política cultural brasileira.
O texto do relator, deputado Emiliano José (PT-BA), passou em votação unânime da CCJC. Agora, depois do prazo regimental de cinco dias para recurso, segue para tramitação no Senado Federal, sem passar pelo plenário da Câmara dos Deputados. Se aprovado nas Comissões de Educação e Cultura e de Constituição, Justiça e Cidadania, segue direto para a sanção presidencial.
Logo após o final da sessão, o deputado Emiliano José declarou que esse é um ganho para os produtores, para os criadores, mas principalmente para o povo brasileiro. “Aqui, fazemos a política cultural ganhar corpo e financiamento efetivos”, disse.
Desdobramentos
Depois que o PNC entrar em vigor, estados e municípios poderão aderir ao Plano, comprometendo-se, assim, a elaborar seus planos locais. Para isso, contarão com apoio técnico e financeiro do Ministério da Cultura.
Maurício Dantas e deputado Emiliano José
Maurício Dantas e deputado Emiliano José
“Com isso, iniciaremos uma nova etapa na política cultural brasileira, que é a responsabilização de todos os entes federativos e a participação concreta da sociedade. Outras políticas, como saúde e mais recentemente a assistência social, têm nos mostrado que, só quando ações e metas são compartilhadas, temos bons resultados”, afirma o coordenador-geral de Acompanhamento da Política Cultural do MinC, Maurício Dantas.
Um próximo passo será a criação do Sistema Nacional de Cultura (SNC), que estabelecerá mecanismos de gestão compartilhada entre os entes federados e a sociedade civil. A Proposta de Emenda Constitucional que institui o Sistema, a PEC 416/2005, também está em tramitação na Câmara dos Deputados.
No que diz respeito a financiamento, o Fundo Nacional da Cultura (FNC) será a principal fonte de recursos. O repasse para estados deverá ser feito, preferencialmente, para os fundos estaduais.
O texto aprovado nesta terça-feira na Câmara dos Deputados é resultado de um esforço da Comissão de Educação e Cultura e do Ministério da Cultura em ouvir a população. Ao longo de 2008, foram realizados 27 seminários nos estados e no Distrito Federal, com caráter de audiência pública, para aprimoramento do texto original do deputado Gilmar Machado (PT-MG). Participaram dos encontros mais de cinco mil pessoas.
Saiba mais sobre o Plano Nacional de Cultura: blogs.cultura.gov.br/pnc.
Leia, também, a seguinte notícia: Câmara aprova Plano Nacional de Cultura (Agência Câmara).
(Texto: Ismália Afonso, Ascom SPC/MinC)
(Fotos: Rafael de Oliveira, Comunicação Social/MinC)
quarta-feira, 17 de março de 2010
IICNC
AVALANDO A II CNC /Aline Carvalho
Acabou no último domingo, Dia Nacional da Poesia, a II Conferência Nacional de Cultura (II CNC), em Brasília. O encontro, que teve início na quinta-feira 11 de março, contou com estudantes, mestres da tradição popular, artistas, gestores e agentes culturais em geral para discutir as políticas públicas para a área.
A partir de pré-conferências regionais, setoriais e livres, foram levadas à etapa nacional 347 propostas de diversas cidades e segmentos artísticos, dentro dos eixos Produção Simbólica e Diversidade Cultura; Cultura, Cidade e Cidadania; Cultura e Desenvolvimento Sustentável; Economia Criativa e Gestão e Institucionalidade da Cultura. Foram em torno de 3 mil municípios realizando conferências e discutindo marcos regulatórios e ações para a área. Ao fim do encontro, eram 161 propostas aprovadas, das quais 32 foram eleitas como prioridade das ações para o MinC nos próximos anos.
Entre as principais propostas, está a criação da Lei Cultura Viva, garantindo que o programa dos Pontos de Cultura, criada no atual Ministério, se torne uma política de Estado, dando bases para sua continuidade e ampliação. Este foi um importante avanço, fruto da articulação a nível nacional dos Pontos de Cultura que, organizados em fóruns, intercâmbios artísticos e redes colaborativas, vêm construindo uma importante base social para a continuidade do programa.
Outro avanço simbólico foi o apoio à criação da Lei Griô, estabelecendo uma política nacional para a transmissão dos saberes da tradição oral e reconhecimento político de mestres e mestras. À época da criação do Ministério, há apenas 25 anos, as comunidades tradicionais (como quilombolas, indígenas, ribeirinhos, etc) não eram reconhecidas como parte do patrimônio cultural e muitas eram criminalizadas ou não contempladas pelas políticas públicas. Por isso a criação de um marco regulatório para a valorização do saber popular é uma importante conquista dos movimentos culturais – e o resultado bastante comemorado na Plenária Final.
A revisão da Lei de Direito Autoral, igualmente definida como uma das prioridades, também marca um novo paradigma da política cultural, ao reconhecer a necessidade de atualização da legislação para a difusão de produtos culturais. Em consonância com os novos modelos de produção e distribuição possibilitados pelas novas tecnologias, setores da sociedade civil, do governo, produtores de conteúdo e academia vêm debatendo a produção colaborativa e o uso de licenças flexíveis, buscando um equilíbrio entre o direito social de acesso à cultura e os direitos do autor e investidor.
Diversas propostas aprovadas abordavam também o mapeamento, a preservação, o fomento e o intercâmbio entre as diferentes manifestações da cultura brasileira, demonstrando as demandas do setor cultural organizado, em busca do fortalecimento e da pluralidade cultural.
Outro viés bastante defendido na Conferência foi o diálogo entre a cultura e a educação, apontando a necessidade de maior articulação com o MEC, através, por exemplo, da criação de um Programa Nacional de Cultura e Educação, e da ampliação de cursos em gestão cultural.
Neste sentido, também foram colocadas as necessidades da regulamentação das profissões da área da Cultura, garantindo sistema previdenciário, legislação e tributação específica para o profissional autônomo – proposta também aprovada pela Conferência Nacional de Comunicação.
E, se tratando de democratização da comunicação, o debate estabelecido na CNC várias vezes se debruçava sobre os meios de comunicação. Enxergando nesta uma demanda também inerente à cultura, foram aprovadas propostas como a implementação do Plano Nacional de Banda Larga em regime público e a regulamentação da legislação da área - como o Artigo 221 (sobre a complementaridade dos sistemas público, privado e estatal) e 223 (garantindo espaço para produção regional e independente na tv aberta) da Constituição Federal e o PL29 (que regulamenta a programação das tvs por assinaturas).
Tendo aprovadas como prioritárias a implementação do Plano Nacional de Cultura (estabelecimento de um plano de ações ao longo de 10 anos para as políticas públicas da área), o Sistema Nacional de Cultura (que integra as esferas federal, estadual e municipal da gestão pública da cultura) e a PEC 150 (que vincula o orçamento para cultura em 2% para o nível federal, 1,5% para o estadual e 1% para o municipal), a política cultural no Brasil tem referendada por uma ampla base social os caminhos a seguir nos próximos anos.
Mas, assim como em qualquer Conferência, por mais que haja notória abertura por parte do Ministério da Cultura em promover este debate e realizar estas ações, os agentes culturais envolvidos neste processo têm agora um importante trabalho pela frente: garantir que as propostas saiam do papel e sejam implementadas. E, se tratando de um ano eleitoral, a cobrança em cima dos dirigentes e parlamentares deve ser grande, em busca da criação efetiva de marcos regulatórios ainda este semestre. Segundo um dos participantes da Conferência, ao questionar qual seria a estratégia do MinC para dar andamento aos projetos que já tramitam no Congresso: “2010 é ano eleitoral, ano que vem é a posse. E 2012....é o calendário Maia...”.
Para quem está acostumado com grandes embates políticos no âmbito de Conferências e plenárias, a II CNC estava mais para uma grande comemoração, com direito a carimbó durante a plenária, roda de capoeira no hall no centro de convenções e duas rádios comunitárias montadas durante o evento. Na ocasião, também foram lançados mais de dez editais, que vão de cultura indígena e hip hop a economia criativa e cultura digital (confira estes e outros editais em http://www.cultura.gov.br).
O principal papel desta Conferência foi consolidar o trabalho que vem sido feito pelo Ministério da Cultura junto à diversos segmentos da sociedade desde 2005, quando foi realizada a primeira. Depois de tantos anos de uma política cultural elitista e centralizadora, este processo de dar voz aos segmentos populares e reconhecer enquanto referência as mais diversas tradições culturais é muito recente. Assim, os principais embates entre as propostas se davam entre os segmentos, na definição de áreas prioritárias para o investimento, e entre municípios do interior e capitais, com diferentes demandas para a política cultural. Por outro lado, a conexão em rede estabelecida através dos Pontos de Cultura e outros editais, por exemplo, e o trabalho de diversos agentes culturais com perfil mobilizador, vêm colaborando para a articulação entre pessoas e projetos, fortalecendo significativamente o movimento cultural no país.
Assim, a II Conferência Nacional de Cultura acabou ao som do tropicalista Jorge Mautner, acompanhado do maracatu do Ponto de Cultura pernambucano Estrela de Ouro, cumprindo bem o papel ao qual se propôs (nas palavras de um ribeirinho): “conferir se está tudo nos conformes”.
Confira em http://blogs.cultura.gov/cnc a íntegra de todas as propostas aprovadas, no site http://www.conferenciadecultura.com.br fotos e vídeos do evento, e na hashtag #iicnc do twitter, a interatividade em tempo real entre os participantes.
Acabou no último domingo, Dia Nacional da Poesia, a II Conferência Nacional de Cultura (II CNC), em Brasília. O encontro, que teve início na quinta-feira 11 de março, contou com estudantes, mestres da tradição popular, artistas, gestores e agentes culturais em geral para discutir as políticas públicas para a área.
A partir de pré-conferências regionais, setoriais e livres, foram levadas à etapa nacional 347 propostas de diversas cidades e segmentos artísticos, dentro dos eixos Produção Simbólica e Diversidade Cultura; Cultura, Cidade e Cidadania; Cultura e Desenvolvimento Sustentável; Economia Criativa e Gestão e Institucionalidade da Cultura. Foram em torno de 3 mil municípios realizando conferências e discutindo marcos regulatórios e ações para a área. Ao fim do encontro, eram 161 propostas aprovadas, das quais 32 foram eleitas como prioridade das ações para o MinC nos próximos anos.
Entre as principais propostas, está a criação da Lei Cultura Viva, garantindo que o programa dos Pontos de Cultura, criada no atual Ministério, se torne uma política de Estado, dando bases para sua continuidade e ampliação. Este foi um importante avanço, fruto da articulação a nível nacional dos Pontos de Cultura que, organizados em fóruns, intercâmbios artísticos e redes colaborativas, vêm construindo uma importante base social para a continuidade do programa.
Outro avanço simbólico foi o apoio à criação da Lei Griô, estabelecendo uma política nacional para a transmissão dos saberes da tradição oral e reconhecimento político de mestres e mestras. À época da criação do Ministério, há apenas 25 anos, as comunidades tradicionais (como quilombolas, indígenas, ribeirinhos, etc) não eram reconhecidas como parte do patrimônio cultural e muitas eram criminalizadas ou não contempladas pelas políticas públicas. Por isso a criação de um marco regulatório para a valorização do saber popular é uma importante conquista dos movimentos culturais – e o resultado bastante comemorado na Plenária Final.
A revisão da Lei de Direito Autoral, igualmente definida como uma das prioridades, também marca um novo paradigma da política cultural, ao reconhecer a necessidade de atualização da legislação para a difusão de produtos culturais. Em consonância com os novos modelos de produção e distribuição possibilitados pelas novas tecnologias, setores da sociedade civil, do governo, produtores de conteúdo e academia vêm debatendo a produção colaborativa e o uso de licenças flexíveis, buscando um equilíbrio entre o direito social de acesso à cultura e os direitos do autor e investidor.
Diversas propostas aprovadas abordavam também o mapeamento, a preservação, o fomento e o intercâmbio entre as diferentes manifestações da cultura brasileira, demonstrando as demandas do setor cultural organizado, em busca do fortalecimento e da pluralidade cultural.
Outro viés bastante defendido na Conferência foi o diálogo entre a cultura e a educação, apontando a necessidade de maior articulação com o MEC, através, por exemplo, da criação de um Programa Nacional de Cultura e Educação, e da ampliação de cursos em gestão cultural.
Neste sentido, também foram colocadas as necessidades da regulamentação das profissões da área da Cultura, garantindo sistema previdenciário, legislação e tributação específica para o profissional autônomo – proposta também aprovada pela Conferência Nacional de Comunicação.
E, se tratando de democratização da comunicação, o debate estabelecido na CNC várias vezes se debruçava sobre os meios de comunicação. Enxergando nesta uma demanda também inerente à cultura, foram aprovadas propostas como a implementação do Plano Nacional de Banda Larga em regime público e a regulamentação da legislação da área - como o Artigo 221 (sobre a complementaridade dos sistemas público, privado e estatal) e 223 (garantindo espaço para produção regional e independente na tv aberta) da Constituição Federal e o PL29 (que regulamenta a programação das tvs por assinaturas).
Tendo aprovadas como prioritárias a implementação do Plano Nacional de Cultura (estabelecimento de um plano de ações ao longo de 10 anos para as políticas públicas da área), o Sistema Nacional de Cultura (que integra as esferas federal, estadual e municipal da gestão pública da cultura) e a PEC 150 (que vincula o orçamento para cultura em 2% para o nível federal, 1,5% para o estadual e 1% para o municipal), a política cultural no Brasil tem referendada por uma ampla base social os caminhos a seguir nos próximos anos.
Mas, assim como em qualquer Conferência, por mais que haja notória abertura por parte do Ministério da Cultura em promover este debate e realizar estas ações, os agentes culturais envolvidos neste processo têm agora um importante trabalho pela frente: garantir que as propostas saiam do papel e sejam implementadas. E, se tratando de um ano eleitoral, a cobrança em cima dos dirigentes e parlamentares deve ser grande, em busca da criação efetiva de marcos regulatórios ainda este semestre. Segundo um dos participantes da Conferência, ao questionar qual seria a estratégia do MinC para dar andamento aos projetos que já tramitam no Congresso: “2010 é ano eleitoral, ano que vem é a posse. E 2012....é o calendário Maia...”.
Para quem está acostumado com grandes embates políticos no âmbito de Conferências e plenárias, a II CNC estava mais para uma grande comemoração, com direito a carimbó durante a plenária, roda de capoeira no hall no centro de convenções e duas rádios comunitárias montadas durante o evento. Na ocasião, também foram lançados mais de dez editais, que vão de cultura indígena e hip hop a economia criativa e cultura digital (confira estes e outros editais em http://www.cultura.gov.br).
O principal papel desta Conferência foi consolidar o trabalho que vem sido feito pelo Ministério da Cultura junto à diversos segmentos da sociedade desde 2005, quando foi realizada a primeira. Depois de tantos anos de uma política cultural elitista e centralizadora, este processo de dar voz aos segmentos populares e reconhecer enquanto referência as mais diversas tradições culturais é muito recente. Assim, os principais embates entre as propostas se davam entre os segmentos, na definição de áreas prioritárias para o investimento, e entre municípios do interior e capitais, com diferentes demandas para a política cultural. Por outro lado, a conexão em rede estabelecida através dos Pontos de Cultura e outros editais, por exemplo, e o trabalho de diversos agentes culturais com perfil mobilizador, vêm colaborando para a articulação entre pessoas e projetos, fortalecendo significativamente o movimento cultural no país.
Assim, a II Conferência Nacional de Cultura acabou ao som do tropicalista Jorge Mautner, acompanhado do maracatu do Ponto de Cultura pernambucano Estrela de Ouro, cumprindo bem o papel ao qual se propôs (nas palavras de um ribeirinho): “conferir se está tudo nos conformes”.
Confira em http://blogs.cultura.gov/cnc a íntegra de todas as propostas aprovadas, no site http://www.conferenciadecultura.com.br fotos e vídeos do evento, e na hashtag #iicnc do twitter, a interatividade em tempo real entre os participantes.
terça-feira, 16 de março de 2010
ARTESPLASTICAS
foto de Charles Damasceno para Conferência Nacional de Cultura.
EDNAMAY CIRILO - DIVULGA ARTE BRASILEIRA disse:
Nossa representante Nordeste, das Artes Visuais pela Paraíba,e região Nordeste é a carioca Sandra Vasconcelos, radicada há dois anos na capital João Pessoa, sem visibilidade dentro do movimento cultural, Sandra conseguiu uma assessoria inédita dentro do pouco tempo em que se realizou a escolha para eleição de delegados na Pré Conferência de Setoriais, representando a categoria das Artes Visuais na II CNC - Conferência Nacional de Cultura, ocorrida em Brasília entre 11 e 14 de março 2010.
Sandra é jornalista, propietária de uma loja de artesanato onde vende obras de artistas locais, apesar de não ser artista foi muito bem assessorada e apadrinhada pelo nosso artista plástico de renome internacional Diogenes Chaves, membro do anterior Colegiado das Artes Visuais do MINc cujas obras são encontradas em várias galerias nacionais, internacionais e na lojinha de sua pupila.
Havia representantes legais das Artes Plásticas e Visuais Paraibana,a exemplos de Sidney Azevedo da FUNESC - Fundação Espaço Cultural, Carlos o professor de artes pela UFPB - Universidade Federal da Paraíba e Lúcia França representando o Município de João Pessoa, como Curadora da Estação Cultura e Artes Cabo Branco.
Viva a Paraíba e seu celeiro de artistas plásticos ignorados nesse processo de eleição ocorrido em Brasília, durante a semana de Pré Conferência de Setoriais, entre 07 e 09 março 2010....
terça-feira, 2 de março de 2010
CARIRI
VIVA BALDUINO E QUINTANS! VIVA O CARIRI!
Eilzo Matos
Contrafeito, acelerei a camionete e ganhei a estrada. Custa-me au-sentar-me do ramerrão rural a que me habituei nos últimos anos. E a idade ajuda. O que fazer na cidade – reflito -, se já não namoro, não jogo, não fumo e não bebo (embora dormitem no fundo da lembrança tais propósitos) – ocupações estimulantes na vida de um homem, cuja trajetória ao longo da existência cumpriu tais desideratos que a sociedade imprime a tempera-mentos como o meu! Da morada na rua, seguiria para a capital. Ali o cenário de uma vida passada, de amizades antigas, de compromissos e vivência que construíram um mundo à parte do de hoje. Mas que sobrevive insolitamente.
Eleição na APL para preencher Cadeira, é o motivo de minha viagem. Um acontecimento! Raciocino, e como era de bom tom exclamar, ignorando se o fazem ainda, faço-o agora. Hurra! Impossível deixar de relatar encontros breves e longas conversas com interlocutores além dos acadêmicos, que privilegiaram tais momentos. Começo com o erudito Evandro Nóbrega, poliglota, criador de alguns dos mais estimulantes textos que conheci: “A Glândula Pineal do Urubu”, cuja riqueza picaresca de situações narradas e descritas, confirmam a sua fama. Nada de abafado e monódico cantochão medievalista, mas de arrebatados e impolutos cavaleiros, protegidos pela magia de encantadores amigos e secretos – assim o Conde Alexandre e o seu séquito, dominando o século XX, definindo nobiliarquia. E Evandro seu criador, nada deve aos pícaros ibé-ricos e outros notáveis brasileiros nordestinos, filiados ao ramo. Tenho em mãos uma antologia patoense, com a sua poesia num lirismo sertanejo esquisitamente erudito e metropolitano. Material para estudo e reflexão.
* * *
A nossa Paraíba – orgulha-me dizê-lo – destaca-se no ambiente cultural e político nacional. Desde tempos pretéritos com Brandônio e Alviano praticando elevados diálogos sobre riquezas e grandezas das terras paraibanas. E com José Peregrino arcabuzado em 1817. Depois com Au-gusto dos Anjos e José Lins do Rego. Pois bem. O tempo na marcha apocalíptica ou marxista de sua evolução, como alguns pretendem, caminha para o coroamento na destruição ou no pleno alcance da razão. Acredito na última hipótese. Não trato, evidentemente, de um determinismo social que nada mais é do que uma fraude, mas da evolução dialética da natureza e da sociedade.
Duas noticias alvissareiras, que me chegaram através de blogs locais, despertaram o meu entusiasmo e corroboram no acerto de minhas afir-mações e da minha alegria :
- O museólogo Balduino Lélis cria salão e exibe riquezas minerais e culturais da Paraíba;
- O deputado paraibano Assis Quintans apresenta projeto voltado para a ética e cidadania.
É preciso reconhecer e exclamar como sincero entusiasmo: Viva o Cariri! Cariri do clima ameno, refinado nos costumes e na garra de sua gente: fazendeiros, vaqueiros, poetas, compositores, políticos, romancistas, sociólogos, juristas, empresários e tudo mais que possa caracterizar uma postura humana voltada para o trabalho e a construção de uma sociedade exemplar.
* * *
Balduino Lélis todos o conhecemos pela sua dedicação à pesquisa, à realização de eventos e criação de instituições voltadas para o conhe-cimento da realidade paraibana. Através de publicações, na concentração de esforços para a realização de encontros e seminários, ele torna a Paraíba mais conhecida nas suas potencialidades. Assim criou a Universidade Leiga, Popular e o país conheceu graças ao patriotismo e coragem deste filho de Taperoá, que o Nordeste não é a terra da fome, mas da fartura.
Integrando numerosa comitiva de representações do Governo do Estado, do IHGP, da APL, Associação Comercial, presenciei a tradição desfilando em colunas de altivos cavaleiros vestindo capas brasonadas, episódios teatrais e satíricos de mamulengos, aplaudidos pela massa presente. O que pessoalmente me assombrou naquele ocasião, foi a variedade do cardápio servido no café, no almoço e no jantar com mais de duzentos pratos preparados com produtos da terra, catalogados, começando com a batata, o umbu, a farinha, o beiju, o fubá, a galinha, o arroz, o milho, o feijão, o peba, o peixe, o caju, a pinha, a goiaba, o guiné, o bode, o boi, e vai por aí. Uma lição para os técnicos do governo que gastam muito dinheiro para falar em fome, em miséria.
Quando muitos continuam a lamentar a pobreza e a situação modesta da Paraíba, como produtora de polos de atividades, eles não as definem, to-davia. Enquanto isso, todos sabem do Polo Mineral no Rio Grande do Norte, Açucareiro em Alagoas, Portuário em Pernambuco, Turístico no Ceará, Petrolífero na Baía, etc, etc. Balduino reage, não se deixa convencer e realiza mostra das grandezas minerais, industriais e Culturais da Paraíba. Outra lição oportuna aos burocratas e tecnocratas nos seus projetos que fogem da realidade, por isso mesmo, jamais implementados.
* * *
Pois em boa hora falo no deputado Francisco de Assis Quintans: homem público, engenheiro de mérito, conhecedor em profundidade e especialização, da problemática agrícola e urbana da nossa Paraíba. Fir-mado na vivência e estudo de particularidades da vida local ele revela a grande falha no trato da população, que tem inviabilizado planos gover-namentais. Nada mais importante que a educação.
Presenciei um adolescente entre dez e doze anos, mal vestido, entrar na igreja matriz de Sousa, onde se realizava uma solene missa de finados. Acercava-se o garoto de um e de outro pedia esmola, pouco lhe importava onde estava. Olhava para um lado e para outro, sentando-se por fim entre as filas de bancos, deitando-se em seguida e ficando a admirar as pinturas do forro. Indiferente aos olhares de censura, ele na realidade, como a maioria dos filhos do povo nada sabia de qualquer religião. Menos ainda sobre a solenidade de alguns ambientes, exigindo respeito e impondo compor- tamento, o que pouco é levado em conta.
A cena insólita mostrava a necessidade de introdução no currículo das escolas primárias, ensinamento de noções sobre família, sociedade, pátria, direitos e deveres dos cidadãos. Isto logo nos primeiros anos porque depois dos quinze a idade nada mais aceita, dominada que está a mente criada sem noção desses valores, entregue á verdadeira libertinagem da vida na rua, nas festividades ditas populares.
Parabéns ao deputado Quintans, pela sua visão de homem público, pela significação e pelo alcance de seu projeto, como está abaixo justificado:
“A sociedade atual necessita de uma educação do aluno como um todo, um ser humano completo que deve ser trabalhado em diversas áreas e não apenas a cognitiva. A escola deve formar pessoas preparadas para o mundo e não apenas para provas, ou seja, a escola deve também ter em seu planejamento um ensino voltado para educação em valores éticos”.
Viva Quintans e Balduino!
……. De volta com a pouca chuva. Março de 2010 ……
Eilzo Matos
Contrafeito, acelerei a camionete e ganhei a estrada. Custa-me au-sentar-me do ramerrão rural a que me habituei nos últimos anos. E a idade ajuda. O que fazer na cidade – reflito -, se já não namoro, não jogo, não fumo e não bebo (embora dormitem no fundo da lembrança tais propósitos) – ocupações estimulantes na vida de um homem, cuja trajetória ao longo da existência cumpriu tais desideratos que a sociedade imprime a tempera-mentos como o meu! Da morada na rua, seguiria para a capital. Ali o cenário de uma vida passada, de amizades antigas, de compromissos e vivência que construíram um mundo à parte do de hoje. Mas que sobrevive insolitamente.
Eleição na APL para preencher Cadeira, é o motivo de minha viagem. Um acontecimento! Raciocino, e como era de bom tom exclamar, ignorando se o fazem ainda, faço-o agora. Hurra! Impossível deixar de relatar encontros breves e longas conversas com interlocutores além dos acadêmicos, que privilegiaram tais momentos. Começo com o erudito Evandro Nóbrega, poliglota, criador de alguns dos mais estimulantes textos que conheci: “A Glândula Pineal do Urubu”, cuja riqueza picaresca de situações narradas e descritas, confirmam a sua fama. Nada de abafado e monódico cantochão medievalista, mas de arrebatados e impolutos cavaleiros, protegidos pela magia de encantadores amigos e secretos – assim o Conde Alexandre e o seu séquito, dominando o século XX, definindo nobiliarquia. E Evandro seu criador, nada deve aos pícaros ibé-ricos e outros notáveis brasileiros nordestinos, filiados ao ramo. Tenho em mãos uma antologia patoense, com a sua poesia num lirismo sertanejo esquisitamente erudito e metropolitano. Material para estudo e reflexão.
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A nossa Paraíba – orgulha-me dizê-lo – destaca-se no ambiente cultural e político nacional. Desde tempos pretéritos com Brandônio e Alviano praticando elevados diálogos sobre riquezas e grandezas das terras paraibanas. E com José Peregrino arcabuzado em 1817. Depois com Au-gusto dos Anjos e José Lins do Rego. Pois bem. O tempo na marcha apocalíptica ou marxista de sua evolução, como alguns pretendem, caminha para o coroamento na destruição ou no pleno alcance da razão. Acredito na última hipótese. Não trato, evidentemente, de um determinismo social que nada mais é do que uma fraude, mas da evolução dialética da natureza e da sociedade.
Duas noticias alvissareiras, que me chegaram através de blogs locais, despertaram o meu entusiasmo e corroboram no acerto de minhas afir-mações e da minha alegria :
- O museólogo Balduino Lélis cria salão e exibe riquezas minerais e culturais da Paraíba;
- O deputado paraibano Assis Quintans apresenta projeto voltado para a ética e cidadania.
É preciso reconhecer e exclamar como sincero entusiasmo: Viva o Cariri! Cariri do clima ameno, refinado nos costumes e na garra de sua gente: fazendeiros, vaqueiros, poetas, compositores, políticos, romancistas, sociólogos, juristas, empresários e tudo mais que possa caracterizar uma postura humana voltada para o trabalho e a construção de uma sociedade exemplar.
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Balduino Lélis todos o conhecemos pela sua dedicação à pesquisa, à realização de eventos e criação de instituições voltadas para o conhe-cimento da realidade paraibana. Através de publicações, na concentração de esforços para a realização de encontros e seminários, ele torna a Paraíba mais conhecida nas suas potencialidades. Assim criou a Universidade Leiga, Popular e o país conheceu graças ao patriotismo e coragem deste filho de Taperoá, que o Nordeste não é a terra da fome, mas da fartura.
Integrando numerosa comitiva de representações do Governo do Estado, do IHGP, da APL, Associação Comercial, presenciei a tradição desfilando em colunas de altivos cavaleiros vestindo capas brasonadas, episódios teatrais e satíricos de mamulengos, aplaudidos pela massa presente. O que pessoalmente me assombrou naquele ocasião, foi a variedade do cardápio servido no café, no almoço e no jantar com mais de duzentos pratos preparados com produtos da terra, catalogados, começando com a batata, o umbu, a farinha, o beiju, o fubá, a galinha, o arroz, o milho, o feijão, o peba, o peixe, o caju, a pinha, a goiaba, o guiné, o bode, o boi, e vai por aí. Uma lição para os técnicos do governo que gastam muito dinheiro para falar em fome, em miséria.
Quando muitos continuam a lamentar a pobreza e a situação modesta da Paraíba, como produtora de polos de atividades, eles não as definem, to-davia. Enquanto isso, todos sabem do Polo Mineral no Rio Grande do Norte, Açucareiro em Alagoas, Portuário em Pernambuco, Turístico no Ceará, Petrolífero na Baía, etc, etc. Balduino reage, não se deixa convencer e realiza mostra das grandezas minerais, industriais e Culturais da Paraíba. Outra lição oportuna aos burocratas e tecnocratas nos seus projetos que fogem da realidade, por isso mesmo, jamais implementados.
* * *
Pois em boa hora falo no deputado Francisco de Assis Quintans: homem público, engenheiro de mérito, conhecedor em profundidade e especialização, da problemática agrícola e urbana da nossa Paraíba. Fir-mado na vivência e estudo de particularidades da vida local ele revela a grande falha no trato da população, que tem inviabilizado planos gover-namentais. Nada mais importante que a educação.
Presenciei um adolescente entre dez e doze anos, mal vestido, entrar na igreja matriz de Sousa, onde se realizava uma solene missa de finados. Acercava-se o garoto de um e de outro pedia esmola, pouco lhe importava onde estava. Olhava para um lado e para outro, sentando-se por fim entre as filas de bancos, deitando-se em seguida e ficando a admirar as pinturas do forro. Indiferente aos olhares de censura, ele na realidade, como a maioria dos filhos do povo nada sabia de qualquer religião. Menos ainda sobre a solenidade de alguns ambientes, exigindo respeito e impondo compor- tamento, o que pouco é levado em conta.
A cena insólita mostrava a necessidade de introdução no currículo das escolas primárias, ensinamento de noções sobre família, sociedade, pátria, direitos e deveres dos cidadãos. Isto logo nos primeiros anos porque depois dos quinze a idade nada mais aceita, dominada que está a mente criada sem noção desses valores, entregue á verdadeira libertinagem da vida na rua, nas festividades ditas populares.
Parabéns ao deputado Quintans, pela sua visão de homem público, pela significação e pelo alcance de seu projeto, como está abaixo justificado:
“A sociedade atual necessita de uma educação do aluno como um todo, um ser humano completo que deve ser trabalhado em diversas áreas e não apenas a cognitiva. A escola deve formar pessoas preparadas para o mundo e não apenas para provas, ou seja, a escola deve também ter em seu planejamento um ensino voltado para educação em valores éticos”.
Viva Quintans e Balduino!
……. De volta com a pouca chuva. Março de 2010 ……
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