27 DE MARÇO, DIA DO TEATRO - SARAVÁ! MADRE SUPERIORA.
Prof. Geraldo Bernardo
"Foi um tempo, que o tempo não esquece" (brigado Zé). Uma legião de noviços (as) desbravaram o sertão com: cenários, luzes, figurinos, maquiagem, fuleragens e outras milongas más. Amucegados em carrocerias, de caronas e bigus. Na bagagem energia e sonhos.
Nós, poetas, iniciamos uma prece que ecoou no litoral. Fizemos RENASCER em Cajazeiras "os trovões já roucos de se ouvir"; de lá para Bom Jesus, no itinerário Marizopólis (onde anda Francisca? E Chico Brilhante?); em Sousa do OFICINA, das brigas com Cacau (já era freira); Aparecida seguiu o rumo; em Pombal Tarcísio Pereira (os textos ainda eram datilografados) e o MURARTE são testemunhas. Foi a época em fazíamos feiras coletivas para manter o FESTEJO e a MOSTRA SERTANEJA - itinerantes (viu!) - fosse em Conceição (cadê João? Sidália?); Nova Olinda (o GRUTANO ainda existe?); Itaporanga, AH! Itaporanga, terra do GRUTAMI (foi lá que Álvaro Fernandes, o cajazeirense de Campina Grande enrabichou-se com Marta; em Patos fez-se mágica, quase briga (e China?). Genário Dunas cantava, Espedito tocava, nos embriagávamos; Campina Grande disse: - QUEM TEM BOCA É PRA GRITAR; e os brejeiros? A cigana Jacinta, Maciel & Cia. (ÔXENTE!); Guarabira e a pose de Jacinto (não era o Moreno); desembocamos na Parahyba, "digo João Pessoalmente (brigado Vital - meu senador).
Ah! Tempinho sofrido e bom. Não tínhamos Leis de Incentivo. Brigamos por elas. Fizemos passeatas, pintamos a cara, fizemos assembléias, discursos eufóricos (e etílicos). Depois chegaram uns gaiatos garapeiros (deixa pra lá... HOJE É PRA RECORDAR).
A década? Meia oitenta, meio noventa. A moda era: dormir no chão do Ciláio Ribeiro, no Lima Penante, na praia; estudar BOAL, GROTOVSKI, STANISLÁVSKI; ir ao Baile dos Artistas (ainda existe?). Enfim! Éramos felizes sem saber.
Poetas e loucos éramos. Um magote de matutos: Manoelzinho, Olga, Porcina, Nêga, Válber Matos, Potota, Betênia, Mércia Cartaxo, Edileuza, Altamiro, Afrânio, Élbia, Carlinhos (de Santa Rita), Eloy Pessoa, Zenilton Herculano, Assis de Zé Barrado e tantos e tantas outro(a)s. um coral de rebeldes sob a auspiciosa liderança da MADRE SUPERIORA, que não podia ser outra pessoa que... JOÃO BALULA... (lembra negão do banho no açude de Pilões? - Elpídio Navarro tava lá).
Uma pergunta. As atas da FPTA, onde estarão? Abath saberá? Ta tudo registrado, pra isso a Madre era só organização. SARAVÁ! Meu rei. HOJE é dia de bater cabeça.
Minha benção!
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