terça-feira, 31 de janeiro de 2012
CONFRARIA DO BECO DA FACULDADE E O TÚNEL DO TEMPO
TUNEL DO TEMPO NA CONFRARIA DO BECO MALAGRIDA
DruzzPress, por sua Editoria de Irmandades,
Congregações, Associações, Sociedades,
Enturmações & Outras Confrarias, esclarece
SÓ POR DUAS CONFRARIAS
BATE O CORAÇÃO DO DRUZZ
Amo duas Confrarias,
só pelas duas sou seco:
a Confraria do Beco
e do Vinho a Confraria.
Minha Lista, o que eu faria
nessa outra Irmandade
(ou até Congregação)
sem de Aglaé a bondade,
sem da Clotilde a verdade
e sem da Neile a afeição?!...
Evandrovinho da Nobrebeco [DruzzKonffrad]
***************************************************
NEILIANE MAIA escreveu:
Evandro e a Confraria
Neiliane Maia
to cidadeecultura
E meu pai, nos seus 87 anos, que me ligou na maior
zorra, da granja onde mora:
"Tou ligando pra dizer que, como seus amigos estão
caindo nessa tal Operação Confraria, venha se
esconder aqui pra não ser presa também. Eu garanto
que lhe dou guarida até Bruno voltar".
Bruno é meu filho advogado que está viajando.
Estão vendo como essa coisa tá séria?
Um abraço
Neiliane
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AGLAÉ FERNANDES escreveu:
aglaefernandes
Caros listeiros,
Talvez pela força e celebridade do nome, aliada ao
nervosismo da repórter da TV Correio, tivemos o nosso
companheiro Evandro da Nóbrega envolvido na Operação
Confraria, em matéria do Correio Debate deste 21 de julho.
Explicação possível:
A referida repórter teria misturado os nomes
EVANDRO Almeida e Saulo NÓBREGA e fabricado um
Evandro Nóbrega, nome que certamente lhe era familiar.
A ironia fica por conta da brincadeira habitual do
nosso estimado Evandro que experimenta fusões do
seu próprio nome com o assunto e/ou personagens
que ele evoca em seus brilhantíssimos textos.
Evandro, felizmente todo mundo sabe que a
Confraria mais barra pesada que você freqüenta é no
máximo a cultural Confraria do Beco.
Um abraço,
Aglaé
********************************************************************************
CLOTILDE TAVARES escreveu:
Clotilde Tavares
www.clotildetavares.com.br
http://clotilde-tavares.fotoblog.uol.com.br
--------- Mensagem Original --------
De: "Evandro da Nobrega"
Para: "Clotilde Tavares"
Assunto: É OUTRO EVANDRO, NÃO O DEGAS AQUI...
Data: 21/07/05 07:20
Prezada Clotilde:
Por isto tudo é que sempre cito a imortal frase do
insigne filósofo patoense Ninim das Espinharas:
"O mundo é doido e a mãe num sabe"...
Talvez porque seja eu o Evandro mais conhecido da
Paraíba, tem saído aí, insistemente, na TV Correio,
por lapso ou equívoco, que o "ex-secretário da Prefeitura, Evandro Nóbrega",
está na relação dos acusados da PF e da Controladoria Geral da União...
Mas não sou eu, não, claro. Fui Secretário de Comunicação Social da Prefeitura,
por duas vezes, mas faz muito tempo, há trocentos anos, quando ainda era prefeito
(imagine!) o falecido Damásio Franca, que cumpriu dois mandatos...
No caso de agora, trata-se aparentemente do ex-secretário Evandro Almeida
Fernandes (ou Castro, não sei bem), como o Hélder Moura, do programa Correio
Debate, da TV Correio, já esclareceu uma vez...
Mas, apesar do esclarecimento, a notícia sobre o tal Evandro Nóbrega já saiu
mais umas quatro ou cinco vezes...
Não estou nem aí, porque não sou eu mesmo, não. Não carece preparar a malinha,
não, com escova de dentes, cuecas limpas etc...
Aliás, não sou Evandro Nóbrega, mas, com licença da má palavra, Evandro da Nóbrega.
Outrossim (outrossim é bom demais!), o único Evandro Nóbrega que conheço, e é só
de nome, atua como neurocirurgião no Paraná, bem longe desta confa aqui.
Beijo seu coração de escritora, inobstante loura,
Evandrus Anovrecensis,
"...ad radices castro Anofrice, apud Galicia..."
domingo, 29 de janeiro de 2012
GOVERNADOR DA PARAÍBA autoriza 1,8 milhão em Cultura
O governador Ricardo Coutinho autorizou na noite desta quinta-feira (26), a abertura do edital de licitação para a reforma e ampliação do Teatro Irácles Pires (ICA), em Cajazeiras. A autorização da obra, que está orçada em R$ 1,8 milhão, ocorreu em solenidade de comemoração aos 27 anos de fundação do teatro que tem vasta programação cultural até o domingo (29).
Na ocasião, Ricardo Coutinho e o escritor Irismar Alves di Lyra, de São José de Piranhas, também receberam títulos de cidadãos cajazeirenses concedidos pela Câmara de Vereadores. A homenagem ao governador foi proposta pelo vereador Nilson Lopes (Nilsinho) e aprovada por unanimidade.
Com a ampliação e modernização, o teatro ampliará sua capacidade de 180 para 278 lugares com novas cadeiras, salas de ensaio, camarim, palco, banheiros e total acessibilidade. O projeto de modernização – que tornará o ICA o maior teatro do sertão nordestino – foi apresentado pelo governador Ricardo Coutinho e muito comemorado pelos presentes. “Cajazeiras terá um teatro à altura da sua tradição cultural e educacional. Essa cidade possui a essência da cultura de onde saíram grandes nomes do teatro”, completou o governador.
Ele também agradeceu aos vereadores pela oportunidade de se tornar filho adotivo de Cajazeiras: “Fico muito feliz em receber esse título, justamente quando esse teatro completa 27 anos, e de anunciar a sua reforma e ampliação tão necessária e esperada”.
Templo cultural – A presidente da Fundação Espaço Cultural, Lú Maia, destacou a importância dos investimentos para a revitalização do ICA, considerado templo da cultura no Sertão. Ela fez um relato histórico sobre o teatro desde a atuação do grupo de Teatro Amador de Cajazeiras (TAC).
O ator e ativista cultural cajazeirense, Rivelino Martins comemorou o início da licitação para a modernização do teatro que considera algo essencial, cobrado há muito tempo pela classe artística e pela população de Cajazeiras. “Isso será um marco da cultura do município assim como foi a própria construção do teatro”, disse.
A abertura da programação comemorativa ao aniversário do Teatro ICA contou com as presenças do secretário de Governo, Lindolfo Pires, do secretário executivo de Governo, Lúcio Flávio, do presidente da Câmara Municipal de Cajazeiras, Marcos Barros, de vereadores, do ex-prefeito Carlos Antônio, do diretor do teatro, Orlando Maia, do suplente de senador, Deca do Atacadão, do superintendente do Sebrae, Júlio Rafael, do secretário de Cultura de Cajazeiras, Júnior Cultura, além de Péricles Pires, filho de Irácles Pires e do teatrólogo Ubiratan de Assis, que fez um discurso sobre a história do teatro ICA e seu papel na cultura e na tradição da arte teatral de Cajazeiras.
Secretaria de Estado da Cultura
Casarão dos Azulejos
Rua Conselheiro Henriques, 159 - Centro - João Pessoa - Paraíba
(83) 3218-4167 | secult.pb@gmail.com
29 JANEIRO DATA DA VISIBILIDADE TRANS
29 DE JANEIRO
O Dia da Visibilidade Trans surgiu em janeiro de 2004 por ocasião da Campanha Nacional
do Ministério da Saúde. Em 29 de janeiro, daquele ano, representantes da Articulação Nacional de
Travestis e Transexuais - ANTRA lançaram a campanha no Congresso Nacional, em Brasília. Desde então, essa data
foi adotada para travestis e transexuais saírem às ruas e mostrarem suas caras, em todo o Brasil, reivindicando
direitos. Acompanhando a tendência da promoção da visibilidade e do avanço da luta de lésbicas, gays e
bissexuais na sociedade, travestis e transexuais se organizam para conquistar espaço, cidadania e respeito.
.....................................
CONHEÇA MAIS NO PROGRAMA DE TV - A LIGA
EXIBIDO PELA Televisão aberta brasileira.
http://www.youtube.com/watch?v=ndeZKES7hec
Um a cada 30 mil homens e uma a cada 100 mil mulheres não se sentem confortáveis com o corpo que vieram ao mundo e sofrem do transtorno da identidade de gênero. Rafinha, Thaide, Sophia e Debora saíram às ruas para conhecer um pouco mais sobre essa realidade. Léo Lins, do “Agora é Tarde”, também participa, vivenciando o dia a dia de um travesti
VEJA EM EPISÓDIOS:
http://aliga.band.com.br/conteudo.asp?id=100000462943&m=2c9f94b532fe0df7013319f16d20212b
YouTube - Vídeos desse e-mail
HISTÓRIAS DE AS ANJINHAS O BLOCO DO UNIVERSO FEMININO
AS ANJINHAS vem se firmando no cenário dos Movimentos Sociais desde
2007, um coletivo de mulheres que se renova a cada ano, dando asas a
imaginação lúdica representada nas artes plásticas, de Lucia França e Dulce Abstrata
ambas confecionaram respectivamente os ESTANDARTES em 2008,2009,enquanto o artista plástico CARLINHOS de ALAGOA GRANDE e Dulce Abstrato Elias, retrataram Dona Creuza Pires ( in memória ) N nossa ANJINHA em 2010.
Em 2011 a homenagem foi para BALULA,( in memória) por ser em vida um dos agitadores culturais mais presente nos Movimentos Sociais e culturais foi fundador do Movimento Negro Paraibano, da Federação de Teatro Amador da Paraíba, era Diretor de Bateria da Escola de samba Malandros do Morro os batuques que primeiro tocou tambores no BECO DA FACULDADE Direito em 1993 na inauguração do bar ANJO AZUL e em 14 de fevereiro de 1994 na LAVAGEM da ESCADARIA do BECO quando o bloco pai ANJO AZUL saiu pela primeira vez , abrindo as portas do centro histórico de João Pessoa, para a FOLIA DE RUA.
REI - BETO QUIRINO , ator paraibano do teatro, Cinema e Televisão do Brasil.
RAINHA - SONIA LIMA - jornalista, ativista dos movimentos MULHERES X COMUNICAÇÃO .
Em 2012 AS ANJINHAS agendou a artista plástica KALLYA GALVÃO para apresentar o ESTANDARTE 2012, o grupo de percussão de mulheres CALUNGA sob a articulação de Wênia Xavier, para a concentração do bloco as 18 hs de 10 de fevereiro 2012, no BECO DA FACULDADE.
Orquestras de frevo da FOLIA DE RUA X FUNJOPE.
domingo, 22 de janeiro de 2012
O BLOCO ICNOGRÁFICO DA DIVERSIDADE Temos, na Paraíba, a vocação e a volição das ruínas, da destruição criativa e da criação destrutiva, no que somos, desde sempre, do passado colonial até hoje, absolutamente modernos. Os monumentos históricos que melhor nos definem passam pela construção e destruição, sucedidos por uma nova construção, de A União à Assembléia Legislativa, na Praça João Pessoa, da Rádio Tabajara ao "novo" conforto do Fórum da Justiça, na Rodrigues de Aquino. Matamos simbolicamente os velhos jornalistas de A União e os cantores do rádio. O altar-mor da Igreja São Francisco - destruído sem dó no começo do século passado -, é apenas um retrato na parede e a Casa de Engenho de Zé Lins serve de morada ao capim dos vermes. Gostamos de extrair o lado bom das coisas ruins: Darcy Ribeiro afirmava, no belo livro O povo brasileiro, que somos um povo tabula rasa, ou seja, explicando melhor, os escaninhos da tradição brasileira são essencialmente abertos, de antena ligada às novidades do mundo, que assimilamos à nossa maneira, antropofágica. Passamos distante de qualquer ancestralidade cultural rígida, de qualquer narrativa mitológica impermeável. Por isso, o anauê de Plínio Salgado não deu certo, e o integralismo acabou virando uma piada de mau gosto (ou mau agouro?). Nascemos sem as pistas certas do que achar no caminho, por isso vamos procurando, acertando e muitas vezes errando. Amar só se aprende amando. Por outro lado, retóricos, adoramos as falsas polêmicas. Agora, em 2008, há um novo debate circulando no ar sobre o carnaval: se a contribuição rítmica do carnaval paraibano ao mundo vem a ser o frevo, o samba, o axé ou a marchinha. Trata-se de uma falsa questão – até o tecno pode compor o carnaval paraibano. No caso específico da antiga província da Paraíba do Norte, o carnaval, antes de musical, é uma manifestação cultural iconográfica e aberta à diversidade. Aristóteles, como sabemos, desentranhou o conceito estético de mimesis (ação de imitar) do teatro grego, contudo o que estava oculto no conceito de tragédia era a pulsão primitiva do ancestral humano que representava na pedra os elementos da natureza, principalmente os animais, visando à boa caça. Antes do verbo, no começo era a imagem e o som. Glória eterna a Jackson do Pandeiro, Sivuca, Maestro Severino Araújo, Maestro Moacir Santos, Chico César, Fuba e Escurinho, mas onde estão os cenógrafos, os pintores, os arquitetos, os decoradores e os estilistas de moda do carnaval paraibano? Onde os artistas plásticos para amalgamar o barroco ao brega – irmãos no exagero, porém distintos na ilusão de absoluto do primeiro e na saudável ignorância do segundo. Barroco e brega: o puro espírito santo do carnaval. Desenterremos as alegorias de nossas ruínas, façamos as mais estranhas misturas, mas sempre conservando algo da monumentalidade intrínseca ao espírito barroco, no salão, na avenida e na praça da capital dos tabajaras. Aprendamos com as escolas de samba do Rio de Janeiro. Nosso carnaval é sacro como a contemplação da maravilhosa nave, do adro, do cruzeiro, das portas e dos azulejos lusitanos da Igreja de São Francisco (a ocasião em que mesmo quem não acredita se sente perto de Deus na fruição da transcendência e do absoluto). Carnaval, conceito arquitetônico, escultural, pictórico e paisagístico. O carnaval de Veneza é pura arquitetura e iconografia. A vocação do carnaval paraibano, advindo da melhor tradição veneziana, em primeiro lugar, é precisamente esta: a arquitetura e a socialidade do barroco. As máscaras, as fendas, as frestas e as festas do barroco. Uma falange de máscaras. O “Cafucú”, portanto, está coberto de razão histórica, talvez às cegas. Estamos condenados por enquanto ao barroco, somos barrocos quando nos aventuramos à modernidade e mesmo ao pós-moderno Somos barrocos, de maneira especial, quando fazemos política – o eterno e renitente cotejo de sacralização da corte, acompanhado do inevitável séqüito de tramas, conciábulos e poetas proscritos. O príncipe Hamlet vive entre nós, renitente, num misto alegre e soturno, a descer as ladeiras do centro histórico, ao ritmo de Vassourinhas, nos bailes de máscaras os quais algumas pessoas já me contaram ter divisado, noite adentro, o corvo de Poe e albatroz de Baudelaire, devidamente traduzidos nos sonetos de Augusto dos Anjos, mas ao mesmo tempo nos motes do absurdo de Zé Limeira. Triste Paraíba, ó quão dessemelhante. Do antigo estado a máquina mercante, do rio de nome sonoro – Sanhauá – ao gemido dos escravos nas senzalas próximas aos conventos coloniais. Brindemos aos escravos das senzalas no carnaval, pois deles importamos o núcleo principal de nossa alegria. Alegria e trabalho, juntos. Já dizia o poeta maior, Vinicius de Moraes, um paraibano da gema, no magnífico Samba da benção: “o samba é a tristeza que balança”. Aduziria: também o maracatu e o caboclinho são tristezas que balançam. A entidade metafísica que abre as prévias do carnaval paraibano, dia 25 de janeiro (sexta-feira), é o bloco “Anjo Azul”. O Anjo Azul foi fundado e todo ano é organizado com garra por uma agitadora cultural guerreira, muito querida na cidade, Ednamay Cirilo. May inventou de criar um bloco que tem sede em um ambiente histórico repleto de simbolismos, a antiga zona do chamado “baixo meretrício”, nos tempos em isso que havia: o Beco da Faculdade de Direito, na ladeira do Padre Gabriel Malagrida, um herói sacrificado numa das visitações da Inquisição do Santo Ofício ao Brasil. O espírito do padre Malagrida, que assiste impávido os dramas e comédias da cidade por séculos sem fim naquele ambiente, fez um ar de sorriso quando foi fundado o Anjo Azul, e certamente, ato contínuo, abençoou o bloco, pois o padre italiano do século XVIII, morto feito mártir, é ele mesmo um anjo verdadeiro, um querubim barroco. O Anjo Azul é o bloco multicolor da diversidade cultural e da democracia, de todas as opções sexuais e todos os credos políticos. O nome de bloco presta uma inusitada homenagem ao filme expressionista alemão da década de 1930 – Der Blaue Engel –, adaptação do romance de Heinrich Mann (irmão de Thomas Mann) – os dois filhos ilustres da brasileira Julia Mann, nascida deitada sob o sol da arquitetura colonial de Parati (RJ) –, sobre a história de um professor que se apaixona por uma dançarina de cabaré. Mais além de um clima soturno – prenúncio da tragédia de ascensão da ditadua nazista que se daria logo em seguida, em 1933 –, o filme ficou gravado na memória principalmente por uma seqüência de fotogramas sensuais, logo transformados em um dos ícones da cultura pop contemporânea: as pernas dobradas de Marlene Dietrich, sentada num banquinho. Ah, as pernas de Marlene Dietrich: conspícua, carnuda, provocante, lúbrica, fazendo a perfeita simbiose com um rosto libidinoso, manchado a um batom da cor do pecado. Hitler não agüentou tanto charme. Assim como Malagrida foi perseguido pela inquisição, Marlene Dietrich nunca se dobrou ao nazismo e fugiu da Alemanha, se refugiando nos Estados Unidos. Dessa maneira, vão se tecendo os fios entre fatos aparentemente distantes, desvendando articulações de onde menos se espera, o conceito é transformado em imagens aparentemente aleatórias, mas dotadas de uma mensagem profunda: Malagrida, Marlene, May. Tudo a ver. (Jaldes Reis de Meneses ).
O BLOCO ICNOGRÁFICO DA DIVERSIDADE
Temos, na Paraíba, a vocação e a volição das ruínas, da destruição criativa e da criação destrutiva, no que somos, desde sempre, do passado colonial até hoje, absolutamente modernos. Os monumentos históricos que melhor nos definem passam pela construção e destruição, sucedidos por uma nova construção, de A União à Assembléia Legislativa, na Praça João Pessoa, da Rádio Tabajara ao "novo" conforto do Fórum da Justiça, na Rodrigues de Aquino. Matamos simbolicamente os velhos jornalistas de A União e os cantores do rádio. O altar-mor da Igreja São Francisco - destruído sem dó no começo do século passado -, é apenas um retrato na parede e a Casa de Engenho de Zé Lins serve de morada ao capim dos vermes.
Gostamos de extrair o lado bom das coisas ruins: Darcy Ribeiro afirmava, no belo livro O povo brasileiro, que somos um povo tabula rasa, ou seja, explicando melhor, os escaninhos da tradição brasileira são essencialmente abertos, de antena ligada às novidades do mundo, que assimilamos à nossa maneira, antropofágica. Passamos distante de qualquer ancestralidade cultural rígida, de qualquer narrativa mitológica impermeável. Por isso, o anauê de Plínio Salgado não deu certo, e o integralismo acabou virando uma piada de mau gosto (ou mau agouro?). Nascemos sem as pistas certas do que achar no caminho, por isso vamos procurando, acertando e muitas vezes errando. Amar só se aprende amando.
Por outro lado, retóricos, adoramos as falsas polêmicas. Agora, em 2008, há um novo debate circulando no ar sobre o carnaval: se a contribuição rítmica do carnaval paraibano ao mundo vem a ser o frevo, o samba, o axé ou a marchinha. Trata-se de uma falsa questão – até o tecno pode compor o carnaval paraibano.
No caso específico da antiga província da Paraíba do Norte, o carnaval, antes de musical, é uma manifestação cultural iconográfica e aberta à diversidade. Aristóteles, como sabemos, desentranhou o conceito estético de mimesis (ação de imitar) do teatro grego, contudo o que estava oculto no conceito de tragédia era a pulsão primitiva do ancestral humano que representava na pedra os elementos da natureza, principalmente os animais, visando à boa caça. Antes do verbo, no começo era a imagem e o som.
Glória eterna a Jackson do Pandeiro, Sivuca, Maestro Severino Araújo, Maestro Moacir Santos, Chico César, Fuba e Escurinho, mas onde estão os cenógrafos, os pintores, os arquitetos, os decoradores e os estilistas de moda do carnaval paraibano? Onde os artistas plásticos para amalgamar o barroco ao brega – irmãos no exagero, porém distintos na ilusão de absoluto do primeiro e na saudável ignorância do segundo.
Barroco e brega: o puro espírito santo do carnaval. Desenterremos as alegorias de nossas ruínas, façamos as mais estranhas misturas, mas sempre conservando algo da monumentalidade intrínseca ao espírito barroco, no salão, na avenida e na praça da capital dos tabajaras. Aprendamos com as escolas de samba do Rio de Janeiro. Nosso carnaval é sacro como a contemplação da maravilhosa nave, do adro, do cruzeiro, das portas e dos azulejos lusitanos da Igreja de São Francisco (a ocasião em que mesmo quem não acredita se sente perto de Deus na fruição da transcendência e do absoluto).
Carnaval, conceito arquitetônico, escultural, pictórico e paisagístico. O carnaval de Veneza é pura arquitetura e iconografia. A vocação do carnaval paraibano, advindo da melhor tradição veneziana, em primeiro lugar, é precisamente esta: a arquitetura e a socialidade do barroco. As máscaras, as fendas, as frestas e as festas do barroco. Uma falange de máscaras. O “Cafucú”, portanto, está coberto de razão histórica, talvez às cegas. Estamos condenados por enquanto ao barroco, somos barrocos quando nos aventuramos à modernidade e mesmo ao pós-moderno Somos barrocos, de maneira especial, quando fazemos política – o eterno e renitente cotejo de sacralização da corte, acompanhado do inevitável séqüito de tramas, conciábulos e poetas proscritos. O príncipe Hamlet vive entre nós, renitente, num misto alegre e soturno, a descer as ladeiras do centro histórico, ao ritmo de Vassourinhas, nos bailes de máscaras os quais algumas pessoas já me contaram ter divisado, noite adentro, o corvo de Poe e albatroz de Baudelaire, devidamente traduzidos nos sonetos de Augusto dos Anjos, mas ao mesmo tempo nos motes do absurdo de Zé Limeira.
Triste Paraíba, ó quão dessemelhante. Do antigo estado a máquina mercante, do rio de nome sonoro – Sanhauá – ao gemido dos escravos nas senzalas próximas aos conventos coloniais. Brindemos aos escravos das senzalas no carnaval, pois deles importamos o núcleo principal de nossa alegria. Alegria e trabalho, juntos. Já dizia o poeta maior, Vinicius de Moraes, um paraibano da gema, no magnífico Samba da benção: “o samba é a tristeza que balança”. Aduziria: também o maracatu e o caboclinho são tristezas que balançam.
A entidade metafísica que abre as prévias do carnaval paraibano, dia 25 de janeiro (sexta-feira), é o bloco “Anjo Azul”. O Anjo Azul foi fundado e todo ano é organizado com garra por uma agitadora cultural guerreira, muito querida na cidade, Ednamay Cirilo. May inventou de criar um bloco que tem sede em um ambiente histórico repleto de simbolismos, a antiga zona do chamado “baixo meretrício”, nos tempos em isso que havia: o Beco da Faculdade de Direito, na ladeira do Padre Gabriel Malagrida, um herói sacrificado numa das visitações da Inquisição do Santo Ofício ao Brasil. O espírito do padre Malagrida, que assiste impávido os dramas e comédias da cidade por séculos sem fim naquele ambiente, fez um ar de sorriso quando foi fundado o Anjo Azul, e certamente, ato contínuo, abençoou o bloco, pois o padre italiano do século XVIII, morto feito mártir, é ele mesmo um anjo verdadeiro, um querubim barroco.
O Anjo Azul é o bloco multicolor da diversidade cultural e da democracia, de todas as opções sexuais e todos os credos políticos. O nome de bloco presta uma inusitada homenagem ao filme expressionista alemão da década de 1930 – Der Blaue Engel –, adaptação do romance de Heinrich Mann (irmão de Thomas Mann) – os dois filhos ilustres da brasileira Julia Mann, nascida deitada sob o sol da arquitetura colonial de Parati (RJ) –, sobre a história de um professor que se apaixona por uma dançarina de cabaré. Mais além de um clima soturno – prenúncio da tragédia de ascensão da ditadua nazista que se daria logo em seguida, em 1933 –, o filme ficou gravado na memória principalmente por uma seqüência de fotogramas sensuais, logo transformados em um dos ícones da cultura pop contemporânea: as pernas dobradas de Marlene Dietrich, sentada num banquinho. Ah, as pernas de Marlene Dietrich: conspícua, carnuda, provocante, lúbrica, fazendo a perfeita simbiose com um rosto libidinoso, manchado a um batom da cor do pecado. Hitler não agüentou tanto charme. Assim como Malagrida foi perseguido pela inquisição, Marlene Dietrich nunca se dobrou ao nazismo e fugiu da Alemanha, se refugiando nos Estados Unidos. Dessa maneira, vão se tecendo os fios entre fatos aparentemente distantes, desvendando articulações de onde menos se espera, o conceito é transformado em imagens aparentemente aleatórias, mas dotadas de uma mensagem profunda: Malagrida, Marlene, May. Tudo a ver. (Jaldes Reis de Meneses ).
Blocos carnavalescos
ZE NETO o REI do Bloco AS ANJINHAS
Micheli Agnoletti a RAINHA de AS ANJINHAS
2012
ADVOGADOS e MILITANTES DOS DIREITOS HUMANOS
dia 11/02 a partir das 11:30hs no CAFÉ CULTURAL do SEBO CULTURAL concentração da MARCHA DAS VADIAS e apresentação do bloco AS RAPARIGAS DE CHICO BUARQUE, pós a ressaca de AS ANJINHAS na noite anterior
sábado, 21 de janeiro de 2012
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
direitos humanos, e feministas pedem direito de resposta ao Ministério Público da TV Globo e BBB
Movimento feminista pede direito de resposta e que Ministério Público Federal investigue responsabilidade da Globo no caso BBB
Organizações de todo o país entendem que a emissora pode ser responsabilizada pela ocultação de fato que pode constituir crime; por prejudicar as investigações da polícia; ocultar da vítima todas as informações sobre o que tinha acontecido quando ela estava desacordada e por enviar ao país uma mensagem de permissividade diante da suspeita de estupro de uma pessoa vulnerável.
A Rede Mulher e Mídia e dezenas de outras organizações signatárias protocolaram, na manhã desta quinta-feira (19), uma representação ao Ministério Público Federal pedindo a investigação da responsabilidade da Rede Globo no caso do suposto estupro que aconteceu no programa Big Brother Brasil na madrugada do dia 15 de janeiro. O documento, direcionado à Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, solicita que o MPF adende ao procedimento já instalado pelo órgão sobre a Globo a análise de outros aspectos ainda não considerados pela Procuradoria.
As organizações entendem que, além do aspecto da estigmação das mulheres, que já está sendo apurado pelo MPF, é preciso investigar a responsabilidade da emissora pela ocultação de um fato que pode constituir crime; por prejudicar as investigações da polícia; por ocultar da vítima todas as informações sobre o que tinha acontecido quando ela estava desacordada e por enviar ao país uma mensagem de permissividade diante da suspeita de estupro de uma pessoa vulnerável.
Na representação, as entidades signatárias relacionam uma série de ações da emissora e da direção do BBB que teriam resultado nesses questionamentos. Entre elas, a edição da cena feita no programa de domingo e as declarações do direito geral Boninho e do apresentador Pedro Bial, que transformou uma suspeita de violência sexual em "caso de amor".
"Tal postura da emissora não apenas viola a dignidade da participante como banaliza o tratamento de uma questão séria como a violência sexual, agredindo e ofendendo todas as mulheres", diz um trecho da representação.
O documento também destaca que, pelo áudio da conversa da participante Monique com alguém da produção do programa, vazado na internet no dia 16, fica claro que ela, até aquele momento, não tinha assistido às cenas da madrugada do dia 15. E lembra que, somente no dia 17 de janeiro - portanto, mais de 48 horas depois do ocorrido - os envolvidos foram ouvidos pela polícia e possíveis provas do crime foram recolhidas. A emissora, assim, teria violado o direito da participante saber o que tinha se passado com ela enquanto estava desacordada e prejudicado as investigações da polícia.
Por fim, as organizações do movimento feminista solicitam um direito de resposta coletivo em nome de todas as mulheres que se sentiram ofendidas, agredidas e que tiveram seus direitos violados por este comportamento da Rede Globo.
Além da Rede Mulher e Mídia, estão entre as signatárias da representação a Marcha Mundial das Mulheres, Articulação de Mulheres Brasileiras, Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos, Articulação de ONGs de Mulheres Negras Brasileiras, Liga Brasileira de Lésbicas, Blogueiras Feministas e Campanha pela Ética na TV, entre diversas outras organizações de mulheres de atuação estadual e local e entidades do movimento pela democratização da comunicação.
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
III FÓRUM DE MÍDIA LIVRE
Programação do III Fórum de Mídia Livre, que acontece como atividade paralela ao Fórum Social Temático, em Porto Alegre.
Os nomes dos debatedores ainda estão sendo confirmados e serão divulgados em bre
Dias 27 e 28 de janeiro de 2012 (sexta e sábado)
Casa de Cultura Mário Quintana - Porto Alegre
Dia 27/01 - sexta
9h - Abertura
Apresentação de temas e questões em torno de 3 eixos temáticos:
Mídia Livre e Direito à Comunicação;
Mídia Livre, Apropriação Tecnológica e Redes;
Mídia Livre e Políticas Públicas
10h30 - intervalo
11h - Painel Internacional
I FML Primavera Árabe e Midia Alternativa na Palestina
Tarde
14h - Eixo 1 – Mídias Livres e Direito à Comunicação
15h30 - intervalo
16h - Eixo 2 – Mídias Livres, Apropriação Tecnológica e Redes
17h30 - Painel - Protocolo para as Redes Sociais dos Movimentos
Dia 28/01- sábado
9h - Eixo 3 - Mídias Livres e Políticas Públicas
10h30 - intervalo
11h A Mídia Livre na Rio+20
II Fórum Mundial de Midia Livre (II FMML) e A Comunicação na Cúpula dos Povos na Rio + 20
Tarde
14h - Assembléia do III FML
Propostas para os 3 Eixos temáticos
Propostas Protocolo para as Redes Sociais dos movimentos
Propostas para o II FMML
Propostas Comunicação para a Rio+20
CAFÉ CULTURAL no SEBO de HERIBERTO COELHO
JANEIRO 2012
Quarta-feira - 11 de janeiro - 18h
Música do Parahydub. O projeto Parahydub consiste em fomentar a experimentação prática de conjunto de música. Os ´loops´ contínuos dão a base para a liberdade poética em forma de improvisos dos músicos convidados, tendo como fundamento os seguintes estilos: Coco, Ciranda, e ritmos regionais se misturam com Ragga, Dancehall, Afrobeat, Dub, Drum´n´bass, Dubwise, Dubstep, Acid Jazz, música eletrônica e outras variações, mixturando tudo e vendo o que sai na hora dos improvisos com Mc´s e solistas insturmentistas. Sinta-se a vontade de chegar junto e curtir o som.
Quinta-feira - 12 de janeiro -18:18h
Alexandre Guedes, Advogado, filósofo, educador e militante dos Direitos Humanos estará comemorando seus 50 anos aqui no Café Cultural. Na oportunidade haverá um revival pela linha do tempo com uma seleção dos melhores momentos dos últimos 50 anos, com muita música, poesia, literatura, happynings, vídeos e fotografias. O cantor convidado será Jan Kleber, com participação de Ludmila Patriota.
Sexta-feira - 13 de janeiro - 18h
Kennedy Costa lança o seu mais novo CD: Carnavais, Cafuçus e Outras Folias..... Trata-se de uma coletânea onde o compositor reúne todas as suas canções Carnavalescas. Ver abaixo mais informações sobre o lançamento:
Nesse disco Kennedy resgata frevos como o do bloco Cafuçu com duas versões, uma o compositor canta só, e a outra tem a participação do cantor e compositor paraibano Totonho. Já o frevo do bloco Acorde Miramar, que foi composta em parceria com o ator e professor de teatro de bonecos Florismá Melo, também tem duas versões com Roberta Miranda e Diana Miranda. Segundo Kennedy esse novo trabalho vem com a vontade de apimentar a nossa prévia carnavalesca o “Folia de Rua”,como também resgatar esse estilo musical, pois são poucos os compositores que ainda ousam gravar frevos aqui na Paraíba.
Algumas músicas já são conhecidas do público paraibano, mas tem também coisas inéditas,como uma homenagem a sua mãe Adalice Costa uma das fundadoras do “Cafuçu”, o hino do “Trouxa Arrumada”, um bloco novo que sai lá do Seixas, uma outra canção para o “Violando a Madrugada” bloco vinculado ao bar do Baiano lá nos bancários. O Cd possui 11 faixas e tem várias participações além das já citadas acima: Meire Lima,Clayton Barata,Lula Sibemol,Tom Canhoto entre outros...
Mais informações sobre o Kennedy Costa:
O cantor e compositor Kennedy Costa, paraibano de João Pessoa, vem junto com essa levada de artistas que apareceram durante a década de 80. Artistas como Escurinho, Milton Dornelas, Adeildo Vieira, Paulinho di Tarso, que compõem a cena contemporânea da música da Paraíba.
Participando do efervecente movimento musical nos anos 80 em João Pessoa, Kennedy trás na sua bagagem musical os grandes ídolos daquela época (Zé Ramalho, Alceu Valença, Moraes Moreira), como também os grandes mestres da música nordestina Jackson do Pandeiro e Luís Gonzaga.
Foi nesse caldeirão que Kennedy tirou os ingredientes para trazer a tona a sonoridade nordestina que é a tônica de sua música. Baiões, maracatus, cocos, frevos e baladas estão sempre presentes no seu repertório.
Suas letras estão sempre a procura da ética de uma saída para nosso povo, canta o amor mas também coisas do nosso cotidiano. Apesar de sua sonoridade ser mais rural, suas canções nos enviam à contextos mais urbanos.
Tem atuado em várias frentes como cantor e compositor e também como produtor cultural, onde produziu projetos e shows de vários artistas da cena paraibana e nordestina. Lançou em 2003 o seu primeiro CD solo intitulado "Vem ver a tribo dançar", um misto de fusões com os ritmos nordestinos com elementos da música eletrônica, dando à sua sonoridade um certo ar de universalidade. O disco tem arranjos e direção musical de Alex Madureira.
Fazendo vários shows pelas cidades circunvizinhas como Campina Grande, Natal, Teresina, Juazeiro da Bahia, Kennedy vem tentando abrir espaços em outros estados para difundir sua música.
Abriu shows para grandes músicos como Guilherme Arantes, Lenine, Leci Brandão, como também participou de mostras e festivais de grande porte dentro do nosso estado. Kennedy é o compositor do hino do bloco "Cafuçu" (um dos maiores blocos de arrasto do carnaval de João Pessoa), tem músicas gravadas com Flávio José e Roberta Miranda e é parceiro de muita gente boa como Totonho.” Fonte: http://www.noembalo.com.br/o_cantor_e_compositor_paraibano_kennedy_costa_lanca_seu_website__284.html
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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
ANJO AZUL - LAU SIQUEIRA
Lau: anjo azul
quando a memória marca a ferro cálido
um cerco invisível no oco que oprime
a história do mundo
quando as bolhas tropicálias movem-se
em mantos de transgressões tatuadas no
escândalo das coisas ocultas
quando as certezas das vulvas cerzidas no
agasalho das noites de banzo ou loucura
ousam o lúdico no fálico
quando nossas culpas percorrem impunes
o silício das guerrilhas vencidas dentro
de uma guerra perdida
então o tempo se faz muito mais que
um rito espalmado na solidão coletiva
plástico e pulsante
numa maresia que
não corrói
pois que se faz do abismo e do pano
impermeável que cobre nossas asas
na travessia e na travessura dos dias
colhendo do cerco todas as saídas
como um anjo azul
na devassidão nua do universo
Um beijo carinhoso, May! De presente, vai este poema nascido pra tu, agora, em plena tentativa de scrap. Parabéns, guerreira. Feliz aniversário!
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